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https://www.unp.br/ ENGENHARIA CIVIL Planejamento e Orçamento em BIM 2021.2 Aula 06 – Etapas de Orçamentação – um guia para elaboração de orçamentos OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: - Reconhecer as etapas de orçamentação; - Reconhecer as utilidades de um orçamento; - Aplicar as diretrizes de orçamentação para elaboração de preços. italo.vale@unp.br italomonte_professor https://www.unp.br/ Vamos Contextual izar O que é necessário para elaborar o orçamento de uma obra? Fonte: https://comercial.deca.com.br/entenda-o-que-e-margem-e-markup-e-saiba-como-calcula-los/ Para responder os questionamentos acima, acesse o endereço: www.menti.com E insira o código: 1507 0366 https://www.unp.br/ https://comercial.deca.com.br/entenda-o-que-e-margem-e-markup-e-saiba-como-calcula-los/ http://www.menti.com/ Atividades de Aprendizagem https://www.unp.br/ At iv idades de Aprendizagem 1 Enfoques do orçamento O orçamento tem enfoques distintos quando analisado sob o prisma do proprietário da obra ou pelo construtor. Do ponto de vista do Proprietário, o orçamento é a descrição de todos os serviços, devidamente quantificados e multiplicados pelos respectivos preços unitários, cuja somatória define o preço total, ou seja, seu desembolso. Cotação de insumos, percentual de perdas e produtividade de equipes, por exemplo, não são uma preocupação imediata do proprietário. Ele está mais preocupado com o montante do empreendimento e como esse montante será desembolsado ao longo do tempo. Do ponto de vista do Construtor, orçamento é a descrição de todos os insumos, devidamente quantificados e multiplicados pelos respectivos custos unitários, acrescidos das despesas indiretas - cuja somatória define o custo total, ou seja, o desembolso do construtor -, mais o lucro e os impostos, gerando então o preço total, que é quanto irá receber. Para o construtor, o orçamento encerra em seu bojo todas as premissas que passam a ser metas de desempenho durante a obra. O preço de venda dos serviços é fixo, o custo é variável e precisa ser monitorado em função dessas metas. https://www.unp.br/ 2 Etapas da orçamentação A orçamentação engloba três grandes etapas de trabalho: estudo das condicionantes (condições de contorno), composição de custos e determinação do preço. ▪ Primeiro estudam-se os documentos disponíveis, realiza-se visita de campo, e fazem-se consultas ao cliente. ▪ Em seguida, monta-se o custo, que é proveniente das definições técnicas, do plano de ataque da obra, dos quantitativos dos serviços, das produtividades e da cotação de preços de insumos. ▪ Por fim, soma-se o custo indireto, aplicam-se os impostos e aplica-se a margem de lucratividade desejada, obtendo-se assim o preço de venda da obra. Estudo das condicionantes Todo orçamento baseia-se num projeto, seja ele básico ou executivo. É o projeto que norteia o orçamentista. A partir dele serão identificados os serviços constantes da obra com suas respectivas quantidades, o grau de interferência entre eles, a dificuldade relativa de realização das tarefas, etc. Essa fase de estudo das condicionantes, em que se tomam conhecidas as condições de contorno da obra, engloba os seguintes passos: 1. Leitura e interpretação do projeto e especificações técnicas 2. Leitura e interpretação do edital 3. Visita técnica Composição de custos 4. Identificação dos serviços O custo total de uma obra é fruto do custo orçado para cada um dos serviços integrantes da obra. Portanto, a origem da quantificação está na identificação dos serviços. Um orçamento, por mais cuidadoso que seja feito, estará longe de ser completo se excluir algum serviço requerido pela obra. 5. Levantamento de quantitativos Cada serviço identificado precisa ser quantificado. O levantamento de quantitativos é uma das principais tarefas do orçamentista, isso no caso de o projetista não os fornecer detalhadamente. No caso de licitações em que o órgão contratante fornece a planilha de quantidades, é importante que o orçamentista obtenha seus próprios quantitativos. A identificação de discrepância nas quantidades pode ser de grande valia quando do desbalanceamento dos preços. 