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Doenças infecciosas em gatos

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Doenças infecciosas em gatos 
Complexo respiratório viral felino 
Etiologia 
Herpes vírus felino tipo 1 – Rinotraqueíte 
s Vírus DNA – Herpesviridae – 
envelopado (12 a 18h no ambiente) 
Calicivírus felino – Calicivirose 
s Vírus RNA – Calliciviridae – sem 
envelope – resistente 
Chlamyia felis – Clamidiose 
s Bactéria GN, intracelular 
obrigatória à conjuntiva 
 
Transmissão 
- Contato direto 
- Tem uma alta morbidade e menor 
mortalidade 
- Aerossol 
 
FISIOPATOGENIA 
 
à O contato de um gato com partículas 
de um gato doente, essas partículas 
entrarão pelo trato respiratório 
(principalmente) ou cavidade oronasal. 
à Doença que normalmente se replica no 
trato respiratório superior e fica mais 
limitada a isso, eventualmente ocorre 
quadros mais complicados, principalmente 
em pacientes imunocomprometidos. 
s Por ex: gato que tem FeLV ou FIV, 
se tiver contato com um gato que 
tenha o complexo respiratório 
para ele será muito pior a evolução 
da doença. 
 
Clamidiose felina 
- Incubação: 2-5 dias 
- Multiplicação da bactéria no epitélio do 
trato respiratório superior e conjuntiva 
- Infecção crônica: 
s Principal sinal clínico: CONJUNTIVITE 
s Podendo apresentar febre 
transitória, inapetência e perda de 
peso 
s Recidivas clínicas – representa má 
resposta imunológica 
- Blefaroespasmo à maior sensibilidade a 
luz, fica bastante irritado, inflamado e 
dolorido 
- Pode-se ter: presença de secreção 
mucóide, secreção purulenta, 
lacrimejamento, dor... é um quadro que se 
acomete mais a conjuntiva e TRS, que é 
onde essa bactéria se multiplica 
 
Diagnóstico e tratamento clamidiose 
- Demonstração da Chlamydophila felis 
por coloração de Giemsa 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
- PCR 
- Antibioticoterapia tópica 
s Mais usados em rotina clínica: 
à tobramicina 
à ciprofloxacina 
s Colírios anti-inflamatórios 
à Diclofenaco de sódio 
s Associar colírio anti-inflamatório 
com colírio antibiótico 
- Antibioticoterapia sistêmica 
s 4-6 semanas 
s Doxiciclina à antibiótico 
bacteriostático 
s Amoxiciclina + ácido clavulânico 
s Pradofloxacina à fluorquinolona 
 
s Cuidado à esofagite 
à fornecer alimento ou água 
imediatamente após comprimido 
 
Rinotraqueíte viral felina 
Herpesvírus Felino Tipo 1 (HVF-1) 
- Incubação: 2-6 dias 
- Transmissão: contato direto (altamente 
contagioso) 
- Veiculação em secreções oronasais e 
conjuntivas 
- Melhor replicação – baixas temperaturas 
- Em condições normais não faz viremia 
- Vírus envelopado 
 
Características clínicas 
- Idade: a grande maioria entre 5-8 
semanas 
- Filhotes 2-3 semanas, manifestação 
mais grave 
- Morbidade elevada à mortalidade baixa 
- Latência no nervo trigêmeo – reativação 
com estresse 
 
s Vírus citolítico à causa necrose 
epitelial multifocal à infiltrado 
neutrofílico à obstrução das vias 
aéreas 
 
Sinais clínicos 
AGUDOS 
- Hipertermia (40ºC) 
- Espirros, tosse 
- Secreção nasal e ocular mucopurulenta 
- Anorexia e prostração 
 
à Herpesvírus causa úlceras de córnea 
(úlceras dendríticas), tem uma certa 
distribuição pela superfície da córnea... isso 
é um sinal clínico bastante precoce, 
patognomônico de herpesvírus. 
 
