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Farmacocinética - P1 - Aula 02 - Rossi Bastos

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P1- Farmacologia Médica I 
1 Raissa Fidelis - XLVI 
➝
É o ramo da farmacologia que estuda o movimento do 
medicamento pelo corpo. É tudo o que o corpo faz com o fármaco 
desde a entrada do medicamento no corpo até sua saída. Durante 
esse movimento o medicamento pode passar por diferentes 
locais, como cérebro, fígado, tecido adiposo, etc. 
O corpo absorve, distribui, metaboliza e elimina. 
Cada medicamento possui sua farmacocinética. Nem todo 
medicamento passa por todas as etapas farmacocinética 
(absorção, metabolização e eliminação). Se o medicamento passar 
por todas as etapas, obrigatoriamente, absorção deve ser a 
primeira e eliminação a última. 
 
Absorção é chegar ao compartimento central (sangue da grande 
circulação - Veia cava). Nem todo medicamento precisa chegar ao 
sangue. Por exemplo, um medicamento de uso tópico como, 
shampoo. 
Metabolismo: possui função de alterar o medicamento. Há 
medicamentos que são eliminados de forma inalterada. 
Eliminação é a saída do medicamento. Nem todo medicamento 
precisa ser eliminado do organismo, mas não significa que ele não 
será eliminado em algum momento. 
 
Ex.: Paciente com anemia e administração de sulfato ferroso. Se 
todo medicamento administrado fosse eliminado não 
aconteceriam intoxicações por fármacos. 
 
• A rapidez de ação da droga depende da velocidade de 
absorção. 
• Velocidade de absorção varia com as formas: 
Soluções; 
Suspensões; 
Pó; 
Cápsula; 
Comprimido; 
Drágea – forma farmacêutica solida cujo núcleo é um 
comprimido, que passou por um processo de 
revestimento com açúcar e corante, processo 
denominado drageamento. 
 
 
1. Transporte Passivo: sem gasto de energia. 
Difusão simples: gradiente de [ ]. 
Difusão facilitada: transportador. 
Filtração: pequenas moléculas. 
2. Transporte ativo: com gasto de energia. 
 
Absorção: é a transferência do fármaco do seu sítio de 
administração para a circulação sistêmica. 
 
É um processo no qual há a saída do medicamento do local que foi 
administrado e a sua chegada ao compartimento central. Isso 
impõe que administração IV não há absorção, já que ‘pula’ essa 
etapa. 
Administração IV ➝ biodisponibilidade: 100% e absorção: 0% 
Anestésico local quanto mais for absorvido, ➝ menos ele fará 
efeito. 
 
 
1. Forma da Droga; 
2. Concentração da droga; 
3. Solubilidade da droga; 
4. Superfície de absorção; 
5. Fluxo sanguíneo local. 
 
FATORES MAIOR MENOR 
Concentração Maior Menor 
Peso molecular Pequeno Grande 
Solubilidade Lipossolúvel Hidrossolúvel 
Forma farmacêutica Líquida Sólida 
Dissolução em 
sólidos 
Grande Pequena 
Área absortiva Grande Pequena 
Espessura da 
membrana 
Menor Maior 
Circulação local Grande Pequena 
Condições 
patológicas 
Inflamação, 
queimadura 
Edema, choque 
 
 
P1- Farmacologia Médica I 
2 Raissa Fidelis - XLVI 
Tamanho 
Em peso molecular. Quanto maior for o fármaco, mais difícil será 
de absorvê-lo. A unidade de medida é em kDa. 
Fármacos pequenos: AAS, nicotina, cafeína. 
Fármacos grandes: anfotericina B. 
Solubilidade 
Quanto mais lipossolúvel um fármaco, mais ele será absorvido. 
Se ele tiver uma característica muito hidrossolúvel depende de 
outras característica de absorção (tamanho, membrana, etc). 
OUTROS FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO DOS 
FÁRMACOS 
Esvaziamento gástrico -- O aumento da motilidade intestinal 
diminui o tempo disponível para absorção do fármaco 
 
Diferenças regionais de pH -- é semelhante à absorção. Se a droga 
está no sangue e se o pH do sangue estiver mais ácido e se a droga 
for ácida, a mesma será distribuída mais facilmente. 
 