6. Discriminação dos custos diretos Composição de custos Os custos diretos são aqueles diretamente associados aos serviços de campo. Representam o custo orçado dos serviços levantados. A unidade básica é a composição de custos, os quais podem ser unitários, ou seja, referendados a uma unidade de serviço (quando ele é mensurável - ex.: kg de armação, m³ de concreto) ou dado como verba (quando o serviço não pode ser traduzido em uma unidade fisicamente mensurável. Cada composição de custos unitários contém os insumos do serviço com seus respectivos índices (quantidade de cada insumo requerida para a realização de uma unidade do serviço) e valor (provenientes da cotação de preços e da aplicação dos encargos sobre a hora-base do trabalhador). A rigor, até esse momento os preços de mercado ainda não são conhecidos, pois a cotação vem a seguir. 7. Discriminação dos custos indiretos Composição de custos Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados aos serviços de campo em si, mas que são requeridos para que tais serviços possam ser feitos. Nessa fase são dimensionadas as equipes técnicas (engenheiros, mestres, encarregados), de apoio (almoxarife, apontador) e de suporte (secretária, vigia), e identificadas as despesas gerais da obra (contas, materiais de escritório e limpeza, etc.), mobilização e desmobilização do canteiro, taxas e emolumentos, entre outras despesas. 8. Cotação de preços Consiste na coleta de preços de mercado para os diversos insumos da obra, tanto os que aparecem no custo direto, quanto no custo indireto. É importante que esta etapa seja feita em seguida à seleção das composições de custos, para que o orçamentista possa ter uma relação completa de todos os insumos do orçamento. Composição de custos 9. Definição de encargos sociais e trabalhistas Consiste na definição do percentual de encargos sociais e trabalhistas a ser aplicado à mão de obra. Envolve os diversos impostos que incidem sobre a hora trabalhada e os benefícios a que têm direito os trabalhadores e que são pagos pelo empregador. Considerando a composição de custo unitário descrita abaixo, questiona-se: a) Qual o preço total dos insumos (M.O.), sem os encargos sociais? b) Qual o preço total da M.O, considerando os encargos sociais (LS) de 140,0% ? Fechamento do orçamento 10. Definição da lucratividade Baseado nas condições intrínsecas e extrínsecas da obra, o construtor define a lucratividade que deseja obter na obra em questão. Ele deve levar em conta fatores como concorrência, risco do empreendimento, necessidade de conquistar aquela obra, etc. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8ZkTR0Xu42A https://www.youtube.com/watch?v=8ZkTR0Xu42A Fechamento do orçamento 11. Cálculo do BDI Tendo em vista que no caso de planilhas de concorrências as propostas são baseadas nos serviços nelas listados, o construtor precisa diluir sobre esses itens todo o custo que não aparece explicitado. Em outras palavras, sobre o custo direto é necessário aplicar um fator que represente o custo indireto e o lucro, além dos impostos incidentes. Este fator de majoração é o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), expresso em percentual. Considerando um BDI de 40% sobre o custo direto (CD) dos serviços descritos abaixo, questiona-se: a) Qual o Preço de Venda Total ? b) Qual o BDI se PV fosse R$ 8.000 ? 12. Desbalanceamento da planilha Em tese, o BDI deve ser aplicado uniformemente sobre todos os serviços. Entretanto, como forma de melhorar a situação econômica do contrato, o construtor pode realizar a distribuição não uniforme do preço total nos itens da planilha. Fechamento do orçamento O desbalanceamento possibilita obter vantagem da seguinte forma: ✓ Aumentando o preço de serviços que ocorrem cedo na obra e diminuindo o preço dos serviçosque ocorrem mais perto do fim; ✓ Aumentando o preço dos serviços cujo quantitativo tende a crescer e diminuindo o preço daqueles cujo quantitativo tende a ser menor do que o da planilha. O desbalanceamento é uma "jogada de preços" na planilha, sem alteração do preço de venda. Para conhecer mais sobre orçamentos, assista o vídeo: A maneira correta de precificar sua mão de obra, utilize a tabela SINAPI. