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economia-raízes da ciencia economica

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ASPECTOS DA EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA
ECONÔMICA ——DO INÍCIO DO SÉCULO XXI
ÀS RAÍZES DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Raíze� d� Ciênci� Econômic�
Da� origen� at� 1750: � fas� pr�-científic� d�
economi�
Na Antiguidade grega aparecem apenas
algumas ideias econômicas fragmentárias
em estudos filosóficos e políticos.
os autores gregos :
não apresentaram um pensamento
econômico independente.
Trataram apenas de conhecimentos práticos
de administração doméstica.
A Crematística (de chrema, posse ou
riqueza) de Aristóteles
referia-se aos aspectos pecuniários das
transações comerciais.
Contudo, apresentou algumas contribuições
interessantes às teorias do valor, dos preços
e da moeda.
Na Antiguidade romana, não houve um
pensamento econômico geral e
independente, embora a economia de troca
fosse mais intensa em Roma do que na
Grécia.
É mantida por meio de notáveis redes
rodoviárias e de intensa navegação,
transformando Roma em centro de
afluência dos produtos de todas as
províncias, estimulando as transações
comerciais e a criação de companhias
mercantis e sociedades por ações.
Porém, as preocupações dos ro-manos
limitaram-se fundamentalmente à política,
de modo que sua contribuição à economia
foi quase nula.
Na Idade Média, principalmente do século
XI ao XIV, surgiu uma atividade eco-nômica
regional e inter-regional (com feiras
periódicas que se tornaram célebres, como
as de Flandres, Champagne, Beaucaire e
outras), organizaram-se corporações de
ofício, generalizaram-se as trocas
urbano-rurais, retomou novo impulso o
comércio mediterrâneo
A Igreja procurou “moralizar” o interesse
pessoal, reconheceu a dignidade do
trabalho (manual e intelectual), condenou as
taxas de juros, buscou o “justo preço”
o pensamento econômico medieval, de
caráter prático, também era dependente: da
subordinação à filosofia ou à política, essa
subordinação religiosa seria substituída
pela preocupação metalista.
Mercantilism� (1450-1750) :
originou um conjunto de medidas econômicas
diversas de acordo com os Estados.
Caracterizou-se por uma forte intervenção do
Estado na economia. Consistiu numa série de
medidas tendentes a unificar o mercado
interno e teve como finalidade a formação de
fortes Estados-nacionais
transformações marcaram o início do
Mercantilismo:
■ intelectuais — com o Renascimento e
literária, a laicização do pensamento, o
retorno aos métodos de observação e de
experiência, a difusão de novas ideias por
meio da imprensa.
■ religiosas — movimento da Reforma, em
especial a implantada por Calvino e pelos
puritanos anglo-saxões, que exaltavam o
individualismo e a atividade econômica,
condenavam a ociosidade, justificavam os
empréstimos a juros, a busca do lucro, o
sucesso nos negócios etc.;
■ padrão de vida — reabilitação teológica da
vida material em relação ao ascetismo e,
consequentemente, pelo desejo de
bem-estar, de alimentação requintada (com
o uso de especiarias, do açúcar etc.), de
habitações confortáveis e arejadas (
tapeçarias, louças finas etc.), de viagens
inter-regionais (que contribuíram para a
propagação das novas maneiras de viver e de
pensar) etc.;
■ políticas — o aparecimento do Estado
Moderno,nasce quando o rei toma poderes da
nobreza para conter as revoltas camponesas e
manter a ordem feudal. O rei terá poder
absoluto, nobres mantém privilégios,
burguesia aumenta capital e camponeses
foram derrotados
■ transformações geográficas — decorrentes
da ampliação dos “limites do mundo”,
graças às grandes descobertas (sobretudo a
bússola) e aos esforços para desenvolveu a
navegação.
■ transformações econômicas — O
aparecimento de interessantes ideias sobre a
moeda possibilitou a elaboração da
concepção metalista, base do Mercantilismo:
o ouro e a prata passaram a ser considerados
os mais perfeitos instrumentos de aquisição
de riqueza.
■formações geográficas foram, talvez, as
mais importantes, porque propiciam a
presença dos metais preciosos em uma
Europa política e intelectualmente
modificada, criando as condições da
concepção metalista que caracterizou o
mercantilismo em suas várias formas —
bulionista, industrialista, comercialista,
fiduciário .
função histórica do Mercantilismo:
passagem da economia regional para a
economia nacional. Teve falhas!
● atribuiu demasiado valor ao metal
precioso
● considerou a produção apenas em
função da prosperidade do Estado
ou do enriquecimento público, sem
se preocupar com o bem-estar dos
indivíduos;
● encarou o comércio internacional de
maneira unilateral e “agressiva” — “o
lucro de um país é o prejuízo de
outro”, de um país equivalem aos
lucros realizados pelo estrangeiro”,
sem que outro perca
critic� � polític� colonia� mercantilist�
Consistia em explorar a colônia ao máximo e
impedir que se desenvolvesse nela qualquer
atividade econômica que pudesse, ainda que
remotamente, fazer concorrência à
metrópole.
Mercantilismo, que passou para a História
essencialmente como um conjunto de atos
econômicos e de política econômica
pouco significativa a contribuição do
Mercantilismo à constituição da análise
econômico-científica
A criaçã� científic� d� Economi�:
d� 1750 � 1870
O Quadro econômico de Quesnay (1758) e a
Riqueza das nações de Adam Smith (1776)
marcaram reação contra o tratamento
assistemático e disperso dos problemas
econômicos
A Fisiocraci�
Impôs-se principalmente como doutrina da
ordem natural: o universo é regido por leis
naturais, absolutas, imutáveis e universais,
desejadas pela Providência Divina para a
felicidade dos homens. Estes, por meio da
razão, poderão descobrir essa ordem.
Quesnay: - O foco dos seus estudos foi a
Macroeconomia. - Uma de suas principais
ideias era a defesa da pouca interferência do
Estado na economia. Para ele, quanto mais
livre a economia melhor.
Quadro econômico representou, de modo
simplificado, o fluxo de despesas e de bens
entre as diferentes classes sociais,
distinguindo um equilíbrio de quantidades
globais que os keynesianos deveriam
analisar a partir de 1936
keynesianos:
Uma teoria econômica que se opõe ao
Liberalismo, pois defende a intervenção do
Estado no controle da economia nacional, com
o intuito de fazer o país atingir o pleno
emprego.
