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1° Prova Macroeconomia I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – CCSo
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA – DECON
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – CCE
VERIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Teoria Macroeconômica I (1ª Avaliação, 10.08.2021)
DUPLA: Karoline Kelly Cunha da Silva e João Pedro Câmara Pereira
Questões:
1ª-Da apresentação do economista Adroaldo Moura da Silva a Keynes e à sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda destaque os aspectos essenciais: 
a) 	Da vida ou biografia resumida de Keynes;
	R: Keynes nasceu e cresceu num ambiente familiar burguês típico de seu tempo, com pais sendo suficientemente abastados para lhe fornecer acesso às últimas novidades em termos de cultura, uma educação formal privilegiada e uma juventude agitada junto a outras personalidades que viriam a se tornar figuras públicas tão expressivas quanto o próprio Keynes, em variados campos. O incentivo ao estudo da literatura, das artes plásticas e das artes cênicas, desde muito cedo, inculcaram em Keynes a admiração pelas maravilhas do mundo artístico. Além de sempre estar atento a qualquer possibilidade de aquisição de obras raras, como quadros e livros - valendo-se, inclusive, de seus cargos no funcionalismo público para tal -, em um momento de sua vida, Keynes chegou a fundar um teatro em Cambridge - uma demonstração genuína do seu caráter beletrista. Quando foi-lhe requisitada a realização de estudos sistemáticos, na Universidade de Cambridge, Keynes não abandonou sua paixão pelo mundo da cultura, realizando verdadeiras análises humanísticas - o que é mais incrível - acerca de problemas matemáticos. Toda a vasta formação intelectual, conjugando diversos campos do conhecimento, os estudos sob a orientação de nomes como Marshall e a atuação profissional em cargos públicos do alto escalão, possibilitaram a Keynes experiência suficiente para a escrita de obras cujas contribuições teórico-metodológicas o destacariam na história do pensamento econômico.
	Dentre seus trabalhos, o mais expressivo, evidentemente, foi o Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, pelo o que representou tanto para a teoria econômica quanto para a elaboração de políticas econômicas que reorganizariam a economia mundial no pós-guerra. Porém, antes disso, Keynes já havia publicado alguns livros e panfletos que já destacavam seu gosto pela polêmica, como As Consequências Econômicas da Paz, escrito enquanto Keynes representava o Tesouro Britânico na Conferência da Paz, em 1919. Até a elaboração da sua magnum opus, entretanto, Keynes ainda era um mero reprodutor dos ensinamentos da escola neoclássica, personificada em Marshall, seu grande mestre. Aliados a discussões com grupos de estudo, formados por nomes como Sraffa e Joan Robinson, os estudos para a escrita de seu Treatise on Money, publicado em 1930, forneceram a Keynes o germe analítico que o levaria às concepções presentes em sua Teoria Geral. Aliás, sua ligação com outros eminentes acadêmicos de Cambridge, que também estavam engajadas num movimento de crítica à ortodoxia econômica, sempre lhe rendeu bons frutos, ou na forma de elogios, ou na de críticas rigorosas, que empurravam Keynes de volta ao escrutínio atento de suas proposições. Publicada sua Teoria Geral, a fama de Keynes espalha-se para além da Grã-Bretanha, adentrando os corredores das universidades da Europa continental e da América do Norte: além dos seguidores já existentes na própria Cambridge, outros grandes nomes se manifestam à época: Samuelson, do outro lado do Atlântico, e Schumpeter, embora reticente ao suposto risco que Keynes representava às suas próprias contribuições à Economia.
