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Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO MOORE EMBRIOLOGIA – cap 2 Embora o desenvolvimento se inicie na fecundação, os estágios e duração da gestação são calculados a partir do início do último período menstrual normal da mãe, cerca de 14 dias antes da ocorrência da concepção; Esse método avalia em 2 semanas gestacionais a mais que a idade gestacional real; O espermatozoide e o oócito são células altamente especializada; A gametogênese é o processo de redução do nª de cromossomos por meiose, formação dos gametas; Espermatogênese é o processo de maturação no sexo masculino e Ovogênese é o processo de maturação no sexo feminino; A diferença dos dois processos está no ritmo de eventos durante a meiose; Esse processo que envolve os cromossomos e o citoplasma dos gametas prepara essas células sexuais para a fecundação. Tipo especial de divisão celular que envolve duas divisões meióticas. Ocorre apenas nas células germinativas; • Primeira divisão meiótica: divisão reducional, pois o cromossomo é reduzido de diploide a haploide, por emparelhamento dos cromossomos homólogos (1 da mãe e 1 do pai) na prófase e sofrem disjunção ou segregação na anáfase; • Segunda divisão meiótica: segue a primeira sem uma interfase normal (sem a etapa de replicação do DNA). Células filhas haploides se formam por meiose. É semelhante a mitose, porem o número de cromossomos é haploide (23). Meiose: • Permite a constância do número cromossômico de geração a geração; • Permite o arranjo aleatório dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas; • Relocalização dos segmentos dos cromossomos materno e paterno por crossing-over, que embaralha os genes produzindo recombinação; Sequencia de eventos que transformam as espermatogônias em espermatozoides maduros; O processo de maturação inicia na puberdade; As espermatogônias permaneces nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal e começam aumentar em número na puberdade; As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, que em seguida sofre a primeira meiose reducional para formar dois espermatócitos secundários haploides, com metade do tamanho dos primários; Em seguida sofrem a segunda divisão meiótica formando 4 espermátides com metade do tamanho dos espermatócitos secundários; Todo processo que conta com espermiogênese (processo onde espermátides são transformadas em espermatozoides maduros) leva cerca de dois meses; As Células de Sertoli que revestem os túbulos seminíferos dão suporte e nutrição; Os espermatozoides são transportados dos túbulos seminíferos para o epidídimo onde são armazenados e se tornam funcionalmente maduros; O núcleo é coberto pelo acrossoma, que contem varias enzimas que facilitam a penetração do espermatozoide na corona radiata e na zona pelúcida; Eventos que transformam as ovogônias em ovócitos maduros. O processo de maturação se inicia antes do nascimento e é completado depois da puberdade, continuando até a menopausa; MATURAÇÃO PRÉ-NATAL DOS OVÓCITOS Na vida fetal as ovogônias proliferam por divisão mitótica. Elas crescem para formar os ovócitos primários antes do nascimento; O ovócito primário circundado por células do tec. conjuntivo foliculares e achatadas forma um folículo primordial; À medida que o ovócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares epiteliais se tornam cuboides, depois colunares formando um GAMETOGÊNESE MEIOSE Gametogênese Anormal: Distúrbios durante a meiose, como a não- disjunção resultam na formação de gametas numericamente anormais; Exemplo: síndrome de Down, trissomia no 21. ESPERMATOGÊNESE OVOGÊNESE Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 folículo primário; O ovócito primário é envolvido por uma camada de material glicoproteico acelular e amorfo: a zona pelúcida; Os ovócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas a prófase não se completa até a adolescência; Acredita-se que isso acontece, pois, as células foliculares que circundam o ovócito 1ª secretam uma substancia inibidora da maturação do ovócito. MATURAÇÃO PÓS-NATAL DOS OVÓCITOS Inicia-se durante a puberdade; Um folículo amadurece a cada mês e ocorre a ovulação; Quanto mais