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CkwrUAfCupU (Tempo do vídeo = 7min 13seg) 3 Utilidades da Orçamentação O propósito do orçamento não se resume à definição do custo da obra. Ele tem uma abrangência maior, servindo de subsídio para outras aplicações, tais como: ✓ Levantamento dos materiais e serviços - a descrição e a quantificação dos materiais e serviços ajudam o construtor a planejar as compras, identificar fornecedores, estudar formas de pagamento e analisar metodologias executivas; ✓ Obtenção de índices para acompanhamento - é com base nos índices de utilização de cada insumo (mão-de-obra, equipamento, material) que o construtor poderá realizar uma comparação entre o que orçou e o que está efetivamente acontecendo na obra. Os índices servem também como metas de desempenho para as equipes de campo; ✓ Dimensionamento de equipes - a quantidade de homem-hora requerida para cada serviço serve para a determinação da equipe. A partir do índice, determina-se o número de trabalhadores para uma dada duração do serviço; 3 Utilidades da Orçamentação ✓ Capacidade de revisão de valores e índices - o orçamento pode ser facilmente recalculado a partir de novos preços de insumos e índices de produção. Para isso, basta que os campos de valores sejam alterados, pois todo o restante é produto de operações aritméticas simples; ✓ Realização de simulações - cenários alternativos de orçamento com diferentes metodologias construtivas, produtividades, jornadas de trabalho, lucratividade, etc.; ✓ Geração de cronogramas físico e financeiro - o cronograma físico retrata a evolução dos serviços ao longo do tempo. O cronograma financeiro quantifica mensalmente os custos e receitas desses mesmos serviços - é a distribuição temporal dos valores; ✓ Análise da viabilidade econômico-financeira - o balanço entre os custos e as receitas mensais fornece uma previsão da situação financeira da obra ao longo dos meses. A partir da Composição de Custo unitário descrita abaixo, realize os respectivos cálculos e preencha os campos em branco, relativos aos preços totais : AGORA, discutiremos sobre a composição dos custos e BDI ORÇAMENTO é o cálculo que se faz para determinar todos os gastos de uma obra ou de um serviço de construção (TCPO, 2013). Temos dois tipos de orçamento: • Orçamento Estimativo - quando é calculado com base no Projeto Básico sem se ater a detalhes da construção e sujeito a alterações posteriores; • Orçamento Definitivo - quando calculado com base em Projeto Executivo completo com todos os projetos complementares definitivos. O Orçamento é composto de duas partes: • Custo Direto que designamos simplesmente por CD - é representado por todos os valores constantes da planilha de custos; • BDI - é uma margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o valor do Orçamento. O Orçamento, depois de aprovado, transforma-se em Preço de Venda ou simplesmente PV que pode ser calculado pela Fórmula: onde : Custo Direto O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infraestrutura necessária para a realização da obra. Os Custos Diretos se dividem em: • Custo Direto propriamente dito, composto pela soma de todos os gastos que serão incorporados ao objeto principal do contrato (edificações, estradas, usinas etc.) representado pela planilha de custos unitários. • Custo Indireto composto por serviços auxiliares (infraestrutura) para possibilitar a execução do objeto do contrato (canteiro de obras, alojamentos, administração local, mobilização e desmobilizaçáo etc.). 4 Composição dos custos e BDI Gastos que compõem o custo direto CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS É o conjunto de todos os custos unitários dos serviços a serem executados na produção da obra, composto de materiais, equipamentos e mão-de-obra, incluídos todas as Leis Sociais e Encargos Complementares devidos. Deve-se montar uma planilha de custo que é uma forma simplificada de representação dos serviços que compõem os custos de uma obra. Na planilha de custos deve estar a lista de todos os serviços a serem executados numa determinada obra. De posse de todos os projetos faz-se a listagem ordenada de todos os serviços necessários para a execução desse objeto (obra) e os respectivos custos unitários desses serviços, de acordo com as especificações que devem acompanhar esses projetos. Em seguida, deve-se levantar as quantidades de cada um desses serviços, para obter os custos parciais que serão somados aos demais itens que compõem a planilha de custos unitários. ➢ Serviço é o resultado da conjugação de materiais, mão-de-obra e equipamentos, de acordo com a Composição de Custos Unitários de cada um desses serviços; ➢ Não confundir