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das provas em espécie

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DAS 
PROVAS 
EM 
ESPÉCIES 
 
 
 
Turma: 7D1 
Alunos: Aline Rocha da Silva Dias, 600785664 
Ana Laura Pedrozo Barros, 600816908 
Elaine Cristina Silva Souza, 600590919 
Flavia Aparecida Guimarães de Mello, 600629785 
Gabriel Gaudereto de Navarro, 600776035 
João Paulo Moreira, 600807407 
Windsor de Almeida Cardoso, 600834785 
DA PROVA PERICIAL E EXAME DE CORPO DE DELITO 
 
A prova pericial se enquadra como prova material, inserido no Código de 
Processo Penal em seu Artigo 158, Decreto-Lei 3.689 de 03 de outubro de 1941. 
Quando um crime deixa vestígios é fundamental a realização da perícia 
no local da infração ou em outros locais que deixam marcas do evento infracional 
para a produção de provas. Tais provas periciais, junto ao exame de corpo de 
delito quando necessário, são provas fundamentais para a elucidação de crimes 
e um meio que conduzir ao conhecimento do julgador, sendo indispensável ao 
Processo Penal, sendo considerado por muitos o meio probatório de maior 
confiabilidade, atribuindo-lhes a autenticidade dos fatos e dos elementos 
encontrados na cena do crime. 
O corpo de delito é imprescindível em qualquer crime cujo autor tenha 
deixado vestígios, sendo obrigatória sua realização por perito oficial. 
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame 
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado” 
Trata-se de um conjunto de elementos materiais ou vestígios que indicam 
a existência de um crime. Tal conjunto tem potencial capacidade para 
determinação de aspectos como a autoria, a temporalidade, a extensão dos 
danos causados entre outros fatores. O exame de corpo de delito pode ser direto: 
realizado diretamente sobre a pessoa ou objeto do delito; ou indireto: quando 
não é possível ser realizado diretamente, utiliza-se de outros meios de 
esclarecimento, como por exemplo a análise de gravações de câmeras de 
segurança. Pode ainda dividir-se em permanente: duração extensa ou perpétua; 
ou ainda transeunte: quando os vestígios são efêmeros. 
A ausência do exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios 
ocasiona a nulidade do processo, salvo exceção. 
“Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o 
disposto no Art. 167”. 
“Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem 
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”. 
DO INTERROGATÓRIO DO RÉU 
 
O interrogatório do réu trata-se da oportunidade do réu em dirigir a palavra 
diretamente ao juiz, para descrever a sua versão dos fatos, podendo confirmar 
as acusações e, por consequência, confessar o delito, caso entenda cabível, ou, 
ainda, permanecer em silêncio, respondendo apenas aos dados de qualificação, 
como seu nome, idade, estado civil e endereço. O acusado será informado pelo 
juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de 
não responder perguntas que lhe forem formuladas. No curso do processo penal, 
será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou 
nomeado. Há também o interrogatório do investigado em fase de inquérito 
policial, onde o acusado presta declarações ao delegado acerca da imputação 
que está sendo atribuída a ele. 
O interrogatório será constituído de duas partes: a vida pessoal do 
acusado, como oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade e se foi 
preso ou processado alguma vez. Na segunda parte será perguntado sobre os 
fatos, como, por exemplo, se é verdadeira a acusação que lhe é feita. Após 
proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para 
ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender 
pertinente e relevante. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, 
poderá prestar esclarecimentos e indicar provas. Se confessar a autoria, será 
perguntado sobre os motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas 
concorreram para a infração, e quais sejam. Havendo mais de um acusado, 
serão interrogados separadamente. 
 