- pH - 
Existem medicamentos ácidos, básico e neutros. A maioria possui 
caráter ácido ou básico. Os fármacos possuem uma característica 
própria que é uma constante relacionada a dissociação/ionização 
do fármaco (pKa - ácido e pKb - básico). 
Quanto mais carrega eletricamente o fármaco for, menos ele 
atravessará membranas. 
Se um fármaco ácido está em um local ácido, ele não ioniza. 
Agora ele se ele está em um local básico, ele ionizará e vice-versa. 
Uma droga ionizada tem maior dificuldade de passar pela 
membrana, então ela tem uma absorção diminuída. 
➝ REGRA 
Fármacos básicos: são melhores absorvidos em ambientes básicos 
porque ionizam menos e menos ionizados absorve melhor. 
Fármacos ácidos: são melhores absorvidos em ambientes ácidos 
porque ionizam menos e menos ionizados absorve melhor. 
Em algumas vias de administração a passagem através da 
membrana é imprescindível para a absorção do fármaco. 
Pegando como exemplo a via oral, o fármaco passa por dois 
extremos de pH, passando do estomago (ácido) ao intestino 
(alcalino) ficando claro que a influência do pH merece uma 
atenção maior. 
Via de regra, os fármacos são ácidos fracos ou bases fracas, logo 
existem na forma ionizada e não ionizada no meio. 
A forma não ionizada do fármaco é mais apolar e mais fácil de ser 
difundida pela membrana plasmática. 
A forma ionizada, que possui carga e uma polaridade elevada. 
 
Forma não ionizada →Lipossolúvel → Bem absorvida 
Bases fracas: boa absorção em pH ↑. 
Ácidos fracos: boa absorção em pH ↓. 
Estômago: variação do pH de 1-3; 
Intestino: variação do pH de 5-8; 
Inflamação: possui pH ácido. 
- pH e pKa - 
As drogas possuem uma característica específica que é o pKa 
(constante da droga). 
O pKa do Tiopental é de 7,4 – coincidindo com o pH do nosso 
plasma (7,4). 
Quando a droga se encontra no pH semelhante ao pKa, ela está 
50% na forma iônica e 50% na forma molecular. 
 
 
*AAS: VO de pKa = 3,5. Colocando na fórmula do pH para cada molécula 
com carga (A⁻), no estômago, eu teria 1.000 moléculas sem carga. Então, 
ele atravessa membrana e vai para o estômago e temos para cada 
molécula sem carga (AH) temos 1000 moléculas com carga (A⁻). Isso 
chama-se aprisionamento iônico. O medicamento não consegue voltar 
ao estômago por ter muitas moléculas com cargas e não atravessa a 
membrana. 
Você deve se preocupar com os fatores que influenciam a 
biodisponibilidade da droga!! 
 
Bioequivalência 
farmacêutica 
 Droga A = Droga B 
Bioequivalência terapêutica 
 Droga A = Droga B. 
Mesmo princípio; 
Mesma dose; 
Mesma via de 
administração. 
Mesma biodisponibilidade; 
Mesma taxa e extensão de 
absorção. 
 
Umas das causas de Bioequivalência são fatores que modificam a 
taxa de desintegração ou dissolução da preparação farmacêutica 
como o tamanho das partículas e o grau de compactação do 
comprimido. 
 
Quantidade de fármaco disponível no organismo para utilização. 
Absorção adequada não garante biodisponibilidade, devido alguns 
fármacos serem biotransformados, no fígado, antes de atingirem a 
circulação geral (metabolismo de primeira passagem). 
*****muitos medicamentos gastrointestinais são 
P1- Farmacologia Médica I 
3 Raissa Fidelis - XLVI 
biotransformados, onde normalmente, eles perdem um pouco do 
seu efeito/concentração. 
*****por exemplo: 10mg de loratadina quando são absorvidos e 
passam pelo fígado, vão ser biotransformados em desloratadina – 
5mg. 
 
Influência: resposta clínica, escolha de doses e vias de 
administração. 
Conceito: é a fração do fármaco administrado que atinge a 
circulação sistêmica. 
 
