Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eletroterapia Facial Anatomia da Pele A pele é uma complexa estrutura que tem como função principal o revestimento do organismo, protegendo assim as estruturas internas do corpo humano. Suas outras funções são: proteção imunológica, termorregulação e secreção. São divididas em três camadas. A primeira composta por células epiteliais escamosas estratificadas, a segunda pela derme subjacente coriácea e a terceira por um coxim de gordura subcutânea (COTRAN et al., 1994). Epiderme A epiderme é a camada mais externa do tecido epitelial, onde é constituída principalmente por queratinócitos que produz a queratina com função protetora. Também constituída por melanócitos, células de Langerhans e células de Merckel. Dividida em camadas germinativa ou basal, espinhosa, granulosa e córnea, que é a mais superficial, formada por células mortas. Protege o organismo contra traumas e substâncias, resiste às forças de tensão e previne contra a desidratação (NAKANO E YAMAMURA, 2005). Derme A derme é a camada após a epiderme e composta principalmente por tecidos conectivos fibrosos de elastina e colágeno, que é uma proteína fibrosa estrutural. O colágeno é encontrado nos tendões, ligamentos e no revestimento dos ossos (HARRIS, 2005). Essa camada é suprida por vasos sangüíneos, linfáticos e nervo. A derme é o local onde os fibroblastos são encontrados, sendo os responsáveis pela elasticidade e tonicidade da pele e por produzirem colágeno e elastina (VENTURA, 2003). Hipoderme De acordo com Harris, (2005), a hipoderme é a camada mais profunda do tecido epitelial e composta principalmente por células adiposas (tecido conectivo gorduroso). É um depósito de gordura de reserva, um isolante térmico e protege o organismo mecanicamente. Eletroterapia A eletroterapia vem sendo utilizada com fins terapêuticos (NAKANO E YAMAMURA, 2005). Sua utilização na estética começou a partir da terceira década do século XX, com a utilização da corrente galvânica para mobilizar íons de ação cosmética (LIMA E PRESSI, 2005). Corrente Galvânica Segundo Machado (2002) a corrente galvânica é uma corrente elétrica de baixa frequência polar, com fluxo constante de elétrons em um só sentido. A corrente galvânica faz um importante papel nas ações terapêuticas, quando aplicada de maneira correta os resultados podem ser de grande significância e satisfação. Corrente Galvânica Essa corrente é utilizada para a técnica de ionização/iontoforese, desincruste e eletrolifting não-invasivo (sem agulha), que veremos a seguir. Ionização ou Iontoforese Ionização Ionização ou iontoforese é o nome dado à técnica em que utilizamos a corrente polarizada para administração subcutânea de ativos que serão utilizados com algum propósito terapêutico. a finalidade terapêutica, ou seja, indicação, depende do produto que será utilizado. Ionização O mercado cosmético hoje disponibiliza uma série de produtos a para uso nessa técnica e com diversas indicações. muitos estudos são produzidos para se conhecer melhor quais ativos são viáveis nesse tipo de aplicação, níveis de permeação (profundidade e que células alvo atingem), tempo de ação e eficácia, etc. para escolha do produto e execução da técnica, devemos conhecer um princípio básico da física que diz: “pólos semelhantes se repelem e polos opostos se atraem”. portanto, somente permeamos ativos com polaridade definida. Ionização Então, diante do campo elétrico da corrente, os ativos são movimentados de acordo com sua polaridade e permeiam no tecido por meio da “eletrorrepulsão”. ativos positivos e negativos serão permeados, desde que sejam colocados sob o eletrodo que apresente a mesma carga elétrica. então, ativos positivos deverão ser exclusivamente colocados sob o pólo positivo, e os negativos somente no polo negativo, somente assim ocorrerá uma “eletrorrepulsão” de íons de polaridade semelhante através da pele. Ionização Os cosméticos utilizados devem ser ionizáveis (polaridade definida e referida na embalagem do produto) e solúveis em água (veículo à base de água). Técnica de Aplicação Na aplicação fixa os eletrodos são de alumínio, tipo placa, que são colocados no interior de uma esponja umedecida (que conduzirá a corrente elétrica). o eletrodo ativo (aquele onde o produto com ativo de polaridade