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matriz_ai_falencias_recuperacao_empresas_BEATRIZ LUCARELLI

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1 
 
MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
 
Estudante:BEATRIZ VELLOZO LUCARELLI 
Disciplina: RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA 
Turma: 
 
Inicialmente, antes de abordar o tema, faço uma breve sintese do caso. Vejamos. Uma sociedade 
empresária chamada VFC Comércio e Industria de Material Esportivo LTDA, encontra-se em uma crise 
ecomonica financeira, o qual possui diversas dívidas em seu nome de diversos ramos, as quais, se 
continuarem em aberto poderão prejudicar ainda mais a imagem da empresa. Quanto as dívidas, temos 
os seguintes cenários: “R$ 1.000.000,00 de débitos trabalhistas, R$ 3.500.000,00 de débitos para 
fornecedores – não garantidos, R$ 6.500.000,00 de débitos bancários, garantidos por hipoteca, R$ 
1.500.000,00 de débitos para fornecedores ME ou EPP – não garantidos – e R$ 100.000,00 de débitos 
perante a operadora de prestação de serviço de energia elétrica.” 
 
Bom, após o breve resumo sobre o caso em comento, vamos para as soluções para resolução. Vejamos. 
 
A primeira medida a ser tomada, é o ingress de uma demanda judicial para que seja reesguardado o 
patrimônio da empresa, bem como que seja resolvida a questão do superendividamento. O melhor 
caminho a ser seguido no presente caso é conhecido por RECUPERAÇÃO JUDICIAL, resguardado pela 
Lei 11.101/05, tendo como principal objetivo o afastamento da falência, conversando-se a manutenção 
da atividade empresarial e a função social. 
 
O Art. 48 da Lei 11.101/05, resguarda os requisitos para quem pode requerer em juízo a recuperação 
da judicial da empresa, o que, pode-se observar que a empresa VFC Comércio e Industria de Material 
Esportivo LTDA atende os requisitos: 
 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça 
regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, 
cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as 
responsabilidades daí decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no 
plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar 
nº 147, de 2014) 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada 
por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do 
devedor, inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013) 
§ 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo 
estabelecido no caput deste artigo por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de 
obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir a ECF, entregue 
tempestivamente. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp147.htm#art5
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12873.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
 
 
 
2 
 
§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de 
exercício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural 
(LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir o LCDPR, e 
pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço patrimonial, todos 
entregues tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que não for 
exigível a entrega do LCDPR, admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a elaboração da 
DIRPF. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações contábeis 
relativas a receitas, a bens, a despesas, a custos e a dívidas deverão estar organizadas de acordo 
com a legislação e com o padrão contábil da legislação correlata vigente, bem como guardar 
obediência ao regime de competência e de elaboração de balanço patrimonial por contador 
habilitado. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
 
Assim que for requerida em juízo, o juiz irá analisar todos os documentos juntados pela suposta 
Recuperanda (ora, VFC Comércio), para verificar a possibilidade de deferimento. Ressalta-se que este 
ponto é muito importante, pois é nitidamente uma virada de chave dentro da empresa. A recuperação 
judicial em si, possui vantagens e desvantagens como qualquer outra medida. Entretanto, os pontos 
positivos, são mais favoráveis, vejamos: (i) suspensão das ações e execuções contra a empresa a fim 
de resguardar o patrimônio, que poderá ser oferecido como forma de pagamento aos credores em 
momento oportuno; (ii) possibilidade de prorrogação do stay period (mencioando no item 1); e (iii) 
possibilidade de renegociação das dívidas. Todos os benefícios estão pré estabelecidos no Art. 6, da 
Lei: 
 
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial 
implica: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta 
Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores 
particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à 
falência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
III - proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e 
constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de demandas judiciais ou 
extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à recuperação judicial ou à 
falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia 
ilíquida. 
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de 
créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as 
impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada 
até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor 
determinado em sentença. 
§ 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá determinar a 
reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez 
reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria. 
§ 4º Na recuperação judicial, as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III 
do caput deste artigo perdurarão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do deferimento 
do processamento da recuperação, prorrogável por igual período, uma única vez, em caráter 
excepcional, desde que o devedor não haja concorrido com a superação do lapso 
temporal. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 4º-A. O decurso do prazo previsto no § 4º deste artigo sem a deliberação a respeito do plano de 
recuperação judicial proposto pelo devedor faculta aos credores a propositura de plano alternativo, 
na forma dos §§ 4º, 5º, 6º e 7º do art. 56 desta Lei, observado o seguinte: (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
 