	Antes de morrer em 1946, Keynes, devido aos seus problemas cardíacos, é obrigado a diminuir sua carga de trabalho. Suas últimas participações em eventos de importância mundial são na Conferência de Bretton Woods, em 1944, novamente como representante do Tesouro Britânico, e na Conferência de Savannah, berço efetivo do FMI e do Banco Mundial. Keynes não legou nenhuma prole ao mundo, porém suas contribuições intelectuais ao entendimento de eventos-chave do início do século XX germinaram inúmeros trabalhos, nem todos pertinentes, infelizmente, que continuam sendo essenciais aos problemas econômicos dos dias atuais.
b) 	Das inovações e encaminhamentos de soluções para os problemas de ordem teórica (acadêmica) e prática (no campo da política econômica);
	R: Keynes, embora um profundo defensor da capacidade racional do ser humano de lidar com questões cotidianas, seja na esfera econômica ou em outros campos da vida, não se deixou impressionar pelos milagres dos mercados “auto-regulados” e das decisões auto-interessadas das pessoas. Não havia nem possibilidade para tal, pois Keynes era testemunha ocular do caos em que a economia mundial se encontrava após 1929. Seus anos de estudo atento o levaram a ressaltar aquilo que era óbvio (embora o discurso dominante dos economistas pendesse para uma opinião contrária): o sistema capitalista tem um caráter intrinsecamente instável, o que refuta a tese da suposta harmonia existente entre o egoísmo dos agentes econômicos e o bem-estar da humanidade. Toda a Teoria Geral é repleta de sagacidades, sendo uma das mais significativas o destaque dado ao caráter incerto da vida econômica sob o capitalismo. Para tratar do problema do emprego, Keynes volta à questão da demanda, dessa vez tratada como demanda efetiva. De forma breve, ele aponta que os níveis elevados de desemprego eram resultado da deficiência de demanda efetiva. Ao aprofundar sua explicação, Keynes passa a rechear o corpo de seu texto com inúmeras variáveis, todas mantendo expressiva inter-relação entre si. Quanto à demanda em si (tomada de um ponto de vista geral, agregado), Keynes divide-a em demanda para bens de consumo e para bens de capital. Ambas mantêm relação profunda com a taxa de juros, porém a primeira é condicionada pelo rendimento dos agentes econômicos, enquanto que a segunda é determinada pelas expectativas de lucros futuros daqueles responsáveis pela realização dos investimentos. Aqui, Keynes já demonstra como o funcionamento da economia capitalista lida inequivocamente com estimativas e prenúncios sobre o futuro: sendo uma economia monetária, a moeda é central para o seu funcionamento; porém, nenhum agente econômico é capaz de exercer total controle sobre tal coisa como a moeda. Como o motor das economias capitalistas é a acumulação, para que se acumule (de forma produtiva), há que se investir (adquirir bens de capital para produção de novos bens de consumo e de bens de capital), e a ação de investir requer, por seu turno, lidar com ganhos que só serão auferidos nalgum momento futuro. O investimento, em suma, é uma decisão de suspender a posse de um ativo de alta liquidez como o dinheiro, durante um intervalo de tempo, na expectativa de que os rendimentos a serem obtidos compensem os custos e o risco dessa iniciativa. Portanto, quando os sinais (...)
2ª-Enumere e explique os principais postulados da Economia Clássica que foram criticados por Keynes na Teoria Geral;
R: Keynes passa seus anos de formação sob a orientação de intelectuais como Marshall e Pigou, dois dos maiores representantes do que viria a ser conhecida como a escola neoclássica do pensamento econômico. Por isso, antes de juntar-se a outros acadêmicos de Cambridge, como Sraffa, no movimento de crítica aos postulados neoclássicos, afirma-se que a instrução intelectual de Keynes foi de base neoclássica. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda foi sua grande contribuição à Economia como campo de estudo e ao movimento citado anteriormente. Keynes, contudo, fundamentando-se - com certo equívoco - numa classificação feita por Marx, acaba elencando, na sua crítica, uma variedade de estudiosos, desde Say e Stuart Mill (autores clássicos) até os neoclássicos (Pigou especialmente). A despeito dessa atitude de Keynes, sua teoria logrou, de forma lógica, repudiar noções datadas que ainda ecoavam nos corredores de Cambridge e na administração pública da Grã-Bretanha. Vejamos detalhadamentesuas críticas.