DA CONFISSÃO 
 
A confissão do ofendido nada mais é do que a sua admissão em relação 
aos fatos desfavoráveis que lhe são imputados. Deve ser um ato voluntário, 
expresso (principalmente nos autos) e pessoal, realizado por sujeito que tenha 
pleno discernimento sobre os fatos, visto que não poderá ser considerada válida 
uma confissão feita por alguém insano, que não possui ou não possuía à época 
dos fatos potencial consciência da ilicitude, ou seja, que não tinha possibilidade 
de atingir o entendimento sobre o caráter ilícito da conduta que estava 
cometendo. 
O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros 
elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as 
demais provas do processo, verificando se entre ela e está existe 
compatibilidade ou concordância. Uma confissão não pode, de maneira alguma, 
ser utilizada única e exclusivamente como convencimento e fundamentação de 
uma decisão condenatória; o exame das provas deverá ser feito em conjunto. 
 
DO OFENDIDO 
 
É majoritário o entendimento de que o ofendido não integra o rol de 
testemunhas da acusação, por não poder ser propriamente considerado como 
figura de testemunha, e sim de ofendido, não tendo assim a obrigatoriedade de 
falar a verdade (artigo 203, do CPP), podendo por lei também ser 
coercitivamente conduzido em casos de, quando intimado, não comparecer em 
juízo. 
Segundo AURY LOPES: 
 ‘’ A vítima não presta compromisso em dizer a verdade e tampouco pode 
ser responsabilizada pelo delito de falso testemunho (mas sim pelo crime de 
denunciação caluniosa, artigo 339 do CP, conforme o caso)’’. 
‘’A vítima não pode negar-se a comparecer para depor (artigo 201, § 1°, 
CPP), sob pena de condução (inclusive na fase policial)’’. 
O depoimento do ofendido, como meio de prova que é, deve ser 
realizado visando aos princípios do contraditório e ampla defesa, sendo 
presente os acusadores e réu, este na figura de seus advogados, os quais 
poderão diretamente realizar perguntas ao ofendido. 
Com a Lei n° 11.690/08, surgiram significativas mudança que merecem 
ser citadas, como o seu parágrafo segundo que estabelece que o ofendido será 
comunicado dos atos processuais relativos à prisão ou liberdade do acusado, 
assim como o parágrafo sexto, que vem a proteger à intimidade, a vida privada, 
honra e imagem da vítima, podendo o juiz decretar segredo de justiça em 
relação às suas informações prestadas. Os doutrinadores rezam que o segredo 
de justiça somente deve ser aplicado aos ‘’estranhos’’ do processo, e não às 
suas partes, sob pena de lesão ao princípio contraditório. 
Segundo o Doutrinador AURY LOPES, o ponto mais problemático do 
assunto é, sem dúvida, o valor probatório da palavra da vítima: 
“Deve-se considerar, inicialmente, que a vítima está contaminada pelo 
“caso Penal”, pois dele faz parte. Isso acarreta interesse nos mais diversos 
sentidos, tanto para beneficiar o acusado, como também para prejudicar um 
inocente. Para além desse comprometimento material, em termos processuais, 
a vítima não presta compromisso em dizer a verdade”. 
“Logo, apenas a palavra da vítima jamais poderá justificar uma sentença 
condenatória. Mais do que ela, vale o resto do contexto probatório, e, se não 
houver prova robusta além da palavra da vítima, não poderá o réu ser 
condenado”. 
 
DA PROVA TESTEMUNHAL 
 
A prova testemunhal tem por principais características a judicialidade, a 
oralidade, a objetividade, a retrospectividade e a individualidade. 
A judicialidade significa que o testemunho deverá ser submetido ao crivo 
do contraditório e da ampla defesa. Destarte, o relato prestado perante a 
autoridade policial ou no curso de procedimento investigatóriocriminal deverá 
ser reproduzido em Juízo. 
A objetividade determina que a testemunha se expresse sobre fatos, 
abstendo-se a valoração, a emissão de juízos de valor, salvo quando a sua 
opinião for inerente à própria narrativa do fato delituoso. Portanto, 
exemplificativamente, não cabe à testemunha apontar quem julga ser o autor do 
delito. O depoimento deverá, ao revés, contemplar o relato dos fatos que tem 
conhecimento a partir de percepções sensoriais. 
O art. 221, § 1º, do Código de Processo Penal excepciona a regra da 
oralidade, permitindo a determinadas autoridades o testemunho por escrito. De 
igual modo, a regra da oralidade é relativizada pelo testemunho dos mudos e 
surdos-mudos que poderão depor por escrito. O surdo será questionado por 
escrito, mas responderá oralmente. Na hipótese do depoente também não 
souber ler ou escrever, será nomeada como intérprete pessoa habilitada para 
tanto. 
A oralidade impõe a testemunha que reproduza os fatos oralmente, o que 
não impede, tal como preceitua o art. 204 do Código de Processo Penal... 
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à 
testemunha trazê-lo por escrito. 
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve 
consulta a apontamentos. 
 
DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS 
 
O reconhecimento de pessoas e coisas é o procedimento utilizado para 
identificar elementos materiais, testemunhas, vítimas e autores de inflações 
penais. Esse procedimento pode ser utilizado no inquérito policial e na etapa 
processual propriamente dita. O procedimento para reconhecimento de pessoas 
é descrito no código de processo penal. A primeira etapa do procedimento é feita 
pela pessoa responsável pelo reconhecimento, ela deve descrever a pessoa a 
ser reconhecida. Posteriormente, é colocada várias pessoas com características 
iguais lado a lado e a pessoa responsável deve apontar aquela que deve ser 
reconhecida. A lei garante que se houver alguma causa que intimide o 
responsável pelo reconhecimento, a autoridade responsável pela prova garantirá 
que não se tenha contato visual direto entre o reconhecedor e o reconhecido. 
Essa garantia não é utilizada na fase de instrução ou em plenário de julgamento. 
Colaborando pela coleta dessa prova, os doutrinadores Renato Brasileiro 
e Nestor Távora defendem a possibilidade de uso de vídeos e voz (conhecido 
como “clichê fônico”) no reconhecimento de pessoas. Ademais, a jurisprudência 
do Supremo tribunal federal admite o reconhecimento de pessoas por meio de 
fotografias (HC nº 74.267-0, 2ª turma. Rel. Ministro Francisco Rezek, 
28/02/1997). Apesar dessa flexibilidade na jurisprudência e na doutrina, não 
admite o uso de retrato falado no reconhecimento. 
Sobre esse tema, nos últimos anos surgiu uma discussão relevante no 
Superior Tribunal de Justiça. A tese a ser debatida foi se o descumprimento das 
formalidades prevista no código de processo penal ensejaria a nulidade da prova 
obtida. A quinta turma do STJ se manifestou que a previsão no artigo 226 é uma 
“recomendação legal” e por isso a sua inobservância não anularia a prova obtida 
(AgRg no AREsp 1665453/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA 
TURMA, julgado em 02/06/2020, DJe 15/06/2020). Por outro lado, a sexta turma 
decidiu que essas formalidades são “garantias mínimas” para aquele que se vê 
na condição de suspeito de crime. Esse tipo de prova envolve elevado grau de 
subjetivismo. E com isso, anulou o ato de reconhecimento sem a observância 
das formalidades legais (HC 598.886/SC, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI 
CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 27/10/2020, DJe 18/12/2020). O tema 
provavelmente voltara a ser discutido pela turma especial que irá resolver essa 
controvérsia. 
Sendo assim, é necessário compreender que, além do reconhecimento, é 
preciso outros meios de prova para indiciar ou condenar alguém. Essa prova 
demanda pessoas e essas cometem erros, por isso respeitar os procedimentos 
previstos na lei pode evitar que inocentes sejam injustamente condenados. 
 
DA ACAREAÇÃO 
 
Acareação é colocar em presença uma da outra, face a face, pessoas 
cujas declarações são divergentes. Sendo assim, o ato processual consistente 
na confrontação das declarações de dois ou mais acusados, testemunhas ou 
ofendidos, já ouvidos, e destinado a obter o convencimento do juiz sobre a 
verdade de algum fato em que as declarações dessas pessoas forem 
divergentes. Pode ser requerida pelas partes ou determinada de ofício pelo Juiz. 
A finalidade da acareação é provocar retratação de uma das partes, ou seja, de 
um dos acareados, em relação ao depoimento anterior que mostra outro relato. 
Os sujeitos da acareação são os acusados; acusado ou testemunha e a pessoa 
ofendida; testemunhas; entre as pessoas ofendidas. 
 