velha a mulher, mais chances de problemas no ovócito a ser fecundado; Após o nascimento não se formam mais ovócitos 1ª; Os ovócitos 1ª permanecem em repouso nos folículos até a puberdade; Com a maturação do folículo, o ovócito aumenta de tamanho e imediatamente antes da primeira ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem a um ovócito secundário e ao primeiro corpo polar; O ovócito 2ª recebe quase todo o citoplasma e o 1ª corpo polar recebe muito pouco; O corpo polar é uma célula pequena, não funcional que logo degenera; Na ovulação o núcleo do ovócito 2ª inicia a segunda divisão meiótica, mas para na metáfase. A divisão só é completada se houver espermatozoide; Se fecundado, a maior parte do citoplasma fica para o ovócito fecundado e se forma o segundo corpo polar; A maturação do ovócito termina quando o segundo corpo polar é degenerado; Há cerca de 2 milhões de ovócitos primários nos ovários de uma menina recém nascida, muitos regridem durante a infância e na adolescência só sobram cerca de 40 mil. Desses, só 400 se tornam ovócitos secundários e são expelidos na ovulação. As paredes do corpo do útero são formadas por três camadas: • Perimétrio: fina camada externa; • Miométrio: espessa camada de musculo liso; • Endométrio: fina camada interna; O perimétrio é uma camada peritoneal aderida firmemente ao miométrio; Na fase lútea (secretora) do ciclo menstrual, distinguem-se três camadas de endométrio: • Uma fina camada compacta, composta de tecido conjuntivo disposto densamente em torno do colo das glândulas uterinas; • Uma espessa camada esponjosa, composta por tecido conjuntivo edemaciado com porções tortuosas e dilatadas das glândulas uterinas; • Uma delgada camada basal, contendo o fundo cego das glândulas uterinas; A camada basal possui suprimento sanguíneo próprio e não se desintegra na menstruação; A camada esponjosa e compacta são conhecidas como camada funcional, pois desintegram e descamam durante a menstruação e no parto. É dividida em quatro porções: infundíbulo, istmo, ampola e porção uterina; As tubas conduzem os ovócitos do ovário e os espermatozoides que entram pelo útero para que o Gametas Anormais: A probabilidade de anormalidades cromossômicas no embrião aumenta após os 35 anos maternos; Quanto mais velhos os pais, mais chances de eles terem acumulados mutações que podem ser herdadas pelo embrião; Na ejaculação mais de 10% dos espermatozoides são anormais, acredita-se que não fertilizem o ovócito devido a falhas na motilidade. ÚTERO TUBAS UTERINAS Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 sítio de fecundação que é na ampola da tuba uterina seja alcançado; A tuba também conduz o zigoto em clivagem para a cavidade uterina. Os ovários são glândulas reprodutivas produtoras de ovócitos; Os ovários produzem estrogênio e progesterona, os hormônios responsáveis pelas características sexuais secundarias e pela regulação da gestação. Iniciam na puberdade e seguem até a menopausa; As mulheres passam por ciclos reprodutivos mensais (ciclos sexuais), que envolvem atividade do hipotálamo do cérebro, da glândula hipófise, dos ovários, do útero, das tubas uterinas, da vagina e das glândulas mamarias; Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para a gravidez; O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) é sintetizado pelas células neurosecretoras do hipotálamo e carreado pelo sistema porta-hipofisário até o lobo anteriorda hipófise; O hormônio liberador de gonadotrofina estimula a liberação de dois hormônios produzidos por essa glândula, que agem nos ovários: • Hormônio folículo estimulante FSH: estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio pelas células foliculares; • Hormônio luteinizante LH: atua como “disparador” da ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo para a produção de progesterona; Esses hormônios induzem o crescimento do endométrio. Durante cada ciclo o FSH promove o crescimento de vários folículos primordiais entre 5-12 folículos primários, porem apenas 1 folículo primário se desenvolve ate se tornar um folículo maduro e se rompe na superfície do ovário, liberando seu ovócito. DESENVOLVIMENTO FOLICULAR: • Crescimento e diferenciação do ovócito