	A teoria econômica clássica, na leitura de Keynes, fundamentada na lei de Say, toma como princípio o cenário de pleno emprego de todos os fatores de produção. Neste último, assume-se que não há interrupção significativa da reposição da renda no sistema, isto é, toda a renda, seja na forma de salários ou de lucros, é reposta na economia. Toda a renda, em suma, é consumida, o que mantém todos os fatores de produção permanentemente empregados. Mesmo quando há poupança, os clássicos a interpretam como uma forma de gasto, posto que, para eles, poupar é gastar em meios de produção. A partir dessa lógica argumentativa, chegou-se à máxima de que toda a oferta cria sua própria demanda. A fim de sustentarem essa premissa com mais afinco, os autores clássicos, explica Keynes, anunciam uma série de mecanismos automáticos que supostamente regulariam a vida econômica, consertando possíveis erros, como a produção excessiva. Um desses mecanismos é o abandono, por parte dos empresários, daqueles ramos de produção em que os níveis esperados de lucro não estão se realizando; migra-se, simplesmente, para outro ramo de produção. Ainda assim, um cenário de crise e, consequentemente, de desemprego, não é vislumbrado.
	Em relação ao desemprego em si, Keynes relembra que para os clássicos, não havia desemprego involuntário - uma interpretação derivada da noção de que toda a oferta cria sua própria demanda. Os cenários possíveis seriam, para os clássicos: I) desemprego voluntário, que, em última instância, não era considerado desemprego, porque alguém que se negue, voluntariamente, a trabalhar - como no caso de uma greve -, não era considerado um desempregado; II) desemprego friccional, que ocorre devido a imperfeições temporárias no mercado de trabalho, por exemplo. 
A despeito do quão elaboradas fossem suas elaborações teóricas, os clássicos ainda esbarravam em situações de desemprego involuntário alarmantes, como a da década de 1930. Então, num sinal claro de obstinação às ideias que fizeram suas carreiras, passam a culpar as associações trabalhistas pelo caos instaurado. Keynes, nesse ponto, cita especificamente Pigou, e algo do Marshall. Pigou, especialmente, ataca a atuação sindical e a intervenção governamental, pois, para ele, ambas retiravam da economia a possibilidade de ajustar o desemprego através da competição perfeitamente livre. Esta última faria com que os salários descessem, sob a pressão do desemprego, o que levaria, em algum momento, ao emprego daqueles sem trabalho. Isto é, os empregadores, conforme o nível de salários fosse diminuindo, sentiriam-se cada vez mais incentivados a empregar mão de obra, sem sofrer os empecilhos das políticas sindicais. Keynes rechaça essa interpretação, afirmando que a mesma era retrógrada, refratária aos avanços políticos e insensível à classe trabalhadora.
Então, começando pelas ideias expostas neste último parágrafo, assim fica a crítica de Keynes aos clássicos: o volume de emprego não é determinado pela relação entre operários e patrões, mas, sim, pela demanda efetiva - aquela para a qual existe capacidade real de pagamento pelos bens e serviços. É central na teoria de Keynes a relação existente entre o nível geral de demanda efetiva (formada por: gasto para consumo e gasto para inversão) e a possibilidade de investimento, porque, com base na decisão dos empresários de investir - a qual gera um nível geral de investimento -, ter-se-á um nível geral de demanda efetiva, que, por sua vez, determina o nível geral de produção daquela economia. Esta última, então, condiciona o nível geral de emprego (demanda por trabalho). Dito de outra forma, a insuficiência de demanda efetiva acarreta um menor incentivo à produção, o que resulta em ofertas de emprego mais escassas, dado que o cenário para os empregadores é de insegurança. Portanto, para Keynes, não é o mercado de trabalho que determina o emprego, como Pigou defendia, mas, sim, em última instância, o grau de demanda, entendida como desejo e possibilidade de comprar, daquela economia. Ademais, era evidente que o cenário de pleno emprego dos economistas clássicos era apenas um caso limite dentro da teoria econômica, raríssimo de acontecer, além de não apresentar utilidade teórica à leitura do mundo.