Cantillon : evidenciou a interdependência
entre as atividades econômicas.Indicou
como a agricultura fornece um “produto
líquido” que se reparte entre as classes da
sociedade e admitiu ser a terra produtora da
mais-valia (não se referindo ao trabalho que
Marx enfocaria anos após)
A Escol� Clássic� o� � Economi� Polític�
Smith (1723-1790): ele se mostrava favorável
aos operários e aos trabalhadores agrícolas,
opondo-se aos privilégios e à proteção
estatal que apoiavam o “sistema mercantil”
Confiava Smith no egoísmo inato dos
homens e na harmonia natural de seus
interesses: todo indivíduo se esforça, em seu
próprio benefício, para encontrar o emprego
mais vantajoso para seu capital, qualquer
que seja ele — o que o conduz, naturalmente,
a preferir o emprego mais vantajoso para a
sociedade
Para Smith, Deus (ou a natureza) implantou
no homem a tendência de ganhar mais
dinheiro e de subir socialmente.
trabalhador, a produzir o que a sociedade
precisa e a enriquecer a comunidade
. Os homens são “naturalmente” assim. Se o
governo se abstiver de intervir nos negócios
econômicos, a “Ordem Natural” poderá
atuar. Porém, como os fisiocratas, Smith não
afirmava que ela fosse espontânea: era um
fim que deveria ser alcançado.
explicação de Smith para o
desenvolvimento:
O modelo teórico de desenvolvimento
econômico de Smith constituía parte
integrante de sua política econômica: ao
contestar o padrão mercantilista de
regulamentação estatal e de controle,
apoiava a suposição de que a concorrência
maximiza o desenvolvimento econômico e,
assim, os benefícios do desenvolvimento
seriam partilhados por toda a sociedade.
David Ricardo (1772-1823)
banqueiro de lógica rigorosa, foi direto e
formal em sua construção de um sistema
abstrato em que as conclusões decorrem dos
axiomas.concluiu que a máquina poderia provocar
o desemprego tecnológico e deteriorar as
condições do trabalhador. Essa posição
conflitava com a fé de Smith na “harmonia
de interesses” entre as várias classes da
sociedade e seria tema de destaque na obra
de Marx.
Mostrou as interligações entre expansão
econômica e distribuição da renda, tratou
dos problemas do comércio internacional e
defendeu o livre-cambismo.
as grandes ideias conduzem a resultados
inesperados: Ricardo jamais teria suposto
que viesse a inspirar “socialistas
ricardianos”
John Stuart Mill
Buscou sistematizar e consolidar a
análise clássica desde Adam Smith. Ao
fazê-lo, todavia, modificou algumas
premissas, passando para a história do
pensamento econômico como “revisionista”,
e introduziu na economia preocupações de
“justiça social”.
A reinterpretação das leis que
governam a atividade econômica, em geral,
e a distribuição da renda, em particular,
talvez representem a modificação mais
importante.
Jean Baptiste Say
Retomou a obra de Smith para corrigi-la e
completá-la em vários pontos.
atenção especial ao empresário e ao lucro,
e subordinou o problema das trocas
diretamente à produção, tornando-se
conhecida sua concepção de que a oferta
cria a procura equivalente (popularizada
como “Lei de Say”)
Stuart Mill e Marx
preocuparam-se com as consequências
sociais da industrialização em sua época,
especialmente o baixo padrão de vida da
crescente classe trabalhadora, a longa
jornada de trabalho, os reduzidos salários, a
ausência de legislação trabalhista e
previdenciária.
perceberam que o instrumental teórico
legado pelos clássicos não era adequado:
baseava-se nos pressupostos da “harmonia
de interesses” e da ordem natural e
providencial, que não se confirmavam.
Stuart Mill argumentou que a distribuição
da renda era sensível à manipulação
humana e preconizou políticas de promoção
do bem-estar geral, mas sobretudo voltadas
para a classe trabalhadora;
Marx, por sua vez, criticou-o por tentar
harmonizar a economia política do capital
às exigências do proletariado (entendido
como classe “sem propriedade” ou que
possui apenas o seu poder de trabalho) — e
essas exigências não podiam mais ser
ignoradas.
O ma�xism�
Kar� Ma�� (1818-1883)
Criticou a doutrina populacional de
Malthus com base nas diferenças dos
diversos estágios da evolução econômica e
seus modos de produção, afirmando que
uma mudança no sistema produtivo poderá
converter em excedente demográfico uma
aparente escassez populacional.
modificou a análise do valor, apesar de ter
utilizado vários componentes da versão
clássica da teoria do valor-trabalho
(Ricardo, especialmente); desenvolveu
conceitos que se tornaram muito
conhecidos, como o de mais-valia, capital
variável, capital constante, exército de
reserva industrial e outros; analisou a
acumulação do capital, a distribuição da
renda, as crises econômicas
“o valor da força de trabalho é
determinado, como no caso de qualquer
outra mercadoria, pelo tempo de trabalho
necessário à produção, e consequentemente
à reprodução, desse artigo em especial”
O valor da força de trabalho se baseia nos
insumos de trabalho necessários à
subsistência e ao treinamento dos
trabalhadores.
As condições da produção do sistema
capitalista, entretanto, obrigam o
trabalhador a vender mais tempo de
trabalho do que o necessário para produzir
valores equivalentes às suas necessidades de
subsistência.
Os trabalhadores são obrigados a aceitar as
condições impostas pelos empregadores
porque não dispõem de fontes alternativas
de renda.
Assim, seu dia de trabalho compreende o
tempo “necessário” à produção de valores
iguais às exigências de manutenção e um
tempo de trabalho “excedente”.
O valor criado pelo tempo de trabalho
excedente é apropriado pelos detentores dos
meios de produção: os capitalistas.
capitalism�
tende a separar as classes sociais de modo
sempre crescente: com o avanço tecnológico,
um número cada vez maior de trabalhadores
é rebaixado em suas técnicas, passando a
realizar operações de rotina e tarefas
repetitivas.
a substituição dos homens pelas
máquinas faz aumentar o exército de
reservados desempregados
Entre os próprios capitalistas, a difusão do
maquinismo e a dinâmica do sistema fazem
desaparecer os pequenos empresários, ou os
de menores recursos, que também se
tornam dependentes dos proprietários dos
meios de produção.
os capitalistas podem recorrer à mão de
obra desempregada para substituir aquela
que deseja melhores salários
A elaboraçã� d�� princípi�� teóric��
fundamentai�: 1870–1929
princípios básicos que orientavam a Ciência
Econômica, em face de novos fatos
econômicos e das transformações
estruturais das economias das nações
industrializadas:
o capitalismo “atomizado” cedera lugar a
um capitalismo “molecular” ou de grandes
concentrações econômicas:
● de forte tendência monopolística;
● o Estado abandonara sua
passividade de simples guardião da
ordem para interferir, cada vez mais,
no campo econômico;
● os salários reais dos trabalhadores
deno-tavam sensível melhora,
● e os sindicatos começavam a surgir
legalmente, em defesa dos
interesses profissionais dos
empregados;
● os países ocidentais gozavam de
notável prosperidade, sem indícios
das graves consequências previstas
pelos clássicos pessimistas
(especialmente Malthus), por Marx e
outros.
