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direito EMPRESARIAL

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Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
 DIREITO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – AUTONOMIA PATRIMONIAL DA PESSOA JURÍDICA 
*Maior segurança jurídica para aqueles que investem – empreendedores – reforçou a blindagem da éssoa jurídica. 
Art. 1.024 CC. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados 
os bens sociais. Autonomia patrimonial das sociedades - Responsabilidade dos sócios – bens particulares não respondem 
pelas dívidas da sociedade – primeiro se executa a sociedade – sócios são submetidos a uma responsabilidade subsidiária 
pelas obrigações sociais = sócios somente respondem depois da sociedade ser acionada – se existe a pessoa jurídica 
devidamente constituída – existe a blindagem do patrimônio social – e o sócio somente poderá sofrer uma execução do patrimônio 
pessoal depois da sociedade ser acionada. 
REGRA GERAL : bens particulares não respondem pelas dividas da sociedade. 
*Primeiro é necessário executar a sociedade (guardado os devidos cuidados no que diz respeito às modalidades societárias) 
 
 
 
 
 
Responsabilidade subsidiária = benefício de ordem – para se tentar qualquer direcionamento contra o patrimônio do sujeito ´rimeiro 
se executa a empresa – especialmente se a sociedade for LTDA. Ou uma sociedade ANÔNIMA diferentemente da sociedade 
ILIMITADA (sociedade em nome coletivo) limitação da sociedade é utilizada em decorrência do benefício de ordem. O sócio só 
responde depois de acionada a sociedade. (Se o particular possui uma PJ devidamente constituída, em REGRA, possui blindagem 
de seu patrimônio pessoal e só poderá sofrer uma execução deste patrimônio após acionada a sociedade (guardado o tipo 
societário) 
*A pessoa juródica é completamente independente dos sócios, associados, dos administradores, dos instituidores, 
 
 
 
 
 
 
 Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
Art. 49-A lei 13874/2019. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados, instituidores ou 
administradores. Pessoa jurídica é completamente independente dos sócios, dos associados, dos 
administradores, dos instituidores – trata-se de uma ´roteção a quem quer empreender. 
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e 
segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a geração de empregos, tributo, 
renda e inovação em benefício de todos.” INSTRUMENTO LÍCITO DE ALOCAÇÃO E SEGREGAÇÃO DE RISCOS - É 
necessário se dar segurança para quem quer empreender – pois se esta inexistir e a simples insolvência gerar o comprometimento 
do patrimônio pessoal ninguém abrirá negocio ou gerará empregos. 
 
 
 
Art. 50 lei 13.874/2019 (liberdade econ|ômica). Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir 
no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. CONFUSÃO 
PATRIMONIAL – desvio de finalidade – eventualmente, no caso de abuso de personalidade jurídica, o sócio poderá 
responder com seu patrimônio pessoal. 
NÃO É UMA MERA INSOLVÊNCIA QUE VAI LEVAR À RESPONSABILIZAÇÃO DO ÁTRIMÔNIO DO SÓCIO. 
 
 
 
 
Art. 50 CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, 
pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios 
da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Medida Provisória nº 881, de 2019). Traz 
limites/requisitos para desconsideração da érsonalidade jurídica. 
 
 
 
 
 CONTRATOS EMPRESARIAIS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art49a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art50.0
 
 
 Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
*Para se entender a configuração dp contrato empresarial, é necessário entender quem está nos polos – se for 
um empresário no polo de contratação, a relação jurídica é de natureza empresarial – as normas de direito 
empresarial serão aplicáveis. 
*Se nos polos se tem particulares NÃO SE APLICA AS NORMAS DE DIREITO EMPRESARIAL, mas assim as 
normas de DIREITO CIVIL, de DIREITO PRIVADO. 
*CONCEITTO DE EMPRESÁRIO - Art. 966 CC Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
 
 *APLICAÇÃO DA TEORIA MENOR – relações consumeristas 
ART. 28 CDC - O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, 
houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A 
desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa 
jurídica provocados por má administração. Alguns julgados compreendem que se tratando de relação consumerista, é possível a 
desconsideração da érsonalidade jurídica ante mera insolvência, independentemente de estar caracterizado desvio de finalidade 
ou confusão patrimonial. (fornecedor no polo da ação e um consumidor no outro polo da ação) 
 
 
 NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS NÃO É A MERA INSOLVÊNCIA QUE VAI AUTORIZAR A DESCONSIDERAÇÃO 
DA PÉRSONALIDADE JURÍDICA, ISSO FICA A DISTRITO ÀS RELAÇÕES CONSUMERISTAS, EM QUE HÁ UM FORNECEDOR 
NO POLO DA AÇÃO E UM CONSUMIDOR NO OUTRO POLO DA AÇÃO. APLICA-SE A TEORIA ,ENPR QUANDO HOUVER 
UMA RELAÇÃO CONTRATUAL DE CONSUMO. 
 
