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Primeiramente, torna-se válido salientar que a competência privativa para legislar, sobre a Seguridade Social: A UNIÃO No entanto, permite (UNIÃO) que lei complementar autorize os Estados e Distrito Federal a legislar sobre QUESTÕES ESPECÍFICAS DA SEGURIDADE. ● UNIÃO: Legislar sobre regime geral ● ESTADOS: Não legisla sobre regime geral, mas sim sobre os seus regimes próprios. Nestes ordenamentos jurídicos, em relação ao seu aspecto formal: ● As leis ordinárias são aquelas que para serem aprovadas necessitam do quórum da maioria simples de votos dos membros presentes na casa legislativa no dia da votação. ● Já as leis complementares exigem um quórum privilegiado de aprovação pela maioria absoluta dos membros da casa legislativa, ou seja, a maioria do total dos membros integrantes da casa, sempre. ● Medida Provisória: ato editado pelo Poder Executivo – Presidente da República – com força de lei. Para sua edição torna-se necessário que haja situação de relevância e urgência, conforme previsto nos artigos 59 e 62, ambos da CF/88. ● Tratado internacional: acordo celebrado entre o Brasil e outro país, pelo Presidente da República, com a aprovação do Congresso Nacional por meio da expedição de um decreto legislativo. 85-A da Lei nº 8.212/91: “os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial”. ● Decreto: é ato normativo expedido pelo Poder Executivo para regulamentar, “explicar” as leis, conforme previsão do art. 84, IV, da CF/88. O decreto, no entanto, não poderá ultrapassar o alcance da lei que estiver regulamentando a ponto de inovar ou alterar o texto legal. É fonte secundária do Direito Previdenciário, uma vez que não poderá inovar no mundo jurídico, criando direitos e obrigações. Bizu: Decreto - descreve - explica ● Normas complementares: são atos expedidos pelas autoridades administrativas, pressupondo sempre a existência da lei ou de outro ato legislativo a que estejam subordinados. Nesse grupo encontram-se as Portarias, as Instruções Normativas, as Circulares, etc. São, também, fontes secundárias do Direito Previdenciário. ● Jurisprudência é a decisão reiterada no mesmo sentido sobre a mesma matéria. A jurisprudência, como geradora de norma jurídica individual em razão das decisões judiciais, é fonte de Direito, pois suas decisões são vinculantes para as partes Princípios e Aplicações do Direito Previdenciário: ● ‘’Tempus regit actum’’ - "o tempo rege o ato": aplica-se a lei vigente na data da ocorrência do fato. (Tem relação com a ideia de direito adquirido). Um exemplo desse princípio é aplicado no entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela súmula nº 340: “a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”. !! OBS/PEGADINHA DE PROVA: Não podem retroagir, ainda que mais favorável ao beneficiário. ● O critério lex posterior derogat legi priori significa que se duas normas são antinômicas (contrária) e do mesmo nível, a mais recente deverá prevalecer sobre a mais antiga. ● Princípio da territorialidade: As normas previdenciárias são aplicadas a todos que vivem no território nacional, segundo o princípio da territorialidade. No entanto, há exceções, a proteção previdenciária brasileira atinge pessoas que estão fora do território nacional e estrangeiros que prestam serviços no Brasil. ● Vigência da lei previdenciária: é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para propagar efeitos tão logo aconteçam no mundo fático os eventos que elas descrevem. Objetivamente é o momento em que ela começa a produzir efeitos. ● (visto em questão cespe) O princípio do equilíbrio financeiro e atuarial só poderá ser aplicado ao sistema previdenciário, a saúde e assistência não entram neste rol. ● Princípio da solidariedade: princípio da solidariedade – a Previdência Social se baseia,fundamentalmente, na solidariedade entre os membros da sociedade. Assim, como a noção de bem-estar coletivo repousa na possibilidade de proteção de todos os membros da coletividade, somente a partir da ação coletiva de repartir os frutos do trabalho, com a cotização de cada um em prol do todo, permite a subsistência de um sistema previdenciário. Exemplo da solidariedade: Renato, garçom, segurado da previdência social,no seu primeiro dia de trabalho, sofreu um terrível acidente na cozinha do restaurante em que trabalha;ele não chegou fazer nenhuma contribuição para a previdência social, apesar disso, devido ao princípio da solidariedade, Renato terá direito aos benefícios previdenciários os quais serão custeados pelas contribuições dos segurados ativos. Questão cespe sobre princ. da solidariedade: Assinale a opção que indica o princípio da seguridade social que justifica a adoção do sistema de repartição, da filiação obrigatória à previdência social e que possibilita a concessão de benefícios sem a imposição de carência. gaba: Princípio da solidariedade. Os métodos de interpretação a) quanto à origem: 1) interpretação legislativa, legal ou autêntica: ocorre quando o próprio Poder Legislativo elabora uma nova lei que interpretará a lei anterior. A lei posterior vem para interpretar a anterior. 