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a escola como instituição social

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2009
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Solange Menezes da Silva Demeterco
2.ª edição
Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, 
mais informações www.videoaulasonline.com.br
IESDE Brasil S.A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
© 2003-2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autoriza-
ção por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: Jupiter images / DPI images
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
D449s
2.ed.
Demeterco, Solange Menezes da Silva.
Sociologia da educação / Solange Menezes da Silva Demeterco. - 2.ed. - Curitiba, PR :
 IESDE Brasil, 2009. 
352 p.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-0265-8
1. Sociologia educacional. I. Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino. 
II. Título. 
09-1973 CDD: 306.43
CDU: 316.74:37
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mais informações www.videoaulasonline.com.br
Doutora e Mestre em História do Brasil pela UFPR. Especialista em Currículo e 
Prática (Tutoria a Distância) pela PUC-Rio. Graduada em Ciências Sociais pela 
UFPR.
Solange Menezes da Silva Demeterco
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Sumário
A sociologia e a educação ..................................................... 13
O que é sociologia? .................................................................................................................. 14
A sociologia da educação e alguns conceitos básicos................................................. 19
A socialização e seus agentes ............................................................................................... 20
A sociologia da educação ...................................................... 33
Os primeiros grandes sociólogos: 
a educação como tema e objeto de estudo .................................................................... 34
As teorias sociológicas e a educação ................................................................................. 43
A sociologia da educação no Brasil.................................... 51
Formação da sociedade brasileira: 
economia agrário-exportadora e economia industrial ............................................... 52
A sociologia continua seu caminho: dos anos 1970 aos dias atuais ....................... 55
Educação e família ................................................................... 63
As transformações da família ................................................................................................ 64
Educação e família no Brasil .................................................................................................. 70
Concepções de infância e juventude ................................ 81
O sentimento de infância – o trabalho de Ariès ............................................................. 82
O surgimento das escolas e as visões da infância ......................................................... 85
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A escola como instituição social ......................................... 99
A escola como organização .................................................................................................103
Algumas possibilidades ........................................................................................................105
A escola e o controle social .................................................113
Padrões sociais de comportamento .................................................................................116
A escola e o desvio social ....................................................133
Comportamentos desviantes .............................................................................................135
Conformidade versus conformismo ..................................................................................137
A mudança social ...................................................................151
Fatores que desencadeiam a mudança ...........................................................................154
A ação pedagógica e a mudança social ..........................................................................157
A estratificação social ...........................................................169
Formas de estratificação social ...........................................................................................173
A educação e a estratificação social .................................................................................177
A mobilidade social ...............................................................189
Tipos de mobilidade social ..................................................................................................190
Educação como fator de mobilidade social ...................................................................193
Educação e movimentos sociais .......................................203
As formas de luta e ação coletiva ......................................................................................206
Alguns tipos de movimentos sociais e educação ........................................................210
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A educação e o Estado .........................................................223
O conceito de Estado e suas funções ...............................................................................226
Estado e educação no Brasil ................................................................................................228
Educação e desenvolvimento ............................................241
As desigualdades sociais e o subdesenvolvimento ....................................................245
Origens históricas do subdesenvolvimento ..................................................................247
As desigualdades sociais e o papel transformador da educação ..........................248
Educação e cotidiano no Brasil ..........................................259
O difícil cotidiano dos “menos iguais” ..............................................................................263
Problemas da educação no Brasil .....................................275
O fracasso escolar: uma tentativa de explicação .........................................................279
A profissão de professor ......................................................293
A questão da formação profissional .................................................................................295
O ofício de professor e seu papel na sociedade ...........................................................298
Perspectivas da educação no Brasil .................................311
A questão da diversidade cultural – o multiculturalismo .........................................315
A democratização da educação .........................................................................................317
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Apresentação
O que você espera dessa disciplina? Quais são suas expectativas em relação à so-
ciologia? No que a sociologia se aproxima da educação? Essas e outras perguntas 
nos acompanharão a partir daqui.
