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APS - RA1755577

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APS - DIREITO DO TRABALHO APLICADO - ADVOCACIA PREVENTIVA 
AO CONTENCIOSO TRABALHISTA 
NOME: STELLA DE SOUZA MATOS DA SILVA 
RA: 1755577 
TURMA:003208A02 
 
Apresente parecer circunstanciado e fundamentado sobre a correção ou não das 
condutas estabelecidas pela empresa com aval do Departamento de Recursos Humanos. 
A empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda contrata seu escritório de advocacia 
objetivando efetivar o levantamento jurídico trabalhista das pendências que envolvem a 
empresa considerando a recente reforma da legislação trabalhista. A empresa possui 
quadro de empregados diretos além de contar com quadro fixo de 80 trabalhadores 
autônomos, e 20 estagiários assim distribuídos : um diretor, um gerente, quatro assistentes 
e quatro auxiliares da área administrativa; um diretor, oito supervisores (sendo que um 
deles exerce as atribuições de gerência), vinte e oito vendedores; 80 representantes 
comerciais autônomos e dos 20 estagiários, todos subordinados a diretoria comercial. Em 
levantamento in loco preliminar que restou apresentado a diretoria da empresa foram 
eleitas as seguintes questões: 
 
1) A empresa não possui qualquer planejamento relacionado a medicina e segurança do 
trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos Humanos não há risco 
na atividade desenvolvida. 
Resposta: Por mais que a empresa não desenvolva atividades de risco, é de suma 
importância possuir um planejamento de medicina e segurança do trabalho com base nas 
Normas Regulamentadoras Brasileiras (NRs), nos códigos e Portarias do Ministério do 
Trabalho e em outros órgãos com relação ao assunto vigentes atualmente para assim evitar 
problemas maiores. A empresa poderá fazer a utilizaçao do SESMT (Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) e ou do CIPA 
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). 
 
2) A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações que apresentam como causa 
de pedir fática o tratamento vexatório diuturno a que são submetidos os vendedores e 
representantes comerciais que não alcançam o patamar de metas estabelecidos pelo 
supervisor que exerce as atribuições de gerência na área comercial, sendo que o 
Departamento de Recursos Humanos, ao analisar os casos informou a diretoria da 
empresa que a atitude do supervisor em presentear os vendedores com menor patamar de 
vendas com uma camiseta com a inscrição “ Sou o Lanterninha do Mês”, não é ofensivo 
e que todos os vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes; 
Resposta: Essa atitudade não estimula os funcionários a alcançar melhores resultados, e 
sim os expõem a uma situação constrangedora, tal atitude pode causar abalo psicológico 
e ofender a autoestima, imagem e a honra dos funcionários conforme o o artigo 223,C da 
CLT. Os funcionários poderão ingressar com pedido de indenização por danos morais 
como prevê os artigos 223,A ao 223,G da CLT. Se tratando de Compliance e o Código 
de Ética, a conduta do supervisor é sim antiética e não deverá fazer parte dos costumes e 
das práticas da empresa. 
 
 3) Parte dos representantes comerciais são obrigados no comparecimento diário na sede 
da empresa, em horário determinado pelo diretor comercial, sendo certo que em eventual 
ausência o dia de trabalho é descontado das comissões no mês de referência, sendo que 
os demais somente comparecem a empresa para aviamento das necessidades comerciais 
(entrega de pedidos, recebimento de mostruários e recebimento de comissões), conduta 
esse aprovada pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa. 
Resposta: O representante comercial presta serviços que atua na área de vendas diretamente 
e no caso concreto por possuir subordinação não é o autônomo e sim o empregado conforme o 
artigo 3º da CLT, pois o autônomo precisa não ter subordinação e está previsto na lei nº 
4.886/1965. Já a comissão dos representantes comerciais não pode ser descontada pelo fato do 
não comparecimento diário na sede da empresa devido a comissão ser paga quando este efetuar 
vendas, mas a empresa poderá aplicar suspensões e advertências com caráter disciplinar, 
conforme a CLT. Portanto a aprovação da conduta está errada. 
Deste modo, no caso em tela, o fato do representante comercial ter de comparecer a empresa 
em data e horário pré-fixado pelo empregador, configura, sob qualquer perspectiva, vínculo 
entre as partes, posto encontrar-se presente a subordinação, a habitualidade e a pessoalidade. 
Isto pois, notamos a quebra ou a restrição da autonomia laboral do representante comercial e 
a exigência da realização de requisitos possibilitadores do tachado contrato de trabalho. 
 
4) Todos os estagiários (cursando Administração de Empresas, Tecnologia da Informação 
e Direito) são contratados diretamente pela empresa, sem qualquer formalidade efetivada 
pelo Departamento de Recursos Humanos, a não ser o pagamento de vale transporte e 
bolsa auxílio e se ativam exclusivamente no recebimento dos pedidos de compras, 
independentemente da área acadêmica que pertençam e laboram oito horas diários e 
semanalmente são submetidos a horas extras. 
Resposta: O artigo 10 da Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, diz que a jornada de 
trabalho do estagiário não pode ultrapassar 6 (seis) horas diárias por ser ensino superior. 
Logo o estagiário não poderá ser submetido a hora extra por se tratar de uma condição 
para a graduação em ensino superior ou médio, deve se cumprir a carga horária 
estabelecida na lei do estagiário. 
 
 5) Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos clientes em razão de furto 
de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens do local onde a conduta 
restou comprovada), no entanto, o Departamento de Recursos Humanos da empresa 
desaconselhou a demissão sob alegação do mesmo ser detentor de estabilidade em 
decorrência de acidente do trabalho, em relação ao qual foi emitida a CAT ( comunicação 
de Acidente do Trabalho) com afastamento médico de 10 dias. 
Resposta: No caso em tela, por mais que o funcionário seja detentor de estabilidade em 
decorrência de acidente do trabalho, o Departamento de Recursos Humanos se equivocou 
ao desaconselhar sua demissão. Portanto, não tem direito a garantia de estabilidade por 
acidente de trabalho prevista no artigo 60, §3 e o artigo 118 da Lei que regulamenta o 
acidente de trabalho (8.213/91), o empregado que sofre um acidente de trabalho tem 
garantia no prazo de 12 (doze) meses no mínimo, a manutenção do seu contrato de 
trabalho na empresa após o auxílio-doença acidentário cessar, e em casos de afastamento 
com prazo superior a 15 (dias) quinze dias é cabível. 
 
6) Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e. gerente e supervisores 
recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do percentual comissional das 
vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 o Departamento de Recursos 
Humanos, orientou a empresa, no sentido que a fixação de pagamento de parcela salarial 
fixa desonera a empresa de qualquer reflexo ou integração em relação aos valores 
comissionais. 
Resposta: A orientação do Departamento de Recursos Humanos para a empresa está 
equivocada, pois as comissões e gratificações salariais fazem parte sim do salário fixo do 
empregado com fulcro no artigo 457, §1 da CLT.

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