 
 
 APLICAÇÃO DA TEORIA MAIOR: nas hipóteses em que se caracterizar o abuso 
pelo devio da finalidade ou éla confusão patrimonial será possível desconsiderar a personalidade jurídica, 
ART 50, § 1º LEI 13.874 - Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o 
propósito de lesar credores (dolo propriamente dito) e para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. A mera negligência, 
 
 
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desídia do empresário não seria suficiente para o desvio da personalidade (entendimento de parte da 
doutrina) – desvio de finalidade = próprosito de lesar credor – seria necessário um ato intencional para 
fraudar terceiros. 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: defição de confusão patrimonial – concepção objetivista – dispensa a comprovação do dolo 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à extensão das obrigaçõesde sócios ou de 
administradores à pessoa jurídica. 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata o caput deste artigo não autoriza a 
desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
 
 
 
 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA INVERSA – o sócio traz o seu patrimônio 
pessoal – infla na PJ para frustar credores da pessoa natural – comum nas RELAÇÕES FAMILIARES. (empresário que está se 
transformando em ERELI e tranpõem o patrimônio da PF para a PJ para frustar os credores da pessoa natural) 
*Quando o sócio aloca seu patrimônio pessoal na pessoa jurídica, a fim de frustrar os credores da pessoa natural. 
Art. 50, § 5º lei 13.784 - Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade 
econômica específica da pessoa jurídica.” (NR) – ocorreu alteração do objeto social – expandiu a empresa e essa expansão não é 
suficiente para a caracterização do desvio de finalidade. 
*A mera expansão e alteração não é suficiente para caracterizar desvio de finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 PATENTE LPI 9279/96 
*Espécie de concessão temporária para o autor de um invento ou de um modelo de utilidade que disponha de tempo para explorar 
economicamente o bem que criou com exclusividade. É uma proteção concedida pelo INPI, que é uma autarquia federal. 
 
 
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*Se divide em dois bens: 
1. Invenção – criação de algo novo 
DAS INVENÇÕES E DOS MODELOS DE UTILIDADE PATENTEÁVEIS 
 Art. 8º lei 9.279/96 (LPI) - É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação 
industrial. 
 Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que 
apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua 
fabricação. 
 Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: O que não é patenteável/não é invenção. Patente envolve 
um ato intelectual. 
 I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
 II - concepções puramente abstratas; 
 III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de 
fiscalização; 
 IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; 
 V - programas de computador em si; 
 VI - apresentação de informações; 
 VII - regras de jogo; 
 VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no 
corpo humano ou animal; e 
 IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, 
inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. 
A patente envolve um ato intelectual ou o desenvolvimento de alguma coisa por meio de engenhosidade. 
 Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica. 
 § 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de 
patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 
16 e 17. 
 § 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda não publicado, será 
considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, 
mesmo que subseqüentemente. 
 
 
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 § 3º O disposto no parágrafo anterior será aplicado ao pedido internacional de patente depositado 
segundo tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja processamento nacional. 
 Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção ou modelo de 
utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito ou a da 
prioridade do pedido de patente, se promovida: 
 I - pelo inventor; 
 II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de publicação oficial do pedido de patente depositado sem 
o consentimento do inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por ele realizados; ou 
 III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor ou em decorrência de atos por este 
realizados. 
 Parágrafo único. O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à divulgação, acompanhada ou não de provas, nas 
condições estabelecidas em regulamento. 
 Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira 
evidente ou óbvia do estado da técnica. 
 Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira 
comum ou vulgar do estado da técnica. 
 Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados 
ou produzidos em qualquer tipo de indústria. 
2. Modelo de utilidade – trata-se de melhorar algo que já existe, ou seja, transformar em algo melhor. (Inserir uma tecnologia 
dentro de um motor que reduz em 99% os índices de emissão de gases poluentes – neste caso, o conceito de motor já existe. A 
melhoria poderá ser patenteada como modelo de utilidade e o inventor terá exclusividade para explorar economicamente) 
*Patente é um privilégio temporário, ou seja, em um tempo específico o produto poderá ser explorado economicamente. 
*Depois do período de patente, a invenção ou modelo de utilidade cairão em domínio público e, assim, outras pessoas poderão 
criar e comercializar. 
 
