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¿Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este têm por seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presença põem logo o joelho no chão e batem as palmas das mãos em sinal de seu reconhecimento e protestação de sua excelência; [ a cidade de Macaco] está fortificada por um cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia de armadilhas de ferro e de covas tão ardilosas que perigará nelas a maior vigilância; ocupa esta cidade dilatado espaço, formado de mais de 1.500 casas.¿
O fragmento acima explica parte do funcionamento do Quilombo de Palmares sobre a autoridade de Ganga Zumba. Desta citação podemos aferir que:
I - Ganga Zumba era a autoridade local e respeitado por todos.
II - Este fragmento expressa a organização do quilombo baseada, provavelmente, na descrição de um estrangeiro.
III - O texto apresenta o Quilombo como um espaço organizado e formado por um grupo bem grande.
	
	
	
	Apenas I está correta.
 
	
	
	Todas estão corretas.
	
	
	Apenas III está correta.
	
	
	Apenas II está correta.
	
	
	Apenas I e II estão corretas.
	
Explicação:
Não dispomos de descrições sobre os quilombos deixadas pelos próprios habitantes. Sua história foi contada pelos vencedores, não pelos vencidos. Pela descrição percebemos que a comunidade era bem organizada e havia uma liderança, Ganga Zumba, identificada com um monarca, um rei.   
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Pertencer a uma Irmandade negra significava:
	
	
	
	Obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para fugir dos senhores.
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e recebimento da carta de alforria em cinco anos;
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra fugas e ajuda para a compra da carta de alforria;
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para a compra da carta de alforria;
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção nos quilombos e ajuda para a compra da carta de alforria:
	
Explicação:
Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa.
 
Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade.
 
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		3.
		Os indígenas causaram muito espanto aos colonizadores por seus hábitos diferentes e considerados inferiores. Com relação à religião, sobretudo, havia um grande desconforto dos europeus em virtude das crenças que eles professavam. Sobre a religião dos indígenas é correto afirmar que:
I - Eram politeístas e suas divindades eram representações de forças da natureza.
II - Eram adeptos da poligamia visto que não existia qualquer interdição moral a esta prática.
III - Eram facilmente convertidos pelos jesuítas.
	
	
	
	Apenas a opção III está correta.
	
	
	Apenas a opção II está correta.
	
	
	Apenas a opção I e II estão corretas.
	
	
	Apenas a opção II e III estão corretas.
	
	
	Apenas a opção I está correta.
	
Explicação:
A aproximação entre portugueses e indígenas foi marcada por muitos confrontos. Uma das principais questões era a diferença entre as religiões professadas por um e outro. Os portugueses buscavam a conversão forçada por não respeitar as peculiaridades do outro. São pontos que merecem destaque em relação ao sistema de crença indígena o politeísmo, onde os deuses eram representados por forças da natureza e ainda, a inexistência de interdições morais a práticas como a poligamia e, e entre algumas tribos, à antropofagia.  
	
	
	
	 
		
	
		4.
		O filme Cafundó (2004) de Paulo Betti e Clóvis Bueno é baseado em fatos reais e trata sobre uma experiência de sincretismo religioso desenvolvida em Sorocaba, estado de São Paulo, durante o século XIX. Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo.
Sobre o sincretismo religioso, qual das afirmativas abaixo está correta:
	
	
	
	Por conta do sincretismo religioso os escravos se recusavam a passar pela catequese.
	
	
	O sincretismo religioso significa manter plenamente puras suas religiões.
	
	
	No processo de sincretismo religioso ocorre a introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica. Assim proibidos de praticar sua própria religião abertamente, os escravos mesclavam sua religião com o catolicismo.
	
	
	Com o sincretismo religioso os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se converterem ao catolicismo.
	
	
	No sincretismo religioso existe o abandono total das práticas religiosas e culturais natais das populações escravas e indígenas.
	
Explicação:
O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam-na com o catolicismo.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		De modo geral, a escravidão nunca se estabeleceu sem ter a resistência do grupo subjugado. No caso do negro africano é possível identificar as seguintes formas de resistências:
	
	
	
	religiosa, voluntária, individual
	
	
	jurídica, religiosa e quilombos
	
	
	partidária, religiosa e quilombos
	
	
	quilombos, jurídica, banzo
	
	
	banzo, quilombos e religiosa
	
Explicação:
 
Banzo
Estado de depressão profunda que pode levar à morte.
 
 
Quilombos 
Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. 
 