2) interpretação jurisprudencial: é feita pelo Poder Judiciário no exercício da jurisdição, com o objetivo de aplicar as normas aos casos concretos, na solução das lides. 3) interpretação administrativa: é realizada pela Administração Pública no exercício da função administrativa. 4) interpretação doutrinária: feita pelos estudiosos da Ciência Jurídica em seus trabalhos doutrinários. b) quanto ao meio: 1) interpretação gramatical, literal ou filosófica: à luz do próprio texto da norma sob exame, busca-se o sentido da lei mediante a análise do significado das palavras utilizadas pelo legislador. Vai-se buscar o sentido da norma jurídica a partir do significado das palavras que estão no seu texto. 2) interpretação histórica ou genética: o intérprete deve examinar os elementos, as circunstâncias e as causas que implicaram na criação da lei. A análise que se faz é no sentido de saber o que levou aquela lei a ser criada. (PORQUE?) 3) interpretação teleológica ou finalística: feita mediante a apuração da finalidade objetivada pela norma. A interpretação teleológica da lei se faz perguntando o que o legislador quis buscar, atingir com a sua criação; qual seria o seu objetivo a alcançar com a nova lei. (PARA QUE?) 4) interpretação sistemática: a interpretação se faz partindo do entendimento de que todas as regras jurídicas devem ter, entre si, um nexo, pois são parte de um só sistema jurídico. A norma deve ser interpretada, considerando a sua existência dentro do ordenamento jurídico como um todo. c) quanto à finalidade: 1) interpretação estrita: ocorre quando há concordância entre o significado das palavras com o que pretende o legislador. (algo estrito é algo preciso, conciso, amarrado) 2) interpretação restritiva: ocorre quando o texto é mais amplo do que a intenção da lei, devendo o intérprete restringir o seu alcance. 3) interpretação extensiva: ocorre quando o texto é mais restrito do que a intenção do legislador, devendo o intérprete expandir o alcance da lei. MÉTODOS PARA COBRIR AS LACUNAS DA LEI: A analogia consiste na aplicação a um determinado caso, para o qual inexiste preceito expresso, de norma legal prevista para uma situação semelhante. Funda-se em que as razões que ditaram o comando legal para a situação regulada devem levar à aplicação de idêntico preceito ao caso semelhante. Deve-se procurar relação jurídica similar, para a qual exista regramento jurídico. (aplicação de outro caso semelhante a um que inexiste preceito expresso). A equidade atua como instrumento de realização concreta da justiça, em que a aplicação rígida e inflexível da regra legal escrita repugnaria ao sentimento de justiça da coletividade, que cabe ao aplicador da lei implementar.Esse deverá utilizar o senso de justiça para preencher a lacuna que se encontra na lei. (Ex: a normatização e igualamento dos direitos de pensão por morte a casais homoafetivos, equiparados a um casal hereto). Os costumes são práticas reiteradas, de longa data, pela sociedade e aceitas como corretas. Têm força normativa, desde que não sejam contrários à lei. Os princípios gerais de Direito são aqueles que fornecem as principais diretrizes do ordenamento jurídico, responsáveis pela fundação de toda a construção jurídica. São os princípios básicos que orientam todos os ramos do Direito. CONSIDERAÇÕES SOBRE QUESTÕES ● 💵 As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios destinados à seguridade social não integrando o orçamento da União. (Ou seja, a receita que é destinada pela união, a estes entes, não fará parte do que é destinado à seguridade). ● poderão ser instituídas outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. ● as contribuições sociais somente poderão ser exigidas DECORRIDOS 90 dias seguintes àquele em que foram instituídas, da data da publicação da lei. ● não incide contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social. Mas, ao regime próprio essa contribuição poderá existir. ● Pessoa Jurídica em débito com a seguridade social não poderá contratar com o poder público PARA BENEFÍCIOS, INCENTIVOS FISCAIS E CREDITÍCIOS. ● São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes da ASSISTÊNCIA SOCIAL.
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