primário; • Proliferação das células foliculares; • Formação da zona pelúcida; • Desenvolvimento das tecas foliculares; Teca folicular: cápsula formada pelo tecido conjuntivo adjacente a partir do crescimento do folículo primário; Logo se diferencia em duas camadas: • Teca externa: camada conjuntiva semelhante a capsula; • Teca interna: camada interna vascularizada e glandular; Acredita-se que as células tecais produzem um fator de angiogênese que promove o crescimento dos vasos sanguíneos da teca interna, que fornece suporte nutritivo para o desenvolvimento folicular; As células foliculares dividem-se ativamente e formam uma camada estratificada em torno do ovócito; Surgem espaços em torno das células foliculares, preenchidos por fluido que se unem formando uma única e grande cavidade, o antro, que contem fluido folicular; Depois da formação do antro, o folículo ovariano se chama folículo vesicular ou folículo secundário; Cummulus oofurus: acumulo de células foliculares que envolve o ovócito primário e se projeta para dentro do antro; O desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é induzido pelo FSH e os estágios finais de maturação requerem também o LH; Os folículos em crescimento produzem estrogênio, hormônio que regula o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutivos; A teca interna vascular produz fluido folicular, estrogênio e androgênios, que são convertidos a estrogênio pelas células foliculares; A glândula intersticial do ovário também produz algum estrogênio; OVULAÇÃO Na metade do ciclo o folículo ovariano é influenciado pelo FSH e LH e sofre um repentino surto de crescimento, produzindo um intumescimento cístico ou saliência na superfície do ovário; Um pequeno ponto avascular, o estigma, aparece nessa saliência; A ovulação é disparada pela maior produção de LH. Segue o pico de LH por 12 ou 24 horas; A onda de LH é induzida pelo alto nível de estrogênio sanguíneo. O estigma logo se rompe expelindo o ovócito secundário junto com o fluido folicular; A expulsão do ovócito é resultado da pressão intrafolicular e da contração do musculo liso na OVÁRIOS CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS CICLO OVARIANO Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 teca externa pela estimulação de prostaglandinas; A digestão enzimática da parede folicular parece ser um dos principais mecanismo que levam a ovulação; O ovócito 2ª expelido é envolvido pela zona pelúcida e pela corona radiata, que é uma ou mais camadas de células foliculares; A zona pelúcida é composta de três glicoproteínas: ZPA, ZPB e ZPC que formam uma rede de filamentos com múltiplos poros; A onda de LH também induz o termino da primeira divisão meiótica do ovócito primário; Folículos ovarianos maduros contem ovócitos secundários. CORPO LÚTEO Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular sofrem colapso e enrugam; Sob influencia do LH elas se desenvolvem em uma estrutura granular, o corpo lúteo; O corpo lúteo secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio, fazendo com que as glândulas endometriais secretem e preparem o endométrio para a implantação do blastocisto; Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo gravídico, que aumenta sua produção hormonal; Quando ocorre gravidez a degeneração do corpo lúteo é impedida pela hCG: gonadotrofina coriônica humana, que é um hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto; O corpo lúteo gravídico permanece funcionalmente ativo nas primeiras 20 semanas de gravidez; Nessa fase, a placenta assume a produção de estrogênio e progesterona; Se o ovócito não é fecundado, o corpo lúteo involui e degenera 10 a 12 dias após a ovulação, chamado corpo lúteo da menstruação; Posteriormente esse corpo lúteo é transformado em uma cicatriz branca no ovário: corpo albincans; A menopausa ocorre entre 48 e 55 anos; Alterações endócrinas, somáticas e psicológicas que ocorrem ao termino do período reprodutivo são chamadas de climatéricas. Ciclo menstrual ou endometrial é o período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina; Os hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e pelo corpo lúteo causam mudanças cíclicas no endométrio; Essas mudanças