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Conceitos ética para computação

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COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Um computador é um dispositivo
eletrônico que se destina a
receber e processar dados para a
realização de diversas operações.
 A computação ...
 Ato ou efeito de computar.
 A busca de uma solução para um problema a partir de entradas (inputs) e tem
seus resultados (outputs) depois de trabalhada através de um algoritmo.
 Conjunto de conhecimentos e técnicas referentes ao uso de computadores.
 Tratamento de dados, de informação, através de um computador.
 INFORMÁTICA é a informação automática, isto é, o tratamento da informação de
forma automática.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Um computador é um dispositivo
eletrônico que se destina a
receber e processar dados para a
realização de diversas operações.
Os computadores estão presentes em nossa sociedade e estão mudando a nossa forma de
estudar, trabalhar, divertir, fazer negócios e comunicar.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Sociedade é um conjunto de seres humanos que dividem determinado território e compartilham regras, 
ideologias e tradições que para eles são perfeitamente aceitáveis e que os fazem conviver de forma organizada.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser.
 “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos 
outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”.
 Ética é um ramo da filosofia que estuda o comportamento moral do ser humano, 
classificando-o como bom ou ruim, correto ou errado. 
 Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 Segundo Mário Sérgio Cortella , Ética é o conjunto de valores e princípios que eu e você usamos 
para decidir as três grandes questões da vida, que são: “Quero – Devo – Posso”.
 Existem coisas que eu quero mas não devo;
 Existem coisas que eu devo mas não posso;
 Existem coisas que eu posso mas não quero.
 Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é o que você pode e é o que você deve.
 Como se define a ética? Através dos modos, através do exemplo, através de princípios da 
sociedade, religiosos ou não; através de normatizações, …
 Há vinte anos, num auditório, algumas pessoas fumariam e outras não. Há dez anos haveria uma 
placa: “É proibido fumar”. Hoje não é mais preciso nenhuma imposição, ninguém fuma por 
censo comum. Às vezes isso surge como norma. A ética vai se construindo.
 Não existe ninguém “sem ética”. O deputado que frauda, rouba, o falso amigo que mente e 
engana e o patrão que explora seus empregados? Esses têm uma ética contrária à ética da 
maioria. São “antiéticos”. Mas isso ainda é um tipo (deturpado) de ética.
https://eticasocial.blogs.sapo.pt/668.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 Qual é a importância da ética nas relações?
 A ética é um conjunto de valores e de princípios que impede a degradação da convivência e 
a falência dos nossos negócios. 
 A ética é um conjunto de princípios e valores morais que regem a conduta humana em 
sociedade, tendo impacto inclusive nas relações e atividades profissionais.
 A atuação profissional não pode ser baseada apenas em técnicas e qualificação científica, 
mas também no lado humano, que deve utilizar valores éticos e morais para construir 
relações e exercer seu trabalho da melhor maneira possível para si mesmo, seus colegas e 
todas as pessoas afetadas e que possam vir a ser afetadas por sua atividade.
 Ética em Computação é o estudo das questões éticas que aparecem como consequência do 
desenvolvimento e do uso dos computadores e da Tecnologia da Informação e 
Comunicação.
 O comportamento ético é fundamental para que uma profissão seja reconhecida, 
merecendo o respeito da sociedade. 
https://eticasocial.blogs.sapo.pt/668.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Moral
 A palavra “moral” veio do latim (moralis), que significa a atitude de um indivíduo em relação às 
normas.
 A moral são regras sociais instituídas. A moral está ligada à ação, é sempre uma reflexão 
pessoal.
 É um conjunto de princípios que seguimos livremente. É o que não faríamos de jeito nenhum, 
mesmo que estivéssemos invisível. 
 A moral nos fará sempre nos perguntar: Posso ou não posso? Viver moralmente é agir de forma 
honesta, digna e justa. É o que fazemos mesmo se ninguém soubesse ou visse. 
 A moral é uma decisão pessoal sobre as práticas do cotidiano, por exemplo: “quando encontro 
uma carteira com dinheiro, devolvo ou não devolvo?”.
 A moral está relacionada à obediência das normas do Código de Conduta de uma empresa, 
enquanto a ética, no contexto organizacional, diz respeito ao profissional que cumpre as suas 
atividades segundo os princípios estipulados pelo empregador. 
 Ética é a reflexão das leis da moral. 
https://eticasocial.blogs.sapo.pt/668.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Ética Moral
A ética se refere ao conjunto de valores e princípios que 
guiam determinado grupo ou cultura. Norteia o caráter das 
pessoas e como elas irão se portar no meio social.
A moral refere-se ao conjunto de normas e princípios que se 
baseiam na cultura e nos costumes de determinado grupo 
social.
A ética é o estudo e reflexão sobre a moral, que nos diz como 
viver em sociedade.
Moral é o conjunto de regras que orientam o comportamento 
do indivíduo dentro de uma sociedade. Ela pode ser adquirida 
através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano.
A ética é responsável por definir certas condutas do nosso 
dia-a-dia. Os códigos de ética profissional, indicam como um 
indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão.
A moral se refere a determinadas normas e condutas. Estas são 
criadas e aceitas em determinado grupo social, podendo variar 
de acordo com a cultura, o local ou o tempo.
A ética não deve ser confundida com a lei, pois pessoas não 
sofrem sanções ou penalidades do Estado por não 
cumprirem normas éticas.
Quando falamos de moral, as definições do que é certo ou 
errado dependem do local onde a pessoa se encontra, da 
tradição e cultura.
A ética, apesar de ser influenciada pela cultura e pela 
sociedade, são princípios pessoais criados e sustentados 
pelos próprios indivíduos.
A moral são regras sociais instituídas. A moral é sempre uma 
reflexão pessoal. Está ligada à decisão e ação. 
João foi antiético porque não se levantou para que o idoso 
pudesse ocupar seu lugar no ônibus.
Antigamente, era imoral as mulheres usarem calças, mas hoje 
é moralmente aceito.
https://www.diferenca.com/etica-e-moral/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Ética Moral
define um conjunto de valores que orientam o 
comportamento de cada indivíduo em relação aos outros 
membros na sociedade em que vive. 
Prega o conjunto de normas que regulam o comportamento 
do homem em sociedade, sendo essas normas adquiridas 
pelo dia a dia, pela tradição e pela educação.
O que é ético jamais deixará de ser ético. A moral são valores que os homens criam, que acreditam ser 
certos ou errados, conforme as suas experiências e crenças.
Modo social de agir. Implica no consenso e na adesão da 
sociedade.
Modo pessoal de agir. É adquirida e formada ao longo da 
vida, através de experiencias.
Normas e regras sociais. É guiada pela cultura da sociedade. Normas e regras pessoas. É guiada pela consciência. 
