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SISTEMAS DE CONCRETO ARMADO Prof. Mara Campos Arquiteta e Urbanista Mestre em Eng. Civil ana.campos@professoreseunifanor.edu.br maracampos86@gmail.com 📌AULA 02 OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL PARA ESTRUTURAS DE EDIFICAÇÕES PEDRA PEDRA • Tem enorme durabilidade; • Grande resistência a compressão; • Baixa resistência a tração; • Disponibilidade; • Dificuldades para se moldar; OBS: O tempo ataca certas pedras como os mármores e ataca muito menos os granitos. PEDRA • Tem enorme durabilidade; • Grande resistência a compressão; • Baixa resistência a tração; • Disponibilidade; • Dificuldades para se moldar; OBS: O tempo ataca certas pedras como os mármores e ataca muito menos os granitos. PEDRA SÃO TOMÉ DAS LETRAS, MG, BRASIL PEDRA SÃO TOMÉ DAS LETRAS, MG, BRASIL Igreja Nossa Senhora do Rosário - Conhecida como Igreja de Pedra, a Igreja do Rosário teve sua construção iniciada ainda no século XVIII por escravos que eram impedidos de frequentar os cultos na igreja Matriz. PEDRA SÃO TOMÉ DAS LETRAS, MG, BRASIL MADEIRA MADEIRA • Material versátil; • Várias cores, texturas, durezas e tamanhos; • Enorme facilidade de uso: ▫ É fácil de cortar ▫ Existe em quase todos os lugares ▫ É renovável ▫ Tem boa resistência à compressão e tração • Desvantagens: ▫ É combustível ▫ É atacada por microorganismos MADEIRA Igrejas Budistas do Extremo Oriente MADEIRA Igrejas Budistas do Extremo Oriente MADEIRA Residências no Sul do Brasil MADEIRA Residências no Sul do Brasil ARGILA ARGILA (BARRO) • Existente em vários locais; • Argamassa de assentamento (crua); ▫ Pode sofrer ação de chuvas • Tijolos (moldada e cozida); ▫ Resistência a compressão • Utilizada para fabricação de casas de pau-a-pique; ARGILA (BARRO) Cidade de Ouro Preto – Brasil AÇO AÇO • Resiste muito bem a tração e compressão; • É um produto caro; • Sofre a ação do tempo com a umidade (corrosão – ferrugem); • Maior complexidade construtiva; • Menor tempo de montagem e execução; • Uso muito difundido. AÇO Torre Eiffel AÇO Torre Eiffel AÇO Ponte Pênsil Hercílio Luz – Florianópolis/SC. AÇO Biblioteca Central da Unitri, Uberlândia/MG. AÇO Vergalhões para concreto. CONCRETO CONCRETO • Pedra artificial; • Resiste muito bem a compressão e pouco a tração; • Moldável – uso de formas; • Diversos tipos; • Utilizado em: ▫ Lajes ▫ Vigas ▫ Pilares ▫ E Fundações CONCRETO Memorial da América Latina – São Paulo/SP. CONCRETO Memorial da Cabanagem – Belém/PA. CONCRETO Escola de arte da Universidade de Monterrey, no México. (Tadao Ando) ANÁLISE DE ALGUMAS ESTRUTURAS DE CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS MESQUITA DE DJENNÉ, MALI • Construção em barro; • Pontaletes visíveis, são peças de madeiras que serviam como armadura, pois o barro sozinho não tinha rigidez suficiente. • As pedras resistem bem à compressão e muito mal a flexão. • Colunas gregas, um sistema construtivo muito antigo, não mais usado. As colunas deviam ficar próximas porque as vigas apoiadas sobre as colunas eram de pedra, logo, não tinham resistência a flexão. NOTA ARQUITETÔNICA • Nas vigas ocorrem flexão e tração, logo o vão deve ser extremamente reduzido. • Para vencer vãos maiores é utilizado arcos de pedra, pois o único esforço é a compressão. • A estabilidade de um arco só se estabelece quando é colocada a última pedra. (Fecho, ouro...) PONTE EM ARCO COM PEDRAS, SÃO JOÃO DEL REY/MG. • Baseada na tecnologia da Velha Roma, pedras com simples encaixes, não utiliza cimento nem armadura de aço. AQUEDUTO DU GARD • Antes do concreto armado, os romanos, na época de Cristo, criaram uma maneira de vencer vãos com a técnica de arcos usando pedras. • Nessas obras com arcos, as pedras estão sempre em compressão e resistem bem. COLISEU (ROMA) A NATUREZA IMITA AS OBRAS ROMANAS???? PEDRA FURADA, JERICOACOARA/CE A NATUREZA IMITA AS OBRAS ROMANAS???? ILHA DA PEDRA FURADA, MARAÚ/BA EDIFÍCIO MARTINELLI, SÃO PAULO/SP. • Estrutura em concreto armado (lajes, vigas e pilares) e alvenaria de tijolos. • Construído nos anos 30, do séc. XX. • Origem dos materiais: • Cimento – Europa; • Aço – Europa; • Instalações (Fios elétricos, tubos de água e esgoto) – Europa; • Madeira de Fôrma, areia e água – Fornecimento local; • Mão de Obra – imigrantes espanhóis e italianos, além de mão de obra local e de origem simples. Projeto Estrutural pelo Eng. Italo Martinelli e Arquitetônico por Willian Fillinger. EDIFÍCIO MARTINELLI, SÃO PAULO/SP. AS ESTRUTURAS DOS PRÉDIOS. A TRINDADE DE OURO: LAJES, VIGAS E PILARES ANALOGIA • Duas mesas de madeira superpostas lembram uma estrutura de concreto armado. COMPONENTES DA TRINDADE DE OURO A LAJE • A laje nos casos mais comuns se apoiam nas VIGAS; • As vigas nos casos mais comuns se apoiam nos PILARES; • Às vezes, no andar térreo de prédios para dar maior limpeza arquitetônica e maior visibilidade, coloca-se a viga invertida; • Os pilares, por sua vez, se apoiam e transmitem as cargas para as fundações, e estas se apoiam no solo. • Perspectiva da estrutura do sobrado com estrutura de concreto armado. • Conjunto de parede de alvenaria, lajes maciças, vigas e pilares. 