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Dalton Willians S Arandas - Medicina 1 BIOFÍSICA BIOFÍSICA DA ÁGUA A água é líquida em temperatura ambiente graças às forças moleculares que promovem a coesão entre as moléculas. O que promove essas interações é a característica da molécula de água que tem uma angulação entre seus átomos de oxigênio e hidrogênio de 104,45° que faz com que a molécula d’água seja polar e assume polos parcialmente negativos e positivos na molécula que consegue interagir com moléculas adjacentes. Uma molécula de água pode interagir com até 3 ligações de hidrogênio ao mesmo tempo, conferindo uma alta capacidade de formar ligações de hidrogênio. E essas ligações de hidrogênio por sua vez promovem alta capacidade de coesão entre as moléculas de água. E por esse motivo, por ter elevada capacidade de coesão com ligações extremamente fortes (ligações de hidrogênio) a água em temperatura ambiente não encontra calor suficiente para quebrar suas ligações de hidrogênio e por isso assume a forma líquida. Tensão superficial: fenômeno de superfície que ocorre na interface entre dois fluidos (água e ar por exemplo) e ela surge devido à coesão entre as moléculas na superfície, porque na região central do líquido as moléculas são atraídas por moléculas adjacentes por todos os lados e por várias forças e a resultante dessas forças nesse fenômeno é zero, já as moléculas de água na superfície tem uma resultante de forças numérica de coesão entre as moléculas da água, de maneira a formar uma membrana elástica na superfície em uma das faces do líquido. Por esse motivo, a tensão superficial da água dificulta a penetração de objetos no corpo d’água. Alvéolos pulmonares: realizam as trocas gasosas, permitindo que o oxigênio chegue até a corrente sanguínea. O oxigênio é captado pela célula que é formada por 80% de água e aí se encontra dois impasses, o primeiro é porque o oxigênio é apolar e a água polar e encontra dificuldade em solubilizar na água e o segundo é porque devido a alta tensão superficial da água. E para resolver esses problemas há a presença do líquido surfactante pulmonar que é um tensoativo (que diminui a tensão superficial) e facilita as trocas gasosas. SDRA - Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo / SARA - Síndrome da Angústia Respiratória do Recém-nascido / Síndrome da membrana hialina: Esses vários sinônimos representam a mesma doença que provoca desconforto respiratório em decorrência do feto não criar líquido surfactante suficiente para respiração e essa situação faz com que os alvéolos dos pulmões não permaneçam abertos por causa da elevada tensão superficial, e para resolver esse problema existe um medicamento de administração intratraqueal que é o curosurf - que é um tensoativo sintético que necessita ser administrado imediatamente. Osmose e osmolaridade: A osmose é o movimento de água através de uma membrana semipermeável ocasionado por diferenças de pressão osmótica. E esse fenômeno depende da quantidade de partículas de soluto dissolvida no solvente. A diferença de partículas gera uma pressão que é a pressão osmótica que direciona o movimento da água entre as membranas que faz a água se direcionar ao meio mais concentrado (de maior osmolaridade). Desse modo a. Dalton Willians S Arandas - Medicina 2 Osmolaridade: simboliza a quantidade de partículas de soluto em uma solução. Pode ser calculada da seguinte maneira: A pressão osmótica / Pressão oncótica é definida como a pressão que surge pela diferença de osmolaridade. Que pode ser calculada da seguinte maneira: Diabetes: O diabético deve ter um cuidado maior com lesões em músculos inferiores em decorrência da diminuição da circulação que deixa o sangue mais viscoso por ter uma maior concentração de soluto que aumenta a pressão osmótica para dentro do vaso sanguíneo o que acarreta na mudança da dinâmica entre a pressão hidrostática que (depende da pressão arterial) e a pressão osmótica, que em cenários normais a pressão hidrostática que é maior que a pressão osmótica, já numa situação de diabetes o sangue encontra maior dificuldade de sair do capilar sanguíneo Edema: Aumento do líquido na região intersticial ocasionado pela menor pressão osmótica Edema na Insuficiência Renal Crônica: Promove maior quantidades de edemas em membros inferiores porque há a lesão glomerular que faz com que proteínas, como por exemplo a albumina que é uma grande proteína plasmática, saiam da urina que diminui a osmolaridade do plasma e diminui a pressão osmótica, que favorece uma maior força da pressão hidrostática por não ter mais o contrapeso adequado da pressão osmótica faz com que o líquido advindo do sangue flua em maior quantidade para o interstício que gera o edema. Edema pulmonar: Pessoas com hipertensão arterial devem estar atentos que ela pode gerar outras doenças como por exemplo o edema pulmonar, porque nos pulmões há um fluxo nos capilares que chegam a esse órgão com uma pressão fora do normal que promove maior saída de líquidos para os pulmões o que acarreta no edema. Perfusão (nutrição) tecidual: Ocorre pelo equilíbrio entre as pressões osmótica e hidrostática. Inflamação: processo natural de resposta do organismo em reposta a uma injúria que é uma resposta celular e tecidual que envolve processos bioquímicos importantes, inclusive a produção de proteínas que são responsáveis pelo processo inflamatório como as prostaglandinas, os leucotrienos e a histamina. E as prostaglandinas, uma das principais proteínas da resposta inflamatória, aumentam a permeabilidade capilar que promove o afastamento dos espaços intercelulares do endotélio que recobre o íntimo dos vasos que aumenta o fluxo de líquido que aumenta o volume do tecido, deixando também o tecido edemaciado vermelho pela grande quantidade de elementos do sangue que migram junto com o fluído entre o endotélio. Para diminuir a inflamação o objetivo é inibir a produção de prostaglandinas, e esse é o mecanismo de ação dos AINES (Anti- inflamatórios não esteroidais, ex.: Ibuprofeno, naproxeno, nimesulida, piroxicam, ácido mefenâmico). Desidratação: processo de perda de água acima do normal no organismo, conforme a perda se intensifica sintomas, como boca seca, olhos fundos, aumento da frequência cardíaca (taquicardia), diminuição da diurese (urina), queda da pressão arterial. Esses fatores podem levar à confusão mental, aumento severo da osmolaridade plasmática e choque hipovolêmico que pode levar o paciente a óbito, situações como a hemorragia interna causam forte desidratação. Existem três tipos básico de desidratação: • Desidratação isotônica: água e sais minerais são perdidos em proporções equivalente às que existem no organismo. Vômitos e diarreias desencadeiam esse tipo de desidratação; • Desidratação hipertônica: a perda de água é proporcionalmente maior que a perda de eletrólitos, como ocorre na falta de ingestão de água que pode levar a hipernatremia que é o aumento dos níveis sódicos no plasma; • Desidratação hipotônica: também chamada de hiponatremia que é a diminuição dos níveis sódicos no plasma. Proporcionalmente são perdidos mais sais de água, como nos casos de transpiração muito elevada.
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