Composição de Custos Unitários com Composição de Preços Unitários. Os Custos Unitários só se transformam em Preços Unitários depois de obtido o BDI e adicionado aos Custos. Gastos que compõem o custo direto CUSTOS UNITÁRIOS DIRETOS Insumos que compõem o custo direto unitário: Mão-de-obra - Representada pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores qualificados e/ou não qualificados para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicado pelo custo horário de cada trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador mais os encargos sociais e complementares. Materiais - São representados pelo consumo de materiais a serem utilizados para a execução de uma determinada unidade de serviço, multiplicado pelo preço unitário de mercado. Equipamentos - Representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. Gastos que compõem o custo direto ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis: Encargos Básicos e Obrigatórios GRUPO A Encargos Incidentes e Reincidentes GRUPOS B,C,D Encargos Complementares GRUPO E ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA Descrição dos encargos e memória de cálculo A.1 INSS - Contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social incide sobre a remuneração paga no decorrer do mês de referência. Percentual fixado em lei. A.2 FGTS - Contribuição para o Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço. Percentual fixado em lei. A.4 Salário-educação - Recolhimento feito sobre o salário do empregador, independentemente da idade, do estado civil e do número de filhos. Destina-se a custear a educação pública. Percentual fixado em lei. A.3 - Seguro contra acidente de trabalho - O acidente de trabalho na construção civil foi enquadrado no grau de risco 3 (grave) pela legislação. Percentual fixado em lei. A.5 SESI - Contribuição para o Serviço Social da Indústria. Percentual fixado em lei. A.6 SENAI - Contribuição para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Percentual fixado em lei. A.7 SEBRAE - Contribuição para o Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa. Percentual fixado em lei. Encargos Sociais Básicos (GRUPO A) A.8 INCRA - Contribuição para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Percentual fixado em lei. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA Descrição dos encargos e memória de cálculo Encargos Trabalhistas (GRUPO B) Os encargos aqui incluídos sãopagos na folha de pagamento, embora não havendo efetiva prestação de serviços. Este grupo depende de algumas premissas de cálculo que partem de dados estatísticos ou históricos. Para calcular o impacto percentual de cada item, toma-se necessário definir preliminarmente a quantidade de dias efetivamente trabalhados durante um ano. Isso se faz subtraindo 365 todos os dias não trabalhados: férias, feriados, repouso remunerado, licenças e faltas. Calcule a quantidade de dias efetivamente trabalhados em 1 ano. Considere os itens listados abaixo: Então, considerando 269,21 dias, calcule o ônus dos dias não trabalhados sobre a folha. Considere os itens listados abaixo: = (Nº de dias de repouso semanal no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de feriados no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de férias no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 1,3333 = (Nº de dias de 1 mês de salário / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de auxílio enfermidade pagos pela empresa no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de licença paternidade no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de afastamento pagos pela empresa no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 = (Nº de dias de faltas no ano / Nº de dias trabalhados no ano) x 100 Total de Encargos Sociais Trabalhista (Grupo B) = ∑ B1 + B2 + B3 + B4 + B5 + B6 + B7 ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA Descrição dos encargos e memória de cálculo Encargos Indenizatórios (GRUPO C) C.1 Aviso Prévio - Constitui-se na obrigação que o empregador tem de avisar ao trabalhador, com antecedência mínima de 30 dias, que irá rescindir seu salário unilateralmente. O aviso prévio comporta duas situações: (i) aviso prévio indenizado - o trabalhador se desliga da empresa e recebe um salário adicional (ou proporcional ao período, se inferior a um ano); (ii) aviso prévio trabalhado - o trabalhador continua trabalhando durante o período referente ao aviso com direito a ter sua jornada diária reduzida em 2 horas. Nesta análise, adota-se que as construtoras praticam o aviso prévio indenizado em 100 dos casos. Supondo que a permanência média de um operário é de 9,67 meses (Fonte: Ministério do Trabalho), tem-se: C.2 Multa por rescisão do contrato de trabalho - Quando a demissão é sem justa causa, a empresa deve pagar uma multa de 50% sobre saldo da conta vinculada ao FGTS: 40% para o empregado, 10% a título de contribuição social. Adotou-se a premissa de que 95% das demissões são sem justa causa. ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA Descrição dos encargos e memória de cálculo Encargos Indenizatórios (GRUPO C) C.3 Indenização adicional - Se a demissão se der por justa causa, no período de 30 dias antes da data-base da correção salarial (dissídio), o trabalhador tem direito a um salário adicional. Considerando que a permanência média de um operário é de 9,67 meses e que a média histórica de demissões nessa época é de 5%. Calcule os encargos indenizatórios. Considere os itens listados abaixo: Total de Encargos Indenizatórios (Grupo C) = ∑ C1 + C2 + C3 = ((Nº de dias de 1 mês de trabalho / Nº de dias trabalhados no ano) x (Nº de meses do ano / Nº de meses de permanência do operário)) x 100 = (50% x (% FGTS + (% FGTS x % GRUPO B) x 95% = (Nº de dias de 1 mês de trabalho / Nº de dias trabalhados no ano) x (Nº de meses do ano / Nº de meses de permanência do operário) x 5% ENCARGOS SOCIAIS SOBRE A MÃO-DE-OBRA Descrição dos encargos e memória de cálculo Incidência Cumulativa (GRUPO D) D.1Incidência de A sobre B Neste grupo computam-se as incidências cruzadas entre os grupos A, B e C: D.2 Incidência de férias sobre o aviso prévio D.3 Incidência do 13º salário sobre o aviso prévio D.4 Incidência do FGTS sobre o aviso prévio Total de Incidências Cumulativas (Grupo D) = ∑ D1 + D2 + D3 + D4 Equivale ao produto do total do grupo A pelo total do grupo B Exemplo: Sendo o total do grupo A = 16,80% e o total do grupo B = 51,24%, a incidência de A sobre é igual a 8,61% (= [0,1680 x 0,5124] x 100) Equivale ao produto de férias pelo aviso prévio Equivale ao produto do 13º salário pelo aviso prévio Equivale ao produto do FGTS pelo aviso prévio Elaboração do BDI O BDI (Benefícios ou Bonificação e Despesas Indiretas) é o fator a ser aplicado ao custo direto (CD) para obtenção do preço de venda (PV). O BDI portanto, inclui: - Despesas indiretas de funcionamento da obra; - Custo da administração central (matriz); - Custos financeiros; - Fatores imprevistos; - Impostos; - Lucro. Elaboração do BDI O ACÓRDÃO Nº 2622/2013 – TCU – Plenário, determina que, nas análises do orçamento de obras públicas, utilizem os parâmetros para taxas de BDI a seguir especificados, em substituição aos referenciais contidos nos Acórdãos ns. 325/2007 e 2.369/2011: Nas análises do orçamento de obras públicas, quando a taxa de BDI estiver fora dos patamares estipulados no subitem 9.1 deste Acórdão (Nº 2622/2013 – TCU – Plenário), procedam ao exame pormenorizado dos itens que compõem essa taxa, utilizando como diretriz para esse exame os seguintes percentuais obtidos no estudo de que tratam estes autos, levando-se sempre em consideração as peculiaridades de cada caso concreto: Elaboração do BDI Elaboração do BDI Acórdão (Nº 2622/2013 – TCU – Plenário) Elaboração do BDI Na verificação da adequabilidade das planilhas orçamentárias das obras públicas, utilizar como referência do impacto esperado para os itens associados à administração local no valor total do orçamento, os seguintes valores percentuais obtidos no estudo de que tratam estes autos: Elaboração do BDI Exemplo de Composição do BDI A partir dos valores limites estabelecidos no Acórdão nº 2622/2013 – TCU – Plenário, conforme quadro abaixo, calcule o BDI para os valores máximos indicados em cada faixa. MATTOS, Aldo Dórea. COMO PREPARAR ORÇAMENTOS DE OBRAS: Dicas para orçamentistas - estudo de casos - exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006. MATTOS, Aldo Dórea. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS. São Paulo: Editora Pini, 2010. THOMAZ, Ercio. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. São Paulo : Editora Pini, 2001. Referências https://www.unp.br/
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