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1° prova Economia Agrícola

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Universidade Federal do Maranhão - UFMA 
Departamento de Economia e Finanças - DECON 
Disciplina: Economia Agrícola 
Semestre 2021.1 – 16/07/2021 
1ªAvaliação – Ensino Remoto 
Horário: 14h00 às 18h00
Alunos: João Pedro Câmara Pereira e Karoline Kelly Cunha da Silva
1º) Discorra sobre as consequências econômicas decorrentes da dispersão do espaço rural, conforme Accarini, J. H. (1987) - (1,0 ponto).
R: O trato de questões que envolvem concepções de espaço, região e território comumente trará discussões envolvendo, por exemplo, o tópico sobre distância e dispersão no espaço; no caso da Economia, entre os agentes econômicos. Para o produtor, a dispersão atuará das seguintes formas: a depender da distância da sua área de atividade para os mercados consumidores e fornecedores, os custos de transporte terão mais peso nos seus custos totais; a disponibilidade de crédito pode ser prejudicada, caso o produtor atue numa área muito isolada, com pouca infraestrutura, especialmente de transporte; quanto mais distante o produtor se encontra dos centros urbanos, mais ele se torna refém de compradores únicos (monopsonistas) dos seus excedentes e de ofertantes de insumos e outros bens - fornecedores únicos, por exemplo, de crédito. A despeito disso, esses agentes, reconhecidos como intermediários, muitas vezes formam o único elo entre o produtor e os centros urbanos.
2º) ACCARINI (1987) fala das peculiaridades inerentes ao setor rural que pode inviabilizar a atividade agrícola devido às suas consequências econômicas. Nesse sentido, explique como o autor aborda as seguintes questões: a) Descontinuidade do Fluxo de Produção; b) Duração do Ciclo Produtivo e c) Perecibilidade dos produtos – (3,0 pontos).
R: 
a) O autor ressalta que o setor rural, como nenhum outro, é refém das condições climáticas, haja vista a dependência de certas estações do ano para que ocorram determinadas produções, por exemplo. As condições propícias para que diferentes plantas cumpram as fases do ciclo produtivo (preparo do solo - plantação - colheita) são condicionadas significativamente pelo clima. A plantação, então, ocorre obrigatoriamente em épocas e locais específicos. Isso, porém, leva a sérios problemas, como a ociosidade temporária de terras, mão de obra e armazéns, que, ao fim, incrementam os custos totais. A carga acumulada desses custos aumenta os preços dos produtos e o produtor precisa repor capital para adquirir novos insumos. Ademais, a demanda por bens e matérias-primas de origem rural é comumente inelástica no que diz respeito aos preços.
b) O autor relembra as especificidades do setor rural quanto à sua dependência de fatores naturais que, constantemente, condicionam a atividade do produtor e todo o funcionamento do empreendimento. A fim de se tornar menos refém dos condicionantes naturais, o produtor pode se valer de certas ferramentas para acelerar (ou retardar, em alguns casos) a produção de um bem, sendo a mais conhecida o emprego de fertilizantes. No entanto, o emprego dessas ferramentas tem um limite e deve ser contínuo, não podendo sofrer paralisação e depois ser reiniciado, posto que essas ações levam a problemas no ajuste da oferta às alterações de mercado.
c) Umas das principais preocupações de todo empreendimento do setor rural refere-se ao trato adequado, com técnicas apropriadas, do tempo de colheita e transporte, a fim de não perder a qualidade de um bem. A carga de custos de transporte, armazenagem e conservação, por essas razões, são maiores para o produtor rural. A situação piora quando, não dispondo de meios de armazenar uma safra, por exemplo, é preciso vender de forma mais instantânea sua produção. Novamente, o produtor se vê refém de agentes que, dadas as condições, estão em melhores condições de pagar menos pelo produto.
3º) No texto de Mann; Dickinson (1987), os autores apresentam alguns dos obstáculos ao desenvolvimento da agricultura capitalista desenvolvida em Marx (cfe. O Capital, vol. II, p.242); tais como: a) A não coincidência entre o tempo de produção e o tempo de trabalho. Com base nos autores supracitados, responda:
a) Em que sentido a diferença entre o tempo de trabalho e o tempo de produção tem um efeito adverso na taxa de lucro? (1,0 ponto). 
