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Políticas Públicas para Prevenção da Gravidez na Adolescência e Direitos Trabalhistas no Brasil

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO:
1. Descrever as políticas públicas brasileiras relativas à prevenção e atenção à gravidez na adolescência.
A gravidez na adolescência teve uma queda de 17% no Brasil segundo dados preliminares do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) do Ministério da Saúde (2004 a 2015).
Em números absolutos a redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos em 2004 para 546.529 em 2015. 
A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%), seguido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região Sul (62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%).
A mudança de padrões da gravidez na adolescência está relacionada a vários fatores como expansão do programa Saúde da Família, mais acesso a métodos contraceptivos e ao Programa Saúde na Escola que oferece informação de educação em saúde, que leva ao empoderamento dos próprios adolescentes ao fazer escolhas livres e determinar o seu projeto de vida.
Educação sexual
O Ministério da Saúde tem implementado ações que ampliam as oportunidades em educação em saúde com foco no direito sexual e direito reprodutivo para adolescentes, que conscientizam essa população sobre o tempo desejável para engravidar, uma vez que a pesquisa Nascer no Brasil mostra que 66% de gravidez em adolescentes são indesejadas.
Para, além disso, o Ministério da Saúde vem trabalhando fortemente com a promoção, proteção e recuperação da saúde de adolescentes e jovens buscando sensibilizar gestores para uma visão completa do ser humano e para uma abordagem sistêmica das necessidades dessa população.
Uma das iniciativas é a distribuição das Cadernetas de Saúde de Adolescentes (CSA), com as versões masculina e feminina. A caderneta contém os subsídios que orientam o atendimento integral aos adolescentes, com linguagem acessível, possibilitando ao adolescente ser o protagonista do seu desenvolvimento.
Outras estratégias adotadas pelo Sistema Único de Saúdes (SUS) incluem a distribuição de vários métodos contraceptivos nos diversos serviços de atendimento à população, inclusive aos adolescentes.
http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-do-adolescente-e-do-jovem/informacoes-sobre-gravidez-na-adolescencia2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO:
1. Identificar o papel da classe operária nas relações sociais de produção capitalistas segundo a sociologia de K. Marx. 
A organização produtiva feudal, com sua forma de propriedade dos meios de produção urbana e rural, processos de trabalho e técnicas, já tinha se esgotado, e novas forças produtivas muito mais poderosas vinham se desenvolvendo.
O desenvolvimento do comércio marítimo e a fundação das colônias, a manutenção das velhas estruturas feudais constituir-se-iam num entrave à continuidade daquela expansão.
Deve ficar claro que não se tratava apenas de uma mudança nos processos produtivos, mas também no que se refere à organização política do Estado, às forças sociais em que este se sustentava e a outras instituições, tais como o sistema jurídico e tributário, a moral, religião, cultura e ideologia antes dominantes.
A burguesia destruiu os modos de organização do trabalho, as formas da propriedade no campo e na cidade; debilitou as antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero, substituiu a legislação feudal, e eliminou os impostos e obrigações feudais, as corporações de ofício, o sistema de vassalagem que impedia que os servos se transformassem nos trabalhadores livres e mesmo o regime político monárquico nos casos em que sua existência representava um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades da produção capitalista. 
A burguesia “cria um mundo à sua imagem e semelhança”.
A burguesia foi, naquele momento, a mais nítida expressão da modernidade e do processo de racionalização.
2. Descrever o processo de aquisição de direitos trabalhistas no Brasil, notadamente os relacionados à saúde.
Ao longo das décadas de 1930 e 1940, o Ministério elaborou e decretou medidas protetivas para trabalhadoras e trabalhadores. Por exemplo, em 1932, foram regulamentados os Institutos de Aposentadoria e Pensões; em 1933, foi criada a carteira de trabalho; em 1938, foi instituído o salário mínimo. Essas e outras medidas protetivas foram reunidas, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Tais medidas atendiam a demandas antigas do movimento sindical brasileiro e as transformavam em direitos legalmente constituídos. Também no Ministério do Trabalho foram criadas as Comissões Mistas de Conciliação que deram origem à Justiça do Trabalho. Pode-se dizer que o Ministério do Trabalho foi o primeiro e principal instrumento para a implementação do projeto político do governo Vargas.