Coub� a�� neoclássic�� o� marginalista�
a elaboração de princípios teóricos
fundamentais da Ciência Econômica.
“revolução marginalista”
O novo conceito do “econômico” da vida
social é o de escassez
A ciência econômica trata de como as
necessidades humanas são satisfeitas ou dos
meios que os seres humanos utilizam para
satisfazê-las, esses autores apontam para o
fato de que objetos que podem satisfazer
necessidades humanas existem em
quantidades menores do que as requeridas.
A ação econômica passa a ser como os
seres humanos devem agir para poder obter
a maior satisfação possível dos bens escassos
que possuem.
A ação econômica central para elevar o
grau de satisfação de qualquer indivíduo
ocorre nas trocas: está inserida a nova
explicação do valor de troca baseado na
teoria da utilidade marginal — ideia mais
desenvolvida por Jevons.
Jevons: a ciência econômica é um ramo da
matemática e sugere a alteração de seu nome
Political Economy (Economia Política) para
Economics (Economia), próximo às
denominações de outras ciências naturais como
Physics (Física), Mathematics (Matemática).
Levará um bom tempo para que isso ocorra, mas
é assim que a Ciência Econômica é conhecida
hoje: Economia.
E� 1929, � Grand� Depressã� gero�
verdadeir� “cris� d� consciênci�”
para os economistas ao perceberem que a
ciência clássica não lhes permitia analisar
integralmente a expansão da atividade
econômica e elaborar políticas econômicas
adequadas.
Verificaram que a teoria do retorno
automático ao equilíbrio era indefensável:
● os preços e os custos não se adaptam
com rapidez e facilidade (teoria dos
custos constantes)
● e as ofertas e procuras nem sempre
reagem automaticamente diante das
alterações dos preços (teoria da
concorrência imperfeita);
● a própria moeda, com base no
padrão-ouro, provocava
desequilíbrios;
● a atividade econômica
apresentava-se cada vez menos
competitiva.
N� períod� 1870-1929
● De um lado, vários economistas
continuavam empenhados na
controvérsia metodológica a respeito
do emprego da dedução ou da
indução.
● De outro lado, buscavam a
integração da teoria da utilidade do
valor com a teoria do custo de
produção dos clássicos, bem como a
explicação para os preços dos bens e
dos fatores, e a alocação dos recursos
com o auxílio da análise marginal.
auxíli� d� anális� margina�.
representou um instrumento,
rapidamente difundido, para explicar a
alocação de determinados recursos escassos
entre os usos correntes, com o objetivo de se
chegar a resultados ótimos.
Neoclassicism� o� Marginalism�:
buscou integrar a teoria da utilidade do
valor com a teoria do custode produção dos
clássicos, bem como explicar os preços dos
bens e dos fatores, a alocação dos recursos
com o auxílio da análise marginal.
A Escol� d� Vien� (o� Escol� Psicológic�
Austríac�) � � teori� d� utilidad� margina�
teve seu desenvolvimento em torno de Carl
Menger
formulou uma teoria do valor de troca
baseada no princípio da utilidade marginal
decrescente, simultaneamente com o inglês
Stanley Jevons (1871) e o francês Léon
Walras (1874).
seguidores de Menger, destacaram-se
Friedrich von Wieser (1851-1926) e Eugen
Böhm-Bawerk (1851-1914), que
apresentaram importantes contribuições,
especialmente à teoria do capital e do juro.
A revoluçã� mengerian�
Consistiu no deslocamento da finalidade
dos estudos econômicos quanto à
preocupação com a riqueza (ou com a
maneira como a riqueza é produzida,
distribuída e consumida)
● típica dos autores clássicos,
passando à análise econômica das
necessidades dos homens, sua
satisfação e valoração subjetiva dos
bens.
● Constatou-se que os homens
apresentam escalas de preferência
decorrentes de motivos muito
variados.
● Observou que os objetos desejados
pelos consumidores (ou com
pré-requisitos para satisfazê-los:
coisas com características de bem
— Güterqualität) têm oferta
geralmente menor do que as
quantidades requeridas
(necessidades — Bedarf) que deles
se têm, o que leva o indivíduo a
classificar seus desejos de acordo
com a importân-cia que a eles
atribui.
● Com base no estudo das escalas de
preferência de um indivíduo em
relação a vários bens, da
consideração das limitações que a
natureza impõe, do con-fronto das
escalas de preferência dos sujeitos
econômicos entre si, e de outros
fatores, Menger procurou reconstruir
a atividade econômica.
● Ultrapassou, assim, a posição dos
clássicos — que se limitavam a
estudar os problemas dos preços
em uma economia de troca e
acreditavam que o valor dos bens
depende da quantidade de trabalho
neles incorporado.
● Buscou Menger uma teoria do valor
que explicasse a importância
atribuída subjetivamente pelos
indivíduos aos bens, fundamentando
o valor sobre a utilidade de um bem
que existe em quantidade limitada
(noção de margem) e sobre sua
aptidão para satisfazer as
necessidades dos sujeitos
econômicos.
Figura� mai� proeminente� d� Escol� d� Vien�
fo� Böh�-Bawer�
● procurou analisar a natureza do
capital e seu papel no processo
produtivo.
● Tentou conciliar duas posições
opostas:
● as desvantagens da restrição ao
consumo
● com as vantagens de futuras
expansões da produção,
baseando-se na teoria subjetiva do
valor.
● Supunha que o “homem
econômico”, motivado pelo desejo
de maximização da utilidade, tende
a supervalorizar as necessidades
presentes e a subestimar a
intensidade dos desejos futuros;
● daí a necessidade de recompensar a
poupança presente com o
pagamento de taxa de juros: isso
significa sacrificar as satisfações
presente
A Escol� d� Lausann� (o� Escol�
Matemátic�) � � teori� d� equilíbri� gera�
Fundada por Léon Walras (1834-1910)
Análise do equilíbrio geral:é uma abordagem
alternativa à usada por Marshall para o
problema de determinação do preço.
Walras quem construiu um sistema
matemático para demonstrar o equilíbrio
geral, enfatizando a interdependência de
todos os preços dentro do sistema
econômico, bem como da micro e da
macroeconomia.
Procurou separar a Economia Pura da
Economia Aplicada: o status da economia
como ciência pura não deveria ser
comprometido com interesses de aproximar
a obra dos teóricos dos problemas dos
negócios públicos.