DA PROVA DOCUMENTAL 
 
A prova documental é tratada no Código de Processo Penal nos artigos 
231 ao 238, sendo considerada de grande relevância por nosso ordenamento 
jurídico. O artigo 232 traz o conceito de documento como "quaisquer escritos, 
instrumentos ou papéis", dada a época em que remonta ao decreto na década 
de 40, em que a realidade da época seriam documentos escrito em papel. 
“Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos 
ou papéis, públicos ou particulares”. 
Visto a realidade atual, em sentido amplo, documento é a prova que se dá 
de meios físicos por intermédio de um escrito ou outros sinais, imagens, 
fotografias, gravações etc. Podem ser classificados ou divididos em: particular 
ou pública; original ou cópia; e ainda nominativa ou anônima. 
Documentos públicos são aqueles lavrados por escrivão ou elaborados 
por funcionário público no exercício funcional e desfrutam de presunção relativa 
de autenticidade. 
Documentos particulares são documentos produzidos por particular ou 
funcionário pública fora de seu exercício funcional. 
Documento original trata-se daquele escrito na fonte produtora e a cópia 
é sua reprodução do original. 
O documento nominativo contém em seu teor, o autor de tal documento, 
sendo este ausente no documento anônimo, não possuindo indicação do 
responsável pela confecção. 
É imprescindível a autenticidade e a verdade de tais documentos para sua 
validação no processo como prova, dada sua importância como meio de 
elucidação dos fatos. 
O Código de Processo Penal traz ainda em seu artigo 231 que os 
documentos poderão ser apresentados pelas partes em qualquer fase do 
processo, salvo casos expressos em lei, podendo ser produzida 
espontaneamente ou quando o magistrado a requer através de medida de busca 
e apreensão. 
 
DOS INDÍCIOS 
 
Indício é a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o 
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outras ou outras 
circunstâncias. É um fato devidamente comprovado ao qual por indução lógica 
faz presumir a ocorrência ou inocorrência do fato provado. 
 
DA BUSCA E APREENSÃO 
 
Se para a doutrina clássica, a busca e apreensão têm caráter de medida 
cautelar probatória, para a doutrina moderna a busca e apreensão consistem 
num meio de obtenção de prova, desconsiderando assim, sua natureza cautelar. 
A busca e apreensão é uma medida cautelar que tem por objetivo a coleta 
de provas para o processo penal a fim de se chegar à verdade material. 
Objetiva evitar o desaparecimento das provas. A busca é lógica e 
cronologicamente anterior à apreensão. Pode ser realizada tanto na fase 
inquisitorial como no decorrer da ação penal, e até mesmo durante a execução 
da pena. A apreensão é uma consequência da busca quando esta tenha 
resultado positivo. 
Para a maioria dos doutrinadores a busca e apreensão constituem um 
mesmo instituto, porém, apesar de estar no mesmo capítulo dentro do Código 
de Processo Penal, deveria ser tratado de forma distinta, uma vez que pode 
haver busca sem apreensão e apreensão sem busca. 
 A busca tem limitesconstitucionais, enquanto a apreensão não encontra 
respaldo em direito ou garantia individual. 
 A busca e apreensão visam a procura do corpo de delito ou de coisas 
pertinentes ao delito a fim de garantir ao processo, elementos de autoria e 
materialidade, ou seja, as provas. E prender pessoas acusadas ou foragidas. 
Pode-se inferir que, de forma geral, a finalidade da busca e apreensão é 
encontrar pessoas procuradas ou objetos a serem apreendidos. 
A busca e apreensão estão dispostas no Código de Processo Penal entre 
os artigos 240 e 250, no Capítulo XI – DA BUSCA E DA APREENSÃO, dentro 
do Título VII – DA PROVA. 
Apesar de estar dentro do capítulo que fala sobre as provas, já foi visto 
que a busca e apreensão se trata de um meio de busca de provas. 
Importante mencionar a relação diretamente existente entre a busca e a 
apreensão no processo penal com os seguintes direitos fundamentais 
assegurados na Constituição: inviolabilidade de domicílio, intimidade e a vida 
privada e incolumidade física e moral do indivíduo (art. 5º, incs. XI, X e III, 
respectivamente). Desprezar tais princípios implica em desprezo de duas outras 
garantias constitucionais: devido processo legal e inadmissibilidade, no 
processo, das provas obtidas por meio ilícito (art. 5º, incs. LIV e LVI). 
 