 
 
 PRAZO DE PATENTE 
Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos 
contados da data de depósito. 
20 ANOS de exploraçao INVENÇÃO – mínimo 10 anos. 
15 ANOS MODELO DE UTILIDADE – mínimo 07 anos. 
 
 
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O prazo inicia do dia que foi encaminhado o pedido, chamado de DATA DO DEPÓSITO. 
*Art. 40, Parágrafo único. O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 
(sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o 
INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por 
motivo de força maior. 
 
 
 PATENTE DESENVOLVIDA NO ÂMBITO DA RELAÇÃO DE EMPREGO. 
Se o inventor possui como atividade empregatícia o desenvolvimento de tecnologia, será autor intelectuaal da patente, e não o 
dono. Porque a invenção só foi possível tendo em vista a utilização da matéria prima, mão de obra, laboratório, transporte, dentre 
outros, disponibilizados pelo empregador. Portanto em REGRA, a invenção pertence ao empregador, e não ao empregado. 
Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho 
cuja execução ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos serviços 
para os quais foi o empregado contratado. (Regulamento) Exceção. 
 §1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao 
salário ajustado. 
 § 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a invenção ou o modelo de utilidade, 
cuja patente seja requerida pelo empregado até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício. 
 
 
 
 
 REGISTRO 
1. Desenho Industrial – trabalha a forma plática do produto, sua aparência – melhoria estética. Prazo de vigência = 10 anos, 
podendo ser renovado por mais 05 anos (durante 03 vezes) – poderá ser somado 25 anos de uso exclusivo (03 vezes de 05 
anos). A renovação por 05 anos não é obrigatória – ocorre somente se o dono do registro quiser. 
2. Marcas – é o sinal visilvelmente perceptível. No Brasil não se confere a proteção de marca à sabor, cheiro, barulho, 
ruído, a proteção somente é conferida ao sinal visualmente perceptível. 
 
 
 
 TIPOS DE MARCAS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2553.htm
 
 
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1. Marca mista – quando se tem uma logo (desenho) + nome (Nestlé + passarinho) 
2. Marca nominativa – quando se tem apenas o nome (Sony) 
3. Marca figurativa – quando se tem apenas o logo (desenho) (Apple – maça mordida) 
*Uma marca pode criar outras – não está restrita a uma só. Com o aumento de marcas por empresa, 
amplia-se a proteção, conforme necessário. Uma marca pode ser cedida – pois elas fazem parte do estabelecimento comercial. 
Marca é um bem incorpóreo que possui muito valor. É possível alienar uma marca, vender somente é possível fazer a averbação 
no INP. 
 
 
 
 ESTABELECIMENTO COMERCIAL 
Bens materiais e imateriais incorpóreos que o empresário reúne para fazer a exploração econômica. A marca faz parte, tratando-
se de um bem incorpóreo. 
 
 
 
 
 INDICAÇÕES GEOGRÁFICA 
Art. 176. Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou a denominação de origem. 
1. Procedência - trata-se de uma região/país/cidade que se tornou um polo na produção de um bem ou na prestação de um 
serviço. (A cidade Modena, onde surgiu a Ferrari e a Lamborghini é um polo na produção de veículos esportivos. O 
consumidor ao pensar na cidade, associa ao produto e pressupõem a qualidade.). 
2. Denominações de origem - trata-se das condições climáticas/geográficas que fazem o produto ter condições únicas (o vinho 
do porto, produzido em uma região mesológica, torna-se um produto único, pois não poderá ser feito em nenhuma outra 
região do mundo.) 
Art. 177. Considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se 
tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de 
determinado serviço. 
 
 
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Art. 178. Considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu 
território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou 
essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. 
Art. 179. A proteção estender-se-á à representação gráfica ou figurativa da indicação geográfica, bem como à representação 
geográfica de país, cidade, região ou localidade de seu território cujo nome seja indicação geográfica. 
Art. 180. Quando o nome geográfico se houver tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será considerado 
indicação geográfica. 
Art. 181. O nome geográfico que não constitua indicação de procedência ou denominação de origem poderá servir de elemento 
característico de marca para produto ou serviço, desde que não induza falsa procedência. 
Art. 182. O uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local, exigindo-se, 
ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade. 
Parágrafo único. O INPI estabelecerá as condições de registro das indicações geográficas. 
 