3ª-Depois de realizada a discussão, elabore um resumo, conforme é estabelecido pela metodologia da pesquisa, que contenha 500 (quinhentas) palavras, e, destaque as palavras chaves; 
R: As contribuições teóricas de Keynes foram tão revolucionárias no pensamento econômico, pois defendiam uma leitura da realidade que contrastava significativamente com as práticas até então dominantes. A formação mesma de Keynes havia ocorrido sob os auspícios do grande representante da economia neoclássica, Marshall. No movimento de crítica a esta última, Keynes desempenhou papel central, com o seu Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Nesta, que foi sua magnum opus, Keynes logrou relacionar, logicamente, todos os três elementos presentes em seu título (emprego, juros e moeda), a fim explicar o que determinava o volume geral de emprego num dado momento, refutando as teses neoclássicas de pleno emprego, fundamentadas na lei de Say e numa visão retrógrada sobre a atuação sindical e interferência estatal. Keynes, também, especificou que sua explicação abarcava a economia como um todo, por isso o uso recorrente do termo geral nas suas categorias analíticas. A explicação do emprego, para Keynes, então, residia na relação entre demanda efetiva, nível geral de investimento e, consequentemente, nível geral de produção de uma dada economia.
Palavras-chave: Keynes; emprego; demanda efetiva.
4ª-Apresente, analise e interprete as principais ideias de Keynes, e, que dão fundamentação e sustentação à Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda;
R: Suas idéias principais são: o caráter geral da sua teoria, o papel do dinheiro, a relação entre juros e dinheiro, o investimento e a incerteza acerca do futuro. No primeiro Keynes aponta o fato da teoria clássica não explicar todos os casos em geral, e portanto não é capaz de explicar a realidade, os clássicos acreditam no pleno emprego, todavia Keynes diz que dado o caráter flutuante da economia o desemprego sempre irá existir. 
Ademais, o papel do dinheiro para o autor é de suma importância para a determinação do emprego e produção no conjunto do sistema econômico, para o mesmo o dinheiro possui três funções: de troca, unidade de conta a de reserva de valor ou acumulação, sendo esta última a mais importante onde a pessoa objetiva obter lucro no futuro dessa forma o dinheiro para Keynes é improdutiva só que pode se tornar produtiva conforme acontecem mudanças no mercado. Também, a terceira ideia tem haver com esta última, diz respeito aos juros como recompensa para não entesourar dinheiro ou como a recompensa pelo ato de poupar, o indivíduo estará adiando o seu consumo. A taxa de juros depende da preferência à liquidez que é a quantidade de dinheiro na economia, quanto maior for a procura por dinheiro maior será a taxa de juros e vice versa, essa também depende da eficácia marginal do capital que nada mais é do que a previsão de lucros ao longo da atividade produtiva.
No tocante ao investimento, este é o fator que vai efetivar o emprego, dado que só se faz uma oferta de produto empregando trabalhadores, logo aquilo que se projeta e coloca em prática de produção gera emprego. Se numa sociedade temos investimento igual a poupança podemos considerar que a economia vai bem, e se o investimento for maior que a poupança temos uma economia crescente nesse lugar, porém quando temos investimento menor que a diferença entre produção e consumo nesse caso possuímos uma condição onde a oferta agregada é menor que a demanda agregada e portanto irá ocorrer desemprego, por conseguinte na teoria geral de Keynes o investimento é que vai explicar o nível de emprego.
Ainda mais, o autor dá ênfase para o problema do empresário na tentativa de prever com exatidão se ele irá obter os retornos esperados, quando isso aconteceé chamado de ponto ótimo aqui ele conseguiu tudo que ele esperava e por isso ele empregou o volume N (nível de trabalho) para produzir Z que ele produziu acertando exatamente sua projeção, todavia esse ponto ótimo é muito difícil de conseguir ocasionando em erros de previsão para mais ou para menos, e mesmo nesse caso de acerto, segundo Keynes não teremos emprego máximo.