 
 
 
 3 
 
I - as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo não serão 
aplicáveis caso os credores não apresentem plano alternativo no prazo de 30 (trinta) dias, contado 
do final do prazo referido no § 4º deste artigo ou no § 4º do art. 56 desta Lei; (Incluído pela Lei 
nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
II - as suspensões e a proibição de que tratam os incisos I, II e III do caput deste artigo perdurarão 
por 180 (cento e oitenta) dias contados do final do prazo referido no § 4º deste artigo, ou da 
realização da assembleia-geral de credores referida no § 4º do art. 56 desta Lei, caso os credores 
apresentem plano alternativo no prazo referido no inciso I deste parágrafo ou no prazo referido no 
§ 4º do art. 56 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 5º O disposto no § 2º deste artigo aplica-se à recuperação judicial durante o período de suspensão 
de que trata o § 4º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 6º Independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que 
venham a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da 
recuperação judicial: 
I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial; 
II – pelo devedor, imediatamente após a citação. 
§ 7º-A. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica aos créditos referidos 
nos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial 
para determinar a suspensão dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à 
manutenção da atividade empresarial durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4º deste 
artigo, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 
13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do 
referido Código. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às execuções fiscais, 
admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para determinar a substituição dos 
atos de constrição que recaiam sobre bens de capital essenciais à manutenção da atividade 
empresarial até o encerramento da recuperação judicial, a qual será implementada mediante a 
cooperação jurisdicional, na forma do art. 69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de 
Processo Civil), observado o disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei nº 
14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 8º A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial ou a homologação de recuperação 
extrajudicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de falência, de recuperação judicial ou 
de homologação de recuperação extrajudicial relativo ao mesmo devedor. (Redação dada pela Lei 
nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 9º O processamento da recuperação judicial ou a decretação da falência não autoriza o 
administrador judicial a recusar a eficácia da convenção de arbitragem, não impedindo ou 
suspendendo a instauração de procedimento arbitral. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 
2020) (Vigência) 
§ 11. O disposto no § 7º-B deste artigo aplica-se, no que couber, às execuções fiscais e às execuções 
de ofício que se enquadrem respectivamente nos incisos VII e VIII do caput do art. 114 da 
Constituição Federal, vedados a expedição de certidão de crédito e o arquivamento das execuções 
para efeito de habilitação na recuperação judicial ou na falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, 
de 2020) (Vigência) 
§ 12. Observado o disposto no art. 300 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de 
Processo Civil), o juiz poderá antecipar total ou parcialmente os efeitos do deferimento do 
processamento da recuperação judicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
§ 13. Não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial os contratos e obrigações decorrentes dos 
atos cooperativos praticados pelas sociedades cooperativas com seus cooperados, na forma do art. 
79 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, consequentemente, não se aplicando a vedação 
contida no inciso II do art. 2º quando a sociedade operadora de plano de assistência à saúde for 
cooperativa médica. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência) 
 
 
 
Com isso, considerando o deferimento da recuperação judicial pelo juiz, a partir deste momento, todas 
as ações e execução são suspensas pelo prazo de 180 dias. 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art69
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art69
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art805
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art805
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art69
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art69
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art805
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art114vii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art114viihttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art300
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art300
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5764.HTM#art79
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5764.HTM#art79
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14112.htm#art7
 
 
 
4 
 
Importante observar que se a recuperação judicial não foi deferida, o juiz pode decretar a falência, se, 
a empresa provavelmente não atender os requisitos. 
 
Neste sentido, com a empresa tendo a recuperação judicial deferida, o juiz irá nomear um administrador 
judicial para a empresa de sua confiança, que irá conduzir de forma paralela, informando o juiz de todas 
as questões financeiras que envolvem a empresa, bem como consoliar as dívidas, credores, assembleia 
geral de credores, bem como para sanar eventuais dúvidas. 
 
Outro ponto importante é que, a partir do deferimento da recuperação judicial, a empresa recuperanda 
tem o prazo de 60 dias para apresentar a formalização de um plano para reorganização financeira e 
pagamento de credores. Com isso, o juiz designa a Assembleia Geral de Credores para que todos 
compaceram com o intuito de conversar sobre o “PRJ” apresentando, restanto apenas 3 alternativas 
conforme o Art. 35: a aprovação, a rejeição ou a modificação do plano de recuperação. 
 