definida será colocado) deve ser colocado sobre o local de aplicação desejado (exemplo: coxa) e o eletrodo passivo em um local próximo. Técnica de Aplicação Na aplicação móvel, o eletrodo ativo é o rolinho (podendo este ser facial ou corporal) e o eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebido em água que deve ser fixo próximo à região tratada. o cosmético é gotejado sobre a pele e o rolinho é deslizado sobre ele sua penetração. Desincruste Desincruste Segundo Winter (2001) o desincruste é um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborreicas. Complementando, Meireles (1999) afirma que se utilizam os efeitos polares da Corrente Galvânica para se obter uma limpeza de substâncias gordurosas da em profundidade Desincruste Técnica muito utilizada em tratamento de acne e limpeza de pele, tanto em homens como em mulheres, deve ser cuidadosamente selecionada e incluída no tratamento, com uma avaliação completa do paciente e observação da resposta terapêutica individual, para que não haja efeito rebote (como existe grande remoção sebácea, o corpo pode entender que é necessário produzir mais, e então o quadro piora). Desincruste Referente a sua aplicação, Borges (2006) menciona que pode ser por qualquer aparelho que emita uma corrente contínua direta (corrente galvânica), utilizando-se um eletrodo ativo. O eletrodo passivo, em placa siliconada de carbono ou metal, pode ser colocado sob a região escapular ou fixada no braço. Desincruste Os eletrodos que devem ser utilizados são o gancho (jacaré) envolvido por algodão embebido na solução e o bastonete, que a cliente deve segurar durante a aplicação. Essa técnica também tem sido bastante utilizada nos tratamentos capilares para a redução da oleosidade nos quadros seborréicos. O processo de desincruste tem por finalidade facilitar a remoção dos comedões durante a limpeza de pele. Esse procedimento se dá através da transformação do sebo da pele em sabão pela reação de saponificação, que ocorre basicamente pela junção de um álcali (substância de pH elevado) sobre gordura, ou seja, o desincruste que pode ser o carbonato de sódio, lauril sulfato de sódio, salicilato de sódio age sobre o sebo da pele (gordura). O desincruste consegue atingir o sebo através da utilização de um aparelho de corrente contínua (galvânica) e segue os mesmos princípios da ionização, porém sua ação se dá em camadas mais superficiais da pele, por isso, apesar de também utilizar a corrente galvânica é importante a verificação da indicação do aparelho na função desincruste e respeitar a polaridade indicada do produto (PEIXOTO, 2007). Intensidade De acordo com Borges (2006), a intensidade da corrente deve ser compatível com o limiar de sensualidade confortável e segura para o paciente com um tempo de tratamento sugerido entre 4 a 5 minutos. E não menos importante suas contraindicações tais como: sensibilidade ao agente desincruste e todos já mencionados da corrente elétrica. Eletrolifting Eletrolifting Técnica que utiliza a corrente polarizada para atenuação de rugas superficiais e linhas de expressão por meio de uma irritação cutânea promovida pelo efeito vasodilatador e irritativo com aumento da permeabilidade do vaso que o polo negativo da corrente produz no tecido. a partir desse processo inflamatório local e controlado, estimulamos os fibroblastos (células que produzem todos os componentes da matriz extracelular, entre eles colágeno e elastina) para recuperaçãoda área. Eletrolifting não Invasivo A técnica de aplicação consiste no uso de um eletrodo ativo que é a caneta com uma ponteira específica. o eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebida em água, que deve ser colocado em uma região próxima ao local de tratamento. na aplicação, não se utiliza nenhum tipo de produto associado. a polaridade negativa deve ser utilizada no eletrodo ativo, afim de que o efeito vasodilatador e irritativo aconteça. então, deve-se realizar uma escarificação (friccionar) sobre as rugas e linhas de expressão até atingir uma hiperemia e eritema local. O tempo é variável de paciente para paciente. ELETROLIFTING COM AGULHA (MICROGALVANOPUNTURA) Técnica utilizada no tratamento de estrias e rugas mais profundas. consiste no uso dos efeitos fisiológicos da corrente galvânica de baixa intensidade