1. Parede de alvenaria 2. Laje maciça de concreto armado (5 a 20cm); 3. Viga V1de concreto armado suportando lajes (largura variando de 5 a 20cm); 4. Viga V2 de concreto armado suportando a carga da parede superior e a carga da própria laje (altura maior que V1); 5. Pilar P1 de concreto armado – recebe carga das paredes, lajes, vigas e as cargas de uso (Seção retangular variando entre 15 a 30cm em residências) EXCETO... NOTAS • Pilar se apoia em fundações, ou se apoia em outros pilares, ou e, casos excepcionais se apoia em vigas de alta responsabilidade, chamadas de vigas de ALTA RESPONSABILIDADE, chamadas de VIGAS DE TRANSIÇÃO. LAJES-COGUMELOS • A norma de concreto define: • LAJE-COGUMELO: Laje que se apoia em pilares sem vigas mas usa capitel(para distribuir as tensões, evitando concentração de tensões). • LAJE LISA: Um tipo derivado da laje-cogumelo e que não tem capitel. • Como todo o peso da laje se concentra nos pilares, sem a distribuição de carga pelas vigas, a norma é taxativa na espessura mínima das lajes-cogumelos e lajes lisas comparada a uma laje comum; • Laje de piso comum – espessura mínima: 8cm; • Laje-cogumelo – espessura mínima: 14cm; • Laje lisa – espessura mínima: 16cm; • Laje comum de cobertura não em balanço: 7cm. LAJES-COGUMELOS LAJES-COGUMELOS LAJES LISAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, RIO DE JANEIRO/RJ. • Utilização de Lajes-Cogumelo PUNÇÃO EM LAJE PUNÇÃO EM LAJE RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • As cargas dos prédios tem, no final, que ser transmitidas ao terreno. Ou seja, as cargas correspondentes à: • Peso próprio da estrutura; • Carga acidental; • Carga do vento; RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Se o solo for muito resistente (rocha, argila dura), simples sapatas resolvem o problema. Edifício Sobre as Ondas, Guarujá/SP. Hotel do SESC, Ilha do Boi, Vitória/ES. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Se o solo for muito resistente (rocha, argila dura), simples sapatas resolvem o problema. Cristo Redentor, Rio de Janeiro/RJ Cristo Redentor, Rio de Janeiro/RJ RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Quando o solo é algo resistente, mas não rochoso, podemos ter que usar: • Sapatas; • Radier. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Se o solo resistente estiver mais fundo, podemos usar pequenas estacas, chamadas de brocas, ou estacas de concreto armado ou de aço, ou de madeiras. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Se as cargas forem grandes (prédios muito altos), usaremos a solução tubulão, descarregando a carga total num solo mais resistente ede forma mais distribuída. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO • Fatores que governam a escolha da fundação: • Cargas; • Tipo de solo; • Custo, prazo de execução, possibilidade de danos a obras próximas, etc. • Em Ouro Preto/MG, ninguém pode pensar em usar estacas cravadas com o choque de um pilão, com transferência de muita vibração ao terreno, face aos danos possíveis de causar aos velhos sobradões colônias. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO RECALQUES • A obra afunda depois de pronta, milímetros a decímetros; • Pode levar anos (solos argilosos) ou quase que imediatamente (solos arenosos). • Recalques homogêneos, que não trazem consequências de esforços adicionais a estrutura; • Recalques diferenciais, trazendo esforços não previstos nas estruturas. RELAÇÃO ESTRUTURAL E SEU APOIO FINAL NO SOLO RECALQUE DIFERENCIAL • https://www.youtube.com/watch?v=LJ0lLoGki1I 2:06’ • https://www.youtube.com/watch?v=R22WWyFpjS0 14:20’ https://www.youtube.com/watch?v=LJ0lLoGki1I https://www.youtube.com/watch?v=R22WWyFpjS0 ATIVIDADE 01: ANÁLISE DE PROJETOS DE CONCRETO ARMADO • Identificação e características do Projeto • Materiais utilizados • Estrutura: • Forma de utilização da Trindade de Ouro • Fundações • Análise crítica link da atividade: https://docs.google.com/forms/d/1S6gZjAm1FJq_R-NxDEsXp0AY8O_kVAEx3BOXn9hJEsc/edit?usp=sharing https://docs.google.com/forms/d/1S6gZjAm1FJq_R-NxDEsXp0AY8O_kVAEx3BOXn9hJEsc/edit?usp=sharing PROJETOS 1. Church of the Light | Tadao Ando, 1989 2. Escola de Arte da Universidade de Monterrey | Tadao Ando, 2013 3. Casa Cubo | Studio MK27, 2012 4. Casa Bertolini | Studioparalelo + MAAM, 2008 5. Convento de La Tourette | Le Corbuiser, 1960 6. Igreja de São Francisco de Assis | Oscar Niemeyer, 1943 7. Bar de Sucos & Terraço Egan | Architecture 53seven, 2007 8. Edifício Copan | Oscar Niemeyer, 1961 9. RW Concrete Church | NAMELESS Architecture, 2013 10. Concrete House | Vanguarda Architects, 2010 11. Concrete Slit House | AZL Architects, 2008 12. Concrete House | Ogrydziak Prillinger Architects, 2007
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