 
 
 CONCORRÊNCIA DESLEAL 
 
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: 
 I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem; 
 II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem; 
 III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem; 
 IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou 
estabelecimentos; 
 V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou 
tem em estoque produto com essas referências; 
 
 
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 VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social 
deste, sem o seu consentimento; 
 VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve; 
 VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou 
falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não 
constitui crime mais grave; 
 IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do 
emprego, lhe proporcione vantagem; 
 X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao dever de empregado, 
proporcionar vantagem a concorrente do empregador; 
 XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na 
indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para 
um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato; 
 XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que se refere o inciso anterior, 
obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou 
 XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, ou concedida, ou de desenho 
industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel comercial, como depositado ou patenteado, ou 
registrado, sem o ser; 
 XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não divulgados, cuja elaboração 
envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a entidades governamentais como condição para aprovar a 
comercialização de produtos. 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 § 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou administrador da empresa, que 
incorrer nas tipificações estabelecidas nos mencionados dispositivos. 
 § 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão governamental competente para autorizar a 
comercialização de produto, quando necessário para proteger o público. 
Art. 207. Independentementeda ação criminal, o prejudicado poderá intentar as ações cíveis que considerar cabíveis na forma do 
Código de Processo Civil. Desnecessidade de ingressar com ação penal – para se entrar com a ação sivil visando o ressarcimento 
não é necessária a condenação penal. 
Art. 210. Os lucros cessantes serão determinados pelo critério mais favorável ao prejudicado, dentre os seguintes: Lucro cessante 
I - os benefícios que o prejudicado teria auferido se a violação não tivesse ocorrido; ou 
II - os benefícios que foram auferidos pelo autor da violação do direito; ou 
 
 
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III - a remuneração que o autor da violação teria pago ao titular do direito violado pela concessão de uma 
licença que lhe permitisse legalmente explorar o bem. 
*Os bens da propriedade industrial compõem o estabelecimento empresarial. 
*Marca é diferente de nome industrial. 
*Prazo prescricional nas ações de indenização contra a titularidade 
Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, 
nas condições estabelecidas nesta Lei. 
§ 1º Salvo prova em contrário, presume-se o requerente legitimado a obter a patente. 
§ 2º A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a 
quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade. 
§ 3º Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá 
ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos. 
§ 4º O inventor será nomeado e qualificado, podendo requerer a não divulgação de sua nomeação 
 
 
Contratos de licença de patente – licença compulsória – o sujeito é pobrigado a autorizar outra pessoa autilizar sua patente 
Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma 
abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou 
judicial. 
§ 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória: 
I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, 
ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a 
importação; ou 
II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado. 
§ 2º A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha capacidade técnica e econômica para 
realizar a exploração eficiente do objeto da patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-
se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior. 
§ 3º No caso de a licença compulsória ser concedida em razão de abuso de poder econômico, ao licenciado, que propõe 
fabricação local, será garantido um prazo, limitado ao estabelecido no art. 74, para proceder à importação do objeto da licença, 
desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento. 
 
 
 
 
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§ 4º No caso de importação para exploração de patente e no caso da importação prevista no parágrafo 
anterior, será igualmente admitida a importação por terceiros de produto fabricado de acordo com patente de 
processo ou de produto, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento. 
§ 5º A licença compulsória de que trata o § 1º somente será requerida após decorridos 3 (três) anos da concessão da patente.. 
 
 
 
 
 RECUPERAÇÃO JUDICIAL – LEI 11.101/2005 
*Se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. 
*A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga 
pagar as suas dívidas. Obviamente, existem regras para que isso ocorra. 
*Os débitos são suspensos para que a empresa possa continuar desenvolvendo suas atividades e consiga pagar os seus 
credores. 
*Os pagamentos de salários vencidos nos últimos 3 meses têm preferência nessa fila de recebimentos, entretanto, existirá um 
limite de cinco salários mínimos por funcionário. 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim 
de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a 
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais 
de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí 
decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a 
Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
 