na polaridade negativa (vasodilatador, irritativo, com aumento de permeabilidade da membrana) associada a trauma da agulha. o estímulo físico da agulha (trauma da punturação) associada a corrente polarizada produz um processo inflamatório local, de modo a gerar hiperemia e edema e, consequentemente, ativação fibroblástica com deposição de colágeno e elastina local. Técnica de Aplicação A técnica pode ser utilizada em região corporal (estrias) e facial (rugas). para a aplicação, utilizamos uma caneta com uma ponteira específica e uma agulha conectada à ponteira; esse é o eletrodo ativo, que deve ter a polaridade negativa definida. o eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebida em água, que deve ser colocado em uma região próxima ao local de tratamento. na aplicação, não se utiliza nenhum tipo de produto associado. Eletrolifting Os resultados desta técnica são muito bons, porém é necessário o trabalho de fortalecimento dos músculos para evitar a formação de novas rugas. A quantidade de sessões varia de acordo com a intensidade do quadro (PORTAL ESTÉTICA, 2014). Contraindicação O eletrolifting é contraindicado em cardíacos, gestantes, diabéticos, neoplasísticos e portadores de hipertensão descontrolada. Não deve ser aplicado sobre feridas recentes, alergias ou irritação à corrente elétrica, hipersensibilidade dolorosa, pessoas com tendência a queloides e Síndrome de cushing (PORTAL ESTÉTICA, 2014). Corrente Galvânica Lima e Pressi (2009) relatam que para o uso da corrente elétrica é contra indicado em paciente que apresentam problemas cardíacos, portadores de marca-passo, neoplasias, gestantes, epiléticos e demais patologias que não sejam indicadas o uso de corrente elétrica. Microcorrentes Microcorrente A modalidade de microcorrentes, também chamada de Micro Electro Neuro Stimulation (MENS), é uma terapia não invasiva que usa corrente de baixa amperagem, em microampere (μA) com alternância de polaridade positiva e negativa a cada 3 segundos (ZUIM et al., 2006; OLIVEIRA, 2011). Microcorrente Segundo Sorano, Perez e Bakues (2002) os efeitos terapêuticos da microcorrente relaciona-se ao aumento do metabolismo celular, ao estímulo do processo de reparo e regeneração tecidual, a normalização do pH local e ao aumento da síntese de proteínas (colágeno e elastina). Microcorrente Soares et al (2011) e Oliveira (2011) defendem o fato de que a microcorrente pode efetivamente aumentar o metabolismo das células em até 500%, além de determinar outros pontos positivos destinados a ela, como a produção de energia, síntese de proteínas, oxigenação e eliminação de resíduos, de forma a estimular a drenagem linfática em local onde a microcorrente foi aplicada. Microcorrente A intensidade com a qual a microcorrente é aplicada pode ser controlada. Os ajustes de amplitude encontram-se em torno de 10 a 100 microampères, e os de frequência em torno de 0,5 Hz a 900 Hz, podendo chegar até 1000 Hz (MENDES-FELIPE, 2011). Microcorrente Segundo Oliveira (2011) em uma sessão de tratamento ou revitalização facial, os principais mecanismos de ação da microcorrente se produzem simultaneamente e em harmonia, o que justifica o fato de um atributo não ser mais importante que outro, e o objetivo central é o mesmo: aparência mais jovem e saudável. Microcorrente Oliveira (2011) e Soares et al (2011) explicam que a aplicação de microcorrente pode ser realizada através de eletrodos comuns (borracha de silicone ou auto adesivos), ou com eletrodos em forma de dupla-caneta (bastonetes, cotonetes, garfos), e ainda existem outras opções de eletrodos como luvas, pregadores, etc. Técnicas de Aplicação Existem algumas formas de aplicação das mens que se baseiam na área de aplicação (facial ou corporal), podendo ser dinâmica ou estática (fixa). como se trata de uma corrente subsensorial, o método é indolor e não invasivo. Aplicação Estática Nesse caso, utilizamos eletrodos convencionais, como de silicone-carbono e autoadesivos. esses promovem maior concentração de energia local, por manutenção da corrente em um ponto fixo e, então,com a possibilidade de uma maior eficácia terapêutica. Aplicação Dinâmica Utilizamos eletrodos tipo bastões (para tratamentos corporais) e canetas com ponteiras tipo “martelinho” nos tratamentos faciais ou em áreas mais delimitadas. como