Mas, antes disso, seria interessante esclarecer algumas questões que nortearãonosso trabalho. Inicialmente, deve-se destacar que o que se apresenta aqui é uma 
síntese dos temas mais relevantes da sociologia enquanto Ciência Social, preocu-
pada em tentar explicar a vida social e as questões relacionadas à vida do homem 
em sociedade, em seus múltiplos aspectos. Não se pretendeu elaborar um manual 
e muito menos um compêndio que pretendesse dar conta de todos os temas e/
ou conceitos relacionados a essa ciência. Optou-se por privilegiar alguns tópicos 
que são considerados básicos e depois relacioná-los com a questão da educação. 
A sociologia da educação tem como objetivo pesquisar e analisar a educação em 
seus aspectos sociológicos, isto é, os fenômenos sociológicos.
O objetivo maior é procurar conhecer e analisar a inter-relação entre o homem, a 
sociedade e a educação, à luz de diferentes teorias sociológicas, bem como das 
práticas pedagógicas ratificadoras e/ou transformadoras dos contextos cultural, 
social, político, econômico e ecológico.
A proposta é despertá-lo para discussões futuras a partir do embasamento teórico 
que essa ciência oferece e, sempre que possível, trazer o debate para a realidade 
educacional brasileira. Para tanto, sugere-se alguns textos de apoio, bem como 
atividades para autoavaliação. Indicações de leituras complementares e filmes 
acompanharão o texto-base, e são importantes para aprofundar algum assunto/
tema que se considere relevante.
Vale lembrar também que nada substitui a leitura dos próprios mestres, no caso 
aqui, os “fundadores” da sociologia e da sociologia da educação. Portanto, não de-
sanime em buscar na própria fonte as respostas às suas inquietações. Vá em frente!
A disciplina pretende desenvolver módulos que possibilitem a compreensão 
da constituição da realidade social e sua relação com a educação, por meio do 
estudo de aspectos dos processos sociais presentes na produção e configuração 
do sistema educacional. Assim, o livro está estruturado em 18 unidades, em que 
se propõe uma discussão sobre a relação entre a sociologia e a educação, apresen-
tando as contribuições dos autores clássicos e sua percepção acerca das questões 
relacionadas à educação (A Sociologia da Educação) e contextualizando a ciência 
no Brasil (A Sociologia da Educação no Brasil).
A partir daí, tem-se a discussão de alguns temas/conceitos fundamentais para 
a reflexão aqui proposta. Na unidade intitulada educação e família apresenta-se 
uma síntese das transformações pelas quais passou a família ao longo do tempo 
e sua importância quando se discute educação. Para tanto, também se faz ne-
cessário observar como o sentimento de infância surge e se modifica a partir do 
que se tem, inclusive o surgimento dos colégios e novas visões da infância e da 
juventude (concepções de infância e juventude).
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A discussão sobre a escola à luz de alguns conceitos sociológicos compõe as 
próximas unidades: a escola como instituição social, a escola e o controle social e a 
escola e o desvio social. Em seguida, são abordados outros conceitos também im-
portantes para a sociologia da educação: a mudança social, a estratificação social, 
a mobilidade social, educação e movimentos sociais e a educação e o Estado.
Finalmente, são apresentados alguns temas mais amplos que dizem respeito à rea-
lidade do país (educação e desenvolvimento, educação e cotidiano no Brasil e pro-
blemas da educação no Brasil), da escola e do professor (a profissão de professor), 
além de chamar a atenção para questões que exigem muita reflexão por parte do 
docente, no sentido de avaliar sua prática pedagógica (perspectivas da educação 
no Brasil).
Vale ressaltar, enfim, que vivemos um momento privilegiado na história, uma vez 
que a presença da sociologia no currículo está intimamente ligada à democratiza-
ção do acesso ao conhecimento científico, com vistas ao incremento da discussão 
consciente, racional e bem fundamentada do educador na realidade social.
Bom trabalho!
Solange Menezes da Silva Demeterco
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A escola tem sido um dos objetos de estudo da sociologia da educação, 
desde a institucionalização dessa ciência. Por seu papel como agente de so-
cialização, que disputa com a família a transmissão da cultura do grupo às 
novas gerações, a escola adquiriu grande importância, particularmente a 
partir do século XVII. Constituiu-se na espinha dorsal da chamada educação 
formal, que se diferencia da educação informal exatamente por seu caráter 
de intencionalidade, isto é, pelo fato de organizar a partir de certas diretri-
zes (periodicidade, método, currículo, regulamentos etc.). A escola ainda é o 
espaço próprio da educação formal, apesar de todas as outras maneiras que 
se tem atualmente para se concretizar o processo educativo.
