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Diabetes Melito: Tipos, Diagnóstico e Tratamento

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Insta: @camilapontesliberal 
DIABÉTICOS 
 
 
O diabetes melito (DM) pode 
ser considerado como uma doença 
metabólica sistêmica crônica, 
consequente à deficiência parcial ou 
total de insulina, que acarreta uma 
inadequada utilização dos 
carboidratos e alterações no 
metabolismo lipídico e proteico. 
 
O DM pode ser do Tipo 1, 
que representa 10% dos portadores 
da doença, com predomínio em 
crianças, adolescentes ou adultos 
jovens, embora possa ocorrer em 
qualquer idade. É caracterizado 
pela destruição das células beta do 
pâncreas, provavelmente por 
mecanismos imunológicos, levando 
à deficiência total de insulina. Por 
esse motivo, os diabéticos do Tipo 1 
são chamados de 
insulinodependentes. 
 
Os 90% restantes são do 
Tipo 2 (não insulinodependentes), 
que ocorre geralmente em 
indivíduos obesos com mais de 40 
anos de idade, embora sua 
frequência tenha aumentado em 
jovens, em função de maus hábitos 
alimentares, sedentarismo e 
estresse da vida urbana. Nesse tipo 
de diabetes, a deficiência na 
utilização da glicose é devida a um 
conjunto de três fatores: aumento 
da resistência à insulina (altas 
concentrações do hormônio são 
necessárias para produzir os efeitos 
fisiológicos), defeitos na secreção 
de insulina pelas células beta do 
pâncreas e aumento da produção 
de glicose endógena, primariamente 
pelo fígado. Por fim, temos o 
diabetes gestacional, que é a 
presença de glicose elevada no 
sangue durante a gravidez, cujos 
níveis quase sempre se normalizam 
após o parto. No entanto, as 
mulheres que foram acometidas de 
diabetes na gestação apresentam 
maior risco de desenvolver o 
diabetes Tipo 2 tardiamente. 
 
- DIAGNÓSTICO 
 
O diagnóstico do DM é obtido por 
meio da glicemia em jejum. 
 
Critério 
diagnós
tico 
Glice
mia 
em 
jejum 
(míni
mo de 
8 h) 
Glice
mia 
2h 
após 
75g 
de 
glicos
e 
Glice
mia 
casual 
ou 
aleató
ria 
Glicemia 
< 200 
70-99 < 140 < 200 
Intolerân
cia à 
glicose 
100-
125 
≥ 140 
e < 
200 
— 
Diabetes 
melito 
≥ 126* ≥ 200 ≥ 200 
(com 
sintom
as) 
* Resultados de duas amostras 
colhidas em dias diferentes. 
Sintomas: sede excessiva, micções 
frequentes e perda inexplicável de 
peso corporal. 
 
- TRATAMENTO 
 
A terapêutica do diabetes melito tem 
como base a inter-relação de três 
medidas: 
Insta: @camilapontesliberal 
- dieta alimentar, 
- exercícios físicos orientados e 
- uso de medicamentos, 
dependendo do tipo de diabetes (1 
ou 2) e de outros fatores. 
 
Os medicamentos mais 
empregados são os 
hipoglicemiantes orais, dentre eles 
as sulfonilureias (clorpropamida e 
glibenclamida), de primeira escolha 
para diabéticos de Tipo 2 não 
obesos. A metformina, por sua vez, 
é o antidiabético oral preferencial 
para tratar diabéticos Tipo 2, obesos 
ou com sobrepeso. 
Quando não se obtém resposta à 
terapia com hipoglicemiantes orais, 
a insulina pode substituí-los ou a 
eles agregar-se. 
 
 
O cirurgião-dentista nunca deve 
propor alterações na dosagem dos 
hipoglicemiantes, em especial a 
insulina, nem mesmo em situações 
de emergência, pelo risco de induzir 
um quadro grave de hipoglicemia. 
 