R: Quanto maior for o tempo de produção mais irá demorar para que o produto esteja pronto para a venda, um exemplo disso é a soja que faz parte das colheitas anuais, o valor contido na mercadoria será realizado somente quando esta estiver acabada. Ademais, como o tempo de rotação das colheitas anuais (o tempo que ela ficou na esfera da produção adicionado do tempo que esta ficou na esfera da circulação) é muito grande a taxa de lucro é menor. Como a taxa de lucro é calculada sendo a relação entre a mais-valia e o capital adiantado, quanto maior for o número de rotações dentro de um tempo dado e a exploração e composição orgânica do capital sejam mantidos constante, maior será a taxa de lucro. Também, os autores chamam a atenção para que quanto mais parecido for o tempo de trabalho com o tempo de produção o produtor terá uma produtividade maior.
b) E no uso eficiente do capital variável e capital constante? (1,0 ponto). 
R: Quando se tem um excedente no tempo de produção em relação ao tempo de trabalho, isso acarreta problemas tanto para o capital variável com problemas como a dificuldade em adquirir mão de obra, quanto no capital constante que ficando parado durante o tempo de produção adicional acaba tendo seu valor reduzido por degradações físicas, tudo isso acarreta em uma taxa de lucro mais baixa e dificuldade na transformação do capital-mercadoria em capital-dinheiro na esfera da circulação.
c) Porque na ótica dos autores acima citados, a razão para manutenção das unidades familiares na agricultura não deve ser buscada na capacidade de auto exploração do trabalho familiar ou na aplicação de tecnologia per se? (1,0 ponto).
R: Porque a explicação para esse fenômeno está dentro da própria lógica e natureza do capitalismo, ou seja, o modo de produção capitalista acaba permitindo a existência dessas unidades familiares na agricultura, como no exemplo da empresa United Brand que produz produtos frescos e perecíveis, produtos com essas características geram muitos riscos para a produção em escala podendo ter mais prejuízo do que benefícios, no caso dessa empresa que resolveu investir na produção em massa, especialmente do alface, acabou fracassando. Logo, dada a inviabilidade de manutenção de média a longo prazo da produção agrícola em escala, deve haver essa ligação entre a produção capitalista e a produção agrícola, esta última fornece os bens que entram na dinâmica da economia capitalista.
d) Qual o critério fundamental para Marx (1967), citado por Susan; Mann (1987, 9), pelo qual a pequena produção de mercadorias será diferenciada da produção capitalista? (1,0 ponto).
R: O critério fundamental é a ausência ou uso do trabalho assalariado. Como o pequeno produtor de mercadorias utiliza mão de obra familiar não existindo assim de fato uma exploração da classe trabalhadora, dado que o foco dele não é a extração de mais-valia através do trabalho assalariado, e isso é o que caracteriza a produção capitalista o próprio trabalho é transformado em mercadoria que vai ser adquirida como um fator de produção, que ao ser explorada obtém-se a mais-valia.
e) Explique como se dá as relações sociais destas duas formas de produção? (1,0 ponto).
R: Na pequena produção de mercadorias o pequeno produtor é dono dos meios de produção (ferramentas), enquanto que na produção capitalista têm-se a separação do trabalho e capital, onde vai acontecer a separação das classes em classe de trabalhadores assalariados quando se veem separados dos seus meios de produção são obrigados a vender sua força de trabalho para sobreviver, e a classe de empresários privados que possuem os meios de produção e como consequência os meios de acumulação.
4º) Ainda no texto de Mann, S. A. e Dickinson, J. M. (1987) os autores examinam algumas das razões que explicam a manutenção e persistênciadas unidades de trabalho familiar no setor agrícola dos países capitalistas avançados. Nesse sentido, discorra sobre a teoria de Marx sobre a natureza transicional da pequena produção de mercadorias. (1,0 ponto).
R: Marx relata que a pequena produção de mercadorias é a pré-história imediata do capitalismo, o que leva a transição é a tendência a diferenciação de classe nesse estrato pequeno-burguês, que aconteciam devido a competição entre essas pequenas unidades produtivas individuais e as mesmas contra a produção capitalista. Ademais, a competição pela venda das mercadorias no mercado ocasionava em acumulações diferentes entre essas, tanto que os que conseguiam taxas de acumulação maiores expandiram sua produção, o que acabava ocasionando na destruição de outras unidades menores e no empobrecimento da maioria. Além disso, há uma transformação nas relações sociais o que era somente uma classe agora viram duas, e nas relações sociais de produção com o emprego de maquinaria, um elevado nível de especialização faziam com que o capitalista conseguisse produzir sua mercadoria a preços mais baixos o que desvaloriza as mercadorias das formas de produção não capitalistas.

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