O crescente processo de individualismo é gestado num contexto da 
formação da cultura urbana, em curso desde o século XVIII, assumindo a 
questão do público e do privado um papel central, na medida que se diag-
nosticava o centro do problema – experiência pública foi deixada de lado 
em favor da formação da personalidade individual. As chamadas “políticas 
da indiferença” e a “estética da aparência”, na verdade, são elementos que 
compõem essa cultura urbana e que colocam muitos desafios, especial-
mente para educadores ciosos de sua função maior de formar cidadãos 
conscientes de seu papel na sociedade.
Essas transformações que ocorreram trouxeram consigo inovações 
tecnológicas e uma nova configuração das áreas urbanas, não podendo 
deixar de refletir-se também no âmbito das estruturas sociais. Novos desa-
fios e impasses foram sentidos na forma como essa sociedade vivenciava 
o espaço público e o espaço privado, bem como as representações sociais 
desses espaços. Sendo uma das instituições mais importantes, a escola 
também sentiu o impacto de tudo isso. 
Segundo Pozo (2002, p. 30), 
a escola como instituição social alcança um novo desenvolvimento, como consequên-
cia da Revolução Industrial, da mecanização do trabalho e da concentração urbana da 
população, durante o século XIX, consolidando-se no presente século com a generali-
zação da escolaridade obrigatória e gratuita nas sociedades industriais, o que produz, 
sem dúvida, mudanças notáveis nas próprias demandas de aprendizagem geradas 
pelos contextos educativos.
A escola como instituição social
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Sociologia da Educação
Um dos aspectos mais importantes do processo de modernização é o que 
Rago (1993, p.15) chamou de processo de racionalização da sociedade, com 
a “quebra de antigos padrões de referência e de construção da ‘identidade’ e 
‘constituição de uma nova sensibilidade urbana’”. A reafirmação das identidades 
surge como forma de distinção social e de retraimento para a vida privada. Isso 
diz respeito às novas formas de sociabilidade, que surgem a partir da valorização 
do indivíduo e da retração do espaço privado, em detrimento dos valores e do 
espaço público. Assim, cresce a importância da família como refúgio do indiví-
duo, na qual encontrará segurança e a possibilidade de ser, de expressar o seu 
eu, sem as máscaras necessárias no espaço público.
A questão que normalmente é apresentada relaciona-se com a suposta falta 
de valores éticos e morais que acompanham esse processo. Mas será que, na 
verdade, o que ocorreu não foi uma inversão de valores e assim, uma falta de 
valores? Até porque uma sociedade não se sustenta sem uma base moral e ética. 
Prova disso sãoas diferentes redes de solidariedade que aparecem acompa-
nhando as novas formas de sociabilidade. São diferentes, mas existem sempre. 
O valor que aparece com grande impacto é o da solidariedade, que concei-
tualmente se contrapõe ao individualismo. Então, o que se pode deduzir é que 
efetivamente novos valores aparecem como reação a esse mundo massificado 
e, muitas vezes, até desumano, prova da capacidade do homem de ajustar-se a 
mudanças, sejam elas benéficas ou não num primeiro momento. Parece impor-
tante tentar evidenciar os aspectos positivos desse processo de individualização 
crescente e do retraimento para a vida familiar/privada, alguns decorrentes do 
surgimento de vários setores sociais contemporâneos, mobilizados em busca de 
novas formas de sociabilidade e de organizar os espaços públicos. 
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A escola como instituição social
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A juventude aparece nesse contexto de maneira significativa, adquirindo 
uma visibilidade que tem sua origem recente1 e cresce à medida que os jovens 
buscam uma definição de novos referenciais de comportamento e de identi-
dade na sociedade. Mesmo não parecendo decididos a transformar a socieda-
de, mas apenas em construir e manifestar uma identidade distintiva, os jovens 
acabam por marcar sua posição no mundo, até mesmo como forma de suportar 
o aumento da competitividade na sociedade atual. Eles próprios não parecem 
identificar-se com aquela velha ideia de serem “o futuro do país”. Querem ser 
aceitos pela sociedade, querem poder investir em si mesmos, como forma de 
suportar o peso desse mundo centrado no indivíduo. 