A Escol� d� Cambridg� � � teori� d� equilíbri�
parcia�
Alfred Marshall (1842-1924) Considerava a
economia como ciência do comportamento
humano e não ciência da riqueza
O fim das contribuições teóricas deve ser
o esclarecimento de problemas práticos —
posição diametralmente oposta à de
Walras.
Procurou tornar suas análises acessíveis
ao grande público mediante um estilo
simples e claro, evitando as exposições
matemáticas.
A complexidade do sistema econômico
e a diversidade de motivos do
comportamento humano
levaram Marshall a criar técnicas para o
estudo sistemático da economia, por meio
da redução do número de variáveis a
proporções manejáveis e da criação de um
método de mensuração do comportamento
. Utilizou o método dedutivo ou abstrato
para separar o setor da economia de cada
vez, com base no pressuposto de que seu
comportamento não exerce influência
apreciável sobre a atividade econômica
restante (ou princípio da desprezibilidade
dos efeitos indiretos).
Isso não significa que a parte da
economia que não está sendo analisada
permaneça inalterada, mas que, se o
pequeno setor considerado sofrer os efeitos
de uma mudança externa, ajustar-se-á
produzindo apenas um efeito desprezível
sobre o resto da economia
Marshall a observar que grande parte da
vida do homem é orientada para a obtenção
de ganho econômico, de modo que as
motivações podem ser medidas por
intermédio de um denominador comum: a
moeda.
Notou, porém, que a aplicação desse
denominador a indivíduos provavelmente
não seja válida, recomendando sua
aplicação ao grande grupo ou organismo
social, porque este envolve um número
suficientemente grande de indivíduos, que
nivelam as diferenças da renda. Assim, o
estudo dos preços (de bens e de fatores)
passou a constituir a principal área de
investigação de Marshall, com o objetivo de
descobrir as regularidades da atividade
econômica.
A Escol� Neoclássic� Suec�
Knut Wicksell (1851-1926)
Seu interesse pela teoria do capital e do
juro surgiu da crítica que apresentou aos
trabalhos de Böhm-Bawerk.
Introduziu o conceito de estrutura de
capital, propiciando novo enfoque relativo
ao efeito da acumulação de capital e à
inovação sobre a Renda Nacional, bem como
ao relacionamento entre as quotas de
participação.
contribuições de Wicksell, a mais
importante talvez tenha sido seu esforço
pioneiro no sentido de integrar a análise
monetária à real.
Os fenômenos monetários e os
fenô-menos reais se inter-relacionam, de
modo que as mudanças no nível geral dos
preços não ocorrem diretamente, mas sim
indiretamente, como resultado das
alterações da taxa de juros
Op�siçõe� a� Neoclassicism�
2 Op�siciçõe�: o institucionalismo
(liderado por Veblen) e o movimento da
Economia do Bem-Estar (com Pigou)
1 A escol� institucionalist�
● Desenvolveu-se nos Estados Unido
● buscou fundamentar-se na
História, na Sociologia e nas
Ciências Sociais em geral.
● Opôs-se à metodologia das Escolas
Clássica e Neoclássica, com o
objetivo de tirar a economia do
“laboratório” de deduções, e
conduzi-la à realidade.
● o institucionalismo procurou
considerar o tempo (colocado em
destaque pela Escola Histórica) e o
espaço (por meio dos quadros
sociais e institucionais)
Thorstein Veblen (1857-1929) dominou o
institucionalismo.
● Veblen rejeitou o pressuposto
neoclássico fundamental
● de que o comportamento humano,
na esfera econômica, é
racionalmente dirigido, que o
homem é um calculador dos
prazeres e dos sofrimentos
(concepção hedonista).
● Viu no comportamento humano
uma dicotomia essencial:
● de um lado, reflete o impacto de
uma tecnologia dinâmica e,
● de outro, as influências das
instituições predominantes.
● Afirmou que os padrões de
consumo não são propriamente o
resultado do cálculo racional dos
ganhos e perdas marginais,
● mas sim o resultado do hábito, da
“exibição emulativa”, do desejo de
imitar os padrões de consumo da
rica classe ociosa etc.
● uma política de laissez-faire não
maximiza automaticamente o
bem-estar do consumidor, e o
● Estado deveria abrandar as
influências indesejáveis, tributando
o “consumo conspícuo”
A economi� d� be�-esta�
Arthur C. Pigou (1877-1959)
desafiou a tradição neoclássica relativa à
substituição da ação industrial privada pelo
Estado, na esfera econômica.
identificou situações em que a presença
de “influências externas” na produção
justificam a intervenção do Estado, para a
provisão de bens ou de serviços.
● Pigou foi o significado social das
indústrias de custos crescentes e
decrescentes,● bem como o uso de um sistema de
tributos e de subsídios para regular
sua produção,
● evitando-se a excessiva atração de
investimentos pelas indústrias de
custos crescentes ou o
subinvestimento pelas de custos
constantes ou decrescentes.
● Knight examinou o argumento de
Pigou
● a favor de tributos e subsídios para
● corrigir divergências entre os
produtos marginais privado e social;
● tomou posição favorável à
tradicional opinião neoclássica de
que
● a concorrência tende a produzir
uma eficiente locação de recursos,
argumentando
● que a falha do mecanismo de
mercado, demonstrada por Pigou, é
indicativa de
● falha do governo em proteger os
direitos da propriedade privada.
Os debates entre Pigou, Knight e Veblen
revelaram, no fundo, a insuficiência da
teoria neoclássica para explicar os
problemas de atividade econômica.
A fas� contemporâne�: d� 1929 e� diant�
período de grande fermentação teórica.
● para solucionar problemas como os
da Primeira Guerra Mundial e da
crise de 1929, ou seja, os países
industrializados do mundo ocidental
já seriamente abalados pela crise do
pós-guerra, que ocasionou elevados
níveis de desemprego e profundo
descontentamento no povo,
sofreram ainda, em
● 1929, o impacto de outra crise,
iniciada na Bolsa de Valores de
Nova Iorque e difundida em todo o
mundo.
Parecia muito distante o funcionamento de
um sistema econômico apresentado pelos
marginalistas:
● o pleno emprego seria o nível
normal de operação da economia, e
● As distorções que surgissem teriam
correção oriunda de remédios
gerados pelo próprio sistema
econômico.
Em vez disso, entretanto,
● O desemprego havia atingido
proporções alarmantes e
● não havia indicações de que tal
situação estava se autocorrigindo.