mensais na camada interna do útero fazem parte do ciclo endometrial; O ciclo menstrual médio é de 28 dias, podem variar de 23-35, iniciam (1º dia) com fluxo menstrual; Variações da duração do ciclo estão ligadas a alterações na duração da fase proliferativa do ciclo; FASES DO CICLO MENSTRUAL Alterações nos níveis de estrogênio e progesterona causam mudanças cíclicas na estrutura do trato reprodutivo feminino, notadamente no endométrio; • Fase Menstrual: a camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida com o fluxo menstrual, que dura de 4-5 dias; O sangue descartado pela vagina está misturado MITTELSCHMERZ E OVULAÇÃO Algumas mulheres sentem dores abdominais na ovulação = mittelschmerz; Nesse caso a ovulação causa sangramento leve no interior da cavidade abdominal, que causa dor; A dor é um sintoma da ovulação, mas a temperatura basal do corpo é um sintoma mais expressivo. ANOVULAÇÃO Anovulação = mulher não ovula; Geralmente porque tem uma liberação inadequada de gonadotrofinas; Em algumas a ovulação pode ser induzida pela administração de gonadotrofinas ou de um agente ovulatório como o citrato de clomifeno; A chance de gravidez múltipla aumenta 10x quando induzida; Abortos espontâneos ocorrem, pois não existe a possibilidade de mais de 7 embriões sobreviverem. CICLO MENSTRUAL CICLOS MENSTRUAIS ANOVULATÓRIOS O ovário pode não produzir um folículo maduro e a ovulação não acontece; Nesses ciclos as mudanças endometriais são mínimas; O endométrio proliferativo se desenvolve normal, mas não ocorre ovulação nem formação do corpo lúteo; O endométrio não progride para a fase lútea e permanece na fase proliferativa até a menstruação; Pode ser resultado de uma hipofunção ovariana; PÍLULAS CONTRACEPTIVAS O estrogênio com ou sem progesterona presente nas pílulas age no hipotálamo e na hipófise, resultando na inibição de secreção do hormônio liberador de gonadotrofina GnRH, do FSH e LH, essenciais para que ocorra a ovulação. Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 A pequenos fragmentos de tecido endometrial; Após a menstruação, o endométrio se torna delgado; • Fase Proliferativa: dura em torno de 9 dias, coincide com o crescimento dos folículos ovarianos; Ocorre aumento de 2-3X na espessura do endométrio e no seu conteúdo de água nessa fase de reparo e proliferação; No inicio da fase, o epitélio superficial se reconstrói e recobre o endométrio; As glândulas aumentam em número e comprimento e as artérias espiraladas se alongam; • Fase Lútea: dura aproximadamente 13 dias e coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo; A progesterona produzida pelocorpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar material rico em glicogênio; O endométrio espessa-se pela influencia da progesterona e do estrogênio; As artérias espiraladas crescem dentro da camada compacta superficial e se tornam muito enroscadas; A rede venosa se torna complexa e grandes lacunas se desenvolvem; As anastomoses arteriovenosas constituem características importantes nesse estágio; Se a fecundação não ocorre: • O corpo lúteo degenera; • Os níveis de estrogênio e progesterona caem; • O endométrio secretor entra em fase isquêmica; • Ocorre menstruarão; • Fase isquêmica: ocorre quando o ovócito não é fecundado. Isquemia = redução do suprimento sanguíneo, ocorre quando as artérias espiraladas se contraem, dando ao endométrio um aspecto pálido; Decréscimo na secreção de hormônios pelo coro lúteo em degeneração, principalmente da progesterona; Ao fim da fase isquêmica as artérias esp. se contraem por períodos maiores acarretando em estase venosa e necrose isquêmica (morte) nos tecidos superficiais; A medida que pequenos fragmentos do endométrio se destacam e caem no interior da cavidade uterina, há perda de 20-80 mL de sangue; Após 3-5 dias a camada esponjosa é eliminada; Se a gravidez ocorre: • Ocorre clivagem do zigoto e a blastogênese; • O blastocisto começa a se implantar no endométrio em torno do 6º dia da fase lútea; • A hCG mantem o corpo lúteo secretando estrogênio e progesterona; • A fase lútea prossegue e no ocorre menstruarão; • Fase da Gravidez: os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa pela fase gravídica; Com o termino