As questões da indiferença política e o individualismo podem ser rebatidos 
com o resgate de valores como dignidade, solidariedade, respeito ao próximo, ao 
espaço público e a si mesmos, contra o consumismo e a aparente apatia diante 
das várias demandas que lhes são apresentadas.
Nesse microcosmo que reflete a sociedade como um todo, pode haver um mo-
vimento de revalorização da escola que juntamente com o professor torna-se nova-
mente um importante agente da socialização, buscando incentivar o trabalho em 
equipe e mostrando o quanto pode ser bom que algumas regras (claras e coerentes, 
obviamente) sejam seguidas, valorizando as relações interpessoais em contraparti-
da ao aumento do individualismo. Para tentar entender a escola e sua importância, 
não só no processo de socialização, é preciso entendê-la como um espaço socio-
cultural, o que significa tentar percebê-la a partir de seus aspectos culturais. Sendo 
uma instituição dinâmica, que se faz e refaz no dia a dia por intermédio dos sujeitos 
envolvidos nesse processo (professores, alunos, direção, funcionários, comunidade 
externa, pais e comunidade), não é possível desconsiderar que todos são sujeitos 
sociais e históricos. Portanto, a escola é construída social e historicamente e não se 
pode perder de vista a constante necessidade de resgatar o papel desses sujeitos. 
Ao longo do tempo, a escola foi investigada à luz de diversas matrizes teó-
ricas, especialmente a partir de análises macroestruturais; tinham-se as teorias 
funcionalistas (Durkheim, Talcott Parsons, Robert Dreeben, por exemplo) e as 
chamadas teorias da reprodução (Bourdieu e Passeron; Baudelot e Establet; 
Bowles e Gintis; entre outros). 
Ver a escola como um espaço social, histórico e culturalmente construído é 
uma possibilidade teórica que surge a partir dos anos 1980, em contraposição 
àquelas análises que, de certa forma, eram deterministas, isto é, as macroestrutu-
ras explicariam a instituição como um todo, em todos os seus aspectos.
1 Ver a obra de ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. São Paulo, S.d. 
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102
Sociologia da Educação
Esse novo caminho aponta para a perspectiva de se analisar a escola, de superar 
o paradigma do conhecimento dualista, que não focava seu interesse no indivíduo, 
na pessoa, vista agora como autor e sujeito de sua própria história e da sociedade na 
qual está inserido. Assim, Eszpeleta & Rockwell (1986, p. 58) desenvolvem uma aná-
lise em que privilegiam a ação dos sujeitos, na relação com as estruturas sociais. De 
acordo com as autoras, haveria na escola um confronto de interesses, contrapondo a 
organização oficial do sistema escolar de um lado – que “define conteúdos da tarefa 
central, atribui funções, organiza, separa e hierarquiza o espaço, a fim de diferen-
ciar trabalhos, definindo idealmente, assim, as relações sociais” – e os sujeitos que 
dela participam de outro, o que cria uma trama própria de inter-relações, fazendo da 
escola um processo permanente de construção social. 
No momento em que se contempla o conflito e as tentativas de superá-lo/re-
solvê-lo nas análises sociológicas da escola, enquanto instituição, como espaço 
social específico, a escola passa a ser vista então como uma peça cujo enredo se 
faz por seus protagonistas. Um processo de apropriação constante dos espaços, 
das normas, das práticas e dos saberes que dão forma à vida escolar.
Por esse caminho, o aluno passa a ser visto em sua totalidade, sendo entendido 
na sua diferença, ou seja, trazendo-se a questão da diversidade como categoria de 
análise importante. Trata-se de compreendê-lo, enquanto indivíduo que possui uma 
historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções, de-
sejos, projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios.
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Deve-se lembrar que a escola não é a primeira instância do processo de socia-
lização; o indivíduo já traz em si as “marcas” de sua história de vida, do processo 
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A escola como instituição social
103
de socialização empreendido no seio da família e do que viveu até em outras 
esferas da vida social, enfim, da sua cultura. Assim, a partir dessa perspectiva,
[...] nenhum indivíduo nasce homem, mas constitui-se e se produz como tal, dentro do projeto 
de humanidade do seu grupo social, num processo contínuo de passagem da natureza para 
cultura, ou seja, cada indivíduo, ao nascer, vai sendo construído e vai se construindo enquanto 
ser humano. Mas como se dá esta produção numa sociedade concreta? 