CRÔNICOS 
- Espirros esporádicos 
- Secreção nasal e ocular 
- Infecção crônica: destruição dos 
turbinados nasais à infecção bacteriana 
secundária à rinosinusite crônica 
 
Calicivirose felina 
Calicivirus felino FCH 
- Vírus não envelopado 
- Incubação: 3-5 dias 
- Vírus altamente citolítico – realiza 
pequena viremia (destrói as células; causa 
necrose tecidual, causa lesões vesiculares 
que evoluem para úlceras) 
- Alguns animais podem ser carreadores – 
sem sinal clínico 
 
- Podemos ter variações da síndrome: 
s Afecções do trato respiratório 
superior 
s Enterite 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
s Artrite 
s Doença ulcerativa 
s Pneumonia intersticial – maior 
causa de mortes 
 
Sinais clínicos 
AGUDOS 
- Hipertermia, anorexia 
- Ulcerações na língua e palato, 
periodontite 
- Espirros, rinite 
- Secreção nasal e ocular leve 
 
CRÔNICOS 
- Periodontite com perda precoce dos 
dentes 
- Linha ruborizada na borda marginal da 
gengiva próxima ao dente e sem placa 
bacteriana 
- Úlcera persistente na língua 
- Complexo gengivo-estomatite? 
 
Diagnóstico FHV-1 
- Anamnese 
- Sinais clínicos 
- Imunofluorescência: raspados nasais ou 
conjuntivais à detecção do vírus 
- Isolamento do vírus: swab orofaríngeo 
- PCR 
 
Diagnóstico FCH 
- Anamnese 
- Sinais clínicos 
- Culturas celulares para isolar o vírus 
(faringe, tecido pulmonar, sangue, 
secreções do nariz e da conjuntiva) 
- Imunofluorescência do tecido pulmonar: 
antígeno viral 
 
 
Tratamento 
Não existe nenhum tratamento específico 
- Desobstrução das vias aéreas: 
s Oxigenioterapia 
s Descongestionantes nasais: 
à cloridrato de oximetazolina 
s Nebulização: 
à somente solução fisiológica 
s Mucolíticos e expectorantes: 
à acetilcisteína 
à bromexina 
 
- Fluidoterapia 
- Suporte nutricional voluntário: 
s Fármacos orexígenos 
à ciproeptadina 
à mirtazapina 
à diazepam 
s Complexo estimulantes 
à complexo B 
- Suporte nutricional involuntário: 
s Sonda nasogástrica ou 
esofagostomia 
 
- Antimicrobianoterapia sistêmica: 
s Amoxicilina + Ácido Clavulânico 
s Ampicilina 
s Azitromicina 
- Antimicrobianoterapia oftálmica: 
s Cloridrato de tetraciclina 
s Ciprofloxacina (Ciloxan ®) 
s Tobramicina (Tobrex ®) 
s Lacrimomimético ou lubrificante 
 
- Úlceras orais: 
s Hexamedine ® spray, TID 
- Tratamento imunomodulador e antiviral: 
s Interferon 𝛼 recombinante 
humano 
s Famciclovir (Famvir ®) 
Bárbara Andriotti 
s L-lisina 
 
Prognóstico 
- Filhotes favorável 
- Adultos excelente 
 
A recuperação inicial não deve ser 
interpretada como cura, pois a maioria 
dos gatos recuperados tornam-se 
portadores crônicos à RECIDIVAS 
FREQUENTES 
 
Prevenção 
- Separação dos animais por faixa etária 
- Ambiente físico com baixa densidade 
populacional, limpo e ventilado 
- Desinfecção do ambiente 
- Vacinação 
 
PERIOTONITE INFECCIOSA FELINA 
Etiologia 
- Causada pelo coronavírus felino (FCoV) 
s Transmissão orofecal 
- Esse vírus precisa fazer uma mutação 
para que o vírus da peritonite infecciosa 
felina ocorra (FIPV) 
- Nem todo animal que tem coronavírus 
terá peritonite infecciosa 
 
Epidemiologia 
- Morbidade 10% 
- Mortalidade 100% 
- Incidência: 3 meses – 3 anos à maior 
incidência entre 6-24 meses 
- Fatores de interação entre hospedeiro e 
agente etiológico podem influenciar na 
prevalência da doença e na sua 
apresentação clínica 
- Associação com FIV 
- Tempo de exposição ao vírus, capacidade 
imune, estresse, infecções intercorrentes... 
 