A ética envolve a preocupação sobre as consequências da 
ação de um ou mais indivíduos sobre outras pessoas.
Conjunto de princípios que seguimos livremente, que nos 
obrigamos a respeitar por que decidimos assim. É que não 
faríamos de jeito nenhum mesmo que fossemos invisível.
Um pai prepara uma festa de aniversário para seu filho 
(porque ele havia prometido ao menino uma comemoração).
Um pai prepara uma festa de aniversário para seu filho 
(porque a moral impõe que ele deve ser um bom pai).
Um dono de uma loja não vende produtos falsificados a seus 
clientes (porque preza pela sua qualidade e a confiabilidade).Um dono de uma loja não vende produtos falsificados a seus 
clientes (porque a boa moral prescreve que não se deve 
enganar as pessoas).
https://www.todoestudo.com.br/filosofia/etica-e-moral
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
• A ética estuda as relações morais. 
• A ética é o fundamento, o princípio e é um conceito universal, por exemplo: “não pegar 
o que não me pertence”. 
• Já a moral é a prática. É mais relativa, por exemplo: “se eu roubo ou não”. 
• A ética é a reflexão crítica sobre os valores presentes nas ações entre as pessoas na 
sociedade. 
• A moral são os preceitos que orientam a nossa vida em sociedade. 
• As ações devem ser norteadas pela moral, porque são para o bem.
• A moral pode ser demonstrada a partir da frase: “O que é que os outros vão dizer!?”.
• É certo que devemos levar a ética e a moral em consideração, considerando que não 
existimos sem a presença e a relação com outras pessoas.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
• Vídeos sobre ética e moral.
https://www.youtube.com/watch?v=ldQzTa9OQ1k&feature=e
mb_rel_pause
https://www.youtube.com/watch?v=nW_WW-l3uIM&t=43s
https://www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo&t=21s
https://www.youtube.com/watch?v=BoPp_SLOm7k
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
SÓCRATES ( 470 a.C – 399 a.C) 
 Escultor, soldado e apenas após a aposentadoria se dedicou a filosofia. 
 A reflexão ética se inicia na Grécia antiga, quando os filósofos buscam compreender o fundamento da 
conduta humana. Enquanto para a maioria dos filósofos os princípios morais resultam de convenções 
sociais, Sócrates defende a moral constituída na própria natureza humana.
 “Algo não é verdade só porque alguém muito sábio diz que é”. “Conhece-te a ti mesmo”.
 Paradoxo de Sócrates – “ Só sei que nada sei”. 
 “O conhecimento está dentro da pessoa, precisa fazer nascer as ideias” Maiêutica.
 Sofistas – educadores que ensinavam o que tinham aprendidos por repetição e não sabiam o porque, 
o como e a causa. Retórica – palavras que persuadem mas não tem conhecimento. 
 “Método Socrático” – formulação de perguntas sucessivas em busca de encontrar falhas nas 
respostas e nos argumentos utilizados. 
 Forte influência na filosofia ocidental. 
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
SÓCRATES ( 470 a.C – 399 a.C) 
 “A ética, moral e a justiça não podem ser relativizadas”.
 O filósofo relaciona de forma estreita as noções de saber, virtude e felicidade. A sabedoria é o 
valor supremo para alcançar a plena felicidade. A felicidade só pode ser alcançada pela conduta 
reta, a verdade só pode ser contemplada pelo conhecimento virtuoso do mundo, pelo 
comportamento orientado pela bondade. A virtude é o centro da ética socrática.
 Sócrates foi condenado a morte culpado dos crimes de não reconhecer os deuses reconhecidos 
pelo estado, de introduzir divindades novas, de corromper a juventude e de zombar da 
democracia ateniense. Defendia que os desprovidos de conhecimento não poderiam votar para 
definir os destinos de uma cidade-estado.
 Mesmo tendo oportunidade de fugir ou mesmo de mudar o julgamento preferiu se manter fiel 
a seus ideais e aceitou a condenação de morte por envenenamento. 
 Não deixou obras escritas, o que se sabe de Sócrates são relatos de seus seguidores e 
discípulos, principalmente de Platão e Xenofonte. 
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
PLATÃO ( 428 – 347 a.C ) 
 Jovem ateniense de família aristocrática. Discípulo de Sócrates.
 Herdeiro da tradição socrática, Platão tratou a ética como componente indissociável da vida 
política, da harmonia entre os habitantes da Pólis (cidade estado). Sua tarefa seria promover o 
nivelamento entre os indivíduos, diluindo as diferenças em prol do bem comum.
 A ética deveria permitir que os indivíduos partilhassem o poder, impedindo a concentração do 
governo da Pólis nas mãos de um segmento da sociedade ou de um indivíduo.
 A ética deveria fazer o sujeito se preocupar com o outro, partilhando o poder, fornecendo 
limites à liberdade, equalizando diferenças sociais e econômicas.
 A justiça é para Platão, a harmonização das atividades da alma e de todas as virtudes. 
 A questão moral não é um problema somente do indivíduo, mas das relações coletivas. 
 A formação espiritual do homem cabe ao estado, entidade que não é meramente organização 
de poder, mas instituto de educação, e a finalidade última é realizar a ideia do homem e 
conduzir os indivíduos ao conhecimento e prática das virtudes que deverão torná-los felizes.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
PLATÃO ( 428 – 347 a.C ) 
 Platão tratou a ética como componente indissociável da vida política, da harmonia entre os 
habitantes da Pólis, diluindo as diferenças em prol do bem comum.
 Para Platão, todas as formas de governo (Oligarquia, Democracia e Tirania) conduzem ao vicio, 
inviabilizando a existência ética do indivíduo e da Pólis. Platão propôs a construção de um 
Estado Ideal, onde a virtude pudesse ser cultivada, garantindo a liberdade efetivada no exercício 
da justiça - República Platônica (Res Pública = coisa pública). 
 “Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo.”
 “Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas 
ruins encontrarão um modo de contornar as leis.”
 “As cidades somente alcançarão a felicidade se os filósofos se tornarem reis ou se os reis se tornarem 
filósofos.”
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
PLATÃO ( 428 – 347 a.C ) 
 O idealismo platônico é o que há de mais marcante em sua obra. Com base na noção de que o 
conhecimento das Ideias ou Formas puras, imutáveis e perfeitas é o único conhecimento 
verdadeiro (obtido pelo intelecto). 
 Aquilo que conhecemos por meio de nossos sentidos corpóreos são meras ilusões causadas por 
nossos órgãos do sentido, portanto, são conhecimentos inferiores. O conhecimento ideal estaria, 
segundo o filósofo grego, no Mundo das Ideais, estância metafísica racional que só poderia ser 
alcançada por nosso intelecto.
 A expressão “amor platônico”, que se refere a um tipo de amor que nunca se concretiza. 
