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1 OAB 2ª Fase Civil Profª. Fernanda Pimentel Direito de Família Profª Fernanda Pimentel Aula 01 Princípios norteadores do Direito de Família 2 A família na CRFB • Artigo 1º, III – Dignidade da Pessoa Humana • Artigo 3º, IV – Igualdade substancial • Artigo 5º, I – Isonomia entre homens e mulheres • Art. 226 – A consagração da família plural, em uma cláusula geral de inclusão: rol exemplificativo. • Art. 227, § 6º - Igualdade Jurídica entre os filhos • Art. 230 - Proteção integral ao idoso Legislação aplicável - CRFB Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana. 3 Legislação aplicável – CRFB Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. § 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 4 Legislação aplicável - CRFB § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Alteração trazida pela EC 66/2010) § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. • § 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. 5 Legislação aplicável - CRFB Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) Legislação aplicável - CRFB Art. 227 § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 6 Princípio norteadores • Monogamia: Princípio jurídico organizador das relações conjugais. • Melhor interesse da criança/adolescente. • Igualdade de gêneros e o respeito à diferença • Pluralidade das entidades familiares • Igualdade entre homem e mulher • Igualdade jurídica entre os filhos • Facilitação da dissolução do casamento • Filiação responsável e planejamento familiar Autonomia e menor intervenção estatal – Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. 7 • O direito de família é direito extrapatrimonial ou personalíssimo, regido por normas cogentes ou de ordem pública. • É instituição jurídica geradora de direitos/deveres. • Ramo do direito privado. Direito de Família: Natureza A atribuição de poderes instituiu um verdadeiro ofício, uma situação de direito-dever: como fundamento da atribuição dos poderes existe o dever de exercê-los. O exercício da potestas não é livre, mas necessário no interesse de um terceiro ou da coletividade. (Pietro Perlingieri, In: Perfis de Direito Civil) Direito de Família: conjunto de poderes/deveres 8 Modelos de família contemporânea Nuclear Matrimonializada União Estável Homoafetiva Monoparental Anaparental Unipessoal Equiparação da União Homoafetiva à União Estável Supremo reconhece união homoafetiva: Plenário do STF conclui julgamento da ADI 4277 e da ADPF 132, reconhecendo a união estável para casais do mesmo sexo: “Um tipo de liberdade que é, em si e por si, 9 • um autêntico bem de personalidade. Um dado elementar da criatura humana em sua intrínseca dignidade de universo à parte. Algo já transposto ou catapultado para a inviolável esfera da autonomia de vontade do indivíduo, na medida em que sentido e praticado como elemento da compostura anímica e psicofísica (volta-se a dizer) do ser humano em busca de sua plenitude existencial.” Equiparação da União Homoafetiva à União Estável A união homossexual é equiparável à união estável? CRFB: – Art. 1º, III – Art. 226, § 3º - Diversidade de sexos – Art. 3º, IV 10 LICC, art. 4º c/c CPC, art. 126 X CRFB , Art. 226 elenca taxativamente as hipóteses de entidades familiares e foi regulamentado nos mesmos moldes pelos artigos 1723 a 1727 do Código Civil. É fundamento ético-social. Lei 8.009/90 (Impenhorabilidade do bem de família) Lei 8.069/90 (ECA) Lei 8.245/91 (União estável) Lei 8.560/92 (Alterada pela Lei 12.004/2009) O ordenamento jurídico infraconstitucional 11 Lei 9.278/96 (União Estável – Lei dos conviventes) Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) Lei 11.105/2005 (Lei de Biossegurança) Lei 11.340/2006 (Maria da Penha) Lei 11.441/07 (Procedimentos Extrajudiciais de Inventário e dissolução do casamento) Lei 11.804/2008 (Alimentos gravídicos) Lei 12.004/2009 (Súmula 301/STJ) Lei 12.010/2009 (Novo procedimento de adoção 12 Lei 12.344/2010 (Alteração do artigo 1.641 do CCB) Lei 12.398/2011 (Alteração do artigo 1.589 do CCB) Lei 12.415/2011 (Alteração do artigo 130 do ECA)
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