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1
OAB 2ª Fase Civil
Profª. Fernanda Pimentel
fernandapimentel.uff@gmail.com
Direito de Família 
Aula 02 
Casamento
2
Legislação aplicável - CCB 
Art. 1.511. O casamento estabelece
comunhão plena de vida, com base na
igualdade de direitos e deveres dos
cônjuges.
Legislação aplicável - CCB 
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito
público ou privado, interferir na comunhão de
vida instituída pela família.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento
em que o homem e a mulher manifestam, perante
o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo
conjugal, e o juiz os declara casados.
3
Legislação aplicável - CCB 
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis
anos podem casar, exigindo-se autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes
legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os
pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do
art. 1.631.
Art. 1.518. Até à celebração do casamento
podem os pais, tutores ou curadores revogar a
autorização.
Art. 1.519. A denegação do consentimento,
quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o
casamento de quem ainda não alcançou a idade
núbil (art. 1517), para evitar imposição ou
cumprimento de pena criminal ou em caso de
gravidez.
4
Enunciados CJF
329 - A permissão para casamento fora da
idade núbil merece interpretação orientada
pela dimensão substancial do princípio da
igualdade jurídica, ética e moral entre o
homem e a mulher, evitando-se, sem
prejuízo do respeito à diferença,
tratamento discriminatório.
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I - pelo enfermo mental sem o necessário
discernimento para os atos da vida civil;
II - por infringência de impedimento .
5
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o 
parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e 
o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais 
colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por 
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu 
consorte.
6
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para 
casar;
II - do menor em idade núbil, quando não 
autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 
1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de 
modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o 
outro contraente soubesse da revogação do 
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os 
cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
Parágrafo único. Equipara-se à revogação a 
invalidade do mandato judicialmente decretada.
7
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para 
casar;
II - do menor em idade núbil, quando não 
autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 
1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de 
modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o 
outro contraente soubesse da revogação do 
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os 
cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
Parágrafo único. Equipara-se à revogação a 
invalidade do mandato judicialmente decretada.
8
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado 
por vício da vontade, se houve por parte de 
um dos nubentes, ao consentir, erro 
essencial quanto à pessoa do outro.
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.557. Considera-se erro essencial
sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua
honra e boa fama, sendo esse erro tal que
o seu conhecimento ulterior torne
insuportável a vida em comum ao cônjuge
enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao
casamento, que, por sua natureza, torne
insuportável a vida conjugal;
9
III - a ignorância, anterior ao
casamento, de defeito físico
irremediável, ou de moléstia grave e
transmissível, pelo contágio ou
herança, capaz de pôr em risco a
saúde do outro cônjuge ou de sua
descendência;
• IV - a ignorância, anterior ao casamento, 
de doença mental grave que, por sua 
natureza, torne insuportável a vida em comum ao 
cônjuge enganado.
10
Legislação aplicável - CCB
Art. 1.558. É anulável o casamento em
virtude de coação, quando o
consentimento de um ou de ambos os
cônjuges houver sido captado mediante
fundado temor de mal considerável e
iminente para a vida, a saúde e a honra,
sua ou de seus familiares.
Jurisprudência 
0000881-55.2008.8.19.0207 (2009.001.42565) -
APELACAO - 1ª Ementa DES. ORLANDO SECCO -
Julgamento: 05/11/2009 - OITAVA CAMARA CIVEL
APELAÇÃO CÍVEL. Civil. Processual Civil. Família.
Anulação de Casamento. Inicial alegando
alternativamente vício de consentimento (coação
moral) e erro substancial. Contexto fático-
probatório (documentos e testemunhos) que,
conquanto demonstre a senilidade do demandante
e grande diferença de idade entre os cônjuges (51
anos),
11
mostra-se absolutamente divorciado das 
teses autorais ante a ausência de qualquer 
indício de erro ou coação. Insindicabilidade e 
irrelevância legal das motivações e reais 
sentimentos que impulsionaram a ré a 
contrair núpcias com o autor. Ausência de 
prova (Art.333,I,CPC). Não configuração dos 
vícios de vontade que consubstanciam as 
causas de pedir (Arts.1548,I e 1550,III/V,NCC). 
Manutenção da sentença. Improvimento ao 
Apelo. 
Jurisprudência
0002888-50.2006.8.19.0058 (2009.001.21641) -
APELACAO - 1ª Ementa DES. CLAUDIO BRANDAO -
Julgamento: 04/08/2009 - DECIMA NONA CAMARA
CIVEL ANULACAO DE CASAMENTO - ERRO
ESSENCIAL QUANTO A PESSOA DO OUTRO CONJUGE
- FUNCIONALIZACAO DO DIREITO - iNSTITUTO DO
CASAMENTO - PROTECAO RELATIVIZADA -
INEXISTENCIA DE INTENCAO DE CONSTITUIR FAMILIA
Direito Civil. Família. Anulação de casamento.