 A maior parte dos escritos de Platão é composta pelos diálogos socráticos, em que o seu mestre, Sócrates, 
é a figura central. Em geral, os diálogos falam sobre um determinado tema, mas sem grandes delimitações 
ou especificações, podendo falar sobre outros assuntos.
 Tem-se conhecimento, hoje, de 35 diálogos deixados por Platão. Obra mais importante A República.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
ARISTÓTELES (384 -322 a.C) 
 Aristóteles foi um importante filósofo para a Grécia Antiga e para o ocidente em geral, visto que a 
importância dada por ele ao conhecimento empírico e as suas classificações sistemáticas do conhecimento 
muito influenciaram a Filosofia Escolástica e Moderna e as ciências modernas que surgiram a partir do 
século XV.
 Aristóteles estudou na academia de Platão durante muitos anos até se tornar professor da instituição. 
Nesse período, aprofundou-se nos estudos platônicos sobre o ser e sobre a essência das coisas, sobre a 
dialética, sobre a política e sobre as ideias socrática.
 Durante a sua vida intelectual, Aristóteles afastou-se gradativamente das ideias do seu mestre, Platão. 
Enquanto Platão considerava válido apenas o conhecimento intelectual da verdade, Aristóteles passou a 
considerar a validade intelectual de outro tipo de conhecimento: o empírico.
 A ética de Aristóteles exerceu forte influência no pensamento ocidental. Segundo sua teoria, conhecida 
como eudemonismo (ter êxito, ser feliz), todas as atividades humanas aspiram a algum bem, dentre os 
quais, o maior é a felicidade. 
 Para Aristóteles, a felicidade não se encontra nos prazeres nem na riqueza, mas na atividade racional, no 
exercício e na evolução do pensamento. http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2012/03/evolucao-conceitual-da-etica.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
ARISTÓTELES (384 -322 a.C) 
 Aristóteles também considerava a ética como possibilidade de eliminar a desigualdade, harmonizandoo 
convívio coletivo; mas envolve, antes, o equilíbrio interno do indivíduo, externalizado pela eudaimonia
coletiva. 
 Eudaimonia significa alcançar as melhores condições possíveis para um ser humano, em todos os seus 
sentidos, cultivando as próprias virtudes e destacando-se em quaisquer tarefas que precise participar.
 A felicidade é uma emoção, obtida através de prazeres, enquanto Eudaimonia é um estado de ser muito 
mais abrangente, com poder de permanência.
 Aristóteles foi um grande defensor da democracia, relacionando a liberdade com a responsabilidade para 
compartilhar o poder de forma igualitária, através do conceito de representatividade.
 Para tal, seria necessário preparar o indivíduo para o exercício virtuoso da política, cultivando virtudes 
como prudência, sabedoria e justiça.
 A ética aristotélica propõe observar as necessidades do homem como indivíduo e membro da coletividade, 
o que é possível estabelecer como norma em dado contexto, teorizar e refletir para padronizar como 
correto. O homem se torna justo pela prática constante de atos justos.
 A ética se constitui como ciência normativa da conduta individual e coletiva em sentido amplo.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
ARISTÓTELES (384 -322 a.C) - Principais ideias
 Talvez o maior legado que Aristóteles tenha deixado para a posteridade seja a classificação sistemática das 
áreas do conhecimento, a lógica e a valorização do conhecimento empírico para a obtenção de qualquer 
conhecimento prático sobre o mundo. Principais ideias do pensador grego:
 Democracia - reafirmou e defendeu a democracia como a forma mais justa de se governar.
 Sistematização - importância da classificação que separa os conhecimentos sobre lógica, ética, política, 
física, metafísica e estética.
 Ética - Em seu livro Ética a Nicômaco, defende que a ética deveria ser guiada pela prudência e pela 
moderação. ETICA DA JUSTA MEDIDA.
 Lógica - escreveu alguns tratados de lógica nos quais nos deixa um método preciso para entender o 
conhecimento formal por meio da linguagem. A lógica é exata, e permite o julgamento da forma de um 
enunciado, permitindo perceber se ele faz sentido ou não. 
 Empirismo - a importância do conhecimento prático para o entendimento da verdade e do mundo. Ao 
contrário de Platão, o conhecimento da verdade deveria passar pelo intelecto puro e os sentidos 
(visão, audição, tato, olfato e paladar) que é a responsável pelo aprendizado básico que depois de 
coletados, podem ser depurados pelo intelecto e relacionados aos conceitos puros.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/aristoteles.htm
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
ARISTÓTELES (384 -322 a.C) 
 Aristóteles sistematizou e separou o conhecimento filosófico da Antiguidade.
 Tem-se conhecimento de 22 textos deixados por Aristóteles. A maioria são tratados extensos escritos pelo 
próprio filósofo e, em muitos casos, divididos em vários livros ou tomos. Principais obras: Tratado de Física 
e Metafisica, Tratado de Lógica, tratado de Biologia, Tratado de Antropologia e Tratado sobre escrita. 
 Dentro de sua obra, também se encontram alguns conjuntos de notas de aulas do filósofo no Liceu. 
Especula-se que algumas dessas notas tenham sido feitas por seus alunos. 
 Para Aristóteles, a felicidade não se encontra nos prazeres nem na riqueza, mas na atividade racional, no 
exercício e na evolução do pensamento.
 Frases:
 “O homem é, por natureza, um animal político.”
 “O homem é um animal de linguagem.”
 “O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito na medida em que avança.”
 “O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa tudo o que diz.”
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/aristoteles.htm
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA MEDIEVAL
 A Idade Média foi dominada pelo catolicismo na Europa Ocidental, pautando uma ética 
vinculada com a religião e dogmas cristãos, dominando o panorama conceitual entre o 
século XI e XIX.
 Dentre as concepções filosóficas que influenciaram fortemente o conceito de ética 
medieval, destaca-se as ideias de Santo Agostinho, Santo Anselmo e São Tomás de 
Aquino.
 Para Santo Agostinho a verdade é uma questão de fé, é revelada por Deus, superando a 
razão; subordinando o Estado e a política à autoridade da Igreja.
 O catolicismo alterou profundamente a ética, introduzindo a ideia de que a bondade, 
uma vida virtuosa, só podia ser alcançada pela vontade de Deus, desvinculando a 
felicidade da racionalização do mundo.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2012/03/evolucao-conceitual-da-etica.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA MEDIEVAL
 A ética cristã, através do pensamento de São Tomás de Aquino, procurou conciliar a fé e a 
razão, condicionando os atos dos indivíduos à natureza humana.
 No entanto, ao afirmar que a dita natureza humana estaria na essência divina, inclinada a 
bondade, como pretendia Aristóteles; subordinou da razão à fé. O caminho para a 
felicidade passaria pela “grande ética”, caracterizada pelo justo equilíbrio divino, 
projetado na ordenação da sociedade.
