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ANATOMIA: SISTEMA URINÁRIO 1 Anatomia dos Ureteres, Bexiga e Uretra URETERES A urina flui das seguintes estruturas: cálices menores → cálices maiores → pelve renal → ureteres → bexiga → uretra. Nos ureteres, contrações peristálticas (de 1 a 5 contrações por min) das paredes musculares dessas estruturas movem a urina para a bexiga, mas a pressão hidrostática e a gravidade também auxiliam. Eles apresentam entre 25 a 30 cm de comprimento, com diâmetro que varia de 1 a 10 mm. Estão localizados retroperitonealmente. Na base da bexiga, os ureteres fazem uma curva medial e seguem obliquamente através da parede da face posterior da bexiga. Quando a bexiga se enche de urina, a pressão interna comprime os óstios oblíquos dos ureteres na bexiga e impede o refluxo de urina (válvula fisiológica → o mau funcionamento dela pode ocasionar em infecção dos ureteres e dos rins). Os ureteres apresentam uma capacidade de se distender, devido à sua estrutura histológica (Ver “Histologia do Sistema Urinário”). A mucosa dos ureteres secreta um muco que impede que as paredes do ureter entrem em contato com a urina. Irrigação A vascularização dos ureteres provém das artérias renais, testiculares ou ovárica, ilíaca comum e vesical inferior. As veias têm nomes correspondentes e terminam na veia cava inferior. Inervação Os ureteres são inervados pelos plexos renais, supridos por fibras simpáticas e parassimpáticas dos nervos esplâncnicos menor e imo. BEXIGA Trata-se de um órgão muscular oco e distensível situado na cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica. • Nos homens: está anterior ao reto • Nas mulheres: anterior à vagina e inferior ao útero A bexiga está mantida no lugar pelas pregas do peritônio. O seu volume médio é de 200 a 800 mL (nas mulheres é um pouco menor devido ao útero). O seu formato varia de acordo com o volume de urina: • Vazia: está colabada • Quando levemente distendida: esférica ANATOMIA: SISTEMA URINÁRIO 2 • Mais distendida: torna-se piriforme e ascende até a cavidade abdominal No assoalho da bexiga há uma área triangular chamada de trígono da bexiga. Os dois ângulos posteriores do trígono contêm os dois óstios dos ureteres; a abertura da uretra, o óstio interno da uretra, está no ângulo anterior. As camadas histológicas da parede da bexiga são: • Túnica mucosa: igual à dos ureteres • Túnica muscular intermediária: também chamada de músculo detrusor; são 3 camadas de fibras musculares lisas (interna, circular média e longitudinal externa) • Túnica adventícia: contínua com a dos ureteres Na abertura da uretra, as fibras musculares lisas da túnica muscular formam o musculo esfíncter interno da uretra; inferiormente, existe o músculo esfíncter externo da uretra, constituído de músculo esquelético. A micção vai ocorrer por associações de contrações voluntárias e involuntárias. Quando o volume da urina chega entre 200 a 400 mL, os receptores de estiramento presentes na parede da bexiga transmitem impulsos nervosos para a medula, os quais se propagam para o centro de micção nos níveis de S2 e S3, desencadeando o reflexo de micção: • Impulsos parassimpáticos do centro de micção propagam-se até a bexiga, causando a contração do músculo detrusor e relaxamento do m. esfíncter interno da uretra • O centro de micção inibe ao mesmo tempo os neurônios motores somáticos que inervam o mm. esquelético do esfíncter externo da uretra O córtex cerebral é capaz de iniciar a micção ou retardá-la por um período de tempo limitado. Vascularização As artérias da bexiga são a A. vesical superior (originada da artéria umbilical), a A. vesical média (originada da A. umbilical ou ramo da A. vesical superior) e A. vesical inferior (originada da A. ilíaca interna, como um tronco com as A. pudenda interna e glútea superior, ou como um ramo da A. pudenda interna). As veias da bexiga seguem até a veia ilíaca interna. Inervação Os nervos que suprem a bexiga originam-se em parte do plexo simpático hipogástrico e, em parte, do segundo e terceiro nervos sacrais (nervo esplâncnico pélvico). URETRA É um pequeno tubo que vai do óstio interno da uretra até o exterior do corpo. Nas mulheres A uretra situa-se posterior à sínfise púbica, segue em direção oblíqua inferior e anterior, com comprimento de 4 cm. A abertura da uretra para o exterior está localizada entre o clitóris e o óstio da vagina, no óstio externo da uretra. A parede da uretra é formada pelas seguintes camadas: • Túnica mucosa: constituída de epitélio estratificado ou pseudoestratificado colunar e lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas e um plexo venoso) • Túnica muscular: fibras musculares circulares e contínua com a bexiga ANATOMIA: SISTEMA URINÁRIO 3 Nos homens Inicialmente, a uretra masculina atravessa a próstata, depois os mm. profundos do períneo e, por fim, o pênis; totalizando 20 cm. A parede da uretra masculina é formada por: • Túnica mucosa profunda (igual a feminina) • Túnica muscular superficial: subdividida em 3 partes o Parte prostática da uretra: aravessa a próstata e é contínua com a túnica mucosa da bexiga; o epitélio de transição dá lugar ao epitélio estratificado colunar ou pseudoestratificado colunar na porção distal o Parte membranácea da uretra: atravessa os músculos profundos do períneo; tem a mesma composição da porção distal da parte prostática o Parte esponjosa da uretra: atravessa o pênis e tem a mesma estrutura da parte membranácea, exceto perto do óstio externo da uretra, onde o epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado. A túnica muscular da parte prostática da uretra é constituída principalmente por fibras musculares lisas circulares superficiais à lâmina própria; essas fibras circulares ajudam a formar o músculo esfíncter interno da uretra na bexiga. A túnica muscular da parte membranácea da uretra é constituída de fibras musculares esqueléticas circulares do diafragma urogenital, que ajudam a formar o músculo esfíncter externo da uretra, na bexiga. Diversas glândulas associadas à reprodução liberam seu conteúdo na uretra: • A parte prostática da uretra contém as aberturas de ductos que transportam secreções da próstata e glândulas seminais e ducto deferente. • Os ductos das glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper) abrem-se na parte esponjosa da uretra → emitem uma substância alcalina antes da ejaculação que neutraliza a acidez da uretra • Na parte esponjosa, as aberturas dos duetos das glândulas uretrais (glândulas de Littré) → liberam muco durante a excitação sexual e a ejaculação.
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