Quando qualquer um daqueles jovens nasceu, inseriu-se numa sociedade que já tinha uma exis-
tência prévia, histórica, cuja estrutura não dependeu desse sujeito, portanto, não foi produzida 
por ele. São as macroestruturas que vão apontar, a princípio, um leque mais ou menos definido 
de opções em relação a um destino social, seus padrões de comportamento, seu nível de acesso 
aos bens culturais etc. [...] Ao mesmo tempo, porém, existe um outro nível, o das interações dos in-
divíduos na vida social cotidiana, com suas próprias estruturas, com suas características próprias. 
É o nível do grupo social, onde os indivíduos se identificam pelas formas próprias de vivenciar e 
interpretar as relações e contradições, entre si e com a sociedade, o que produz uma cultura pró-
pria. (DAYRELL, 1996, p. 6-7)
É no cotidiano e a partir das experiências que o sujeito vivencia, que ele se 
torna um sujeito concreto, como resultado de um processo educativo amplo e 
num contexto de diversidade cultural.
A escola como organização
É possível, também, empreender a discussão sobre a escola a partir da análise 
das organizações, fazendo uso de metáforas. Essa pode ser uma alternativa eficaz 
no sentido de mostrar o quanto esta pode ser complexa e passível de análises, as 
mais diversas, em termos de referencial teórico, podendo ser investigadas numa 
perspectiva multidisciplinar. Aliando a sociologia da educação com as teorias 
da administração, percebe-seque, tal como outras organizações, o estabeleci-
mento de ensino é uma organização complexa, que congrega atores diversos, 
exercendo várias funções, mas com objetivos comuns.
Sendo seu objetivo maior a formação do homem consciente2, por meio de uma 
educação voltada para o desenvolvimento da autonomia intelectual, ao fortaleci-
mento do pensamento crítico e ao comportamento ético, entende-se que o aluno 
precisa de liberdade para aprender. O respeito à individualidade é visto como fun-
damental para o bom andamento do processo de aprendizagem do aluno. Assim, 
a vida organizacional da escola não deve ser vista de forma mecânica: todos devem 
ser convidados e incentivados a participar do processo educativo. 
Recorrendo à obra de Gareth Morgan, intitulada Imagens da Organização, po-
demos pensar a escola sob uma outra ótica. O autor faz uso de metáforas para 
2 Sobre isso, ver: LENVAL, H. Lubienska de. A Educação do Homem Consciente. 2. ed. São Paulo: Flamboyant. S.d.
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104
Sociologia da Educação
explicar como se pode entender as organizações. São elas: organização vista 
como máquina, cérebro, organismo, cultura, sistemas de governo, prisão psíqui-
ca, fluxo e transformação, e instrumento de dominação3. 
Segundo o autor, pode-se observar que as máquinas “não são planejadas 
para a inovação” (MORGAN, 1996, p. 38), enquanto que as organizações, vistas 
como cultura, têm mais instrumentos para lidar com a mudança, uma vez que 
são construídas e reconstruídas socialmente. 
Retomando a ideia do item anterior, a metáfora mais próxima da imagem da 
escola que poderíamos considerar como sendo a ideal, é a metáfora da organiza-
ção vista como cultura. A cooperação, interdependência, os interesses e objetivos 
compartilhados e a ajuda mútua, entre os vários atores que nela atuam, são pontos 
a serem salientados e que confirmam essa ideia. Os significados compartilhados 
orientam a vida organizacional. Na verdade, o aluno aprende a se conhecer e a se 
avaliar. Na medida em que se dá a troca com o professor, visto como um facilitador 
da aprendizagem, o aluno analisa seu desempenho, faz as correções necessárias 
em termos de conteúdo, mas, sobretudo, nota-se que cresce o grau de consciência 
sobre si mesmo.
Essas são características de organizações vistas como cultura, já que um conjunto 
de objetivos comuns e valores compartilhados estão na sua base. Mesmo quando o 
conflito surge, ele é administrado no sentido de acolher as possíveis diferenças com 
o objetivo de acrescentar, de somar, e nunca de segregar e/ou excluir.