 Aceita as contradições sociais e econômicas, a desigualdade, como vontade de Deus, 
esperando receber a recompensa no além, onde a contemplação do paraíso permitiria 
atingir a felicidade plena, individual e coletiva. 
 Para harmonizar a sociedade, ao invés da ética, dada sua segmentação, caberia a moral 
servir de referencial.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2012/03/evolucao-conceitual-da-etica.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA MODERNA
 Na idade moderna, a ética retorna à busca da felicidade coletiva, retomando seu sentido original grego, vin-
culado com a política, compondo orientações para a realização plena do cidadão.
 Entre os séculos XVI e XVIII, as discussões éticas estiveram centralizadas no embate entre racionalismo e 
empirismo (experiência é a fonte do conhecimento).
 A Idade Moderna foi à época da formação e consolidação dos Estados Nacionais europeus, precedendo a 
Revolução Francesa e Industrial, quando a separação entre estado e igreja tornou-se definitiva, com a 
preponderância do antropocentrismo (homem centro do universo) e a aceleração do avanço da Ciência.
 A partir da Idade Moderna, os princípios éticos e morais distanciam-se da doutrina religiosa. O ser moral e 
religioso convive separadamente. 
 Admite-se que uma pessoa que não crê em Deus também possa ser ética, porque o fundamento dos 
valores não se encontra em Deus, mas no próprio ser humano. O reconhecimento dos princípios e valores 
resulta da capacidade humana.
 A ética passou a ser vista novamente enquanto voltada para a busca da felicidade coletiva, retomando seu 
sentido original grego, vinculado com a política, compondo orientações para a realização plena do cidadão.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2012/03/evolucao-conceitual-da-etica.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
 Ao separar o conhecimento da religião, no século XVIII, o iluminismo inaugurou uma 
releitura da ética, estabelecendo criticas que voltaram a centralizar o foco na razão, 
apostando na autonomia humana e na crença otimista no progresso.
 Foi estabelecida uma visão ética por um viés mais amplo, não só circunscrito ao grupo, 
mas sim ao contexto do conjunto da humanidade.
 Recorrer à razão significa recusar a imposição religiosa. Para Immanuel Kant (1724 – 1804), 
maior expoente do iluminismo, a ação moral é autônoma, pois o ser humano é o único 
capaz de determinar segundo leis que a própria razão estabelece.
 A moral iluminista é racional, laica (sem interferência religiosa) e acentua a importância da 
liberdade e do direito de contestação. 
 Se tratava de uma forma de pensar o mundo e as sociedades humanas. Um novo modelo, 
que ia contra a igreja e a monarquia absolutista, inspirando a classe burguesa a procurar 
alterar as estruturas sociais. https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA Principais Ideias iluministas: 
 A ciência e o método científico como única forma de fazer progredir a humanidade;
 A necessidade de tornar todos os homens cidadãos plenos;
 A necessidade de permitir que os homens se expressem livremente;
 A reformulação da sociedade, eliminando privilégios da nobreza e do clero (igreja).
 Principais características: certeza de que a razão era superior à fé; negava a origem divina dos reis, 
ignorava qualquer crença religiosa que fosse contrária à evidência científica; liberalismo 
econômico, avanço da ciência e da razão.
 Nem todos os filósofos pensavam exatamente da mesma forma, ou estavam preocupados com as 
mesmas questões. Mas, havia um sentimento geral que se encontrava nestes ideais e que mais 
tarde resultaria na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, criada durante a Revolução 
Francesa, se tornou um dos primeiros documentos de direitos cidadãos, inspirando as 
constituições de vários países pelo mundo.
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
 O Iluminismo no Brasil:
 As ideais iluministas eram contrários à opressão e à desigualdade. Assim como eram contrários 
à igreja e, também, à monarquia.
 O Brasil no século XVIII, era uma colônia de Portugal, que sequer podia importar os livros 
franceses, por proibição da metrópole, mas tínhamos o contrabando e os brasileiros que 
estudavam no exterior. Algumas revoltas se estabeleceram, entre elas:
 A Inconfidência Mineira (1789);
 A Conjuração Baiana (1798);
 A Revolução Pernambucana (1817).
 Todas foram derrotadas pelas forças portuguesas, mas até mesmo a independência brasileira, 
em 1822, foi influenciada pelo Iluminismo.
 O pensamento iluminista, contribuiu para criar uma nova estrutura social, com reconhecimento 
de direitos, constituições, separação de poderes e destituiu muitas monarquias.
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
 Considerando a natureza falha da razão humana, Kant propõe regras obrigatórias para nortear a 
normatização da vida racional.
 O imperativo categórico, aquele que deveria ser dever de toda pessoa, agir pela vontade, de tal forma 
que a ação possa ser tomada como uma lei universal da natureza. Tornar padrão o comportamento que 
seria aprovado como correto em qualquer caso e por qualquer pessoa. Deste imperativo decorrem 
outros, todos baseados na fraternidade para com o outro, expresso na máxima de desejar a todos o 
que se deseja para si mesmo, estreitando este conceito com o de liberdade, responsabilidade e 
igualdade.
 A partir do século XVIII, na Inglaterra, representado por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, por conta 
dos avanços da Ciência e contrapondo-se a ética kant, surge o utilitarismo, que afirma que o correto é 
aquilo que traz felicidade para o maior número de pessoas. 
 A partir das leis da física de Isaac Newton, a sociedade passou a ser vista como máquina, onde a 
ética atenderia e regularia seu funcionamento.
 A teoria evolucionista de Charles Darwin possibilitou conceber a moral como produto da evolução 
do comportamento humano.
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
 UTILITARISMO
 Tendências que transformaram a ética em ciência do julgamento dos atos morais, alterando 
normas de comportamento, pensadas em beneficio da utilidade para a vida coletiva 
harmoniosa.
 Não é a intenção que importa, como no caso da ética de kant, mas sim o resultado; 
relativizando igualmente as regras, indo na contramão dos imperativos, condicionando os 
comportamentos a sua utilidade aparente, extremamente vinculada ao Direito.
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
 Friedrich Nietzsche (1844-1900), na segunda metade do século XIX, tornou a ética definitivamente uma 
Ciência, totalmente desvinculada da religião.
 Para ele, a ética seria o centro, justificativa e fundamentação das ações humanas; constituindo o elemento 
que torna possível a convivência, estabelecendo padrões de comportamento. 
 Nietzsche propõe destruir a moralidade europeia ocidental e contemporânea, fundamentada em ídolos 
vazios e valores que só oprimem e anulam o homem. Tal moral é frustrante e limitadora - o homem 
contemporâneo vive o niilismo, vive para o nada, pois cada vez mais se anula.
 Trata-se do conceito de além-do-homem (Übermensch) da defesa do sujeito superar sua humanidade, sua 
natureza falha, para ir além do bem e do mal, da moral estabelecida, guiado pela autonomia de pensamento 
na busca de uma paixão desmedida. 