Quanto maior o tempo que o meu medicamento ficar em uma 
faixa terapêutica (nível plasmático efetivo mínimo), maior a 
eficácia do medicamento. 
Passagem da droga da circulação para os tecidos onde exerce seus 
efeitos. 
Fatores que influenciam: 
1. Dose e nível sanguíneo da droga; 
2. Ligação com proteínas plasmáticas; 
3. Permeabilidade capilar; 
4. Compartimentos hídricos; 
5. Biodisponibilidade; 
6. Bioequivalência; 
7. Barreiras orgânicas. 
É a saída do medicamento do sangue e a chegada em outros 
tecidos. O medicamento circular no sangue não é sinônimo de 
distribuição em farmacocinética. O medicamento circula enquanto 
ele estiver no sangue. Nemtodo medicamento precisa se 
distribuir. Por exemplo, anticoagulante. 
Acúmulo: o medicamento acumulado precisa sair do sangue, 
então, ele sofreu uma grande distribuição. 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
Cada fármaco possui o seu. É uma medida de capacidade do 
medicamento sair do sangue. 
Medicamento que possuem baixo Vd, tem uma maior 
probabilidade de ser filtrado pelo rim e ser eliminado. 
Clopidogrel: Vd= 5L. 
Diazepam: Vd= 120L 
Acúmulo: Se o medicamento possui um Vd alto, ele também 
possui uma maior probabilidade de ser acumulado. 
 
Quanto maior o volume de distribuição menor vai ser a 
concentração do fármaco no local destino. 
Barreiras do organismo: 
Barreira hematoencefálica 
Barreira placentária. 
Barreira glomerular e outras. 
FASES DA DISTRIBUIÇÃO 
Essas fases dependem do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo 
regional. 
Alguns órgãos recebem com mais lentidão o fármaco. 
1ª fase: Coração → Fígado → Rim → Cérebro. (mais rápida). 
2ª fase: Músculo → Maioria das vísceras → Pele → Gordura (mais 
lenta). 
Fluxo sanguíneo dos tecidos: 
 
Proteínas do plasma. 
Células. 
Ex: paciente fez uma anestesia geral, ele recebe uma certa quantidade de 
medicamento por minuto, para que mantenha a anestesia ativa. 
Algumas vezes alguns fármacos se ligam a proteínas e ficam depositados 
nos tecidos, por isso o paciente não acorda logo que tira a anestesia. 
LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E TECIDUAIS 
Forma livre 
Forma ligada – albumina/ alfa-1 glicoproteína ácida – 
reversibilidade. 
P1- Farmacologia Médica I 
4 Raissa Fidelis - XLVI 
Fração livre aumenta com: hipoalbuminemia (cirrose, síndrome 
nefrótica, desnutrição grave e uremia). 
Velhice (↓ capacidade de ligação). 
Gestação (hemodiluição). 
TECIDO ADIPOSO → TIOPENTAL → OSSO → TETRACICLINA 
LIQUIDOS INTRACELULARES (TGI – HUMOR AQUOSO). 
Fígado 
Hepatócitos na unidade microssomal. 
Citocromo P450. 
Outros – rins, TGI, pele, pulmões e etc. 
 
BIOTRASNFORMAÇÃO: essencial para o termino da atividade 
biológica e para eliminação de um fármaco do organismo. 
Os fármacos serão metabolizados em compostos mais polares. 
Tem como função: 
1. Inativar o fármaco. 
2. Podem produzir metabólitos com atividade biológica 
potente ou toxica. 
3. Metabolitos inativos produzem metabólitos de 
composto endógeno ativos. 
Biotransformação hepática: 
 
FASES DA BIOTRANSFORMAÇÃO 
Fase 1: FUNCIONALIZAÇÃO. 
Sistema de monooxigenases P450. 
Oxidação – hidroxilação – desalquilação – desaminação – hidrÓlise 
(mais reativos quimicamente – mais tóxicos – inativos). 
Fase 2: BIOSSINTÉTICAS. 
Conjugação: ac glicurônico, glutation, AA e acetato. 
Resulta em compostos inativos. 
 