Mas não se deve esquecer que sempre há a necessidade de conjugar metá-
foras para melhor analisar a organização escolar, uma vez que ela pode simulta-
neamente incorporar elementos de mais de uma metáfora. Porém, uma organi-
zação complexa como a escolar pode (e deve) ser vista como cultura, isto é, um 
conjunto de sistemas de significado comum (MORGAN, 1996, p.138), lembrando 
sempre que a realidade é construída socialmente e, sendo assim, está em per-
manente (re)construção. Pensar sociologicamente a escola pode ser um cami-
nho para não perdermos essa perspectiva.
3 Vale, se você puder, procurar nesse livro as características básicas de cada metáfora, para melhor compreender como avaliar a escola onde você 
atua. De que tipo ela será?
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A escola como instituição social
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Algumas possibilidades
Partindo-se da premissa de que “[...] a cultura delineia [...] o caráter da organi-
zação” (MORGAN, 1996, p.121), e entendendo cultura como 
[...] significado, compreensão e sentidos compartilhados [...] na verdade está sendo feita 
uma referência ao processo de construção da realidade que permite às pessoas ver e 
compreender eventos, ações, objetos, expressões e situações particulares de maneiras 
distintas. ( p. 132)
Pode-se perceber o quanto a escola, vista de acordo com uma abordagem 
simbólica, é uma forma de organização complexa e diferenciada. Mesmo que 
não se abandone totalmente um enfoque funcionalista e burocrático, não se 
pode deixar de ver a escola como “lugares de formação” (NÓVOA, 1992, p. 16), o 
que a diferencia bastante de outros tipos de organizações. 
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Sociologia da Educação
A abordagem simbólica da escola – organização que está sempre se (re) cons-
truindo e que não pode deixar de ser flexível e aberta a mudanças –, de acordo 
com Teixeira (2000, p. 20), “abre espaço para a visão pluralista da partilha de va-
lores e interesses” e pede também um tipo particular de profissional. Conforme 
Perrenoud, há muito vem insistindo, o professor desenvolve esquemas de pen-
samento diferentes de outras profissões e é detentor de saberes específicos. O 
ofício do professor não é imutável, ao mesmo tempo em que há uma constante 
redefinição e diversificação de suas funções (apud NÓVOA, 1992). 
No novo papel que assume o professor na atualidade, especialmente no 
que se refere a tentar passar aos alunos determinados valores que, aos olhos de 
alguns deles, parecem totalmente fora de contexto – como o respeito ao outro, 
ao diferente e o combate à violência – a escola precisa ser questionada sempre. 
Outro papel da escola é ser uma instituição na qual o professor possa ser um for-
mador e mediador do conhecimento; não se pode esquecer da necessidade de 
motivar e potencializar os alunos em suas competências. É preciso que a escola 
considere a realidade e as expectativas de seus alunos, inclusive quando pensar 
sua estrutura e organização. Para tanto, é fundamental a constante reciclagem 
do professor, um forte investimento em sua atualização e aperfeiçoamento, bem 
como de todo o sistema educativo. Só assim ela fará sentido para seus alunos e 
todos os agentes envolvidos no processo educativo.
Vale aqui trazer novamente a contribuição de Pozo (2000, p. 25), quando ela-
bora a noção de cultura destacando sua importância e a relação do educando 
com todo o contexto escolar para seu processo de aprendizagem. 
[...] nossos processos de aprendizagem, a forma como aprendemos, não são produtos apenas 
de uma preparação genética especialmente eficaz, mas também, num círculo agradavelmente 
vicioso, de nossa capacidade de aprendizagem. Graças à aprendizagem, incorporamos 
a cultura, que, por sua vez, traz incorporadas novas formas de aprendizagem. [...] Nossa 
aprendizagem responde não só a um desenho genético, mas principalmente a um desenho 
cultural. Cada sociedade, cada cultura gera suas próprias formas de aprendizagem. Desse modo, 
a aprendizagem da cultura acaba por levar a uma determinada cultura da aprendizagem. As 
atividades de aprendizagem devem ser entendidas no contexto das demandas sociais que 
as geram. Além de, em diferentes culturas se aprenderem coisas diferentes, as formas ou 
processos de aprendizagem culturalmente relevantes também variam. A relação entre o 
aprendiz e os materiais de aprendizagem está mediada por certas funções ou processos de 
aprendizagem, que se derivam da organização social dessas atividades e das metas impostas 
pelos instrutores ou professores.