 No seu pensamento defende a transvaloração de todos os valores, superando a moral comum para que os 
atos do homem forte não sejam pautados pela mediocridade das virtudes estabelecidas.
 Para Nietzsche, a criação humana depende da articulação do principio criativo e da razão harmoniosa, 
comedida e organizada que nos dá a ordem e a harmonia necessárias para a produção de algo belo. É a arte 
com suas forças de criação que nos faz plenamente humanos, nos dando a oportunidade de produzir nossa 
própria vida, construindo o que somos na medida em que vamos vivendo. https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/23/o-que-foi-o-iluminismo/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
KARL MARX
 O materialismo filosófico de Karl Marx procura pensar o homem como o produto do conjunto de todas as 
suas relações sociais e históricas - materialismo histórico dialético: constitui a aplicação da dialética aos fatos 
históricos.
 A tecnologia mudou as relações sociais e as relações de trabalho, basta pensar no trabalho de um artesão do 
século XVI e o de um técnico em informática do século XXI. Adquirindo novas forças produtivas, os homens 
mudam o seu modo de produção e mudando o modo de produção, a maneira de ganhar sua vida, eles 
mudam todas as relações sociais.
 A crítica ética marxista defende a tese que toda transformação real da sociedade produz uma 
nova moral, um novo costume, como historicamente tem acontecido. 
 Tal ética critica os modelos éticos dominantes e prospectiva e propõe novas formas de ações no sentido 
de transformação das condições materiais de existência, das forças e relações produtivas.
 Fundamentação ética marxista consiste em identificar-se com a classe trabalhadora em sua educação, 
organização e luta contra a exploração e opressão capitalista.
 A tese fundamental da ética marxista expressa a relação entre o indivíduo e a sociedade, a forma na 
qual aquele se integra e se realiza aos interesses sociais e coletivos .
https://www.sabedoriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-contempor%C3%A2nea/karl-marx/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
KARL MARX
 Ao fazer a crítica do modo de produção capitalista o marxismo chama a atenção para o grande 
problema das desigualdades e da injustiça social: a forma como os donos do capital se tornam cada 
vez mais ricos ampliando sua fortuna a partir da exploração da classe trabalhadora. Sendo a mais-
valia (basicamente o lucro excedente do trabalho do operariado que é apropriado pelo patrão) a lei 
fundamental do sistema.
 Marx é um pensador crítico da sociedade que procurou revolucionar não apenas a sociedade, mas 
as possibilidades políticas do pensamento, a partir de uma interconexão entre teoria e prática. 
 Para Marx a atividade humana é força criativa, e redigiu “ Os filósofos têm apenas interpretado o 
mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”
 Apesar das experiências frustradas do socialismo na União Soviética (1917), na China (1949) e das 
condições atuais do socialismo em Cuba (1959) é preciso considerar que as ideias marxistas 
trouxeram contribuições importantes paraa sociedade.
https://www.sabedoriapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-contempor%C3%A2nea/karl-marx/
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A ÉTICA CONTEMPORÂNEA 
HANS JONAS: ética e responsabilidade
 Hans Jonas (1903 – 1993) é um filósofo que, questiona a possibilidade da não sobrevivência do homem na 
terra, diante da irresponsabilidade das ações insensatas, sobretudo no que tange à preservação ambiental. 
 É precursor da ideia de que o homem caminha para a autodestruição, caso não assuma um novo paradigma 
de princípios, de direitos e de deveres, tendo em mente a preservação das condições da vida humana em 
relação ao mundo em que habita.
 Em sua obra principal, O princípio responsabilidade, fundamenta a ética de uma civilização em que a 
tecnologia ofertou poderes de imensurável utilização, que, produzem imprevisíveis consequências éticas, 
catastróficas para a humanidade.
 O imperativo ético, proposto por Hans Jonas: “age de tal maneira que a máxima de sua ação permita a 
perpetuação dos seres humanos no planeta”. 
 Defende uma nova ética que abarque, além das ações humanas, as extra-humanas, e que coíba as ações 
prejudiciais em relação ao planeta.
 A proposta de Hans Jonas não trata de uma crítica às novas tecnologias e sim ao imperativo que se faz 
inadiável para que a ciência siga por caminhos éticos pautados pelo princípio responsabilidade, subjacente ao 
ser em toda sua plenitude. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/hans-jonas-etica-e-responsabilidade/20925
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
A CRISE DA ÉTICA
 O século XX, centralizado na sociedade de consumo e no individualismo, desvirtuou o caminho da 
preocupação com a coletividade no mundo capitalista, inaugurando a crise da ética em sentido 
amplo.
 A preocupação com o outro foi substituída pelo egoísmo focado apenas no eu em detrimento do 
nós, com um ambiente de permanente competição.
 A ética passou a ser um termo comum na boca de todos, mas esvaziada de sentido concreto, 
conceitualmente interpretada pelo senso comum de forma torta e equivocada.
 A ética profissional passou a dominar o cenário globalizado, igualmente contextualizada em um 
sentido extremamente especifico, aplicada apenas entre supostamente equivalentes.
 A ética deveria repensar posturas que fazem de alguns mais iguais que outros, refletindo sobre sua 
natureza generalizadora, racionalizando as ações humanas até o limite do possível, diante da 
natureza emotiva e movida por sentimentos individualistas.
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2012/03/evolucao-conceitual-da-etica.html
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Diretrizes informais para balizar o comportamento ético:
 O teste da família: você se sentiria confortável ao contar suas ações e decisões para 
os membros mais próximos da sua família?
 O teste do sentimento: Como você se sente com a decisão? Se você se sente 
intranquilo com relação à decisão ou ação mas não consegue entender por quê, 
sua intuição está dizendo que essa não é a coisa certa a fazer;
 O teste do repórter investigativo: como suas ações apareceriam se fossem 
comentadas em um programa de televisão ou em um jornal?
 O teste da empatia (regra de ouro): Como a sua decisão lhe pareceria se você se 
colocasse na posição de outra pessoa? Como ela pareceria para outras pessoas 
afetadas pela decisão?
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
ÉTICA NO CENÁRIO DA COMPUTAÇÃO:
 Computador cada vez mais presente na sociedade moderna com grande impacto 
no modo de trabalho, convivência, estudo, relacionamento, etc.
 O estudo da ética na área da computação envolve questões éticas que aparecem 
como consequência do desenvolvimento e uso dos computadores e da tecnologia 
da computação.
 Envolve identificar e divulgar as questões e problemas que fazem parte de seu 
escopo da solução do problema, visando avançar nosso conhecimento e 
entendimento, bem como sugerir soluções inteligentes. 