Transmissão 
- Inalação (oronasal – apartir do contato 
com as fezes infectadas) ou ingestão 
(orofecal) 
- Via placentária ou neonatal 
- Eliminação nas fezes: semanas a anos 
 
Patogenia 
 
 
à PIF EFUSIVA 
s Exsudato com alto teor de 
proteínas e celularidades 
s Diagnóstico análise de líquido 
cavitário 
s Efusão torácica: dispneia 
expiratória/mista – abafamento de 
bulhas 
s Efusão abdominal (ascite) 
 
 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
Sinais clínicos 
PIF EFUSIVA 
- Caracteriza-se por efusões abdominais 
ou pleurais 
Fase aguda 
- Hipertermia (39-41ºC) 
- Anorexia 
- Letargia 
- Perda de peso 
- Mucosas hipocoradas 
Fase crônica 
- Distensão abdominal progressiva e 
indolor 
- Dispneia 
- Intolerância ao exercício 
- Sons pulmonares e cardíacos abafados 
- Icterícia 
- Vômito e diarreia 
 
PIF NÃO EFUSIVA 
- Caracteriza-se por reações 
inflamatórias granulomatosas e necrose 
em órgãos abdominais, olhos, SNC e lesões 
na cavidade torácica 
- Perda de peso 
- Inapetência 
- Convulsão 
- Incontinência fecal e urinária 
- Lambedura compulsiva 
- Mudança de comportamento 
- Hepatomegalia- Icterícia (hemograma, provas hepáticas) 
- Tosse persistente 
- Uveíte* 
 
Diagnóstico 
- Hemograma: anemia não regenerativa, 
leucocitose, linfopenia e trombocitopenia 
- Bioquímica sérica: depende do órgão 
envolvido 
- Proteína sérica: hiperglobulinemia 
- RX e US: efusões abdominais e pleurais, 
lesões granulomatosas 
 
- Análise do líquido 
- Pálido a cor de palha, viscoso, geralmente 
com flocos de fibrina branca, coagula se 
mantido a temperatura ambiente, 
densidade alta (1,030-1,040), alto conteúdo 
proteico (>35 g/L), espumoso quando 
agitado 
- Citológico: neutrófilos, linfócitos e 
macrófagos 
- Relação albumina:globulina da efusão: 
s Abaixo de 0,4 o diagnóstico de PIF é 
provável 
s Entre 0,4 e 0,8 é possível 
 
- Teste de Rivalta à confirma se é um 
exsudato 
s Água destilada + ácido acético + 1 
gota do exsudato 
s Se dissipar à negativo 
s Se formar uma gotinha à positivo 
para exsudato 
 
Tratamento 
- Paracentese terapêutica 
- Toracocentese – drenagem tórax 
- Prednisolona: 4 mg/kg, SID VO 
- Antibioticoterapia (ampicilina): prevenção 
de infecção secundária 
- Interferon ômega felino 
- Vitamina C (ác ascórbico); Vitamina B1 
(tiamina) 
 
Retroviroses felinas 
- FiV e FeLV à prevenção é a única 
solução! 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
s Testar todos os animais 
s Vacinação – quíntupla (V5) 
s Castração para diminuir a 
exposição 
s ISOLAR OS POSITIVOS 
s Ambas causam imunodepressão, 
linfoma, perda de peso, anemia 
- O que é um retrovírus? Tem uma enzima 
transcriptase reversa; insere uma parte 
do seu material genético (do vírus) no 
material genético do hospedeiro. 
s Infecção pró-viral (inserir no DNA 
do hospedeiro) 
- Vírus RNA – capacidade de mutação 
maior 
 
Leucemia Viral Felina (FELV) 
- O vírus da leucemia felina é uma causa 
importante de neoplasias, anemia, 
imunossupressão e doenças 
imunomediadas em gatos. 
 
