Buscar

Resumo filmes juridicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PRÁTICA JURÍDICA
FILMES
A FIRMA – Dirigido por Sydney Pollack 
A Firma, do escritor norte americano, advogado aposentado e ex político John Grisham, vendeu mais de 1,5 milhão de copias nos EUA, foi adaptado para o cinema em 1993 e estrelado por Tom Cruise.
O filme ‘’A firma’’ relata a história de Mitch M Deere (Tom Cruise), um advogado honesto, formado em Harvard, que é super cotado por diversas empresas devidas sua competência e formação. Neste contexto, Mitch M Deere aceita trabalhar em uma firma em Memphis, que lhe oferece além de um alto salário, benefícios diferenciados. 
Esta firma possui uma cultura de contratar apenas pessoas de família estruturada, e no momento da contratação de novos funcionários, demonstra ser uma empresa idônea, e faz com que os novos associados façam um juramento de seguir um código de ética, que mantêm em sigilo da relação do advogado com o cliente e proíbe por toda a vida que um crime cometido por um cliente seja revelado por seu advogado.
Entretanto, Mitch descobre que a Firma está envolvida com negócios que infringem a lei, e que todos os advogados que tentaram se demitir da firma morreram misteriosamente. O FBI procura Mitch para alertá-lo sobre os riscos que ele corre, e para pedir que ele o ajude, dando informações sobre o que acontece na firma, porém isso, requereria de Mitch, a quebra do sigilo de cliente e advogado.
Mitch é casado e passa a ser pressionado e ameaçado pela firma, que, sem que ele saiba, utiliza da estratégia de seduzi-lo com uma mulher, para que possa chantageá-lo em relação a sua esposa, caso ele queira oferecer algum auxílio ao FBI. Mitch escolhe ser honesto com sua esposa em relação ao seu erro, consegue encontrar uma forma de auxiliar o FBI sem quebrar o código de Ética dos advogados, e reestruturar sua vida fora da Firma.
Em todos os lugares há um código de ética, no caso da Firma, o código de ética deles era contra a Ética comumente praticada em seu país; porém, mesmo sendo associado da firma, aquilo que Mitch tinha como princípio, determinou a ação que ele teria em relação ao ambiente em que estava inserido.
Uma das lições que é possível tirar desse filme é “Negocie tudo, mas jamais negocie seus valores’’.
O JULGAMENTO DE NUREMBERG – Dirigido por Stanley Kramer
Esse filme traz consigo um contexto político, histórico e social. O intuito do julgamento era julgar os crimes de guerra cometidos pelos regimes nazistas na guerra durante os conflitos. Pode-se perceber que existia uma pressão por justiça para responsabilizar os culpados de desrespeitar os direitos humanos.
Com o término da guerra e com todas as coisas horríveis que foram descobertas sobre o holocausto, enfim todos os horrores cometidos pelos nazistas, foi reforçada a ideia de que se executar sumariamente todos os representantes do partido nazista soaria como uma espécie de vingança dos vencedores da guerra, diante disso para que não se repetisse as mesmas atrocidades cometidas pelos nazistas e para não agir como eles, ganhou-se força a ideia do tribunal de exceção, dessa maneira surgiu o tribunal de Nuremberg. Como ocorre sempre em um tribunal de exceção, a primeira coisa que foi questionada pelos réus e a sua defesa era a legitimidade e a imparcialidade do tribunal de Nuremberg, os réus alegavam que na verdade o que estaria acontecendo era uma vingança maquiada em forma de tribunal, supondo-se assim que todos já saberiam o resultado do julgamento e que todos eles seriam mortos. Quando se observa as limitações técnicas que o tribunal apresentava, ele tentou prover para todas as partes participantes do julgamento o direito de se buscar documentos, provas, testemunhas etc. 
A acusação acumulou mais de uma tonelada de documentos sendo a maioria apreendidos nos campos de concentração e prédios governamentais na Alemanha. 
Diante disso algumas regras foram impostas principalmente para a defesa, a primeira delas é que o próprio estatuto proibia questionar a legitimidade e a imparcialidade do tribunal, a segunda regra que o tribunal trouxe e que assim acabou por ferir o direito de ampla defesa e também feriria garantias básicas do Direito Penal nos dias de hoje, foi tipificar condutas que não eram previstas como crime até então, dessa maneira três acusações cairiam sobre os réus sendo elas crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, podemos exemplificar os crimes contra paz como sendo algo como você agredir externamente ou injustamente outro país, isso era algo novo, nenhuma pessoa tinha como imaginar que um dia elas seriam julgadas por um crime que até então sequer existia. O principal argumento que a defesa tentava usar era de que os crimes que os réus estavam sendo acusados não eram considerados crimes quando aconteceram, o que é chamado de juízo ex post facto.