 O comportamento ético é fundamental para que uma profissão seja reconhecida, 
merecendo o respeito da sociedade.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
BIOÉTICA
 Bioética é o campo de estudo das implicações morais nas pesquisas científicas, principalmente na 
biologia e na medicina. Abrange questões como a utilização de animais em experimentos, a 
manipulação genética e a clonagem humana.
 A expressão surgiu na década de 1920 para se referir ao reconhecimento de obrigações éticas não só 
em relação ao ser humano, mas a todos os seres vivos.
 Em 2005, após diversos debates na comunidade científica internacional, foi lançada a Declaração 
Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, assinada pelos países-membros das Nações Unidas. 
 O documento não é uma lei, mas uma série de diretrizes para nortear novas legislações, a fim de 
estabelecer limites e parâmetros sobre o que é ético no desenvolvimento de experimentos científicos.
 Um dos princípios trata especificamente do equilíbrio entre “benefício” e “dano” no avanço do 
conhecimento científico, das práticas médicas e das tecnologias associadas. Os benefícios, diretos e 
indiretos, de determinado estudo devem ser sempre “maximizados”; enquanto riscos e danos devam 
ser sempre “minimizados” na tomada de decisões.
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/04/15/O-que-%C3%A9-bio%C3%A9tica.-E-qual-a-sua-import%C3%A2ncia-na-ci%C3%AAncia
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
BIOÉTICA
Onze macacos rhesus transgênicos foram criados no Instituto de Zoologia de Kunming, da Academia Chinesa 
de Ciências. O experimento, inédito e considerado controverso, foi publicado no periódico científico National
Science Review em 27 de março de 2019. 
 Os cientistas “editaram” o DNA dos macacos utilizando a técnica CRISPR (capaz de alterar a sequência 
genética) e adicionando o gene humano microcefalin (conhecido como MCPH1). O MCPH1 é um gene 
ligado ao desenvolvimento cerebral, considerado responsável pela inteligência humana.
 Segundo os resultados da experiência, os macacos modificados tiveram melhor desempenho nos 
testes para memória de curto prazo e identificação de cores e formas.
Em novembro de 2018, o cientista He Jiankui, então integrante da SUSTech (Universidade de Ciência e 
Tecnologia do Sul da China), anunciou à agência Associated Press que conseguiu alterar o DNA de embriões 
para torná-los resistentes ao vírus HIV, resultando no nascimento de duas gêmeas imunes à infecção.
 Inédito, o caso provocou polêmica: o estudo não foi publicado em revistas científicas, a universidade 
demitiu o pesquisador, que está sendo investigado pela polícia chinesa. 
 A China proíbe a clonagem humana, mas não especifica proibições para a edição de genes humanos.
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/04/15/O-que-%C3%A9-bio%C3%A9tica.-E-qual-a-sua-import%C3%A2ncia-na-ci%C3%AAncia
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
PRINCÍPIOS ÉTICOS ELETIVOS:
 Regra de ouro:
 Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você.
 Imperativo categórico de Immanuel Kant: 
 Se uma ação não é correta para todos, não é correta para ninguém.
 A Regra da Mudança de Descartes:
 Se uma ação não pode ser realizada repetidamente, então não é correta em momento 
algum;
 Uma ação pode produzir uma pequena mudança que é aceitável num certo momento, mas 
sua repetição pode ter consequências inaceitáveis a longo prazo;
 Princípio utilitário: 
 Classifique os valores por ordem de prioridade e entenda as consequências de vários cursos 
de ação.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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PRINCÍPIOS ÉTICOS ELETIVOS:
 O Princípio da Aversão ao Risco:
 Deve-se escolher a ação que produza o menor mal ou o menor custo potencial;
 Deve-se evitar ações com alto custo em caso de falha e com alta probabilidade de 
ocorrência.
 O Princípio do “Nada é de Graça”:
 Todos os objetos tangíveis ou intangíveis, pertencem a alguém;
 Se um objeto for útil para nós, devemos pressuporque o proprietário quer alguma 
compensação pelo seu uso.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Conceitos:
 O Comportamento Ético:
 O comportamento ético não é fácil, pois entra em conflito com nossos 
interesses de curto prazo;
 O comportamento ético é uma forma de vida, uma opção ou postura 
na vida;
 O comportamento ético aprende-se vivendo eticamente; isso requer 
um desejo profundo e convicção para viver eticamente.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Conceitos:
 Ética é um ramo da filosofia que estuda o comportamento moral do ser 
humano, classificando-o como bom ou ruim, correto ou errado;
 Os conceitos éticos surgiram com a vida humana em sociedade, 
identificando alguns comportamentos como sendo positivos ou negativos 
para o bem-estar e a segurança do grupo;
 Alguns comportamentos mais negativos foram considerados crimes, mas 
outros mais complexos ainda não são considerados e exigem decisões com 
consciência.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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Sistemas de Crença Filosófica:
 Filosofias Absolutistas (realidade não depende de relações externas):
 Idealismo
 Realismo.
 Filosofias Relativistas (realidade depende de relações internas):
 Pragmatismo;
 Existencialismo.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Sistemas de Crença Filosófica:
 Ética Idealista
 Os idealistas julgam exclusivamente a ação em si e não os resultados da ação. 
 Os ideais são estatísticos e absolutos. Descobrir o mundo é através de ideias e conceitos. 
 O Imperativo Categórico de Immanuel Kant (1724 – 1804):
 "Aja como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei 
universal."
 "Aja de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de 
qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como 
meio."
 Se uma ação não é correta para uma pessoa, então não é correta para todas as pessoas.
 Principais pensadores: Platão (428 – 347 a.C ), Immanuel Kant (1724 – 1804) e Georg Wilhelm 
Friedrich Hegel (1770 – 1831). 
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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Sistemas de Crença Filosófica:
 Ética Realista
 A linha de referencia de valor é aquela que está em conformidade com a natureza;
 O conhecimento é obtido através dos sentidos;
 A realidade existe no objeto material e não na mente imaterial;
 Não se deve olhar para além da natureza para algum padrão de certo ou errado. O 
padrão é a natureza; Nada de excesso ou defeito e nada de insuficiente. Equilíbrio.
 Se um realista estiver pintando um quadro de uma pessoa que possui uma cicatriz 
na face, ele pintará a cicatriz, porque a realidade inclui a imperfeição. 
 Principais pensadores: Aristóteles (384 -322 a.C).
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
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Sistemas de Crença Filosófica:
 Ética Pragmática
 Os fins justificam os meios;
 Não pode haver garantia de que algo é bom até que seja testado;
 Ser pragmático é ter seus objetivos bem definidos. É fugir do improviso.
 As ideias e atos só são verdadeiros se servirem para a solução imediata do problema;
 A sabedoria do grupo deve receber maior consideração do que a sabedoria de um 
individuo do grupo;
 A escolha deve ser a alternativa que produza menor quantidade de resultados indesejáveis.