O projeto modernizador do primeiro governo de Getúlio Vargas, que previa a aceleração da industrialização do país, dependia da diminuição das tensões sociais causadas pela exploração do trabalho, especialmente nos centros urbanos. Para tanto, o governo criou e difundiu um projeto político e ideológico de valorização do trabalho que tinha como objetivo principal a criação da figura do “cidadão-trabalhador”.
O aperfeiçoamento da cidadania no Brasil se deu, em grande medida, graças ao trabalhador e à trabalhadora que reconheciam seus direitos e sabiam a quais mecanismos recorrer para exigi-los dentro da estrutura do Estado, e graças, também, ao Ministério, que teve a função primária de criar e vindoura de fiscalizar o cumprimento das leis.
https://www.cafehistoria.com.br/por-que-ministerio-do-trabalho-foi-criado
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):	
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
PORTARIA Nº 3.908, DE 30 DE OUTUBRO DE 1998
Estabelece procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e serviços de saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS).
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3908_30_10_1998.html
PORTARIA Nº 1339,DE 18 DE NOVEMBRO DE 1999
Art. 1º Instituir a Lista de Doenças relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico, constante no Anexo I desta Portaria.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt1339_18_11_1999.html
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO:
1. Mostrar os impactos sociais do consumo de drogas no Brasil.
Quanto às perdas decorrentes da dependência química, (Tabela 1), 6,6% (n= 23) dos usuários abandonaram os estudos ao menos uma vez na vida e 54% (n= 189) tiveram problemas relacionados à família. Quanto aos problemas conjugais, 29,4% (n= 103) tiveram algum conflito, sendo que desses, 91,6% (n= 87) evoluíram para a separação conjugal em decorrência da dependência química. Em 21,7% (n= 76) dos casos, houve a presença de prejuízos laborais, desses, 63,2% (n= 50) já perderam o emprego em decorrência da dependência química. Por fim, 10,6% (n=37) já moraram na rua por consequência da dependência química. 
Na tabela 2 são apresentados os dados relacionados ao envolvimento dos dependentes químicos com a criminalidade e com a violência. Entre eles, 20,6% (n=72) cometeram algum tipo de infração penal, entre as quais destacam-se em 49% (n=35) furtos e 13% (n=9) tráfico de drogas. Em 29% (n=21) houve como consequência a privação de liberdade. 
No que se refere à violência, 26,6% (n=93) praticaram algum tipo sendo que desse, 63% (n=59) cometeram agressão verbal, e física 37% (n=34). Vale destacar que a violência física não foi considerada ato criminal pelos pacientes como prescrito no artigo 129 do Código Penal Brasileiro.
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/33556
2. Descrever as políticas públicas brasileiras relativas ao consumo drogas.
PORTARIA Nº 2.197, DE 14 DE OUTUBRO DE 2004
Redefine e amplia a atenção integral para usuários de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, e dá outras providências.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2197_14_10_2004.html
Políticas sobre Drogas
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) é formada por duas diretorias:
1. Diretoria de Gestão de Ativos (DGA); 
2. Diretoria de Políticas Públicas e Articulação Institucional (DPPA).
Suas competências estão estabelecidas no artigo 20 do Anexo I do Decreto nº 9.662, de 1º de janeiro de 2019:
I - assessorar e assistir o Ministro de Estado quanto às políticas sobre drogas relacionadas com a redução da oferta e a repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas;
II - supervisionar e articular as atividades de capacitação e treinamento no âmbito de suas competências;
III - subsidiar e supervisionar, de acordo com a Política Nacional sobre Drogas e no âmbito de suas competências, as atividades relativas à definição, à elaboração, ao planejamento, ao acompanhamento, à avaliação e à atualização das políticas públicas sobre drogas;
IV - gerir o Fundo Nacional Antidrogas e fiscalizar a aplicação dos recursos repassados pelo Fundo aos órgãos e às entidades conveniados, exceto se transferidos a outros Ministérios, hipótese em que serão fiscalizados pela respectiva Pasta, que será a responsável pela prestação de contas junto aos órgãos de controle;
V - firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos congêneres com entes federativos, entidades, instituições e organismos nacionais e propor acordos internacionais, no âmbito de suas competências;
VI - indicar bens apreendidos e não alienados em caráter cautelar, a serem colocados sob custódia de autoridade ou de órgão competente para desenvolver ações de redução da demanda e da oferta de drogas, para uso em tais ações ou em apoio a elas;
VII - desempenhar as atividades de secretaria-executiva do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas;
VIII - analisar e propor atualização da legislação pertinente a sua área de atuação;
IX - executar ações relativas à gestão de ativos no âmbito da Política Nacional sobre Drogas e aos programas federais de políticas sobre drogas; e
X - organizar informações, acompanhar fóruns internacionais e promover atividades de cooperação técnica, científica, tecnológica e financeira com outros países e organismos internacionais, mecanismos de integração regional e sub-regional que tratem de políticas sobre drogas na sua área de atuação;
XI - promover a construção do conhecimento sobre drogas no País, estimulando estudos, pesquisas e avaliações sobre violência, aspectos socioeconômicos e culturais, e ações de redução de oferta.