se trata de uma técnica dinâmica em que não há um tempo grande de permanência de um eletrodo na área de tratamento e nem constância, há uma menor concentração da corrente. porém, na prática clínica a associação dos movimentos + correntes elétricas é a mais realizada com bons resultados clínicos. Movimentos em relação aos movimentos realizados, possuem algumas particularidades: movimentos ascendentes, no sentido das fibras musculares; movimentos em “s”, como “cobrinhas”; também se realiza o “encurtamento” ou “aproximação” das extremidades, mantendo uma caneta na origem muscular e outro na inserção e, fazer com que o eletrodo da inserção se aproxime da origem e vice-versa; movimentos em forma de pinçamento também costumam ser realizados, buscando-se estímulos circulatórios locais. Parâmetros É necessário o ajuste de alguns parâmetros no equipamento de acordo com o objetivo terapêutico. entre eles: Frequência: varia de 0,1 a 1.000 hz. está relacionada à profundidade de ação da terapia: quanto menor, maior a penetração; Intensidade: como se trata de uma corrente subsensorial, o terapeuta deve ajustar a intensidade de acordo com o objetivo terapêutico. Microcorrente Em casos de pele mais grossa ou desidratada, é preciso que os profissionais atentem-se para a necessidade de um tratamento prévio de hidratação, com o objetivo de melhorar a condutibilidade da corrente (BORGES, 2006). Indicações • Revitalização cutânea (devido à ativação do metabolismo celular, com resposta fibroblástica – aumento de colágeno e elastina); • Tratamento da acne (devido ao efeito bactericida, controle inflamatório, descongestão tecidual); • Pré e pós-operatório de cirurgias plásticas (por meio da ativação circulatória e contribuição no processo de reparo e regeneração tecidual); • Recuperação pós peeling (efeito cicatrizante e reparador) e cansaço muscular facial (relaxamento muscular). Contraindicações • Gestantes; • Epiléticos; • Portadores de próteses metálicas; • Portadores de marca-passo; • Cardiopatas; • Infecções cutâneas; • Neoplasias; Alta frequência Alta Frequência A terapia por alta frequência consiste na aplicação de uma corrente alternada de alta frequência em um eletrodo indutivo de vidro em diversos formatos; e no interior desse eletrodo há um gás(que pode ser árgon, neônio ou xênon). a bobina que produz a corrente excita esse gás no interior do eletrodo de vidro e, ao entrar em contato com a pele que possui água (tecido biológico), realiza um faiscamento elétrico e produz ozônio (o3 – gás instável composto por três átomos de oxigênio), que possui propriedades terapêuticas. Alta Frequência Devido à formação de ozônio, temos efeito bactericida (eliminação de bactérias anaeróbias), bacteriostático (diminui a proliferação de bactérias aeróbias) e fungicida (eliminação de fungos). também possui efeito oxigenante, com melhora da oxigenação celular. efeito vasodilatador, com aumento da circulação sanguínea local. e também efeito homeostático (cauteriza pequenos sangramentos locais e estimula a cicatrização). portanto, é indicado para desinfecção pré e pós extração de comedões e pústulas, de couro cabeludo, tecidos infectados, unhas, entre outros; nos tratamentos capilares; tratamento de acne; pós-depilação e foliculite; cicatrização de feridas e lesões. Técnicas de Aplicação • Fluxação: consiste na aplicação lenta e contínua sobre a área de tratamento. pode ser utilizada uma gaze de interface caso haja dificuldade no deslizamento do eletrodo. promove efeito descongestionante e calmante. • Faiscamento direto: aplica-se a técnica anterior com a diferença de manter um certo afastamento da pele, com formação de faíscas elétricas mais intensas. possui efeito mais estimulante. Técnicas de Aplicação • Faiscamento indireto: o paciente segura o eletrodo saturador em uma das mãos e a caneta na outra, enquanto o terapeuta realiza movimentos na pele com as próprias mãos. Exemplo: tamborilamento, pinçamento e deslizamento. • Fulguração: técnica que utiliza o eletrodo cauterizador (fulgurador) com o faiscamento direto. muito utilizada com intuito homeostático e cicatrizante. Contraindicação Portadores de marca passo, gestantes, hipersensibilidade, estado febril, cardiopatas, placas e pinos de metal, epilepsia, insuficiência renal e cardíaca e