Religiosa
 
Revolta dos Malês  
Esse movimento, que teve a participação de escravos e libertos africanos de diferentes origens, guarda a particularidade de ter comportado um grande número de africanos nagôs na suaorganização. Os nagôs eram africanos muçulmanos e por isso muitos deles sabiam ler e escrever em uma época em que a maioria dos homens brancos e livres não sabia assinar o próprio nome.  Após diversos encontros e reuniões marcados em becos ou em casas sublocadas da cidade, a revolta foi marcada para o dia 25 de janeiro de 1835, dia de Nossa Senhora da Guia. A data foi especialmente escolhida porque as festas religiosas permitiam que os escravos pudessem andar com mais facilidade pelas ruas de Salvador, o que despistaria as autoridades.   No entanto, na noite anterior, a revolta foi delatada para a polícia que imediatamente iniciou a busca pelos revoltosos: diversas patrulhas foram colocadas nas ruas e depois de algumas buscas os policiais encontraram sessenta africanos reunidos no porão de um sobrado. Pegos de surpresa, os africanos tiveram que antecipar o momento da batalha e saíram às ruas chamando os demais escravos para a luta.  Embora o número de escravos que aderiu à luta tivesse sido alto, as autoridades (que estavam preparadas) conseguiram controlar o levante. Depois do reconhecimento dos principais líderes ― três escravos e dois libertos, todos africanos ―, os revoltosos receberam diferentes punições. Os líderes do movimento foram fuzilados, diversos africanos livres foram deportados para a África e a maioria dos escravos foi açoitada em praça pública e depois entregue aos seus senhores. Mesmo com um desfecho trágico para seus participantes, o levante dos Malês fez com que as autoridades redobrassem sua atenção e o controle sobre a população escrava, sobretudo na província da Bahia.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Os africanos possuíam uma forma de religiosidade bastante distinta da imposta pelos colonos europeus. Para preservar alguns elementos dessa religiosidade eles empregaram uma forma de "camuflá-la" denominada:
	
	
	
	mutualismo
	
	
	hibridismo
	
	
	sincretismo
	
	
	aderentismo.
	
	
	conversionismo.
	
Explicação:
O Brasil colonial foi palco de umas séries de conflitos pelo modo como os portugueses ocuparam as nossas terras, e em contato com povos tão diferentes em uma terra que não era nativa de qualquer um dos envolvidos acaba por dar origem a um movimento de adaptação cultural complexo.
Com relação aos negros, ficou claro que entenderam que precisam camuflar, isto é, escondendo os seus cultos dentro da religião católica, gerando uma nova religião, dessa forma ficava preservada a sua ideologia para que não fosse cruelmente reprimida pela política obrigatória da religião católica e de alguma maneira. Concluindo essa saída foi estratégica, para despistar a sua associação com as divindades africanas às santidades europeias. Sendo também uma forma de RESISTÊNCIA.
É dessa forma que se justifica a resposta da questão, pois, foi graça ao SINCRETISMO que os negros puderam manter características típicas de suas doutrinas-base, sejam rituais, superstições, processos, ideologias e etc.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		7.
		Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiam pois:
	
	
	
	O pajé conseguia materializar os espíritos da floresta, criando uma epifania sem igual no mundo cristão.
	
	
	A tradição do Pajé dizia que a mensagem dos missionários não era falsa, mas a ressignificação para o grupo, gerando sua irritação.
	
	
	Eles eram os guerreiros, então o fato dos brancos utilizarem seus serviços criava uma dúvida na divindade cristã.
	
	
	Os missionários tinham como prática assassinar o pajé quando chegasse, criando um afastamento dos demais índios.
	
	
	Existiam um panteão e uma gama de rituais religiosos arraigados na identidade e organização dos grupos.
	
Explicação:
Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiram desconstruir o panteão e os rituais religiosos de muitas sociedades indígenas com as quais entraram em contato.
		
	Gabarito
Comentado
	
	
	
	
	 
		
	
		8.
		As fugas que pretendiam negar a escravidão tinha como fim:
	
	
	
	Uma tentativa de alcançar uma vida diferente com um novo senhor.
	
	
	Uma alternativa de virar escravo de ganho na cidade.
	
	
	Uma alternativa para viver fora do cativeiro.
	
	
	Uma tentativa de subir para os morros e favelas, reduto onde eram protegidos.
	
	
	Uma alternativa tentando se alistar no exército brasileiro.
	
Explicação:
A fuga foi uma das formas mais utilizadas para resistir à escravidão, sendo uma estratégia de resistência tão frequente que os senhores utilizaram diferentes formas de lutar contra ela.
Nas regiões rurais era comum que os senhores contratassem os capitães do mato ¿ homens especializados em recapturar escravos fugidos. Já nos grandes centros urbanos, a captura de escravos cava sob a incumbência da polícia. Os jornais das vilas e cidades eram repletos de anúncios feitos pelos senhores que não só denunciavam as escapadas dos escravos, como ofereciam a descrição física do fugitivo e muitas vezes algum tipo de recompensa para quem o encontrasse. Quando a captura do escravo fugido ocorria, os senhores costumavam aplicar castigos físicos violentos e obrigar o escravo a usar uma gargalheira que servia como símbolo de escravo fugido. No entanto, a despeito das punições, a fuga foi uma estratégia amplamente praticada por aqueles que viviam no cativeiro.

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