5ª-Tal como na 3ª questão elabore um resumo que englobe essas ideias, expressando o aspecto geral (total, holístico) proposto por Keynes na Teoria Geral, e, destaque as palavras chaves;
 Como a teoria clássica só explicava um caso isolado ela não tinha muita serventia na realidade, se fazia necessário a elaboração de uma teoria geral e foi isso que Keynes se dispôs a fazer, na sua teoria geral o mesmo com base em seus estudos explica o que de fato determina o volume de emprego em um momento dado, seja o pleno emprego, desemprego amplo ou moderno. Na teoria de Keynes o dinheiro exerce três funções: a de troca, unidade de conta e também a de reserva de valor ou acumulação, o autor dá uma importância maior a função de acumulação do dinheiro, a preferência das pessoas que possuem riquezas em guardar o seu dinheiro em poupança acaba prejudicando a riqueza social real por se tratar de dinheiro improdutivo. 
Ademais, Keynes fala que para as pessoas pouparem seus dinheiros elas devem receber uma recompensa já que ficam inquietas quando o seu dinheiro não está em suas mãos dado que no momento em que elas poupam estão adiantando um consumo, a recompensa por isso vem na forma de juros, estes são a recompensa dada ao dono do dinheiro por não entesourar, essa poupança é aplicada em outros ativos e não na moeda.
A taxa de juros segundo Keynes depende da preferência à liquidez (riquezas em forma de dinheiro), quanto maior essa maior será a taxa de juros a ser paga às pessoas que pouparam. Diante disso, Keynes fala sobre as três motivações fundamentais para que as pessoas desejassem utilizar suas riquezas na forma líquida, a primeira diz respeito a transação ou troca de caráter ordinário que é frequente no dia a dia como o ato de efetuar uma compra. A segunda motivação é a precaução, essa por sua vez diz que é preciso possuir recursos necessários para situações imprevisíveis, ou seja, ter dinheiro sempre disponível procurando evitar ou resolver problemas que podem aparecer. Na terceira motivação está a especulação dita como a mais importante, nela a pessoa poderá a partir da disposição do dinheiro conseguir um lucro que supere suas expectativas, apesar de ser um dinheiro improdutivo a priori, quando ocorre situações no mercado que podem alterar a realidade do dinheiro tornando-o produtivo.
No tocante ainda em relação à taxa de juros, o investimento depende dela ,de acordo com a perspectiva keynesiana, o investimento jamais pode ser restringido por insuficiência de poupança. Na verdade, o que pode restringi-lo é a insuficiência de moeda ou, dizendo de outra forma, o “excesso relativo” de preferência por liquidez dos bancos e investidores privados, não compensado pela oferta de crédito público,dado que quanto maior for a procura por dinheiro maior será a taxa de juros e vice versa. 
Como o futuro econômico é incerto, os possuidores de dinheiro tendem a poupar suas riquezas na forma dinheiro objetivando obter lucros futuros, há incerteza relativa a taxa de juros. Segundo Keynes, mesmo quando o empresário acerta exatamente sua projeção ( o que é muito difícil) não há pleno emprego. As previsões na maioria das vezes resultam em erros para mais ou para menos.
Palavras-chave: Caráter geral da teoria de Keynes; Papel do dinheiro; Relação entre juros e dinheiro; Investimento; Incerteza acerca do futuro.
6ª-Explique o que significa para a Teoria Geral de Keynes o conceito “princípio da demanda efetiva”.
O objetivo da teoria geral de Keynes é explicar o que define o nível de emprego da economia e com isso também o nível de produção, dado que só se emprega capital ou pessoas visando produzir algo, e é através do princípio da demanda efetiva que podemos verificar o que vai definir qual será o nível de emprego e de produção.