 Principais pensadores: Charles Sanders Peirce (1839-1914), William James (1844-1910) e 
Oliver Wendell Holmes Jr (1841-1935).
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Sistemas de Crença Filosófica:
 Ética Existencialista
 Doutrina filosófica e um movimento intelectual surgido na França em meados do século XX, 
após a Segunda Grande Guerra; 
 A base da proposta existencialista é analisar o ser humano em seu todo e não dividido em 
aspectos internos (sua mente, cognição e sentimentos) e externos (seu corpo, 
comportamento e ações).
 A liberdade de escolha é o elemento gerador, no qual ninguém e nem nada pode ser 
responsável pelo seu fracasso, a não ser, você mesmo.
 A essência humana é construída durante sua vivência, a partir de suas escolhas, uma vez que 
possui liberdade incondicional.
 O valor, tal como a realidade e a verdade, deve ser criada pela pessoa. 
 Principais pensadores: Sören Kierkegaard (1813-1855); Jean-Paul Sartre (1905-1980).
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Sistemas de Crença Filosófica:
 Pode haver concordância sobre a moralidade de uma ação?
 Sim, cada um com o seu respectivo motivo.
 O idealista – porque a ação atende a algum ideal;
 O Realista – porque ela é natural;
 O Pragmático – porque ela é socialmente útil;
 O Existencialista – porque decidiu que era boa.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Resumo:
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
IDEALISMO 
Acredita que a realidade é 
mental ou espiritual por 
natureza. A bondade se 
encontra no ideal.
PRAGMATISMO 
Acredita que a realidade é um 
processo. A bondade 
preocupa-se com resultados 
socialmente desejáveis. 
REALISMO 
Acredita que a realidade é 
material por natureza. A 
bondade se encontra seguindo 
o que é natural.
EXISTENCIALISMO 
Acredita que a realidade deve 
ser definida pelo individuo 
autônomo. A bondade 
preocupa-se com a própria 
consciência. 
Filosofias Absolutistas Filosofias Relativistas
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Considerar um caso de assassinato, por exemplo: 
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
IDEALISMO 
O assassinato é errado porque 
toda a vida é sagrada.
PRAGMATISMO
O assassinato é errado por causar 
uma ruptura no bem-estar da 
sociedade. 
REALISMO
O assassinato é errado porque as 
pessoas só deveriam morrer de 
causas naturais. 
EXISTENCIALISMO
O assassinato é errado 
simplesmente pelo respeito à 
autonomia e à integridade dos 
outros. 
Filosofias Absolutistas Filosofias Relativistas
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Considerar um caso de assassinato, por exemplo: 
Assim, James H. Moor, propôs uma teoria ética unificadora? 
 A teoria propõe evitar injustiças e uma solução eficiente para o problema – Idealismo e Pragmatismo.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
Filosofias Absolutistas – ética 
baseada em princípios fixos.
Filosofias Relativistas –acreditam 
que a verdade é relativa.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 O ensino de Ética deve preparar os estudantes para avaliar e decidir de forma sensata, 
isso pressupõe, em algum momento, a qualificação da capacidade argumentativa.
 Identificar, formular e avaliar argumentos é um dos pressupostos básicos daquilo que se 
chama de competência ética. Se não é possível, em Ética, alcançar posições absolutas, 
pelo menos é possível, argumentativamente, pela eliminação de avaliações parciais, 
incoerentes e infundadas, avançar em direção a respostas cada vez mais seguras. 
 As falhas de raciocínio durante uma discussão filosófica é imprescindível para que ela 
chegue a um estado mais aprofundado de reflexão. 
 Sem a preparação adequada para o tratoargumentativo, o ensino da Ética, pretendido 
como um espaço coletivo de reflexão e qualificação da capacidade de julgar, pode ficar 
irremediavelmente preso em aporias (contradição) e falácias.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Uma argumentação válida, boa ou consistente, deve atender a três propriedades:
1. cada premissa deve ser verdadeira; 
2. cada premissa deve ser relevante para o problema em questão; 
3. o conjunto das premissas deve ser suficiente para estabelecer a conclusão.
Quando uma dessas três propriedades não é verdadeira, o argumento é uma falácia. 
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 FALÁCIAS 
 É um conceito usado na análise de argumentos para se referir a raciocínios que parecem válidos, 
mas não são.
 Para ser considerado uma falácia são necessárias três condições:
 Deve ser um argumento;
 Deve aparentar ser válido;
 Mas deve ser inválido.
 Exemplo:
 Estudantes deveriam poder consultar suas anotações durante uma prova, pois engenheiros, 
médicos e advogados podem consultar as suas quando estão fazendo seu trabalho.
 Argumento – conclusão justificada através da comparação entre estudantes e profissionais.
 À primeira vista a comparação é aceitável, afinal os profissionais têm mais condições de fazer um 
trabalho sem consultar anotações que os estudantes.
 Argumento não é válido, pois a comparação entre profissionais e estudantes ignora que os 
estudantes devem demonstrar seus conhecimentos na prova.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 PRINCIPAIS FALÁCIAS:
 Apelo à maioria ou apelo ao povo - consiste na pretensão de validar um comportamento em 
função de sua ampla aceitação no grupo social; ou, inversamente, em negar a validade de um 
comportamento em função de sua ampla rejeição no grupo social. Exemplos: 
 uma vez que, atualmente, a infidelidade tornou-se uma prática comum, já não convém 
condená-la. 
 todo mundo já pirateou alguma coisa via internet, então não há nada de mal nisso.
 A validade de uma norma precisa ser considerada a partir de sua adequação aos princípios éticos e 
não em função da adesão das pessoas a ela. 
 Normas de valor duvidoso e, por vezes, claramente indignas, já foram socialmente toleradas e 
praticadas. Exemplos: a aceitação da escravidão em tempos passados e a tolerância ao “jeitinho 
brasileiro”. 
 As questões éticas não podem ser decididas por um princípio democrático, na suposição de que, se 
a maioria assim acha, então assim é. Muitas pessoas, ou mesmo uma comunidade inteira, podem 
compartilhar uma prática preconceituosa, sem que isso implique a conclusão de que tal prática é 
aceitável do ponto de vista de uma ética racional. 
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 PRINCIPAIS FALÁCIAS:
 Petição de princípio. Trata-se de um círculo afirmativo em que a justificação oferecida para uma 
posição pressupõe a aceitação prévia dessa posição. 
 É firmar a conclusão que se utiliza para demonstrar uma tese partindo do princípio que ela é válida.
 Argumentos desse tipo não são inválidos em sua estrutura lógica, uma vez que a verdade das 
premissas garante a verdade da conclusão; o problema reside no fato de o argumento não 
apresentar evidência alguma para a sustentação da conclusão pretendida. 