O “PRJ” prevê a forma de pagamento (início, quantidade de parcelas e deságio), entretanto, 
respeitando-se a classificação do crédito pela seguinte forma de pagamento, conforme determinada no 
Art. 83 da Lei de Recuperação Judicial. 
1. Créditos trabalhistas até 150 salários-mínimos ou de acidentes de trabalho; 
2. Créditos garantidos por direitos reais; 
3. Créditos tributários, exceto os créditos extraconcursais e as multas tributárias; 
4. Créditos quirografários; 
5. Demais créditos. 
 
O “PRJ” torna-se uma garantia aos credores sobre a possibilidade de recebimento do crédito, mesmo 
que venha com deságio, é uma garantia. A empresa precisa verificar os valores/deságio colocados a 
disposição dos credores para pagamento foram feitos com base nas perspectivas e projeções da 
Recuperanda, ao qual, não pode se comprometer com algo que esteja fora de seu alcance, sob pena 
de seu descumprimento acarretar na decretação de falência, conforme artigo 61, § 1º, Lei nº 11.101 
/05. 
 
No momento da “AGC”, com a deliberação e discussão de pontos que entendem ser importantes para 
votação do plano, os credores presentes votam, e caso seja aprovado pela maioria, todos os créditos 
serão submetidos aos efeitos da recuperação judicial, mesmo ao credor ausente. 
 
Neste sentido, o poder de voto que é exercido pelos credores na “AGC” é um direito democrático e 
legítimo de suas deliberações, como bem expostos nas palavras de RONALDO ALVES DE ANDRADE: 
 
Não podemos perder de vista, que nos termos da nova lei (...) o credor tem participação ativa 
no sentido de aceitar ou não as condições oferecidas pelo devedor. A fim de não permitir 
que a falência do devedor seja decretada pela vontade de um único devedor, a lei preconizou que 
em case de impugnação por algum devedor ao plano de recuperação apresentado pelo devedor, o 
juiz deverá convocar a assembleia para deliberar acerca da conveniência da recuperação 
apresentada. Isto evita que uma falência seja decretada injustamente tão-somente porque um 
devedor, as vezes por espírito puramente emulativo, não concorde com o plano simplesmente para 
que a falência seja decretada, em prejuízo dos demais credores e do mercado. A convocação da 
assembleia para essa finalidade outorga uma maior e efetiva representatividade dos credores, na 
medida em que se trata de um órgão colegiado formado por um número mais expressivo de credores, 
 
 
 
 
 5 
 
que poderão melhor avaliar o sucesso do plano de recuperação apresentado pelo devedor, podendo, 
na forma do art. 56, §3º, sofrer alterações, as quais dependerão de concordância do devedor para 
serem implementada.1 (1) 
 
Inclusive, porque, após a aprovação do “PRJ” o Poder Judiciário não pode interferir em sobre questões 
financeiras e econômicas que foram colocadas para votação. O que deve ser verificado apenas é com 
relação a legalidade, evitando a aprovação do plano com cláusulas que são contrárias a lei. 
 
Por essas e outras questões, entendo que a melhor saída para a empresa em comento seja o 
ajuizamento da recuperação judicial, a fim de que seja resguardado a função social da sociedade bem 
como a atividade econômica, conforme Art. 47. No mais, após o inicio dos pagamentos, o processo de 
recuperação judicial ficará suspenso até o cumprimento integral do plano, a fim de resguardar a 
empresa para cumprimento de todas as suas obrigações assumidas. 
 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-
financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos 
trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua 
função social e o estímulo à atividade econômica. 
 
*Referências bibliográficas 
 
1. DE LUCCA, Newton e SIMÃO FILHO, Adalberto (coordenação). Comentários à Nova Lei de 
Recuperação de Empresas e de Falências. São Paulo, Quartier Latin, 2005, p. 178 
 
2. Lei 11.101/05 - Regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária. 
 
*Abreviações 
AGC- Assembleia Geral de Credores 
 
PRJ- Plano de Recuperação Judicial 
 
 
 
 
1 DE LUCCA, Newton e SIMÃO FILHO, Adalberto (coordenação). Comentários à Nova Lei de Recuperação de Empresas e de 
Falências. São Paulo, Quartier Latin, 2005, p. 178

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