O nível de emprego depende do total de lucro, renda e provento, que os empresários esperam ter ao empregarem determinado número de trabalhadores para produzir (oferta da economia). Na função da oferta agregada Z= f (N) Keynes diz que ela está diretamente ligada ao nível de emprego da economia, dado que são necessários trabalhadores para produzir tudo o que existe na economia desde os fatores de produção até o produto final. Os empresários quando decidem colocar em ação um certo volume de oferta e empregar trabalhadores que irão gerar essa oferta, certamente eles estão esperando receber lucro quando produzem isso, o ato de se produzir algo decorre de um ato de demanda via investimento, quando se investe a produção é criada e nesse ato de investir e ter produção os empresários empregam mão de obra.
Ademais, no que diz respeito a demanda agregada esta por sua vez é o que os empresários esperam receber das vendas realizadas da oferta agregada, produzidas por determinado nível de emprego, dito de outra forma: os empresários esperam vender o que produziram de acordo com o que eles veem na economia como sendo a renda que irá comprar o produto que eles lançarem no mercado. Quando isso se generaliza entre muitos empresários, obtemos a função de demanda agregada D = f(N) que também depende do nível de emprego existente na economia, diante do fato de que se há emprego há renda que posteriormente servirá para comprar os produtos do mercado. Podemos verificar que o ato de investir contrata um determinado volume de trabalhadores, esse último sendo contratado para produzir o que será a oferta da economia recebe a recompensa pelo seu trabalho que é a renda, e ao obter renda obtém o poder de demandar.
Contudo, quando a oferta agregada e a demanda agregada se encontram conseguimos então o ponto de demanda efetiva D = f (N) = N, tal ponto será de equilíbrio quando o empresário conseguiu efetivamente receber tudo o que o mesmo esperava, e justamente por esperar receber ele empregou o volume N de trabalhadores para produzir o volume Z, ele acertou exatamente a sua projeção, esse é o ponto em que a demanda agregada absorveu determinada oferta, quando todo o planejamento dos empresários foi em sua totalidade demandada pelo conjunto de renda existente na sociedade que obviamente depende do volume N empregado. Cabe ressaltar que o ponto ótimo dificilmente é obtido, quando acontece, segundo Keynes foi mais por questão de sorte, sendo que na maioria das vezes acontece erros de previsão para mais ou para menos.
7ª-Considerando a equação Y=C + S=I, caracterize as relações que são estabelecidas entre investimento, poupança e rendimento (Y=rendimento, renda agregada; C=consumo agregado; S=I, poupança agregada e investimento agregado como igualdades resultantes da dinâmica ou funcionamento do sistema capitalista); 
O que vai definir o comportamento do consumo é a renda, diante do fato de que só vai existir consumo quando existir renda, a relação entre essas duas variáveis está no consumo como sendo a variável explicada e a renda como variável explicativa, Keynes vai denominar essa relação de propensão marginal a consumir, que é o quanto da renda é convertido em consumo. Diante disso, Keynes discorre sobre a lei psicológica fundamental que explica essa propensão a consumir, tal lei diz que toda vez que a renda varia positivamente varia mais do que o consumo, e isso acontecendo constantemente indica que a cada valor novo adicionado à renda que uma pessoa ganha, essa faz um consumo sem utilizar o valor novo, e então temos que a renda é maior que o consumo, indicando que existem bens e serviços que não estão sendo consumidos, e se essa ação acontece todas as vezes em que a renda aumenta é criada a poupança S. 
