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ANÁLISE CRÍTICA

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ABONDONO DE IDOSOS, UMA QUESTÃO SOCIAL QUE DEVE SER COMBATIDA COM AFINCO
O crescimento da população idosa vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos tendo como alguns dos fatores responsáveis por este crescimento, a melhoria nas condições de saúde, aumentando assim a expectativa de vida; a taxa de fecundidade em que as mulheres estão adquirindo um número menor de filhos, dentre outros fatores.
Berzins (2008, p. 23) destaca:
Segundo a previsão da ONU, a continuar no ritmo acelerado que se processa o envelhecimento mundial, por volta do ano 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas idosas será maior que o de crianças abaixo de 14 anos. A população mundial deve saltar dos 6 bilhões para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de idosos deve triplicar, passando para 2 bilhões, ou seja, quase 25% do planeta.
A sociedade não se preparou para essa nova realidade. Com a produtividade supervalorizada, foi alentada a ideia de que ser velho, é a tipificação daquele que não produzir mais, os considerando males sociais. Uma das primeiras mudanças que ocorre no seio familiar, é a relação entre o idoso e a família, onde aquele que era considerado o chefe da família passa a ser aquele que é comandado por seus familiares. 
O indivíduo idoso perde a posição de comando e decisão que estava acostumado a exercer e as relações entre pais e filhos modificam-se. Consequentemente as pessoas idosas tornam-se cada vez mais dependentes e uma reversão de papéis estabelece-se. Os filhos geralmente passam a ter responsabilidade pelos pais, mas muitas vezes esquece-se de uma das mais importantes necessidades: a de serem ouvidos. (MENDES, GUSMÃO, FARO E LEITE, 2005) 
 
Em decorrência desta falta de preparo, observamos famílias, que devido a diversos conflitos e demais questões sociais, optam por abandonar seus entes idosos, violando os seus direitos, os negligenciando, vendo-os apenas como um fardo e não mais como aqueles que um dia proveram a sua vida.
Há desafios para a promoção de um envelhecimento ativo, o estímulo a ações intersetoriais, o fortalecimento da participação social e a atenção integrada à saúde da pessoa idosa, devendo o assistente social criar possibilidades e alternativas, formulando propostas exequíveis e solidárias para o enfrentamento ao abandono de idosos que deve ser combatida com afinco bem como as demais questões sociais.
É de suma importância que o assistente social, busque ações de intervenção que visem o fortalecimento de vínculo familiar, os conscientizando do seu papel perante o idoso, tendo em vista que a família é um alicerce de suma importância para um envelhecimento saudável.
Para que situações de conflitos sejam modificadas, não é suficiente pensar sobre elas, pois isso não altera as emoções. Somente quando se entra em contato com o que há de mais singular da vida social e coletiva (os afetos) é que se promove uma transformação social. Estudar a afetividade se justifica porque ela revela como o sujeito é afetado nas relações sociais e se isso aumenta ou diminui sua potência de agir (VIGNOLI, 2011, p. 3) 
O Assistente Social necessita trabalhar com ações de média complexidade evitando a necessidade da alta complexidade, respeitando o vínculo afetivo que o idoso tem pelo seu local e pela sua cultura. Dentro da tipificação em ação interdisciplinar, cabe realizar trabalhos de grupo, onde busca-se as intervenções com o indivíduo e a família, realizando visitas domiciliares, atendimento psicossocial, encaminhamentos à rede de apoio, reuniões intersetoriais, atendimentos com grupos familiares e encaminhamento ao MP quando se fizer necessário.
A preocupação com a pessoa idosa no Brasil, foi crescendo paulatinamente tendo, por meio da Constituição Federal de 1988, o primeiro passo visando os direitos deste público alvo; a Política Nacional do Idoso em 1996 e ainda fortaleceu-se através de um suporte maior com o Estatuto do Idoso em 2003, que só foi entrar em vigor, 3 meses depois da sua criação.
Com o intuito de sanar o abandono de idosos, o profissional Assistente Social deve buscar levar ao usuário o saber de seus direitos e deveres como bem explana Mioto:
Nessa lógica, desenvolve-se, por meio das relações que se estabelecem entre assistentes sociais e usuários, um processo educativo que possibilita aos usuários, a partir de suas individualidades, apreender a realidade da maneira crítica e consciente, construir caminhos para o acesso e usufruto de seus direitos (civis, políticos e sociais) e interferir no rumo da história de sua sociedade. (MIOTO, 2009, p.501)
REFERÊNCIAS
BERZINS, M. A. V. S. Direitos humanos e políticas públicas. In: BORN, T. (Org.). Cuidar melhor e evitar a violência: Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.
COMO FAZER A ANÁLISE CRÍTICA DE UM ARTIGO. Estudo Prático. 2017. Disponível em: < https://www.estudopratico.com.br/como-fazer-uma-analise-critica-de-um-artigo/> Acesso em 10 de Dezembro de 2020.
MENDES; GUSMÃO; FARO, LEITE. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/ v18n4/a11v18n4.pdf>. Acesso em 10/12/2020.
MIOTO, Regina Célia. (Org.). Orientação e Acompanhamento Social a Indivíduos, Grupos e Famílias. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
SANTOS, J.S Questão Social: particularidades no Brasil. vol. 6. São Paulo: Cortez, 2012.
VIGNOLI, J.R. Vulnerabilidade sociodemográfica: antigos e novos riscos para a América Latina e o Caribe, 2002. Contextualizando os estudos sobre afetividade. São Paulo: NEPSAS, PUC-SP, 2011. Mimeo.

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