 A petição de princípio é uma mera repetição de uma afirmação qualquer camuflada em estrutura 
argumentativa. Um comportamento é errado, porque não deveria ser praticado, quando questionado 
a resposta costuma ser: não deve ser praticado, obviamente, porque é errado!. 
 Exemplos: 
 "Eu estou certo porque sou seu pai, e os pais estão sempre certos.“
 “Argumento de Descartes para provar a existência de Deus: sendo a ideia de Deus a ideia de um ser 
perfeito, a um ser que fosse perfeito não poderia faltar a existência, de modo que Deus existe.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 PRINCIPAIS FALÁCIAS:
 Dois erros fazem um acerto. Uma pessoa “justifica” uma ação contra uma outra pessoa, afirmando 
que essa pessoa faria a mesma coisa a ele / ela. Padrão de “raciocínio”: 1. Alega-se que a pessoa B 
faria X a pessoa A. 2. É aceitável que a pessoa A faça X para pessoa B. Por exemplo: 
 Se A está a correr no parque e B tenta atacá-la, A estaria justificada em atacar B para se defender. 
 João pegou emprestado uma caneta cara de Maria, mas acabou não devolvendo. Ele diz a si 
mesmo que não há problema em ficar com a caneta, já que ela teria feito o mesmo.
 A ideia é que, se alguém comete um crime, especialmente um crime hediondo, o correto é que 
receba uma punição exemplar, tão ou mais brutal que a ação cometida. A fragilidade desta lógica 
do “olho por olho, dente por dente” é a incoerência de punir um erro com outro erro. 
 No discurso do senso comum, em que o linchamento é prática muitas vezes tolerável, por 
exemplo, sustenta-se a máxima de que “bandido bom é bandido morto”, sem considerar que quem 
participa de linchamento também se torna bandido e merecedor da mesma punição. 
 Não faz sentido imaginar que, dada a ocorrência de um erro, o acréscimo de outro é a melhor 
alternativa. Dois erros não fazem um acerto - “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 PRINCIPAIS FALÁCIAS:
 Apelo à tradição. Supõe que, se um comportamento é praticado há muito tempo, então ele se torna 
válido. Ou, diferentemente, se um comportamento tem um histórico de rejeição, então ele não é válido.
 Se alguém cobra uma justificação para um comportamento, a resposta é direta: sabemos que tal 
comportamento é correto, porque sempre foi assim. Ou: sabemos que isso é errado, porque desde 
sempre tem sido repudiado. 
 São apresentados argumentos em defesa da continuidade ou defesa de práticas preconceituosas e 
exclusivistas, Por exemplo:
 Utilização de animais em práticas esportivas (caça, touradas etc.) e em experimentos científicos;
 Esta é uma profissão tradicionalmente ocupada por mulheres/homens, do que se conclui que não é 
apropriado para o outro sexo. 
 Um comportamento discriminatório e injusto seja integrado ao costume de um grupo e passado 
adiante como se fosse natural. Faz-se necessário avaliar a validade de um comportamento em relação 
aos princípios éticos, e não em função de seu histórico. A antiguidade não é um parâmetro racional de 
avaliação. Por muito tempo, as pessoas acreditaram que a Terra era plana.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
 PRINCIPAIS FALÁCIAS:
 Falácia naturalista. Quando se transferem as noções de bom ou de ruim do plano natural 
para o plano ético, confundindo-se assim o ser com o dever ser. 
 Considera como bom tudo o que é natural e como mau tudo o que é artificial. Trata-sede 
uma simplificação grotesca. Há quem defenda a desigualdade social e mesmo a exploração 
econômica de uma classe em relação à outra alegando que a competição e a sobreposição dos 
mais aptos é uma regra intrínseca à evolução da vida no planeta. Por exemplo: 
 “Ao longo da história sempre houve ricos e pobres, é algo típico da natureza humana; 
portanto, o mundo deve permanecer tão dividido e não mudar”.
 “Veneno de cobra é algo natural, portanto deve fazer bem para a saúde”.
 Explicações simplistas do tipo “normal, bom ou natural” são oferecidas, sem mais argumentos 
que o justifiquem objetivamente. Invade o terreno ético, pois costuma ser usada para justificar 
fatos ou situações em desacordo com a moralidade.
Oliveira R.C. , Doro M.J. “Ensinar Ética é também ensinar a argumentar: análise de cinco falhas comuns de justificação ética”. Revista Digital de Ensino de Filosofia – Santa Maria – Ano I – n.1 – jan./jun. 2015.
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As falácias podem ser detectadas por meio de uma análise crítica:
 Quais são as palavras ou frases ambíguas?
 Quais são as razões subjacentes a esse argumento;
 Quais são as provas ou evidências das premissas?
 As amostras são representativas?
 As medidas são válidas?
 O que esse raciocínio omite?.
Livro “Ética na Computação: uma abordagem baseada em casos”, Robert N. Barger, Rio de Janeiro: LTC, 2011.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Livro “Sistemas de Informações Gerenciais”, Laudon and Laudon, 11 edição, Editora Pearson, 2015.
Um modelo de 
raciocínio para 
questões éticas, 
sociais e políticas.
COMPUTAÇÃO, SOCIEDADE E ÉTICA 
Livro “Sistemas de Informações Gerenciais”, Laudon and Laudon, 11 edição, Editora Pearson, 2015.
Dimensões morais da era da Informação
QUESTÕES ÉTICAS:
 Sob que condições podemos invadir a privacidade dos outros? 
 O que legitima a invasão na vida das pessoas por meio de vigilância disfarçada, de 
pesquisa de mercado ou de qualquer outra maneira?
 Temos de informar as pessoas de que as estamos espiando? 
 Temos de informar às pessoas de que estamos usando informações de seu histórico 
de crédito com a finalidade de selecionar candidatos a emprego?
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Livro “Sistemas de Informações Gerenciais”, Laudon and Laudon, 11 edição, Editora Pearson, 2015.
Dimensões morais da era da Informação
QUESTÕES SOCIAIS:
 Em que áreas da vida deveríamos, como sociedade, encorajar as pessoas a pensar que 
estão em ‘território privado’?
 Devemos, como sociedade, incentivar as pessoas a desenvolverem expectativas de 
privacidade quando usarem correio eletrônico, telefones celulares, painéis de 
informação, o sistema postal, o local de trabalho, cartão de crédito, delivery ou 
mesmo na rua?
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Livro “Sistemas de Informações Gerenciais”, Laudon and Laudon, 11 edição, Editora Pearson, 2015.
Dimensões morais da era da Informação
QUESTÕES POLÍTICAS:
 Deveríamos permitir que FBI monitore e-mails à vontade para prender criminosos e 
terroristas suspeitos? 
 Até que ponto devemos permitir que os sites de e-commerce e outras empresas 
mantenham dados pessoais sobre nós usuários?

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