tumor. Fototerapia Fototerapia Froes (2013) salienta que, a fototerapia é um tratamento feito com luz, pode ser aplicado em adultos e crianças para fins terapêuticos e em todos os tipos de pele. Classifica-se segundo o tipo de irradiação utilizada (UVA ou UVB), variável de acordo com os comprimentos de onda. Ledterapia Guirro; Guirro (2004) e Magalhães (2013) relatam que, outra característica importante é que o LED não causa aumento de temperatura significante, não queima e não provoca danos à superfície da pele. Ledterapia Os emissores de LED produzem luz de baixa intensidade que pode aparentar ser de uma só cor, mas não são coerentes nem monocromáticos. A luz emitida não é direcional e se espalha amplamente. Os LED fornecem uma luz mais difusa, que são mais adequadas para tratar áreas maiores e mais superficiais, com maior faixa de frequência. Possuem baixa potência individualmente (CAMERON, 2009; NUNO, 2009; KALIL, 2011). Cores Em doses apropriadas e de acordo com o seu comprimento de onda, a luz é absorvida por cromóforos ou fotorreceptores moleculares, entre eles, porfirinas, flavinas, mitocôndria, membrana celular. o cromóforo é responsável pela absorção luminosa e, quando ocorre a absorção de fótons por um cromóforo, resulta no aumento da atividade celular. o comprimento de onda é um fator determinante para que ocorram os efeitos fisiológicos, pois isso é determinante para se obter a profundidade e a interação com os tecidos alvo. a absorção de cada comprimento de onda pelos cromóforos produz uma resposta específica, sendo elas: Cores • luz azul: bactericida, efeito de umectação e aumento da tensão superficial da pele, estimulante do rompimento das ligações bi valentes entre átomos de carbono; • luz violeta: bactericida e estimulante da reparação tecidual; • luz verde: ativação de fibroblastos e síntese de colágeno; • luz âmbar: espessamento homogêneo não térmico das fibras adensadas e estímulo à síntese de colágeno e prevenção à inflamação; Aplicação da Técnica A aplicação é realizada por zona, ou seja, este modo de aplicação consiste em aplicar certos níveis de energia em uma determinada área sem movimentar o feixe da luz. isto é possível mantendo uma distância tal que a dispersão do feixe da luz abranja uma determinada região (em torno de 1cm de distância da pele). quanto maior o afastamento, maior a perda de energia. a cor do led (de acordo com o comprimento de onda) deve ser escolhido de acordo com o objetivo do tratamento. Contraindicação O tratamento de fototerapia é contraindicado para mulheres grávidas e que estejam amamentando, bem como pacientes com episódio de câncer de pele na região irradiada, portadores de glaucoma e cataratas que não estiverem sob acompanhamento médico (BRAGATO; FORNAZARI; DEON, 2013). Radiofrequência RF A radiofreqüência é uma técnica não invasiva, sem efeitos colaterais e permite retorno imediato às atividades. A flacidez cutânea é um processo natural de envelhecimento da pele que ocorre a partir dos 30 anos e também após gestação e perda rápida de peso. As fibras colágenas e elásticas declinam durante o processo de envelhecimento cutâneo (MARTIN, 2001) RF Para Guirro e Guirro (2004) a radiofreqüência consiste em ondas eletromagnéticas que provocam oscilação das moléculas de água, transformando energia eletromagnética em energia térmica e é o calor atuando na camada mais profunda da pele que causa a contração do colágeno. RF A radiofrequência é feita a partir de um aparelho e no mercado atual existem aparelhos com três mecanismos de ação: monopolar ou unipolar, bipolar e tripolar. RF O aparelho unipolar ou monopolar, funciona através do aquecimento profundo e controlado (penetração profunda até 20 mm). Diz-se que um manípulo é MONOPOLAR, quando um dos pólos da radiofrequência é aplicado ao paciente e o outro pólo é uma placa negativa ou placa de acoplamento, que irá receber a energia aplicada pelo pólo positivo. RF A radiofrequência bipolar foi estudada por Waniphakdeedecha R & Manuskiatti (2006), com base em achados científicos constataram que a RF bipolar promove um aquecimento superficial e controlado da derme (camada mais superficial da pele), estimulando a reorganização e a formação de novas fibras de colágeno superficial e médio. RF Segundo Manuskiatti et al. (2009) a tecnologia