O principal papel da escola, enquanto instituição social, é mais do que apenas 
servir como meio para a transmissão de informações, é também mediar a cons-
trução do conhecimento do aluno, estimulando a formação de um espírito crí-
tico que leve ao pleno exercício da cidadania. Alunos e professores, vistos como 
sujeitos socioculturais, ao desempenharem um papel ativo no cotidiano é que 
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A escola como instituição social
107
Escola: desafios à vista
(CORREIA, 2009)
O resgate do valor social da escola passa pela recuperação de sua cidada-
nia no espaço público, por sua inter-relação com outras instituições sociais e 
pela profissionalização docente. 
Ao longo da história, já houve quem pedisse uma sociedade sem escola, 
mas, na atualidade, parece que temos escolas sem sociedade. Explico. Da 
década de 1970 para cá, tem havido entre nós uma potencialização significa-
tiva do mercado e uma diminuição imensa da presença do Estado em todas 
as esferas da vida civil. Esse fenômeno vem acarretando a despublicização da 
coisa pública e a consequente privatização da vida. 
Ora, a escola não escapa desse processo. Pesquisas abalizadas indicam 
um crescimento vertiginoso da oferta privada de vagas em nosso siste-
ma escolar, em todos os níveis, o que assinala uma expansão grandiosa, 
nem sempre acompanhada por um aparelhamento de qualidade mate-
rial e humana de nossos estabelecimentos de ensino. Situada no âmbito 
do mercado, a escola perde o seu referencial de coisa pública e de bem 
comum, socialmente produzido e que também deve ser coletivamente 
desfrutado. 
acabam por elucidar o que a escola é, enquanto limite e possibilidade, num diá-
logo ou conflito constante com a sua organização. 
A escola deve estar a serviço de seus alunos e da comunidade/sociedade na 
qual está inserida, sem que isso signifique atender aos interesses de qualquer 
classe social em particular.
Retomando a ideia apresentada anteriormente, a escola deve ser o espaço de hu-
manização do indivíduo, deve contribuir para sua formação mais ampla, aprimorando 
as dimensões e habilidades. O desenvolvimento do aluno como sujeito sociocultural 
e seu aprimoramento como ser social são resultados da oportunidade de acesso ao 
conhecimento, às relações sociais e às mais diversas experiências culturais.
Texto complementar
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108
Sociologia da Educação
Não é sem razão que a escola passou a ser vista como empresa, o estu-
dante veio a ser compreendido como cliente e os profissionais da educação 
foram trazidos à equiparação a quaisquer outros trabalhadores da iniciativa 
privada. O mote “o aluno está pagando, ele tem direito” evidencia essa ope-
ração que se encerra na ênfase ao mercado e na desfocalização da educação 
como bem de cidadania. Direitos de cidadania implicam valorização do bem 
comum, da coisa pública; direitos cuja gênese está no ato de pagar, levam ao 
individualismo e à não valorização da convivialidade em processos de socia-
bilidade, os quais têm como coração os processos educacionais. 
Diante do exposto, o desafio apresentado a nós, profissionais da edu-
cação e à sociedade, é o de resgatarmos a cidadania da escola como uma 
instituição pública. A iniciativa privada, livre para prestar serviços edu-
cacionais, deveria compreender a educação como uma concessão que a 
sociedade lhe faz por meio do Estado, mas que ela, educação escolar, não 
pode e não deve ser tratada como as demais mercadorias. Isso implica 
menos ênfase no mercado educacional e mais destaque para a escola 
como instituição social. 
A par do resgate da cidadania da escola no espaço público, outro desafio 
que ela tem de enfrentar é o que diz respeito à inter-relação da escola com a 
ampla rede de instituições sociais que a circunda. Relacionar-se apenas com 
empresas não nos parece saudável, uma vez que ao lado das organizações 
privadas existem as Igrejas, os sindicatos, a família, os diversos órgãos esta-
tais, entre tantos outros que poderíamos lembrar aqui. Se a escola vir a si 
mesma como uma instituição social e se articular com outras instituições so-
ciais, então ela terá o que oferecer e receber das esferas econômica, política e 
cultural de nossa sociedade. Essa inter-relação poderá acarretar ganhos que 
potencializem a emancipação da sociedade brasileira, e não a sua subjuga-
ção ao mercado voraz e individualizante que parece prevalecer em nossos 
dias. É o caso de ver a escola menos como empresa entre empresas e mais 
como instituição social entre instituições sociais. 