 
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IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por 
qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, 
inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013) 
§ 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste 
artigo por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir 
a ECF, entregue tempestivamente. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de exercício de atividade rural por 
pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros 
contábeis que venha a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço 
patrimonial, todos entregues tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que não for exigível a entrega do LCDPR, 
admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a elaboração da DIRPF. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações contábeis relativas a receitas, a bens, a 
despesas, a custos e a dívidas deverão estar organizadas de acordo com a legislação e com o padrão contábil da legislação 
correlata vigente, bem como guardar obediência ao regime de competência e de elaboração de balanço patrimonial por contador 
habilitado. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: 
I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira; 
II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o 
pedido,confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
e) descrição das sociedades de grupo societário, de fato ou de direito; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
III - a relação nominal completa dos credores, sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou 
de dar, com a indicação do endereço físico e eletrônico de cada um, a natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 e 84 desta Lei, 
e o valor atualizado do crédito, com a discriminação de sua origem, e o regime dos vencimentos; (Redação dada pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
IV – a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que 
têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento; 
V – certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação 
dos atuais administradores; 
VI – a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor; 
VII – os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, 
inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras; 
VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; 
IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais e procedimentos arbitrais em que este figure como parte, 
inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados; (Redação dada pela Lei nº 14.112, 
de 2020) (Vigência) 
X - o relatório detalhado do passivo fiscal; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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XI - a relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante, incluídos aqueles não sujeitos à 
recuperação judicial, acompanhada dos negócios jurídicos celebrados com os credores de que trata o § 3º do 
art. 49 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão 
à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado. 
§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas e empresas de pequeno porte poderão 
apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislação específica. 
§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os §§ 1º e 2º deste artigo ou de cópia 
destes. 
§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação judicial ocorrer antes da data final de entrega do balanço correspondente ao 
exercício anterior, o devedor apresentará balanço prévio e juntará o balanço definitivo no prazo da lei societária 
aplicável. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação judicial. (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I - a exposição referida no inciso I do caput deste artigo deverá comprovar a crise de insolvência, caracterizada pela insuficiência 
de recursos financeiros ou patrimoniais com liquidez suficiente para saldar suas dívidas; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
II - os requisitos do inciso II do caput deste artigo serão substituídos pelos documentos mencionados no § 3º do art. 48 desta Lei 
relativos aos últimos 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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 FALÊNCIA 
* Não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas. Marca o término das atividades. 
* Ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável. 
*As dívidas vencem de forma antecipada, porém, assim como ocorre na recuperação, também existe um rateio que é aplicado de 
acordo com a classificação do crédito de cada um dos credores. 
*Princípio fundamental maximização dos ativos. Vender os ativos da empresa pelo maior valor para pagamento dos credores. 
(Regras dos Arts. 83 e 84) 
 Art. 75 lei 11.101/2005. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a: (Redação dada pela Lei 
nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I - preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da 
empresa; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
II - permitir a liquidaçãocélere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente de recursos na economia; e (Incluído 
pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
III - fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere do empreendedor falido à atividade 
econômica. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual, sem prejuízo do contraditório, da 
ampla defesa e dos demais princípios previstos na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo 
Civil). (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 2º A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais decorrentes da atividade empresarial, por meio 
da liquidação imediata do devedor e da rápida realocação útil de ativos na economia. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
 
 
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I - os créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por 
credor, e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
III - os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de constituição, exceto os créditos extraconcursais e 
as multas tributárias; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
VI - os créditos quirografários, a saber: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; 
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; e (Redação dada 
pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
c) os saldos dos créditos derivados da legislação trabalhista que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste 
artigo; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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VII - as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, incluídas as 
multas tributárias; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
VIII - os créditos subordinados, a saber: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
a) os previstos em lei ou em contrato; e (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício cuja contratação não tenha observado as condições 
estritamente comutativas e as práticas de mercado; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
IX - os juros vencidos após a decretação da falência, conforme previsto no art. 124 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
§ 1º Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como valor do bem objeto de garantia real a importância 
efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente 
considerado. 
§ 2º Não são oponíveis à massaos valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento de sua parcela do capital social na 
liquidação da sociedade. 
§ 3º As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude 
da falência. 
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos cedidos a qualquer título manterão sua natureza e classificação. (Incluído 
pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 6º § 6º Para os fins do disposto nesta Lei, os créditos que disponham de privilégio especial ou geral em outras normas integrarão 
a classe dos créditos quirografários. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, 
na ordem a seguir, aqueles relativos: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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 Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I-A - às quantias referidas nos arts. 150 e 151 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
I-B - ao valor efetivamente entregue ao devedor em recuperação judicial pelo financiador, em conformidade com o disposto na 
Seção IV-A do Capítulo III desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I-C - aos créditos em dinheiro objeto de restituição, conforme previsto no art. 86 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
I-D - às remunerações devidas ao administrador judicial e aos seus auxiliares, aos reembolsos devidos a membros do Comitê de 
Credores, e aos créditos derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados 
após a decretação da falência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I-E - às obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, 
ou após a decretação da falência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
II - às quantias fornecidas à massa falida pelos credores; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
III - às despesas com arrecadação, administração, realização do ativo, distribuição do seu produto e custas do processo de 
falência; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
IV - às custas judiciais relativas às ações e às execuções em que a massa falida tenha sido vencida; (Redação dada pela Lei 
nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
V - aos tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º As despesas referidas no inciso I-A do caput deste artigo serão pagas pelo administrador judicial com os recursos disponíveis 
em caixa. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
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§ 2º O disposto neste artigo não afasta a hipótese prevista no art. 122 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
 