Na ausência de um diagnóstico teórico
sobre a economia do desemprego, os
políticos e os governantes tentaram
desesperadamente remediar os males por
meio de
● medidas esparsas, como
● a restrição das importações, o
● aumento das tarifas, a
● desvalorização da moeda,
● a realização de obras públicas como
mecanismo de criação de emprego
(Inglaterra) ou de estímulo à
economia (Estados Unidos), entre
outras.
A revoluçã� keynesian�
John Maynard Keynes (1883-1946)
romperam a tradição neoclássica e
apresentaram um programa de ação
governamental para a promoção do pleno
emprego.
Keynes interessou-se pelos problemas da
instabilidade a curto prazo e procurou
determinar as causas das flutuações
econômicas e os níveis de renda e de
emprego em economias industriais
. Keynes, entretanto, colocou em dúvida as
pressuposições dos neoclássicos ou
marginalistas, bem como suas
preocupações com o “longo prazo” —
período no qual “todos estaremos mortos”.
● Considerou os problemas dos
grandes agregados a curto prazo
● e esforçou-se no sentido de
contestar a condenação marxista do
capitalismo: este poderia ser
preservado, em sua parte essencial,
se reformas oportunas fossem
efetuadas,
● já que um capitalismo não regulado
se mostra incompatível com a
manutenção do pleno emprego e da
estabilidade econômica.
Para Keynes, a reformulação das suas
ideias teóricas vai de encontro a uma
estabelecida ortodoxia, a começar pela
própria explicação do desemprego.
● De acordo com os princípios da
teoria marginalista, o desemprego
nada mais era do que o mau
funcionamento do mercado de
trabalho, ou seja, a existência de um
preço desequilibrado — neste caso,
uma taxa de salário real acima da de
equilíbrio.
● Keynes aponta que o nível de
emprego não é determinado no
mercado de trabalho.
● Em primeiro lugar, porque a função
de oferta de trabalho não retrata o
comportamento dos trabalhadores
no mundo real.
● Em segundo lugar, os trabalhadores
não têm qualquer mecanismo social
para decidir sobre o nível de
produção e de emprego na
sociedade moderna.
● O nível de emprego é determinado
no mercado de produtos pelo
volume de demanda efetiva da
economia para um dado período.
1. criticou a lei de Say
2. e inverteu a perspectiva de exame
da moeda em movimento (“gasta”)
para analisá-la quando entesourada
ou guardada;
3. reinterpretou a taxa de juro;
4. analisou a poupança e o consumo;
5. estudou sob novo enfoque a
determinação do investimento e o
equilíbrio agregativo;
6. atribuiu papel ativo à política fiscal,
defendendo défices públicos
propositais para inflar a procura
agregada;
7. opôs-se à excessiva confiança nos
controles monetários
A� deficiência� � a� “temeridade�” d� obr� d�
Keyne�
sua teoria permaneceu particular
além de limitar-se ao subemprego e ao
curto período.
O que é mais grave: não considerou o
problema fundamental do fim da análise
produtiva ou a que tipo de civilização é
chamada a servir a gigantesca engrenagem
de técnicas, capitais e trabalho humano.
Alguns autores socialistas têm
criticado Keynes
1. por haver recomendado políticas
econômicas que, além de
aumentarem a inflação, não
provocam a elevação do poder
aquisitivo dos trabalhadores,
2. mas apenas estimulam o consumo
dilapidador das classes dominantes.
Keynes estabeleceu uma única lei de
consumo para todas as classes,
ignorando que o consumo dos
trabalhadores e dos capitalistas é de
natureza muito diferente.
Assim, não teria sido casual o fato de
Keynes “realçar a figura de um ideólogo
reacionário do consumo parasitário, como
foi Malthus
Apologista do capitalismo monopolista do
Estado, Keynes teria silenciado
conscientemente sobre a
natureza classista do Estado burguês
imperialista, órgão dos monopólios
capitalistas.
Suas propostas para aumentar o controle
estatal sobre a atividade econômica
agravaram o jugo da oligarquia financeira,
mediante a utilização dos recursos da renda
nacional.
Houve certa tendência socialista no
sentido de incorporar algumas
contribuições keynesianas, como a política
do pleno emprego e a política de
direcionamento dos investimentos.
Ou, então, de apresentar algumas
comparações com a intenção de aproximar
Marx e Keynes:
1. a armada industrial de reserva teria
sido o pressentimento do
desemprego permanente de Keynes
2. ; a tese marxista do subconsumo
operário estaria próxima da tese
keynesiana da insuficiência da
demanda efetiva;
3. a tendência à baixa do lucro
lembraria a insuficiência da eficácia
marginal do capital;
4. para ambos, o juro é o preço da
moeda disponível
O desdobramento da Macroeconomia é
reforçado por outras linhas de pesquisas,
algumas anteriores ao próprio surgimento
da revolução keynesiana:
a elaboração de dados da atividade
econômica das principais economias
capitalistas para os estudos das flutuações
econômicas e a utilização de métodos
estatísticos para trabalhar esses dados.
Esse aspecto foi criticado por Koopman, que
afirmou “medir o ciclo econômico sem nenhuma
teoria”. Essa crítica define a linha de pesquisa do
trabalho de Lawrence Klein para a Comissão
Cowles por volta dos anos 1950
A simbiose entre tais linhas de
A pesquisa gerou o nascimento da
Econometria e a criação dos grandes
modelos macroeconômicos, refinados e
elaborados até os anos 1970.
● Como postulava Havelmoo em 1943,
é fundamental uma abordagem
estocástica nos modelos, ou seja, é
necessária uma teoria da
probabilidade para fundamentar os
métodos estatísticos.
Na área política, a reavaliação do papel do
Estado apresentou fatos inesperados,
sobretudo
● no ponto de junção entre a estrutura
e a superestrutura: fracassaram
tanto o Estado comunista, inspirado
na URSS, como o Estado capitalista:
● primeiro por não conseguir
aperfeiçoar a socie-dade via
planejamento estatal autoritário,
provocando indiretamente a
reabilitação da competição
individual e do lucro que retornaram
com a “mão invisível de Adam
Smith”;
● e o segundo por não haver
conseguido resolver as questões
sociais, que até se agravaram com o
processo de globalização econômica.
Ambos, comunismo
● e capitalismo, mostraram-se
insuficientes para promover um
desenvolvimento de dimensão
humana e cultura.
a� chamada� “via� alternativa�
movimentos de caráter cooperativo,
corporativo, religioso e outros,não
conseguiram ocupar o vazio deixado pelo
contínuo encolhimento do Estado, até então
o principal provedor de recursos em
importantes setores da área econômica e
social
novo século e milênio, ao mesmo tempo
que se intensificava a criação de riqueza
baseada na mente ou no conhecimento e a
“Nov� Economi�”
ganhava espaço, parecia desintegrar-se a
estrutura do tradicional sistema onde a
riqueza imaterial começou a se sobrepor à
tradicional preferência pela riqueza tangível,
sólida, resultante da propriedade da terra, do
imóvel ou do capital para a produção
industrial.