TIPOS DE BUSCA E APREENSÃO 
 
 Segundo o caput do artigo 240 do Código de Processo Penal a busca 
poderá será domiciliar ou pessoal. 
Alguns autores defendem que as duas modalidades não abrangem todas 
as hipóteses de busca, apontando o desenvolvimento tecnológico como fator 
importante a ser considerado. 
Em regra, os requisitos da busca pessoal são os mesmos da busca 
domiciliar, logo se faz necessária a presença do mandado judicial. No entanto, 
as exceções explícitas do art. 244 do Código de Processo Penal resta claro que 
na prática não é necessário o mandado expedido por autoridade judicial. Sempre 
com observância da garantia constitucional do respeito à integridade física e 
moral do indivíduo. 
A busca pessoal independe de mandado nos seguintes cenários: 
 No caso de prisão, por motivos óbvios, não é possível colocar uma 
pessoa numa cela sem antes revistá-la, para segurança dela e dos outros 
presos. 
 Quando houver fundada suspeita – tema mais polêmico por se tratar de 
um subjetivismo do policial que procederá à busca; 
 No curso de busca domiciliar – justifica-se para um devido cumprimento 
do mandado judicial, a pessoa pode guardar consigo o objeto que se busca no 
domicílio. 
A busca em mulher, de acordo com o art. 249 do Código de Processo 
Penal deve ser feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo 
da diligência. 
A busca e apreensão domiciliar é a inviolabilidade lícita da casa de um 
indivíduo, sendo permitida quando houverem fundadas razões que a autorizem, 
conforme artigo 240, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal. 
Ela só poderá ser feita através de mandado judicial quando a própria 
autoridade não estiver presente. O artigo 241 do Código de Processo Penal fala 
em autoridade policial ou judiciária. No entanto a parte da “autoridade policial 
não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 
A busca e apreensão só poderá ser realizada durante o dia, nos termos 
do artigo 245 do Código de Processo Penal, exceto se o morador consentir que 
se realize a noite. Esse consentimento poderá ser revogado a qualquer tempo 
(em tese). 
Existem ainda conforme o art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal, mais 
três exceções para entrar em domicílio alheio sem mandado de busca ou durante 
a noite. 
 São eles: caso de flagrante delito, em caso de desastres ou para prestar 
socorro. 
Quem explica o conceito de casa é o artigo 150, parágrafos 4º e 5ºdo 
Código Penal: 
“§ 4º A expressão “casa” compreende: 
I – Qualquer compartimento habitado; 
II – Aposento ocupado de habitação coletiva; 
III – compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão 
ou atividade. 
§ 5º Não se compreendem na expressão “casa”: 
I – hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto 
aberta, salvo a restrição do n. II do parágrafo anterior; 
II – Taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.” 
 
Quanto a realização de busca e apreensão em veículos, a Constituição 
Federal e o Código de Processo Penal foram omissos. 
 O que se conclui a partir do que foi exposto é que as garantias trazidas 
pela Constituição de 1988 servem para conferir proteção ao cidadão e para dar 
segurança jurídica ao Estado Democrático de Direito. 
 
 
 
 
	DA PROVA TESTEMUNHAL

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