do sistema RF TriPollar combina, num só dispositivo, os sistemas RF unipolar e bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de RF que circulam entre três pólos (eletrodos), aquecem em simultâneo as camadas superficiais e profundas da pele. Termômetro Esse termômetro deverá ser empregado numa distância inferior a 20 cm da pele, caso contrário poderá haver interferência da temperatura ambiente. Recomenda-se não usar o termômetro ao lado da manopla em funcionamento, pois se trata de emissão eletromagnética de frequência elevada que poderá também interferir nas informações térmicas mostradas no display do termômetro. Movimentos Os movimentos da manopla são importantes tanto para os efeitos de estiramento como para impedir acúmulo de calor numa mesma região e inclusive para evitar excesso térmico sobre as proeminências ósseas que respondem com dor. Na região do pescoço, devemos evitar passar a manopla sobre a região da glândula tireóide. Não há problema sobre deslizar a manopla sobre grandes vasos. Temperatura A radiofrequência tem se destacado como uma das terapias mais utilizadas para o tratamento da flacidez cutânea. De acordo com os estudos de Ronzio (2009) elevações maiores de temperatura e manutenção em mais ou menos 40° durante todo o período de aplicação diminui a estensibilidade e aumento da densidade do colágeno, conseguindo, assim, reduzir o grau de flacidez cutânea. Tempo A sugestão é de 2a 5 minutos por área de manopla. Exemplo: Se a área de aplicação for a região abdominal deve se contar quantas manoplas encaixa essa área corporal. Se for 10 manoplas o tempo de aplicação seria 20 minutos. Frequência ❖ Regiões mais superficiais: Frequências maiores 1200 KHz e 2400 Hz (Exemplo: estímulo de colágeno). ❖ Regiões mais profundas: Frequências menores 650 KHz (Exemplo: Tratamento de Gordura). Cuidado Borges (2010) destaca que antes da RF ser aplicada para o rejuvenescimento facial, deve ser realizada uma criteriosa avaliação a fim de traçar os objetivos de forma correta, uma vez que para se combater a flacidez tissular usam-se técnicas diferentes das usadas para outras alterações faciais, pois, há partes do rosto que apresentam um acúmulo de gordura. Desta forma, se a RF for aplicada incorretamente, utilizando uma potência e temperatura inadequadas, o efeito pode ser o aumento da flacidez nessas regiões, ou seja, um efeito contrário ao esperado. Contraindicação Existem contra-indicações para o uso da radiofrequência que são alterações na sensibilidade do paciente, utilização de metais no corpo, implantes elétricos, gestantes, pacientes em tratamentos com medicamentos para a circulação sanguínea, utilização sobre glândulas hormonais, hemofílicos, focos de infecções e indivíduos com febre. Qualquer aparelho eletrônico ou metais devem ser retirados próximo do aparelho de radiofrequência durante a aplicação da técnica (CARVALHO et al. 2011). Peeling Mecânico Peeling de Diamante Dentre os vários tipos de equipamentos de MDA disponíveis o PD é o mais popular, pois proporciona o rejuvenescimento da pele sem o uso de partículas dispersas (cristais) (KIM, 2011). A técnica foi desenvolvida na Austrália em 1996 e é o equipamento de MDA com tecnologia mais avançada por possuir diversas lixas com diferentes granulometrias e diâmetros para serem usadas em diferentes regiões (face, pescoço, colo e corpo). A lixa é acoplada a uma caneta que por sua vez é ligada a um vácuo (HILL, 2006). PD O controle da abrasão é uma metodologia que permite desgastar vagarosamente a superfície cutânea no nível do estrato córneo de forma não-traumática (FUJIMOTO, 2005). Apesar da abrasão, não há danos nas células vivas permitindo a viabilidade das demais camadas da epiderme que se encontram abaixo do EC e facilitando a recuperação cutânea de maneira rápida (GILL, 2009). Peeling de Cristal O PC foi o primeiro representante da MDA. Surgiu em 1985 e utiliza uma combinação de vácuo e cristais que passam através de uma caneta em um sistema fechado. O sistema impulsiona cristais a uma pressão programável enquanto a pele é sugada para dentro da caneta e os resíduos de pele e cristais são capturados pela pressão negativa, e o reuso dos cristais é proibido (KARIMIPOUR, 2006; HILL, 2006). PC O acoplamento da caneta sobre a pele estimula o fluxo de