A existência da poupança revela que há uma parte da produção destinada ao consumo que não está sendo consumida gerando um estoque indesejado pelo empresário, o motivoda renda ter aumentado foi ter sido elevada a produção e esta por sua vez é destinada ao consumo ou investimento. Logo, se as pessoas estão poupando ao invés de consumir, temos a chamada “insuficiência de demanda efetiva”, o que acaba prejudicando e muito os empresários, para corrigir isso entra em ação o investimento que vai demandar essa poupança visando manter a demanda efetiva em um nível suficiente para que a atividade econômica continue funcionando evitando os ciclos de decaimento, por esse motivo o investimento para Keynes é a chave para que a economia continue atuando bem. Segundo o autor se a diferença entre oferta e consumo for igual ao investimento a economia está funcionando bem, e quando essa diferença for menor que o investimento a economia é crescente, já quando o investimento é menor que essa diferença encontramos a condição em que a oferta agregada é maior que a demanda agregada e nesse ponto os empresários vão ter que desempregar, o que nos leva a conclusão de que é o investimento que explica o nível de emprego na economia.
8ª-Quais os determinantes do rendimento (renda=Y), do consumo (Ca) e do investimento (Sa=Ia);
O determinante do rendimento (renda=Y) é a procura efetiva ou demanda efetiva que acontece quando a oferta absorve uma determinada quantidade da demanda agregada, dito de outra forma: o rendimento total da sociedade depende do nível de emprego na economia, dado que o custo ao produzir algo é a renda do trabalhador. Já no caso do consumo (Ca) seu determinante é a propensão a consumir que é o que os empresários esperam que a comunidade gaste em consumo de acordo com as características dessa comunidade, diante disso, o consumo depende do montante da renda agregada e consequentemente do nível de emprego da economia, todavia isso não se aplica quando ocorre mudanças na propensão a consumir. 
No que diz respeito aos determinantes do investimento (Sa=Ia) esses são representados pela taxa de juros que é a recompensa por não entesourar e a eficiência marginal do capital ou eficiência marginal dos equipamentos que significa a provisão de lucros ao longo da atividade econômica, dado que o investimento depende do lucro futuro que o empresário espera receber.
9ª-Enumere os conceitos que carregam consigo um significado prático na Teoria Geral de Keynes, ou seja, destaque e explique as variáveis independentes, e, ao mesmo tempo, estratégicas e intrínsecas à estrutura do pensamento desse que foi um dos mais relevantes Economistas do século XX;
R: 
I) Propensão a consumir: é o que os empresários esperam que a comunidade gaste sua renda em consumo com base nas características dessa comunidade, diante disso, o consumo depende do montante da renda agregada e consequentemente do nível de emprego da economia, todavia isso não se aplica quando ocorre mudanças na propensão a consumir.
II) Preferência pela liquidez: é a quantidade de dinheiro disponível na economia, quanto maior for o desejo das pessoas em possuir dinheiro maior ela será e consequentemente também a taxa de juros. O autor aponta três funções fundamentais para que as pessoas tenham preferência à liquidez: a primeira é a transação ações de troca que estão no dia a dia que necessitam de dinheiro disponível; a segunda função é a precaução que ao aparecer algum problema onde seja necessário o uso do dinheiro físico, tê-lo em mãos resolveria facilmente; a última função é a mais importante para Keynes se trata da especulação ou acumulação, forma de dinheiro improdutivo de fácil acesso mas que pode se tornar produtivo de acordo com as situações que aparecem mudando o mercado.
III) Eficiência marginal do capital: também chamada de eficiência marginal dos equipamentos, diz respeito à provisão dos lucros no decorrer da atividade produtiva.
