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DESENVOLVIMENTO HUMANO NA VIDA ADULTA E VELHICE Acadêmico: Elisa Santana Paranhos Turma: 73C Nos últimos 8000 anos, pode-se considerar o envelhecimento como a maior conquista humana. Isso se deve ao fato de que durante esse período foram desenvolvidos métodos, estratégias e serviços que contribuíram para que a expectativa de vida no Brasil passasse a ser de 70 a 80 anos, em média. Dentre essas evoluções vale destacar o aumento do cuidado infantil, aprimoramento dos serviços de saúde, desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para doenças e infecções (vacina, antibióticos, pomadas etc), saneamento básico e a própria urbanização. Pode-se afirmar então, que o processo de envelhecimento é diretamente influenciado pelo contexto em que o ser humano está inserido, visto que a variedade e variabilidade cultural interferem diretamente nesse processo. Um exemplo disso é o fato de que países desenvolvidos, muito urbanizados, financeiramente estáveis e com menos desigualdade social tendem a ter expectativas de vida maiores inclusive que a brasileira. Compreender o porquê de a expectativa de vida ter aumentado radicalmente não é o suficiente para entender como esse processo ocorre. Como forma de buscar explicar melhor o que determina essa fase da vida, cinco teorias foram desenvolvidas: Redução dos telômeros, Reprodução celular, Danos ao DNA, Envelhecimento autoimune e Evolucionismo do envelhecimento. Apesar de vários estudos e pesquisas sobre o assunto, a velhice ainda é repleta de dúvidas e desconhecimentos, não sendo ainda de toda esclarecida. Voltando-se para a parte da psicologia e plasticidade do desenvolvimento, de acordo com o Modelo do Curso de Vida criado por Paul Bates em 1917, quanto mais tempo se passa, menos a seleção natural prepara o indivíduo para enfrentar as adversidades do meio ambiente em que está inserido. Como forma de compensar, o ser humano desenvolveu diversos recursos culturais, que, paradoxalmente, também perdem sua eficácia ao longo dos anos, não sendo de todo aproveitados pela humanidade. Assim, Bates concluiu que essas três pressões que o corpo humano sofre levam a um desequilíbrio entre os ganhos e as perdas do organismo. A cognição também é motivo de observação, uma vez que ao longo dos anos há uma estabilização da inteligência cristalizada - também conhecida por cognição pragmática, que é relacionada aos conhecimentos culturais - e diminuição da inteligência fluida ou mecânica, geralmente desenvolvida após os 25 anos. Trazendo o foco para o lado socioemocional, quanto mais velho, maior é a capacidade do ser humano regular o afeto e suas emoções. A fim de analisar essa área, o inovador Estudo Longitudinal de Seattle, através do método sequencial, obteve resultados relacionados aos tipos de habilidades humanas e como elas se desenvolvem e comportam com o envelhecer, além disso, viram que os processos psicológicos não são estáticos e dependem da idade, personalidade e o contexto em que aquela pessoa vive. Em ultima análise, é importante destacar o conceito de reserva cognitiva como sendo um conjunto de mecanismos neurofuncionais que atenuam os efeitos negativos do dano cerebral, ou seja; formas do cérebro tolerar prejuízos antes que isso se torne sintomático através da criação de rotas alternativas.
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