cristais e a mesma deve ser passada sobre a pele em três direções (vertical, horizontal e oblíqua), e a pressão exercida pelo equipamento pode ser maior em regiões de pele mais espessa e menor em regiões de pele mais fina. Para o jateamento é utilizado preferencialmente óxido de alumínio (substância inerte à pele) (KARIMIPOUR, 2010). Contraindicação O uso impróprio da microdermoabrasão pode acarretar hipo e hiperpigmentação, além de poder gerar sensibilização da pele. Qualquer procedimento forte de esfoliação requer a abstinência do sol e o uso diário de protetor solar. A microdermoabrasão não é recomendada para pele sensível, com telangiectasia, com rosácea ou de clientes com predisposição a problemas de pigmentação (STANDARD, 2011). Contraindicação A microdermoabrasão está contraindicada nas lesões tegumentares seguidas de processo inflamatório. Em relação às precauções devem ser levadas em importância, tais como: evitar a exposição solar 48 horas antes e após cada sessão; controle com o uso de cosméticos ou cosmecêuticos à base de ácidos, evitando-se uma grande sensibilização epidérmica, exceto sob indicação e rigoroso acompanhamento médico; usar qualquer técnica de peeling ou de produtos ceratolíticos, cuidados nas peles negras, grande fragilidade capilar, hemangiomas, sensibilidades ou alergias (BORGES, 2010). Contraindicação Segundo Spencer e Kurtz (2006), mesmo sendo um método seguro, algumas medidas são necessárias, pois podem ocorrer complicações oculares, como irritação nos olhos e a adesão de cristais de óxido de alumínio, caso os óculos de proteção não sejam utilizados. As partículas de cristais são pequenas (100mm) com riscos de inalação e com complicações pulmonares. Cuidado De acordo com Standard (2011), a microdermoabrasão não deve ser muito agressiva, para não causar desconforto. Quando a pele começar a mostrar eritema ou vermelhidão, isso sugere cautela no procedimento. Seu uso impróprio pode acarretar hipo e hiperpigmentação, além de poder gerar sensibilização da pele. Qualquer procedimento forte de esfoliação requer a abstinência do sol e o uso diário de protetor solar. A microdermoabrasão não é recomendada para pele sensível, com telangiectasia, com rosácea ou de clientes com predisposição a problemas de pigmentação. Peeling Ultrassônico Peeling Ultrassônico Já o peeling ultrassônico é uma nova tecnologia lançada com o intuito de auxiliar nos tratamentos de manchas faciais. Apresenta como sua principal função realizar a eliminação de células mortas da pele, as capas superficiais da epiderme ao serem eliminadas, estimulam a renovação do tecido cutâneo. Com a eliminação das células mortas da superfície cutânea, conseguem-se efeitos revitalizantes, as quais se acrescentam a melhora nos processos de intercâmbio e circulação sanguínea periférica, além de melhorar a oxigenação da pele. Porém ainda não há literatura que comprove seus verdadeiros efeitos como peeling. Peeling Ultrassônico Sistema de vibração e simultânea de terapia combinada, ou seja, a emissão do ultrassom juntamente com a estimulação elétrica que pode ser microcorrente ou microgalvânica para favorecer a renovação e o reequilíbrio da pele ou permear ativos ionizáveis. Ao eliminar as capas superficiais da epiderme, estimula a remoção do tecido cutâneo, mediante a eliminação das células mortas da pele, conseguem efeitos revitalizantes e a micropercussão pode elevar a temperatura e melhorando a circulação sanguínea e consequentemente a melhora da oxigenação. Peeling Ultrassônico A aplicação do peeling se dá por meio de uma corrente ultrassônica, que ao entrar em contato com a pele promove uma limpeza profunda e elimina as células mortas, o que promove a renovação celular e também a produção de elastina e colágeno. A técnica é indolor e não agride tanto a pele tanto quanto outras técnicas. Devido a isto a pele reage melhor ao tratamento, e potencializa a ação de produtos nutritivos e hidratantes. Contraindicação •Áreas de tromboflebite; •Área cardíaca; •Dispositivo eletrônico implantado - recomenda-se que um paciente com um dispositivo eletrônico implantado (ex.: marca-passo cardíaco). •Gestantes •Órgãos reprodutores; •Inflamações e/ou infecções agudas; •Áreas tratadas por radioterapia; •Tumores; •Epilepsia; •Acne ativa; •Globo ocular;
Compartilhar