Etiologia 
- Vírus RNA 
s Sofre mutações, diferentes 
subtipos 
s Subtipo A – infectante 
s Subtipo B – neoplasias 
s Subtipo C – anemias 
s Subtipo T – imunodepressão 
- Retrovírus 
s Se insere no DNA do hospedeiro 
(DNA pró-viral) 
- Oncogênio 
s Induz neoplasias à 
principalmente os linfomas 
(linfoma mediastínico – linfoma 
intestinal) 
- Envelopado 
s Sensível no ambiente (felinos não 
precisam ficar no isolamento) 
 
SUBTIPOS 
s FeLV – A = forma transmissível – 
viremia transitória ou anemia 
hemolítica e linfoma 
s FeLV – B = neoplasias – linfoma e 
leucemia 
s FeLV – C = desordens 
hematopoiéticas (anemia) 
s FeLV – T = imunossupressão 
 
Transmissão 
- Eliminação do vírus à saliva, urina, 
fezes, lagrima, sangue e leite 
Transmissão 
s Mordedura 
s Material contaminado (caixas 
sanitárias, lambedura da 
pelagem) 
s Transplacentária 
à Depende da carga viral do 
animal 
s Transmamária 
 
Patogenia 
- Dose e duração da exposição 
- Presença de doenças concomitantes 
- Imunidade individual 
- Condições ambientais (paciente que 
frequenta ambiente externo, membro 
de uma casa onde há vários gatos) 
- Idade (1-6 anos de idade) 
- Machos (maior probabilidade da 
doença) 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
* A resposta imune adequada 
interrompe a progressão no estágio 2 
ou 3 e força o vírus a ficar latente. 
 
 
2º estágio – viremia primária 
4º estágio – viremia secundária 
 
4 tipos de infecção 
s Infecção abortiva 
s Infecção regressiva 
s Infecção focal 
- O vírus se “esconde” (tecido 
linfoide, intestino, glândula 
mamária, bexiga) 
s Infecção progressiva 
 
 
 