da gravidez os ciclos ovarianos ressurgem após um período variável, 6-10 semanas. TRANSPORTE DO OVÓCITO Na ovulação, o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano com o fluido folicular; Durante a ovulação, as extremidades fimbriadas da tuba uterina se aproximam do ovário e as expansões digitiformes da tuba, fimbrias, movem- -se para frente e para trás sobre o ovário; Essa ação varre o ovócito 2º para o infundíbulo afunilado da tuba; O ovócito passa para a ampola da tuba como resultado da peristalse, movimentos alternados de contração e relaxamento da parede da tuba em direção ao útero. TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES Do seu local de armazenamento no epidídimo, os espermatozoides são rapidamente transportados para a uretra por peristalse da espessa cobertura muscular do ducto deferente; As glândulas sexuais acessórias: glândulas bulbouretrais, próstata e vesículas seminais produzem secreções que são adicionadas ao fluido contendo espermatozoides no ducto deferente e na uretra; De 200-600 milhões de espermatozoides são depositados em torno do orifício externo do útero; Passam lentamente pelo canal cervical através do movimento das suas caudas; A enzima vesiculase, produzida pelas glândulas seminais, coagula uma pequena quantidade do sêmen ou ejacula e forma um tampão vaginal que impede o retorno do sêmen para o interior da vagina; Quando a ovulação ocorre, o muco cervical aumenta em quantidade, fica menos viscoso, tornando mais fácil o transporte dos espermatozoides; TRANSPORTE DOS GAMETAS Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 A ejaculação reflexa dos espermatozoides pode ser dividida em duas fases: Emissão: o sêmen é enviado para a porção prostática da uretra pelos ductos ejaculatórios após a peristalse dos ductos deferentes. A emissão é uma resposta autônoma simpática; Ejaculação: o sêmen é expelido da uretra pelo orifício uretral externo, isso é resultado do fechamento do esfíncter vesical no colo da bexiga, da contração uretral e da contração dos músculos bulboesponjosos. O Ejaculado tem média de 3,5 mL, variando entre 2-6 mL; A velocidade dos espermatozoides varia com o PH do ambiente; Durante o armazenamento no epidídimo eles são imóveis, mas no ejaculado ganham motilidade; Ambiente ácido da vagina: movem-se lentamente; Ambiente alcalino do útero: movem-se rápido; Cerca de 200 espermatozoides alcançam o local da fecundação, mas se degeneram e são reabsorvidos pelo trato genital feminino. MATURAÇÃO DOS ESPERMATOZOIDES Espermatozoides recentemente ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos e precisam passar por um período de capacitação, que dura cerca de 7 horas; Quando capacitados não exibem alterações na sua morfologia, porem são mais ativos; O processo de capacitação ocorre nas tubas uterinas ou no útero através de substancias secretadas por essas porções do trato genital feminino; O termino da capacitação permite que ocorra a reação acrossômica: rompimento do acrossoma, liberando enzimas para a penetração do espermatozoide na zona pelúcida. As mudanças induzidas pela reação acrossômica estão associadas a liberação de enzimas do acrossoma que facilitam a fecundação: bialuronidase e acrosina. VIABILIDADE DOS GAMETAS Ovócitos humanos são fecundados até 12 horas após a ovulação; Espermatozoides humanos não sobrevivem mais de 48 horas no trato genital feminino; Sêmen e ovócitos podem ser congelados por anos e armazenados para usar posteriormente. O local normal de fecundação é na ampola da tuba uterina, porção maior e mais dilatada. Caso o ovócito não seja fecundado na ampola, ele passa lentamente em direção ao útero onde degenera; Quimiotaxia dos espermatozoides: sinais químicos secretados pelo ovócito guiam os esperm. capacitados; A fecundação começa com o contato entre um esperm. e um ovócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da 1º divisão mitótica do zigoto; Alteração em qualquer estagio pode causar a morte do zigoto; O processo de fecundação leva cerca de 24 horas; Fases da fecundação: • Passagem do espermatozoide pela corona radiata: enzima hialuronidase, liberada no acrossoma causa dispersão das células foliculares da corona radiata, com