● A moeda também se tornou cada
vez mais intangível,
● O sucesso da “Nova Economia”
tornou-se preocupante com a
intensa e rápida valorização das
ações de empresas sem ativos
sólidos, mas de importante
● “capital intelectual”.
● A euforia desse mercado acionário
foi comparada a uma “bolha
tecnológica”, um jogo de final
imprevisível, “stupid money”
acumulado por “stupid people”.
● E, realmente, logo começaram a cair
as ações das empresas de
tecnologia na bolsa eletrônica
Nasdaq
A ciênci� econômic� depoi� d� Keyne�
A época contemporânea conhece mudanças
profundas.
Alcançam a dimensão planetária graças ao
rápido avanço da ciência e das novas
tecnologias de comunicação.
à teoria de Keynes, haverá abertura para a
chamada Macroeco-nomia (originalmente,
Teoria da Determinação do Produto e do
Emprego)
Teoria Geral, vários economistas passaram a
elaborar modelos matemáticos para
representar o seu núcleo teórico (“esqueletos
sem a carne”, comentaria Schumpeter). O
trabalho de John Hicks,
● Com o final da Segunda Guerra
Mundial e a ascensão dos Estados
Unidos e da URSS como líderes
conflitantes mundiais,
● Duas áreas ganham destaque:
Teoria do Crescimento Econômico e
Teorias do Desenvolvimento
Econômico.
● A primeira, com a preocupação a
respeito da reconstrução das
principais economias capitalistas.
● O destaque aqui é o trabalho de Roy
Harrod, com suas desconcertantes
conclusões sobre a possibilidade de
uma trajetória estável de
crescimento e a solução de Robert
Solow no artigo “A contribution for
the theory of economic growth”, de
1956.
● A segunda, com a construção de
economias atrasadas, formadas por
ex-colônias e países já livres
politicamente, porém pobres, caso
do Brasil.
● De fato, cria-se uma nova área de
pesquisa
● É criada a Comissão Econômica para
a América Latina (Cepal) sob a
direção do economista argentino
Raul Prébish.
● É o principal centro de ideias sobre
desenvolvimento fora dos países
desenvolvidos.
● Deve-se a esta instituição o primeiro
passo na coleta e organização de
dados econômicos dos países das
Américas do Sul e Central.
● A teoria mais representativa desse
novo lócus intelectual é a da
Deterioração dos Termos de Trocas
entre países ricos e pobres.
● Os anos 1960 e 1970 assistem a duas
grandes controvérsias na Economia
(entenda-se: na matriz teórica
marginalista).
● A primeira, de caráter externo,
origina-se com a publicação do livro
Produção de mercadorias por meio
de mercadorias, de Piero Sraffa, em
1960.
● A partir de sua interpretação do
problema da medida invariante do
valor de David Ricardo, que tem na
teoria do capital seu principal
problema, Sraffa constrói um
modelo matemático, portanto,
dentro dos cânones científicos da
Economia,
● cujo resultado paralelo é a
impossibilidade lógica de modelos
agregados como utilizados na
Macroeconomia,
● sua obra fornece uma base sólida
para a teoria marxista
● Abre espaço também para a
formulação de abordagens, por vezes
chamadas de heterodó-xicas, como a
neorricardiana.
● A outra controvérsia, de caráter
interno,
● advém da incapacidade de explicar a
nova realidade econômica dos anos
1960 e 1970:
● inflação com desemprego, algo
inusitado desde as teorias de
flutuação econômica.
● Isso põe em cheque todo o
conhecimento estabelecido e, em
particular,
● abre espaço para uma crítica mais
aguda por parte dos economistas de
Chicago.
● curv� d� Phili��
● era a explicação sugerida pelos
keynesianos para o fenômeno da
inflação com desemprego.
● Milton Friedman, usando a distinção
entre curto e longo prazo
(fundamental em toda a sua crítica
aos keynesianos),
● mostra que, no curto prazo, é
possível reduzir o desemprego com
uma política monetária
expansionista.
● Porém, à medida que os agentes
econômicos adaptam suas
expectativas, volta-se ao nível
anterior de desemprego (a chamada
taxa natural de desemprego)
● e a um nível superior de preços.
● A crítica devastadora é de Robert
Lucas, os agentes eles formam
expectativas racionais
● porque têm o mesmo modelo que os
formuladores de políticas
econômicas.
● Os agentes não cometem erros
sistemáticos, tanto no curto como
no longo prazo.
● O efeito maior da sua crítica é sobre
os modelos macros que não se
apoiam nas decisões individuais dos
agentes, ou seja, não têm
microfundamentos sólidos.
● Mais de meio século já decorreu
desde que a obr� d� Keyne�
revoluciono� � mund� econômic�,
● sem que outra “teoria geral” e outro
autor se impusesse com tanta força;
● nem mesmo no momento atual,
● quando o próprio keynesianismo
começa a refluir diante da escalada
do neoliberalismo,
● bem como ante as renovações,
fusões ou cisões de antigas
correntes e de escolas do
pensamento econômico.
● Aliás, um ponto especial de grande
influência do keynesianismo
permanece insuperável:
● a tendência matematizante da teoria
econômica.
h� outr� característic� dest� époc� qu� talve�
expliqu� � ausênci� d� um� obr� o� d� u� auto�
d� po�t� d� Keyne�:
● é a avalanche de contribuições
científicas esparsas e,
● em geral, limitadas a determinados
aspectos da teoria e/ou de sua
aplicação, deixando confusos os
próprios economistas e dificultando
as tentativas de sistematização, de
● busca dos principais
encadeamentos ou de articulações
das diversas dimensões da Ciência
Econômica
A variad� contribuiçã� d��
economista�: Prêmi� Nobe�
Quase todos os laureados são
norte-americanos natos ou
naturalizados, ou economistas
pesquisadores que mantêm
estreitos vínculos com importantes
centros de ensino e de pesquisa dos
Estados Unidos.
● A adoção dessa política de
valorização do capital intelectual,
desde a Segunda Guerra Mundial,
como se verá adiante,28 contribuiu
muito para os Estados Unidos se
afirmarem como o grande centro
mundial de estudos da Ciência
Econômica e, especialmente, de
modelos macroeconômicos.