https://www.justica.gov.br/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/conhecer_mais
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ORIENTADORES DE ESTUDO:
1. Relacionar, com o auxílio de exemplos, moral, ética e legal.
Moral
O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidas ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade. Dizem respeito às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e existem como parte de nossa vida intersubjetiva.
Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. Culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com diferenças muito profundas de castas ou de classes podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referida aos valores de uma casta ou de uma classe social.
Ética
No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo social.
Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício.
Consequentemente, embora toda ética seja universal do ponto de vista da sociedade que a institui (universal porque seus valores são obrigatórios para todos os seus membros), está em relação com o tempo e a História, transformando-se para responder a exigências novas da sociedade e da Cultura, pois somos seres históricos e culturais e nossa ação se desenrola no tempo.
No caso da ética, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras palavras, fins éticos exigem meios éticos.
A ética é um saber prático. O saber prático, por seu turno, distingue-se de acordo com a prática, considerada como práxis ou como técnica. A ética refere-se à práxis.
Na práxis, o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis.
Os filósofos antigos (gregos e romanos) consideravam a vida ética transcorrendo como um embate contínuo entre nossos apetites e desejos – as paixões – e nossa razão. Por natureza, somos passionais e a tarefa primeira da ética é a educação de nosso caráter ou de nossa natureza, para seguirmos a orientação da razão. A vontade possuía um lugar fundamental nessa educação, pois era ela que deveria ser fortalecida para permitir que a razão controlasse e dominasse as paixões.
A ética, portanto, era concebida como educação do caráter do sujeito moral para dominar racionalmente impulsos, apetites e desejos, para orientar a vontade rumo ao bem e à felicidade, e para formá-lo como membro da coletividade sociopolítica. Sua finalidade era a harmonia entre o caráter do sujeito virtuoso e os valores coletivos, que também deveriam ser virtuosos.
A vida ética é o acordo e a harmonia entre a vontade subjetiva individual e a vontade objetiva cultural.
Legal
Tudo aquilo que está no ordenamento jurídico de uma sociedade, codificado e existência de coerção.
Capítulo I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I – A medicina é uma profissãoa serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. 
II – O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. 
III – Para exercer a medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa. 
IV – Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão.
V – Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade. 
VI – O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício, mesmo depois da morte. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativas contra sua dignidade e integridade. 
VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. 
VIII – O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho. 
IX – A medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio. 
X – O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. 
XI – O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei. 
XII – O médico empenhar-se-á pela melhor adequação do trabalho ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos riscos à saúde inerentes às atividades laborais. 
XIII – O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à vida. 
XIV – O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde. 
XV – O médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético profissional da medicina e seu aprimoramento técnico-científico. 
XVI – Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente. 
XVII – As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente. 
XVIII – O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que contrariem os postulados éticos. 
XIX – O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, competência e prudência. 
XX – A natureza personalíssima da atuação profissional do médico não caracteriza relação de consumo. 
XXI – No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas. 
XXII – Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados. 
XXIII – Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o médico agirá com isenção, independência, veracidade e honestidade, com vista ao maior benefício para os pacientes e para a sociedade. 
XXIV – Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa. 
XXV – Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e integridade. 
XXVI – A medicina será exercida com a utilização dos meios técnicos e científicos disponíveis que visem aos melhores resultados.

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