Funcionalização do Direito:
12
proteção dos institutos jurídicos 
condicionada ao atendimento à respectiva 
função social. Casamento celebrado sem 
finalidade de constituição de família. Erro 
essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
interesses unicamente materiais. ...
Jurisprudência 
Art. 1.557, I, do CC. I - A funcionalização do direito,
profundamente incidente sobre o direito patrimonial, a
exemplo do que ocorre com a função social da
propriedade e do contrato, atua também, e com maior
razão, no direito extra-patrimonial. II - Nesse sentido,
da mesma forma que a CRFB, no art.226,
13
estendeu a proteção jurídica a outras formas de 
organização nuclear da sociedade como entidades 
familiares, relativizou-se a proteção dispensada ao 
casamento, quando celebrado sem observância da 
função social que lhe foi reservada, 
identificada na constituição de família. III - Pessoa 
idosa e ingênua que se casou com mulher vinte e 
nove anos mais jovem, pensando que esta lhe tinha 
afeto, quando os fatos imediatamente posteriores à 
celebração demonstraram que o interesse era 
apenas patrimonial. Configurado, portanto, o erro 
essencial sobre a pessoa, na forma do art. 1.557, I, 
do CC. IV Desprovimento do recurso; sentença que 
se mantém. Ementário: 48/2009 - N. 5 - 17/12/2009
14
Jurisprudência 
0004849-11.2005.8.19.0042 (2008.001.64835) - APELACAO - 1ª
Ementa DES. TERESA CASTRO NEVES - Julgamento:
24/03/2009 - QUINTA CAMARA CIVEL - ANULACAO DE
CASAMENTO - PEDOFILIA ERRO ESSENCIAL QUANTO A
PESSOA DO OUTRO CONJUGE APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO
DE FAMÍLIA. ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO
ESSENCIAL. NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA ANTERIOR
AO MATRIMÔNIO. EXISTÊNCIA.
O cometimento de crime continuado pelo cônjuge 
varão ocorreu em data anterior ao casamento, 
apenas deu-se oflagrante após a celebração deste. 
A personalidade do cônjuge varão já era aquela há 
muito tempo, tendo o flagrante apenas dado 
conhecimento a cônjuge-mulher e a sociedade de 
seu desvio de conduta. ...
15
Causas suspensivas
Legislação aplicável 
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge
falecido, enquanto não fizer inventário dos bens
do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez
por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses
depois do começo da viuvez, ou da dissolução
da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido
homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;
16
Legislação aplicável 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes,
ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos,
com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto
não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem
saldadas as respectivas contas.
• Parágrafo único. É permitido aos nubentes 
solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as 
causas suspensivas previstas nos incisos I, III e 
IV deste artigo, provando-se a inexistência de 
prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para 
o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou 
curatelada; no caso do inciso II, a nubente 
deverá provar nascimento de filho, ou 
inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
17
Enunciado CJF 
330 - As causas suspensivas da
celebração do casamento poderão ser
argüidas inclusive pelos parentes em
linha reta de um dos nubentes e pelos
colaterais em segundo grau, por
vínculo decorrente de parentesco
civil.
Questão 
Pedro casou-se com Marta em 10 de Janeiro de
2009. Em maio de 2010, Pedro descobriu que
Marta fizera cirurgia de mudança de sexo e
obtido sentença para alteração de seu gênero
sexual no registro civil. Sentindo-se enganado,
procura você para que como advogado proponha
medida judicial para extinção do casamento.
Como advogado de Pedro e a partir das
disposições da Lei Civil vigente, qual a
orientação que seria adequada? Há prazo para o
exercício deste direito? Qual a medida judicial
cabível?
18
Decisão sobre o caso 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO. ERRO
ESSENCIAL. PRAZO DECADENCIAL CONTADO
DA DATA DA CELEBRAÇÃO DO ATO. ART.
1.560, INCISO III, CÓDIGO CIVIL. 1. Nos termos
do art. 1.560 do Código Civil, o prazo para
intentar a ação de anulação de casamento conta-
se da data da celebração, sendo irrelevante,
• no caso, o fato de o erro essencial ter sido 
descoberto um ano após a realização do ato. 2. O 
rol de hipóteses que autorizam a anulação de 
casamento é taxativo, estando contemplado no 
art. 1.550 do Código Civil. 3. Decorrido o prazo 
decadencial, correta a sentença que extinguiu o 
feito com base no art. 269, inciso IV, do Código 
de Processo Civil. 4. Recurso não provido. 
(TJDF; APC 2008.01.1.119996-2; Ac. 346.269; 4ª 
T.Cív.; Rel. Des. Cruz Macedo; DJDFTE 
23/03/2009; p. 103)

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