● diversos críticos chamaram a
atenção para alguns aspectos
negativos,
● tais como a excepcional autoridade
científica atribuída a um indivíduo,
como se sua competência
abrangesse todos os problemas da
sociedade;
● o desproporcional peso das
diretrizes do mainstream
establishment e não propriamente
da Ciência Econô-mica;
● a ausência de marxistas e escassez
de mulheres cientistas apesar de
economistas como Joan Robinson.
A premiada Elinor Ostrom, em 2009,
é realmente uma exceção.
● Daí a ironização — para ser
distinguido com o Prêmio Nobel de
● Economia é preciso ser homem,
norte-americano e do establishment.
A� principai� tendência� econômic��
nove principais, do ponto de vista didático,
embora na realidade elas se interpenetrem e
se completem
1. a revolução matematizante da Ciência
Econômica;
2. a divulgação didática da teoria
econômica matematizada;
3. a oposição econome-tristas versus
economistas institucionalistas;
4. os grandes modelos macroeconômicos
5. ; as controvérsias dos anos 1970/80
sobre a prática da Econometria;
6. o vitorioso e longo intervencionismo
keynesiano;
7. o neoliberalismo contestado;
8. as principais heterodoxias e outros
grandes questionamentos
A revoluçã� matematizant� d� ciênci�
econômic�
de Jevons e Walras pelo uso da matemática
no fazer ciência torna-se a característica
mais marcante da Ciência Econômica
● A Econometria representou a
“unificação da teoria econômica com
a estatística econômica e as
matemáticas para a compreensão
real das relações quantitativas da
vida econômica”
● o objetivo estatutário de tratar do
“avanço dateoria econômica em suas
relações com as estatísticas e as
matemáticas
A divulgaçã� didátic� d� teori� econômic�
matematizad�
● cada vez maior o prestígio da
Ciência Econômica diante do
sucesso da teoria econômica
matematizada, axiomática e
simbólica.
● Multiplicaram-se trabalhos como os
de contabilidade nacional,
planejamento, políticas econômicas
de desenvol-vimento, equilíbrio
econômico, entre outros.
● Paul Anthony Samuelson passou a
ser um dos primeiros economistas
americanos mais conhecidos devido
não só à grande divulgação de seus
artigos de reformulação matemática
da Economia, em revistas de
economia matemática que se
multiplicavam,
● Tais como Econometrica
● mas também em outras revistas de
Economia
● foi logo em seguida traduzido para
diversos idiomas, tornando-se o
manual básico mais famoso dos
cursos universitários de Ciências
Econômicas no mundo ocidental
● . Desde 1988, esse manual, com o
título de Economia
● Os veículos de divulgação da teoria
econômica matematizada contaram,
ainda, com a criação de outras
revistas que se impuseram como
consulta obrigatória nessa área
● Aliás, entre as demais ciências
sociais, os instrumentos da
metodologia quantita-tiva da Ciência
Econômica suscitaram, também,
novas abordagens, apesar de
críticas e, frequentemente, de
ferrenhas oposição
A op�siçã� econometrista� ve�su�
economista� institucionalista�
Essa oposição, que foi se tornando evidente
com o keynesianismo, assumiu maiores
proporções com as críticas dos membros
do National Bureau of Economic Research,
que consideravam os estudos dos
institucionalistas meros trabalhos de
especulação teórica pura e indutivismo
empírico
● o institucionalismo, diminuem as
críticas de seus opositores mais
ferrenhos: os econometristas. O
movimento neo institucionalista
contemporâneo é multidisciplinar
● Outras características do
movimento são a diversificação, a
amplitude do programa, a recusa de
separar a economia da realidade
social e a busca de caminhos
alternativos com base nas
instituições, nos valores sociais, nas
tecnologias e na própria evolução da
sociedade.
O� grande� model�� macroeconômic��
Com a Segunda Guerra Mundial, os
Estados Unidos tornaram-se o
centro do nas-cimento e do
desenvolvimento de grandes
modelos macroeconômicos e
também o polo geográfico principal
da Ciência Econômica
● Vários fatos contribuíram para isso,
em especial a possibilidade de
contatos de matemáticos,
estatísticos, economistas e
administradores civis e militares, em
instituições ligadas à pesquisa
militar
● Nessas instituições
desenvolveram-se, então,
● importantes pesquisas aplicáveis às
atividades militares e econômicas
em geral, com a utilização da teoria
dos jogos, programação linear,
análise de sistema, alocação ótima
de recursos, pesquisa opera-cional e
outras.
● A teoria econômica beneficiou-se da
grande capacidade norte-americana
de mobi-lizar, abrigar e integrar
especialistas estrangeiros, inclusive
dissidentes e contestadores.
● Porém, beneficiou-se,
principalmente, da visão dos
acadêmicos de uma nação rica e da
presença de instituições de apoio às
pesquisas de dinâmicos grupos de
inter-relação entre universidades,
governo, empresários, sistema
bancário e financeiro etc.
● Em decorrência dessa formidável
possibilidade de troca direta de
experiências, nos Estados Unidos,
foi possível a reformulação
matemática de todos os setores da
atividade econômica — teoria do
comércio internacional, análise da
flutuação dos ciclos, teoria do
consumidor, teoria do valor,
Macroeconomia keynesiana
A� contrové�sia� d�� an�� 1970 � 1980
sobr� � prátic� d� Econometri�
● 1970 e 1980 são marcados por
grandes debates sobre a prática
econométrica, mobilizando
argumentos para a controvérsia
● entre keynesianos, mone-taristas e
a nova Macroeconomia clássica.
● Em outras palavras, o
keynesianismo, que ainda dominava
a cena,
● não mais se baseava naquele
Keynes que desejava romper com a
escola clássica, mas em um
instru-mental cada vez mais
sofisticado, que se tornou conhecido
como economia neoclássica, ou a
nova ortodoxia econômica que
dominou o pensamento econômico
durante amplo período, após a
Segunda Guerra Mundial.
● Em linhas gerais, a síntese
neoclássica, também denominada
nova Macroeconomia clássica,
apresenta as seguintes
características gerais:
● ■ volta às teorias pré-keynesianas
● ■ interação entre micro e
Macroeconomia
● ■ desenvolvimento de uma visão
monetarista alternativa da teoria
keynesiana e posicionamento a
respeito de uma política econômica
restrita ao estabelecimento de
regras estáveis e previsíveis
● A ortodoxia formada e consolidada
nos anos 1940 e 1950 triunfou nos
anos 1960 chamada:
Nov� Economi�.
● atraindo significativas subvenções
de instituições internacionais de
financiamento à pesquisa e
compondo um sistema tão
poderoso que desencorajava a
contestação de cientistas de outras
tendências.
● 1970, várias certezas que apoiavam
o intervencionismo keynesiano
começaram a ser abaladas por
críticas de economistas com
orientações políticas diferentes,
tanto daqueles considerados de
esquerda como de economistas da
direita.