à O gato branco está passando o vírus 
para o gato cinza... se esse gato cinza for 
imunocompetente (tem protocolo 
vacinal, que está corretamente 
imunizado) ele irá produzir uma resposta 
imune eficaz e precoce que evita a 
replicação viral e eliminação de células 
infectadas pelo vírus. 
à Agora se o vírus conseguir entrar (via 
oronasal), conseguir se replicar nas 
tonsilas, infectar as células nucleares 
(viremia primária), vai haver infecção de 
células nucleares, nesse momento o 
gato tem o vírus circulando, o animal 
tentará produzir anticorpos circulantes, 
só que não tem como saber o que irá 
acontecer. A evolução do vírus 
dependerá exclusivamente da imunidade 
e da capacidade de resposta desse gato. 
Esse animal dará positivo no teste 
rápido geralmente entre a 3 e 4 
semanas após a infecção. Depois da 
viremia primária a infecção pode ir para 
2 caminhos: 
s Se o animal conseguir produzir 
parcialmente uma imunidade de 
maneira que contenha 
parcialmente essa viremia 
primára e a replicação do vírus, 
terá um “sequestro” do vírus, ou 
seja, a capacidade do vírus de se 
esconder (como tecidos linfoides, 
medula óssea, intestino, glândula 
mamária, bexiga). Quando se tem 
esse tipo de comportamento é 
chamado de INFECÇÃO FOCAL. 
Essa infecção está localizada em 
alguns tecidos especificamente e 
isso é muito raro de acontecer (- 
de 5%). Esse é um animal que pode 
testar positivo para o antígeno e 
dar negativo no PCR, depende o 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
momento, pode dar resultados 
discordantes na hora do teste. 
s O animal ter uma imunidade 
melhor do que a infecção focal e 
consegue conter a viremia e a 
replicação viral, não deixar que vá 
para viremia secundária, ou seja, 
não deixa que haja infecção de 
neutrófilos, de plaquetas, porque 
não chega a penetrar em todos 
os tecidos linfoides. O que se tem 
na verdade é um vírus que está 
escondido na forma de DNA na 
célula hospedeira e como o animal 
tem uma imunidade melhor, esse 
vírus só ficará escondido como 
vírus de DNA pró-viral, fica na 
célula do hospedeiro, porém não 
se replica. Esse é o animal que não 
adoece clinicamente, ele foi 
positivo por um período, mas o 
sistema imune dele deu conta e aí 
ele faz a chamada INFECÇÃO 
REGRESSIVA. O papel do gato 
regressor na transmissão da 
doença, porque enquanto ele está 
fazendo a viremia primária, e a 
pequena taxa de replicação que 
ele conseguiu fazer e de inserção 
do vírus na célula do hospedeiro, 
pode ser que ele seja um 
transmissor. Esse animal é 
testado e da negativo no teste 
rápido e positivo no PCR DNA, está 
aqui a importância de fazermos 
teste nos gatos doadores, 
importante fazer tanto o teste 
rápido como PCR. esse animal é 
um transmissor pelo sangue, não 
pela saliva. 
à O animal que vai para a viremia 
secundária, é o animal que vai adoecer e 
morrer... será o pior estágio da doença, 
pois infecta as células progenitoras da 
medula óssea. Esse é o que testa 
positivo para antígeno e testa positivo 
no PCR, isolar o animal. Alto risco de 
doenças, se chama INFECÇÃO 
PROGRESSIVA. 
à INFECÇÃO ABORTIVA é o que testa 
negativo de todas as formas. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Depende do tipo de doença (neoplásica ou 
não) e da ocorrência de infecções 
secundárias 
- Mucosas pálidas, anemia não 
regenerativa – subgrupo C 
- Leucemias eritróides e 
mielomonocíticas 
- Dispneia, letargia 
- Anorexia, emagrecimento progressivo 
- Febre, gengivite, estomatite 
- Infecções crônicas irresponsivas ou 
recidivantes – subgrupo T 
- Abscessos que não cicatrizam 
- Neoplasia (linfoma ou linfossarcoma e 
fibrossarcoma) – subgrupo B 
- Linfoadenomegalia 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
- Hemograma: anemia, linfopenia, 
neutropenia 
- Bioquímico e urinálise: depende do 
sistema acometido 
- Imunomigratório rápido 
- Imunofluorescência indireta (IFD) 
- Imunoabsorvente enzimática (ELISA): 
sangue total, soro, plasma, saliva ou 
lágrimas 
- Isolamento viral 
- PCR 
 
Quando testar se existe ou não infecção 
pela FeLV? 
s Gatos adotados independente da 
idade; 
s Gatos com acesso a rua ou de 
origem desconhecida; 
s Gatos vacinados soltos 
s #MIOUTESTOU 
s A vacina para FeLV não induz 
resultado positivo no teste 
 
TRATAMENTO 
Tratamento sintomáticos Controlar infecções secundárias: 
Metronidazol (anaeróbios); 
Clindamicina (Toxoplasma); 
Itraconazol (Cryptococcus) 
Tratamento específico 
s Antiviral (Zidovudina – Retrovir) 
à o veterinário não pode 
prescrever 
s Imunomoduladores – uso 
controverso 
 
 
 