 
 MOTIVOS DA FALÊNCIA 
1. Autofalência - *EIRELI, empresário individual e sociedade empresária podem pedir a autofalência. 
Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial 
deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, 
acompanhadas dos seguintes documentos: I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as 
levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e 
compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório do fluxo de caixa; 
II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; 
III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de 
propriedade; 
IV – prova dacondição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, 
seus endereços e a relação de seus bens pessoais; 
V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; 
VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação 
societária. 
2. Impontualidade – Os credores pedem a quebra da empresa devedora. Impontualiddae = pagamento – (sujeito possuia 
uma dívida para pagar e não pagou – é necessário um valor que corresponda no mínimo 40 salários mínimos – nada 
impede que seja um litisconsórcio = credor A com 10 mil + credor B com 30 mil se uniram e resultou 40 mil – se realiza 
uma ação com pedido de falência) - Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos 
protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
§ 1º Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I 
do caput deste artigo. 
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§ 2º Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar. 
§ 3º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos 
executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos 
respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica. 
§ 4º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se 
processa a execução. 
§ 5º Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as 
provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. 
3. Execução frustada – basta um processo de execução de pagamento e esta não foi paga. (Não posui um valor delimitado) - Art. 
94, II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo 
legal; 
4. Atos de falência – Art. 94 ,III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: 
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio 
simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; (Remisssão ao Art.73 - O juiz decretará a 
falência durante o processo de recuperação judicial: 
I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei; 
II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53 desta Lei; 
III - quando não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56 desta Lei, ou rejeitado o plano de recuperação judicial proposto pelos 
credores, nos termos do § 7º do art. 56 e do art. 58-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na forma do § 1º do art. 61 desta Lei. 
V - por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 desta Lei ou da transação prevista no art. 10-C da Lei nº 10.522, de 19 de 
julho de 2002; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
VI - quando identificado o esvaziamento patrimonial da devedora que implique liquidação substancial da empresa, em prejuízo de credores 
não sujeitos à recuperação judicial, inclusive as Fazendas Públicas. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos 
termos dos incisos I ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10522.htm#art10c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10522.htm#art10c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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§ 2º A hipótese prevista no inciso VI do caput deste artigo não implicará a invalidade ou a ineficácia dos atos, e o juiz 
determinará o bloqueio do produto de eventuais alienações e a devolução ao devedor dos valores já distribuídos, os quais 
ficarão à disposição do juízo. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 3º Considera-se substancial a liquidação quando não forem reservados bens, direitos ou projeção de fluxo de caixa futuro suficientes à 
manutenção da atividade econômica para fins de cumprimento de suas obrigações, facultada a realização de perícia específica para essa 
finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)) 
*O sujeito que está Mem RJ age em desconformidade com a lei. Os atos estão relacionados em CONVOLAÇÃO em 
falência – era uma RJ e se tornou uma falência 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes 
para solver seu passivo; 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar 
credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para 
saldar seu passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento 
ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. 
*Nem sempre a pessoa jurídica começa com uma recuperação judicial. Em alguns casos quando a crise já está tão aguda na 
empresa, não resta alternativa a não ser a falência. 
*A crise pode ser: 
1. Sanável – talvez, com a injeção de dinheiro, seja possível se recuperar. Pede-se RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim 
de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a 
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais 
de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, asresponsabilidades daí 
decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano 
especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por 
qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio 
remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013) 
§ 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste 
artigo por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir 
a ECF, entregue tempestivamente. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de exercício de atividade rural por 
pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros 
contábeis que venha a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço 
patrimonial, todos entregues tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que não for exigível a entrega do LCDPR, 
admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a elaboração da DIRPF. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações contábeis relativas a receitas, a bens, a 
despesas, a custos e a dívidas deverão estar organizadas de acordo com a legislação e com o padrão contábil da legislação 
correlata vigente, bem como guardar obediência ao regime de competência e de elaboração de balanço patrimonial por contador 
habilitado. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: 
I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira; 
II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o 
pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