Por fim, resta à escola implementar programas socialmente referencia-
dos no sentido de viabilizar a profissionalização do magistério. Aí, valem 
a autonomia funcional, a autorregulação e o monopólio na prestação dos 
serviços educacionais. Sem que os professores sejam concebidos como 
profissionais, fica difícil empreender uma educação emancipatória e que 
nos encaminhe rumo à consolidação de uma sociedade verdadeiramente 
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A escola como instituição social
109
cidadã, assentada em mecanismos sociais que garantam mais liberdade, 
mais justiça, mais igualdade e mais humanidade a todos que fazemos e 
sofremos a educação. 
Em síntese: a escola precisa ter referencial público, estar institucional-
mente articulada e ser conduzida por profissionais realmente comprometi-
dos com os destinos da nação brasileira rumo ao desenvolvimento humano, 
científico, filosófico, tecnológico e cultural, com vistas para o alcance da so-
berania nacional.
(Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacao/escola-desafios-vista.htm>. 
Acesso em: jan. 2009.)
Dicas de estudo
Para entender qual era a situação educacional do Brasil nos séculos XIX e XX, ver 
quinto capítulo do livro de Regis de Morais, intitulado Cultura Brasileira e Educação. 
Campinas: Papirus, 1989, em que o autor parte da seguinte questão: educação é 
uma questão de cultura? Dá uma pista de sua trajetória para responder a essa per-
gunta, quando diz que “a educação que tivemos e temos se mostra uma consequên-
cia imediata das situações políticas e econômicas que tivemos e temos” (p. 91).
Sugestões de leitura 
Estes autores apresentam uma retrospectiva histórica da escola e discu-
tem o seu papel enquanto instituição social. Além disso, analisam de forma 
crítica o papel da sociologia da educação e da escola na sociedade.
DUARTE, Newton. Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilu-
sões? Campinas: Autores Associados, 2003.
HAECHT, Anne Van. Sociologia da Educação: a escola posta à prova. Porto 
Alegre: Artmed, 2008.
MANACORDA, Mário Alighiero. História da Educação: da Antiguidade aos 
nossos dias. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1989.
______. Escola e Democracia. 37. ed. Campinas: Autores Associados, 2005. 
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110
Sociologia da Educação
SAVIANI, Dermeval. O Legado Educacional do Século XX no Brasil. Campi-
nas: Autores Associados, 2004.
VEIGA, Cynthia Greive; LOPES, Eliane Marta Teixeira. (Orgs.). 500 Anos de 
Educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
Atividades
1. Explique por que a escola se tornou um importante objeto de estudo para a 
sociologia.
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111
A escola como instituição social
2. A partir da conceituação apresentada por Morgan, cite as características da 
escola vista como cultura.
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A escola como instituição social
1. A escola tem sido um dos objetos de estudo da sociologia da educação 
desde a institucionalização dessa ciência. Por seu papel como agente 
de socialização, que disputa com a família a transmissão da cultura do 
grupo às novas gerações, a escola adquiriu grande importância, par-
ticularmente a partir do século XVII. Constituiu-se na espinha dorsal 
da chamada educação formal,que se diferencia da educação informal 
exatamente por seu caráter de intencionalidade, isto é, pelo fato de 
se organizar a partir de certas diretrizes (periodicidade, método, currí-
culo, regulamentos etc.). A escola ainda é o espaço próprio da educa-
ção formal, apesar de todas as outras maneiras que se tem atualmente 
para se concretizar o processo educativo.
2. Uma escola para ser vista como cultura deve se caracterizar pela co-
operação, interdependência, interesses e objetivos compartilhados e 
a ajuda mútua entre os vários atores que nela atuam. Além disso, os 
significados devem ser compartilhados e devem orientar a vida orga-
nizacional. Na verdade, o aluno aprende a se conhecer e a se avaliar.
Gabarito
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