a ajuda do movimento da cauda e de enzimas da mucosa tubaria; • Penetração na zona pelúcida: com ajuda de enzimas esterases, acrosina e neuraminidase liberadas pelo acrossoma. Causam a lise da zona pelúcida formando um caminho para o esperm. chegar ao ovócito; Logo que o esperm. penetra a zona pelúcida ocorre uma reação zonal: mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros esperm. = bloqueio a poliespermia; • Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide: aa cabeça e a cauda do esperm. en- CONTAGEM DOS ESPERMATOZOIDES Os espermatozoides são 10% do sêmen, o resto do ejaculado são secreções das glândulas acessórias; Normal: + 100 milhões de esperm. no ejaculado; Variações: 50 milhões no ejaculado ou 20 milhões por mililitro; Estéril: - 10 milhões por mililitro. VASECTOMIA OU DEFERENTECTOMIA Excisão de um segmento de cada ducto deferente; Reversível em 50% dos casos; Ejaculado sem espermatozoides, quantidade de fluido seminal permanece o mesmo. DISPERMIA E TRIPLOIDIA Embora vários emperm. iniciem a penetração na corona radiata e na zona pelúcida, apenas 1 penetra o ovócito e fecunda; Dispermia: dois esperm. participam da fecundação e resultam em um zigoto com um lote extra de cromossomos Triploidia: 20% das anomalias cromossômicas dos abortos espontâneos. Embriões triploides (69 crom.) podem parecer normais, poucos nascem, mas logo morrem ou já são abortados. FECUNDAÇÃO Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 tram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática fica para trás; • Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino: a penetração do esperm. no ovulo, estimula-o a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e um segundo corpo polar. Os cromossomos se condensam e o núcleo do ovócito maduro se torna o prónucleo fem.; • Formaçãodo prónucleo masculino: dentro do citoplasma o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o prónucleo masc. Os prónucleo são indistinguíveis. Oótide: ovócito contendo dois prónucleos haploides; • Após a fusão dos prónucleos em uma agregação de cromossomos única e diploide, a oótide torna-se um zigoto: os cromossomos do zigoto se arranjam em um fuso de clivagem preparando para a divisão do zigoto. Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora é secretada pelo trofoblasto e surge no soro materno de 24-48 horas após a fecundação; O zigoto é geneticamente único, pois contém uma nova combinação de cromossomos. Fecundação: • Estimula o ovulo penetrado a completar a 2ª divisão meiótica; • Restaura o número diploide de cromossomos; • Resulta em variação da espécie humana através da mistura entre os cromossomos da mãe e do pai; • Determina o sexo cromossômico do embrião; • Causa ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem do zigoto. São divisões mitóticas repetidas do zigoto, que resultam no aumento rápido do número de células; Blastômeros: células embrionárias que se tornam menores a cada divisão por clivagem. A formação do blastômero ocorre 30 horas após a fecundação; A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero; Durante a clivagem o zigoto está dentro da zona pelúcida; Após o estagio de 9 células, os blastômeros mudam sua forma, formando uma bola compacta de células, fenômeno de compactação; A compactação permite maior interação célula com célula, sendo pré-requisito para segregação de células internas que formam a massa interna ou embrioblasto do blastocisto; Quando já existem 12-32 blatomeros, é chamado mórula; A mórula se forma cerca de 3 dias depois da fundação e alcança o útero; Após a mórula alcançar o útero, 4 dias após a fecundação, surge no interior da mórula um espaço preenchido por fluido: cavidade blastocística; O fluido da cavidade uterina passa pela zona pelúcida para formar esse espaço, que separa os blastômeros em duas partes: • Trofoblasto: delgada camada célula externa que formara a parte embrionária da placenta; • Embrioblasto: grupo de blastômeros localizados no centro, essa massa celular interna é o primórdio do embrião; Na blastogênese (estagio de desenvolvimento), o concepto é chamado blastocisto; O embrioblasto se projeta para a cavidade blasto- cística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto; A