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Síndrome de Tourette 
Por, Clara R. Oliveira RA: 21573594
João Pedro L. Marques RA: 21448658
Jéssica Moreira Oliveira RA: 21592475
Gabriel Guimarães Magalhães RA: 21523158
O que é?
Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância. 
Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas e pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC), ao distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem. É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida 
Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater em objetos próximos. 
Como ela funciona?
Pode estar associada à baixa autoestima, ao comprometimento do rendimento escolar e à presença de dificuldades nas relações socioafetivas e familiares. Geralmente é aceito que a ST é causada por uma falha da ação inibitória dentro de um circuito cortico-estriado-tálamo-cortical que suprime impulsos premonitórios para o movimento. As alterações anatômicas e neuroquímicas que fundamentam as manifestações clínicas da ST não são claras. No entanto, vários estudos têm sugerido que alterações funcionais e estruturais nos circuitos em que os núcleos da base estão envolvidos, e em outros sistemas neuronais, desempenham um papel na complexa sintomatologia da doença.
O córtex frontal, os gânglios basais e o tálamo desempenham um papel importante na coordenação e no controle motor. Enquanto o córtex motor e o pré-motor dão a ordem para o movimento voluntário, os gânglios da base atuam selecionando o padrão de movimento, ou o comando motor que será inibido e o que será liberado para a realização de fato. Algumas investigações através de neuroimagem revelaram aumento na ativação em áreas motoras em pacientes com ST, em comparação com controles saudáveis.
Sendo um dos principais sintomas relatados e observados por portadores e estudiosos da síndrome, a ocorrência desordenada e inconstante de tiques múltiplos, motores ou vocais, já demonstram um obstáculo na vida de quem possui a Síndrome de Tourette.
Pessoas que vivem com a síndrome geralmente tem dificuldade de se integrar na sociedade e lidar com as atividades diárias. Isso porque além do distúrbio cognitivo, a síndrome também pode provocar sentimentos de fobia social, ansiedade e irritabilidade.
O conjunto de características que envolvem o paciente que possui a síndrome também pode ter um impacto social em sua vida. Normalmente, pessoas com Tourette sentem a necessidade de fazer gestos obscenos e usar termos preconceituosos em público, gerando desentendimentos ocasionais com pessoas que não compreendem sua deficiência. Felizmente, a maior parte dos pacientes descobrem que os sintomas se amenizam dentro de dez anos aproximadamente. Apenas um em cada três casos tende a perdurar até o fim da vida, embora a severidade da doença se reduza gradualmente conforme o envelhecimento.
Tratamentos e Diagnósticos. 
Essa é uma condição que não possui cura, porém ela possui tratamentos que auxiliam na redução dos danos causados na vida dos pacientes e no controle dos tiques. Da mesma maneira que não existe uma conclusão certeira de como a síndrome de Tourette pode surgir na vida do paciente, ela não possui um tratamento ideal. Os tratamentos são definidos de acordo com a necessidade do paciente com relação à gravidade dos tiques e agravamentos psicossociais. Assim que houver alguma suspeita, a criança deve ser encaminhada para um neurologista, caso seja um diagnóstico positivo ela deve iniciar uma rotina de consultas com psicólogos e psiquiatras, para que seja então possível definir a melhor maneira de amenizar suas consequências. 
Fonte: Capa do site: http://jornalismojunior.com.br/
Se os tiques forem leves e não causarem algum desconforto maior para o paciente é recomendável que sejam tratados com algumas estratégias, como yoga e meditação, que controlam no paciente a ansiedade e estresse em relação aos tiques, porque esses fatores podem gerar outras comorbidades e piorar o caso clínico. 
Caso a síndrome já tenha uma interferência mais grave na vida do paciente,a psicoterapia e a terapia comportamental são grandes aliadas. Uma abordagem em destaque para esses casos é a TCC (Terapia Cognitiva Comportamental), ela atua de uma maneira onde o paciente aprende, de forma gradativa, a reduzir seus sintomas, reconhecendo os sinais que antecedem seus tiques. Dessa maneira, ele consegue entender quais são as principais situações que dão início às crises e também conseguem corresponder a esses gatilhos com outros comportamentos voluntários, não prejudiciais. 
Em outros casos, pode se utilizar de medicamentos controlados para auxiliar na redução dos impactos causados pela Tourette. Com a supervisão de um psiquiatra, remédios que diminuem a ansiedade podem ser receitados para casos mais leves, já em quadros com maiores dificuldades, antipsicóticos podem reduzir os sintomas. Além disso, utiliza-se também da aplicação de botox nos músculos afetados para reduzir os movimentos não premeditados. 
Na área da psicologia, um tratamento que tem se mostrado muito eficaz é a psicoterapia comportamental, que busca, por meio da análise de caso do paciente, utilizar a técnica da reversão de habito, onde é ensinado ao paciente, maneiras para tentar suprimir, modificar ou substituir tiques, por outros menos incômodos
Outra maneira um pouco menos eficaz, mas que também vem se mostrando relevante, é a busca de grupos de apoio, onde o paciente é exposto a outros casos semelhantes ao dele, para que este possa criar mais proximidade com as pessoas e assim diminuir um pouco as dificuldades enfrentadas com a doença.
Todos esses tratamentos possuem diferentes abordagens e tempo que são baseados na necessidade dos pacientes, e possuem a intenção de fazer com que o paciente consiga ter uma vida normal sem a interferência dos tiques e suas consequências maiores.
Referências bibliográficas
Living with Tourette Syndrome. News Medical Life Sciences. 02, Fevereiro, 2021. Disponível em: <https://www.news-medical.net/health/Living-with-Tourette-syndrome.aspx>. Acesso em: 12, Março, 2021.
Síndrome de Tourette: entenda o que é e como tratar esse transtorno. Blog Psicologia Viva. 16, outubro, 2018. Disponível em: <https://blog.psicologiaviva.com.br/sindrome-de-tourette/> Acesso em: 12, março, 2021.
Síndrome de Tourette: Como funciona a mente de quem tem o transtorno e quais são os tratamentos? Vittude. 6, novembro, 2020. Disponível em: < https://www.vittude.com/blog/sindrome-de-tourette-como-funciona-a-mente-e-quais-tratamentos/> Acesso: 13, março, 2021. 
Síndrome de Tourette: o que é, sintomas e tratamento. Tua saúde. Fevereiro, 2021. Disponível em: < https://www.tuasaude.com/sindrome-de-tourette/>. Acesso em: 13, março, 2021.
ALMEIDA, Eliana Gomes da Silva; VILLACHAN-LYRA, Pompéia; HAZIN, Izabel. Perfil neuropsicológico na Síndrome de Tourette: um estudo de caso. Estud. pesqui. psicol, Rio de Janeiro abril, 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812014000100010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 23 mar. 2021
Teixeira LLC, Júnior JMSP, Neto FXP, Targino MN, Palheta ACP, Silva FA, et al. Tourette syndrome: Review of literature. Int. Arch. Otorhinolaryngol. 2011;15(4):492-500
Gonçalves, Diego Macedo, Silva, Neuciane Gomes da, & Estevam, Ionara Dantas. (2019). Síndrome de Tourette e terapia cognitivo-comportamental: um estudo de caso. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 15(1), 51-58.https://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20190008

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