Metabolismo hepático: Ativação 
 
 
Metabolismo hepático: Inativação 
 
FATORES QUE AFETAM A BIOTRANSFORMAÇÃO 
Determinantes ambientais indução e inibição: 
1. Indução enzimática; 
Glicocorticoides; Etanol; Anticonvulsivantes. 
 
P1- Farmacologia Médica I 
5 Raissa Fidelis - XLVI 
 
1. Inibição enzimática: 
Cimetidina; 
Cetoconazol. 
A inibição enzimática leva a uma redução na taxa de 
metabolismo e com isso o efeito terapêutico pode 
aumentar. 
A inibição enzimática é geralmente considerada como 
potencialmente perigosa, ou, pelo menos, indesejável. 
O cetoconazol precisa de pH ácido gástrico e a cimetidina 
interfere neste mecanismo. 
 
Outros fatores: Doenças – Idade/Sexo – Polimorfismos genéticos. 
Fígado está mais lento e atividade enzimática menor. 
• Metil dopa funciona melhor em raça negra do que na 
calcasiana, por causa do polimorfismo genético. 
 
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM (PRÉ-SISTÊMICO) 
Fígado – Parede Intestinal 
Drogas gastrointestinais podem sofrer metabolismo de primeira 
passagem. 
 
Vias: Rins, fezes, bile, leite materno, pulmão. 
Outras: suor, saliva, lágrima. 
VIA RENAL 
• Filtração glomerular; 
• Secreção Tubular ativa. 
 
Quando o fármaco chega no túbulo contornado, grande parte dele 
é reabsorvido. 
A filtração é importante, só que as vezes, esse fármaco é todo 
absorvido, daí precisa de uma proteína que possa fazer uma 
secreção tubular ativa e que manda esse fármaco de volta para a 
urina, para ser eliminado. 
• Paciente com função renal ruim, ou com hipotensão 
renal: além de chegar pouco sangue no rim, esse 
remédio vai ficar mais tempo na circulação. 
• É preciso ter uma secreção tubular ativa muito 
importante para eliminar a droga. 
 
• Uma droga que é ácida e é eliminada na urina – ela fica 
na sua forma não ionizada e precisa ser absorvida. 
• Droga básica será eliminada, mas o pH da urina é acido 
dai ela fica ionizada e tem dificuldade de passar pela 
membrana. 
Secreção tubular ativa: 
Glicoproteína C e proteína do tipo 2 associada a multirresistência 
(MRP2). 
São proteínas carreadoras para secreção do fármaco. 
 
P1- Farmacologia Médica I 
6 Raissa Fidelis - XLVI 
 
Excreção Renal: 
pH e o grau de ionização; 
Tratamento de intoxicação farmacológica. 
Alcalinização ou acidificação adequada da urina. 
PROBENICIDA X PENICILINAS (ÁCIDAS) 
A probenecida pode aumentar as concentrações plasmáticas e a 
meia vida das penicilinas. O mecanismo é a inibição competitiva 
pela probenecida que interfere na secreção tubular renal das 
penicilinas, devido acidificar a urina, assim facilitando a 
reabsorção posterior a sua secreção. 
É o tempo que leva para que metade da droga seja eliminada do 
corpo. 
Importância: 
É usada para avaliar o tempo durante o qual se espera que a droga 
permaneça no corpo após a última dose. 
O tempo necessário para que uma droga atinja seu estado de 
equilíbrio dinâmico. 
(quando a taxa com que a droga entra no corpo é igual a taxa da 
droga que sai do corpo). 
Número de doses diárias. 
Estado de equilíbrio estável: 
Eliminação da droga = a taxa de disponibilidade da droga. 
 
São necessárias aproximadamente cinco meias-vidas para que 
97% da droga seja eliminado do corpo (a despeito da duração da 
meia-vida). 
Logo, se alguém desejar trocar o medicamento do paciente por 
outra medicação, mas não tem ambas as drogas presentes em 
quantidades substanciais, o médico deve aguardar cinco meias 
vidas antes de administrar a segunda droga. 
São necessárias cinco meias-vidas para que uma droga alcance o 
estado de equilíbrio.

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