zona pelúcida degenera e desaparece, o que permite que o blastocisto aumente de tamanho rápidamante; Enquanto flutua no útero, o embrião inicial obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas; Cerca de 6 dias após a fecundação o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto começa a proliferar rapidamente e se diferencia e, duas camadas: • Citotrofoblasto: camada interna; • Sinciciotrofoblasto: massa externa, formada de massa protoplasmática multinucleada, sem limite celular; Em 6 dias os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem para o epitélio en- PRÉ SELEÇÃO DO SEXO DO EMRBIÃO Cromossomos X e Y são formados em quantidades =; Nascem mais meninos que meninas; Dentre as diferenças dos esperm. X e Y estão: capacidade natatória; velocidade de migração em campo elétrico; diferença morfológica; diferença no DNA (X 2,8% a mais que Y). CLIVAGEM DO ZIGOTO NÃO-DISJUNÇÃO DOS CROMOSSOMOS Se não ocorre disjunção durante as divisões inicias da clivagem do zigoto, forma-se um embrião com número cromossômico diferente; Mosaico: indivíduos com um mosaicismo numérico; Falta ou sobra de algum cromossomo. FOMRAÇÃO DO BLASTOCISTO Gabriely Pansera- Medicina UCPel Embriologia – P1 dometrial e invadem o tecido conjuntivo; No fim da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém nutrição dos tecidos maternos erodidos; O sinciciotrofoblasto, invasivo, se expande em uma área chamada polo embrionário, adjacente ao embrioblasto; O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos possibilitando ao blastocisto implantar-se dentro do endométrio; Em 7 dias, o hipoblasto, camada de células (endoderma primitivo) surge na superfície do embrioblasto voltado para cavidade blastocística; RESUMO DA PRIMEIRA SEMANA • Ovócitos produzidos nos ovários são expelidos na ovulação, as fimbrias das tubas uterina varrem o ovócito para ampola onde será fecundado; • Espermatozoides são produzidos nos testículos e armazenados no epidídimo. Ejaculação do sêmen durante o coito deposita milhões de espermat. na vagina, que passam para o útero e depois para as tubas uterina; • Ovócito penetrado completa a 2ª divisão meiótica resultando em um ovócito maduro e um segundo corpo polar. O núcleo do ovócito maduro forma o prónucleo feminino; • Após a entrada do esperm. no ovócito, a cabeça separa da cauda e aumenta o volume formando o prónucleo masculino; • A fecundação completa quando os prónucleos se Unem e os cromossomos se misturam durante a metáfase na primeira divisão mitótica do zigoto; • Na passagem do zigoto pela tuba em direção ao útero sofre clivagem formando muitas células menores, os blastômeros. 3 dias após a fecunda- ção uma bola de 12+ blastômeros, a mórula, entra no útero; • Formação de uma cavidade na mórula, que se torna o blastocisto, que consiste no embrioblasto que é uma cavidade blastocistica e um trofoblas- to; • 4-5 dias após a fecundação a zona pelúcida se degenera e o trofoblasto, adjacente ao embrioblasto adere ao epitélio endometrial; • No polo embrionário o trofoblasto se diferencia em duas camadas, sinciciotrofoblasto e citotro- foblasto. O sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo subjacente; • Forma-se uma camada cuboidal de hipoblasto na superfície inferior do embrioblasto; • No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio. DIAGNÓSTICO DE DISTÚRBIOS GENÉTICOS ANTES DA IMPLANTAÇÃO Pode ser feito de 3-5 dias após a fecundação in vitro; O sexo pode ser obtido a partir de um blastômero obtido de um zigoto em divisão com 6-8 células. EMBROÕES ANORMAIS E ABORTAMENTOS ESPONTÂNEOS Grande quantidade de zigotos, mórulas e blastocistos abortam espontaneamente; A implantação inicial do blastocisto pode falhar por uma produção inadequada de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo; Pacientes que relatam ultimo ciclo menstrual retardado vários dias e com fluxo anormalmente profuso podem ter sofrido um aborto espontâneo; Podem ocorrer por anormalidades cromossômicas; A perda precoce do embrião: gravidez desperdiçada, elimina conceptos anormais que não teriam desenvolvimento normal, sendo uma seleção natural.
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