- NORMAS GERAIS DE CONDUTA 
NO ATENDIMENTO 
ODONTOLÓGICO 
 
Anamnese dirigida 
- Obter informações detalhadas 
sobre o controle da doença, visando 
ao planejamento do tratamento 
odontológico. 
 
Perguntas básicas que devem ser 
feitas: 
1. Você está sendo acompanhado 
pelo médico regularmente? 
2. Quando foi feito o último exame 
de glicemia e da hemoglobina 
glicada? 
3. De quais medicamentos você faz 
uso? 
4. Diariamente, qual é a sua dieta 
alimentar? 
5. Recentemente, você teve alguma 
complicação decorrente da doença? 
 
- CUIDADOS PRÉ E PÓS-
OPERATÓRIOS 
 
Avaliar se o paciente se alimentou 
de forma adequada. 
Avaliar se o paciente fez uso da 
medicação de forma adequada. 
Avaliar a glicemia por meio de um 
glicosímetro, se necessário. 
 
- SEDAÇÃO MÍNIMA 
 
A ansiedade e o medo, relacionados 
ao tratamento odontológico, podem 
induzir a uma maior secreção de 
catecolaminas (epinefrina e 
norepinefrina) pelas suprarrenais, 
desencadeando o processo de 
glicogenólise hepática, que leva ao 
aumento dos níveis de glicemia do 
paciente diabético. 
 
O uso de um benzodiazepínico deve 
ser considerado como medicação 
pré-operatória, para se evitar o 
aumento da glicemia por condições 
emocionais. 
 
Exemplos: midazolam, alprazolam, 
diazepam ou lorazepam (nos 
idosos), nas mesmas dosagens 
empregadas para pacientes normais 
(ASA I). 
 
Insta: @camilapontesliberal 
- ANESTESIA LOCAL 
 
Um anestésico local com epinefrina 
1:100.000 poderá ser utilizado na 
mínima dose compatível com uma 
anestesia profunda e de duração 
suficiente. 
Pode-se sugerir que as soluções 
anestésicas locais que contêm 
epinefrina podem ser empregadas 
em diabéticos dependentes ou não 
de insulina, em qualquer 
procedimento odontológico eletivo 
(cirúrgico ou não), obedecendo-se 
às doses máximas recomendadas 
para cada anestésico, além do 
cuidado de se fazer injeção lenta 
após aspiração negativa. 
Indivíduos diabéticos, com a doença 
não controlada, somente deverão 
ser atendidos em situações de 
urgência odontológica. 
 
- USO DE ANALGÉSICOS E ANTI-
INFLAMATÓRIOS 
 
Nos quadros de desconforto ou dor 
de intensidade leve, a dipirona ou o 
paracetamol são indicados nas 
dosagens e posologias habituais. 
 Nas intervenções odontológicas 
mais invasivas, geralmente 
associadas com dor de maior grau 
de intensidade e edema, uma a 
duas doses de corticoides como: 
dexametasona ou betametasona 
podem ser utilizadas com 
segurança nos pacientes diabéticos 
com a doença controlada. 
Não prescrever AINES! 
 
 
 
- PROFILAXIA E TRATAMENTO 
DAS INFECÇÕES BACTERIANAS 
 
A profilaxia antibiótica cirúrgica de 
forma rotineira não é indicada para 
pacientes diabéticos bem 
controlados, bastando adotar um 
protocolo de assepsia e antissepsia 
local. 
Quando a profilaxia antibiótica for 
indicada, recomenda-se o regime de 
dose única de amoxicilina 1 g ou 
claritromicina 500 mg ou 
clindamicina 600 mg aos alérgicos 
às penicilinas, 1h antes do início da 
intervenção. 
Já as infecções bacterianas bucais 
previamente existentes, em 
diabéticos, devem ser tratadas de 
forma agressiva, pois a relação 
entre DM e infecção é bidirecional. 
O diabetes favorece a infecção, que 
por sua vez torna mais difícil o 
controle da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIA 
 
- Terapêutica medicamentosa em 
odontologia [recurso eletrônico] / 
Organizador, Eduardo Dias de 
Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. 
– São Paulo : Artes Médicas, 2014.

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