Dessa maneira percebe-se que essa conduta jurídica fere então o princípio da reserva legal que diz que nenhum fato pode ser considerado crime senão existir uma lei que o enquadre no adjetivo criminal, e que nenhuma pena pode ser aplicada se não houver uma sanção pré-existente e correspondente ao fato. Outro problema técnico que a defesa enfrentou que pode-se notar foi a questão do princípio de Fuhrer, que significa a impossibilidade de você alegar estar cumprindo uma ordem de um superior hierárquico como método de defesa, deste modo como acontece no Direito Penal hoje em dia é que pode-se excluir a culpabilidade toda vez que uma pessoa pratica um crime a mando de uma autoridade hierarquicamente superior a ela, mas é claro que sempre deve-se levar em conta as hipóteses e especificações de cada caso.
Diante disso então teoricamente não seria algo muito justo algumas pessoas serem condenadas por terem cumprido o que a lei determinava ou melhor o que o Fuhrer impôs, quando esse cumprimento foi imposto ele era coercitivo, algumas pessoas não tinham a escolha de não obedecer a essa lei, no entanto este argumento como defesa não foi aceito pelo Tribunal de Nuremberg, ele apenas poderia em alguns casos atenuar a pena de alguns dos réus.
Por fim após um ano do início do julgamento foram sentenciados os 22 réus sendo apenas 3 absolvidos. Entende-se que era de suma importância que os réus nazistas pagassem pelos crimes cometidos, mas sempre ponderando a justiça e a equidade.
O PROCESSO – Dirigido por Orson Welles
O Processo (The Trial) é um filme de 1962, escrito e dirigido por Orson Welles, baseado no romance “O Processo”, de Franz Kafka que conta a história de um homem, chamado Josef K, que tinha o perfil de funcionário exemplar de um banco, com um cargo de responsabilidade e foi acusado de um crime desconhecido.
A história de se iniciou inesperadamente, quando o personagem principal foi surpreendido pela manhã em seu quarto por dois homens desconhecidos, oficiais de justiça, os quais foram incumbidos de detê-lo. Contudo, os guardas não sabiam e nem se sentiam na obrigação de lhe informar quem o acusou, nem qual foi o crime cometido. Estavam apenas cumprindo ordens.
Josef K, cheio de questionamentos, exigiu que aqueles homens o colocassem em contato com seus superiores, para que a situação pudesse ser esclarecida, até porque ele tinha certeza de que não havia cometido delito algum.
Ao ser direcionado para um quarto a encontro do superior, na esperança de que tudo o tivesse sido um engano e que, com uma conversa rápida, tudo pudesse ser esclarecido, se frustrou quando o superior também não lhe contou o que está acontecendo, lhe dizendo apenas para ficar atento ao telefonema do tribunal que indicaria quando seria a sua primeira audiência.
Estranhamente, esta prisão não implicou em nenhuma mudança no cotidiano da vida de Josef K, tendo em vista que ele poderia continuar trabalhando no banco normalmente e seguindo com suas demais atividades. A única diferença consistia no fato de ele possuía um fardo a mais, que era o processo.
Durante o desenrolar do processo, Josef percebeu que todos a sua volta possuíam algum tipo de ligação com o tribunal, uma conspiração inclusive dos funcionários do banco ondeele trabalhava. Em uma das cenas, por exemplo, foi pedido por um de seus superiores para receber um cliente italiano do banco e encontrá-lo na Catedral. Ao chegar lá, o cliente não apareceu. Somente um homem que se apresentou como capelão da prisão e disse-lhe que fez com que ele fosse até lá. 
Todo o filme concentra-se nas tentativas de o personagem entender o motivo de sua acusação, bem como de provar sua inocência em um processo do qual ele nem tinha conhecimento. 
No desenrolar dessa história percebe-se o desrespeito contra os princípios que garantem os direitos fundamentais da pessoa humana, que foram suprimidas pelo sistema judiciário da época, dentre eles, o do acesso à Justiça e a efetividade da tutela jurisdicional, a do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da publicidade e da presunção de inocência. 
Para muitos doutrinadores violar princípios é muito mais grave do que a transgredir uma norma, vez que são eles os responsáveis pelo nexo entre as leis de um ordenamento jurídico.
Ante o exposto, observa-se que o filme faz uma grande crítica a todos os mecanismos jurídicos, bem como o seu reflexo na nossa atualidade tendo em vista que ainda hoje, mesmo vivendo em um Estado democrático de Direito, em que os princípios devem ser garantidos, existem diversos "Josef k", andando feito fantoches sob as incertezas e injustiças desse sistema que prega justiça.

Continue navegando