Cuidados/prevenção 
- Gatos com FeLV à interior das 
residências à diminuir probabilidade de 
adquirir infecção secundária e diminuir 
disseminação do vírus 
- Dieta rica em nutrientes e balanceada 
- Avaliação do estado geral a cada 6 
meses 
- Vacinação 
- Desparasitação 
 
Prognóstico 
- Podem permanecer assintomáticos 
por muitos anos 
- Sobrevida de um gato sem sinais 
clínicos é de 2-3 anos 
 
Vírus da imunodeficiência felina (FIV) 
Etiologia 
- Lentivírus não diretamente oncogênico 
- Associado com enfermidades 
imunossupressoras 
- Vários subtipos – espécie específico 
 
Transmissão 
- Grupo de risco à gatos machos com 
acesso a rua 
- Eliminação à saliva 
- Transmissão à mordedura, 
transfusão de sangue 
- Gatos mais velhos (pela evolução da 
doença) 
 
Patogenia 
Inoculação à replicação tecido linfoide e 
gl. salivares à macrófagos fazem a 
disseminação à pulmão, TGI e rim 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
Sinais clínicos 
Estágio I – fase aguda da infecção 
- Duração: dias a semanas 
- 4 a 6 semanas pós-infecção 
- Efeitos são transitórios e geralmente 
passam desapercebidos 
- Febre transitória 
- Neutropenia 
- Linfoadenopatia generalizada 
- Anemia, diarreia, ... 
 
Estágio II – portador assintomático 
- Duração: meses a anos 
- Leucopenia (↓ neutrófilos e linfócitos) 
 
Estágio III – linfoadenopatia persistente 
- Duração: 6 meses a anos 
- Linfoadenomegalia 
- Anorexia 
- Hipertermia 
 
Estágio IV – complexo relacionado a Aids 
- Idas ao veterinário 
- Doenças crônicas: otites, estomatites, 
ferimentos 
- Doenças dermatológicas, respiratórias, 
intestinais, renais 
- Neoplasias (gatos com FIV são cinco 
vezes mais predispostos a linfomas) 
- Linfopenia 
 
Estágio V – fase terminal crônica 
- Apenas 10% chegam a esse estágio 
- Sobrevivência: semanas a meses 
- CRVF, toxoplasmose, criptococose, 
demodicose, IRC 
 
 
Diagnóstico 
- Hemograma: normal, anemia, 
neutropenia, linfopenia, 
hipergamaglobulinemia 
- Bioquímica e urinálise: depende do órgão 
acometido 
- ELISA: detecta anticorpos (kits 
domésticos). Não testar antes de 12 
semanas após mordedura, pois 
resposta com produção de anticorpos 
pode não se desenvolver antes desse 
tempo. Os filhotes testar a partir de 16 
semanas (anticorpos maternos) 
- Imunofluorescência 
- PCR 
 
Quando testar se existe ou não infecção 
pelo FIV? 
s Gatos adultos ou filhotes antes 
de introduzir no criatório 
s Gatos adultos ou filhotes recém 
adotados 
s Gatos expostos recentemente 
ao vírus 
s Gatos doentes 
 
Tratamento 
- Tratamento inespecífico 
- Tratamento específico: antivirais, 
INTERFERON OMEGA FELINO 
- Terapias alternativas (agentes 
antioxidantes como ácido ascórbico e 
acetilcisteína agem no sistema imune 
inibindo o crescimento viral) 
 
CUIDADOS ESPECIAIS 
- Castração 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti 
- Gatos com FIV à interior das 
residências à diminuir probabilidade de 
adquirir infecção secundária 
- Controle de endo e ectoparasitas 
- Dieta de boa qualidade 
- Evitar uso de fármacos 
imunossupressores – NÃO USAR 
INTERFERON HUMANO 
 
PROGNÓSTICO 
- Depende da influência do meio ambiente 
- Depende do estágio clínico 
- Estágio terminal à desfavorável 
 
 
Bárbara Andriotti 
Bárbara Andriotti

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