● Milton Friedman destacou-se como
importante líder da oposição à
ortodoxia keynesiana — oposição
por ele mesmo denominada contra
revolução monetarista.
O vitori�s� � long� intervencionism�
keynesian�
● keynesianismo foi se afastando do
núcleo teórico elaborado por Keynes.
● Manteve-se, porém, como importante
ponto de convergência de diferentes
aspectos do chamado “pensamento
keynesiano”, caracterizado pela
ruptura com os clássicos
● o keynesianismo chegou até a abrigar
abordagens que Keynes havia
combatido, tornando-se uma espécie
de “sincretismo” econômico
● 1936, predominou o chamado caráter
keyne-siano nos desdobramentos e
desenvolvimentos da Ciência
Econômica teórica e aplicada e das
políticas econômicas
● O que significa caráter keynesiano?
● embora a vitoriosa maré keynesiana
se afastasse do difícil núcleo teórico
de Keynes, geralmente qualificado de
“pesado”, mantinha com ele alguns
liames e, ao mesmo tempo, ligava-se
a outras fontes de inspiração.
● Assim, por exemplo, generalizava-se
a obrigação do governo de assegurar
o pleno em-prego;
● a matematização da economia
facilitava a simplificação das relações
entre grandezas macroeconômicas;
● dados mais confiáveis, graças a
novos instrumentos estatísticos e
matemáticos, possibilitavam a análise
dos agregados macroeconô-micos e
de suas relações funcionais;
● surgiam as contabilidades nacionais
● Do ponto de vista das políticas
econômicas
● keynesianas as inspirações de liberais
e radicais, difundidas do mundo
anglo-saxão ou as idéias
social-democratas,
socialista-reformistas,
cristão-democratas e reformadores
sociais em geral, que partiam da
Europa.
● Algumas aproximações do
keynesianismo chegaram até mesmo
a abranger abordagens que Keynes
havia combatido, como o sincretismo
econômico da síntese clássica.
● modelos macroeconométricos vão
ser elaborados pelos autores da
síntese neoclássica.
● Surgem, assim, as simulações do
funcionamento das economias dos
principais países industrializados,
com base, sobretudo, no progresso
das contabilidades nacionais/sociais,
na econometria e na informática.
● Os autores neoclássicos reveem
estatisticamente as principais
funções keynesianas e apresentam
reelaborações, como as relações
entre renda e consumo, taxas de
salário e desemprego, inflação e
desemprego, determinantes do
investimento.
O neoliberalism� contestad�
● Com o refluxo do intervencionismo
de inspiração keynesiana, a política
econômica neoliberal foi implantada
no mundo inteiro, principalmente no
último decênio.
● Suas bases principais são a
desregulamentação da economia, a
privatização do setor empresarial do
Estado, a liberalização dos
mercados, a redução de défice
público, o controle da inflação, o
corte nas despesas sociais, entre
outros itens.
● A força inicial do neoliberalismo
está refluindo devido aos
contrastantes efeitos perversos do
Estado mínimo, principalmenteem
comparação ao Estado-providência,
em fase de desmantelamento.
● Somam-se a isso o rápido aumento
da exclusão social, os protestos
armados, as duras lutas étnicas
e/ou conflitos rurais e urbanos, que
contribuem para dificultar ou quase
inviabilizar a governabilidade
democrática em um futuro próximo.
● muitas as oposições às
consequências socioeconômicas do
neoliberalismo, como se verificou
em ruidosas manifestações
populares em Seattle, Washington e
em outras cidades que sediaram
reuniões da Organização Mundial do
Comércio, do Fundo Monetário
Internacional, do Banco Mundial, do
G7 ou grupo dos países mais
industrializados do mundo etc
janeir� d� 2001, quand� Po�t� Alegr�
torno�-s�, po� algun� dia�, � sed� mundia�
d� op�siçã� � globalizaçã� neolibera�.
Fórum Social Mundial de Porto Alegre
surgiu como contraponto ao Fórum
Econômico de Davos.
● a presença de algumas
Organiza-ções Não Governamentais
(ONGs) discordantes contribuía, na
realidade, para realçar alguns
argumentos favoráveis às
necessidades de reformas do
Estado, à total liberação das forças
do mercado e à posição
predominante da alta finança
internacional e dos governos das
potências capitalistas.
● A crítica contrária a Davos
resumia-se, de modo geral, em
reclamações à quase nula atenção
aos problemas sociais, enquanto o
foco do evento concentrava-se em
problemas de risco de investimentos
em países emergentes e em
desrespeito ao direito de
propriedade intelectual.
● Porto Alegre significou, então, uma
agenda alternativa de reflexões para
propostas de construção de um
outro mundo possível, nem de
exclusão social, nem de hegemonia
financeira do neoliberalismo.
● marcou várias posições
interessantes, entre as quais a
resistência ao neoliberalismo, a
crítica ao mercado e ao capital
especulativo, a defesa da
democracia e da solidariedade, o
respeito aos direitos humanos e à
cultura dos povos e a luta em prol de
melhor qualidade da vida humana
● os debates das grandes questões
que limitam o desenvolvimento
humano, com a participação de
pessoas de países tão
diferenciados, apresentaram rico
material de estudo e de reflexão
para análises posteriores.
● apontou também algumas
alternativas, tais como a Tobin tax
que, no campo financeiro, propõe a
cobrança do imposto de 0,1% a 0,5%
sobre as transações;
● e outras medidas, como controle
social dos orçamentos públicos,
estímulo ao desenvolvimento
científico, universalização dos
direitos humanos e cidadania
planetária.
A� principai� heterod�xia�
● Estudos de economia marcados
pela heterodoxia pós-keynesiana,
outros surgem da renovação das
correntes marxistas e também da
persistência do institucionalismo.
● A corrente pós-keynesiana procura
uma análise alternativa de
prolongamento da obra de Keynes
no movimento de ruptura com os
clássicos.
● Entre os autores identificáveis como
pós-keynesianos, manifestam-se a
rejeição pelos trabalhos de síntese
e, de modo geral, a indicação de
políticas econômicas que conduzem
a mudanças estruturais.
● Sraffa, por exemplo, desempenha
importante papel na evolução do
pós-keynesianismo
● Por outro lado, o movimento
heterodoxo marxista amplia-se
● Os problemas do desenvolvimento e
do subdesenvolvimento atraem a
atenção de acadêmicos e
pesquisadores
● um grupo de economistas e
cientistas sociais da Cepal procura
combinar a análise marxista com a
análise estrutural e estudar as
características do capitalismo
periférico, bem como as relações
centro-periferia

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