10ª-Destaque, analiticamente, qual a essência que se encontra na tese “O paradoxo da pobreza e da abundância potencial”;
R: Keynes utiliza esse paradoxo para ilustrar a centralidade do princípio da demanda efetiva numa economia capitalista. A decisão de poupar cada vez mais, isto é, de adiar o consumo de bens e serviços, por uma série de razões, afeta o processo de produção, desacelerando-o, posto que, se se está consumindo menos, decidir-se-á por produzir menos. Em algum momento, esse efeito em cadeia atingirá os níveis gerais de emprego, pois os empresários terão menos incentivos a ofertar postos de trabalho, já que seus rendimentos estão decaindo (tal como os dos empregados) e as expectativas de reavivar a economia estão em baixa. Dessa mesma forma, caem os níveis de investimento, pelas mesmas razões, já que tudo está interligado. Sendo assim, Keynes explica que numa comunidade pobre, uma situação de pleno emprego dos fatores de produção é facilmente atingida, pois parte significativa da renda de sua população é direcionada ao consumo (já que rendimentos apertados, além de não combinarem com gastos em frivolidades, deixam pouco espaço para poupança), o que implica na compra e uso contínuo do que se está produzindo - ou seja, não há crise de realização, o mal maior das depressões -, e isso gera incentivos ao investimento em bens de capital por parte dos empresários. Keynes ainda ressalta que, como a estrutura de bens de capital dessas regiões costuma ser pífia, não há maiores problemas em apenas uma pequena parte dos rendimentos ser voltada à atividade de investir, porque os incentivos para a mesma serão fortes. Quanto mais as comunidades enriquecem, mais os entraves à realização de investimentos e, consequentemente, à manutenção de elevados níveis de emprego aparecem. Isso porque, em comunidades ricas, a população tenderá a direcionar parte considerável do seu rendimento à poupança, o que aumenta o hiato existente entre o rendimento em si e o consumo. Como antes dito, a propensão a consumir afeta diretamente a produção e, consequentemente, a decisão de investir. Com uma propensão a consumir relativamente baixa, a fim de manter os elevados níveis de emprego, dever-se-á desembolsar um montante considerável para investimento. A despeito dessa necessidade, os incentivos para tal serão poucos, o que diminuirá consideravelmente o volume de emprego e de produção daquela comunidade - fato que, por sua vez, diminuirá significativamente o rendimento geral. Baixa inclinação a consumir, crises de realização, possibilidades ínfimas de execução de novos investimentos, dificuldades em se ofertar novos postos de trabalho, estreitamento dos rendimentos (salários e lucros): todos esses fatores levam a um cenário social complicado de desemprego em massa em meio à bonança potencial, como diz Keynes.
11ª-Apresente argumentos analíticos que, segundo Keynes, justifiquem a proposição de que “o sistema capitalista tem um caráter instável”. Pode ser em um resumo de, no máximo, 500 (quinhentas) palavras, destacando as palavras chaves.
R: Keynes, tal como os alvos de suas críticas, os neoclássicos, supunha análises racionais por parte dos agentes econômicos para as tomadas de decisão. Contudo, para os neoclássicos, quaisquer eventuais instabilidades que ocorressem seriam contrabalançadas por forças de mercado que, em última instância, trariam estabilidade à economia. Keynes, por sua vez, não subestimava os efeitos de dúvida que circundam o comportamento humano numa economia capitalista. No caso de uma depressão, as pessoas tendem a diminuir drasticamente seu consumo, acentuando a função do dinheiro como reserva de valor, o que afeta diretamente a produção e a expectativa de ganhos por parte dos empresários. Em Keynes, portanto, a decisão de acumular riqueza apenas na forma de dinheiro ou de investir este último em bens de capital, como fábricas, por exemplo, está essencialmente interligada às expectativas quanto ao futuro, especialmente no que tange os rendimentos a serem auferidos pelos investidores. Os homens de negócio tomam emprestado um montante de dinheiro, a uma certa taxa de juros, e esta, por sua vez, é condicionada pela preferência à liquidez - se há um aumento no desejo de possuir dinheiro, há um igual aumentoda taxa de juros, e vice-versa. Desse modo, o investimento ocorre até o ponto em que os lucros previstos dos novos investimentos seja igual ao custo dos empréstimos destinados a custear o investimento. Em suma, na economia capitalista, sempre se está lidando com previsões e expectativas, o que torna a incerteza um condicionante do comportamento humano e, consequentemente, da vida econômica em todas as suas esferas - nível de investimento, de emprego, de produção, nível geral de renda e de consumo. 
Palavras-chave: Investimento; Incerteza; Expectativas.

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