e) descrição das sociedades de grupo societário, de fato ou de direito; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
III - a relação nominal completa dos credores, sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou 
de dar, com a indicação do endereço físico e eletrônico de cada um, a natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 e 84 desta Lei, 
e o valor atualizado do crédito, com a discriminação de sua origem, e o regime dos vencimentos; (Redação dada pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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IV – a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e 
outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos 
valores pendentes de pagamento; 
V – certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas 
de nomeação dos atuais administradores; 
VI – a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor; 
VII – os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, 
inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras; 
VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; 
IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais e procedimentos arbitrais em que este figure como parte, 
inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados; (Redação dada pela Lei nº 14.112, 
de 2020) (Vigência) 
X - o relatório detalhado do passivo fiscal; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
XI - a relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante, incluídos aqueles não sujeitos à recuperação judicial, 
acompanhada dos negócios jurídicos celebrados com os credores de que trata o § 3º do art. 49 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão 
à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado. 
§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas e empresas de pequeno porte poderão 
apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislação específica. 
§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os §§ 1º e 2º deste artigo ou de cópia 
destes. 
§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação judicial ocorrer antes da data final de entrega do balanço correspondente ao 
exercício anterior, o devedor apresentará balanço prévio e juntará o balanço definitivo no prazo da lei societária 
aplicável. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação judicial. (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I - a exposição referida no inciso I do caput deste artigo deverá comprovar a crise de insolvência, caracterizada pela insuficiência 
de recursos financeiros ou patrimoniaiscom liquidez suficiente para saldar suas dívidas; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
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 Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
II - os requisitos do inciso II do caput deste artigo serão substituídos pelos documentos mencionados no § 3º do 
art. 48 desta Lei relativos aos últimos 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
2.Insanável – não há possibilidade de recuperação. Em Alguns casos, a empresa poderá pedir 
AUTOFALÊNCIA. 
Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial 
deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, 
acompanhadas dos seguintes documentos: Requisitos para autofalência 
I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o 
pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório do fluxo de caixa; 
II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; 
III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de 
propriedade; 
IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, 
seus endereços e a relação de seus bens pessoais; 
V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; 
VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação 
societária. 
*Podem pedir autofalência: EIRELI, empresário individual e sociedade empresária. Não se aplica as sociedades simples. 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: 
I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; 
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido 
de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que 
tenham sido cancelados; 
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, 
importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; 
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei; 
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do 
art. 6º desta Lei; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
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 Sd JurisAv – Sandra Mara Dobjenski 
VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os 
preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das 
atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI 
do caput deste artigo; 
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão 
preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta 
Lei; 
VIII - ordenará ao Registro Público de Empresas e à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil que procedam à anotação da 
falência no registro do devedor, para que dele constem a expressão “falido”, a data da decretação da falência e a inabilitação de 
que trata o art. 102 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem 
prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei; 
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de 
bens e direitos do falido; 
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos 
estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei; 
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de 
Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da 
decretação da falência; 
XIII - ordenará a intimação eletrônica, nos termos da legislação vigente e respeitadas as prerrogativas funcionais, respectivamente, 
do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver 
estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º O juiz ordenará a publicação de edital eletrônico com a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores 
apresentada pelo falido. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 2º A intimação eletrônica das pessoas jurídicas de direito público integrantes da administração pública indireta dos entes 
federativos referidos no inciso XIII do caput deste artigo será direcionada: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I - no âmbito federal, à Procuradoria-Geral Federal e à Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil; (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, à respectiva Procuradoria-Geral, à qual competirá dar ciência a eventual órgão de 
representação judicial específico das entidades interessadas; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
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