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Correntes Monofásicas Três principais correntes monofásicas: Galvânica, Farádica, Correntes Diadinâmicas de Bernard. GALVÂNICA: Também chamada de galvanoterapia, durante muito tempo ela foi a primeira corrente monofásica, no gráfico abaixo mostra uma corrente galvânica. Pode ser chamada de corrente contínua, pois essa corrente não tem frequência, o tempo mostrado na corrente é o tempo total da seção e não um pulso. Ex.: 10min de seção. Aumenta-se a intensidade, que em seguida permanece e não oscila. Pode ser usada na iontoforese, movimentação de líquidos, inclusive para analgesia (mas não tem estudos comprovados). Letra A: Intensidade aumentando antes de chegar no platô, é chamada de fase de fechamento. Letra B: Fase de tratamento Letra C: Fase de abertura - Na aplicação dessa corrente a fase A é de fechamento, pois é uma indicação de que o circuito está fechado e que os elétrons podem andar pelo circuito, no sentido unidirecional. E a fase C, se diminui a intensidade para desligar o equipamento. EFEITOS GALVANICOS: → Ação vasomotora e trófica – resultado da ativação da circulação e do movimento iônico intracelular. → Ação sobre o sistema nervoso – galvanonarcose → Hiperemia ativa – maior no pólo negativo – maior oxigenação tecidual, aumento da irrigação, aumento da defesa, maior aporte de nutrientes, íons e aumento do metabolismo. O fluxo de corrente carrega líquido e bactérias do pólo positivo para o negativo concorrendo também para o efeito bactericida e anti-inflamatório. → efeito analgésico – aumenta o limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitivas; – também pela diminuição da acidez e pela diminuição da pressão de lugares congestionados – diminuição do tônus das fibras nervosas simpáticas. → eletrosmose – pólo positivo para o negativo. → efeito especial – diminuição do limiar de excitabilidade das fibras nervosas motoras; TEMPO DE APLICAÇÃO: Normalmente 10 a 20 minutos, de 10 a 20 sessões, 1 a 2 vezes ao dia ou em dias alternados. CONTRAINDICAÇÃO: - Marcapasso - Gravidez - Próximos dos processos cancerígenos - Pele em mal estado ou com feridas - Alterações na sensibilidade do paciente. FARÁDICA: É uma corrente de excitação de baixa frequência, 50 a 100 Hz, com duração de pulso de 0,1 a 1 milissegundos (de 100µs a 1000µs) e com intervalo (quando a intensidade fica no zero e permanece) de 20 milissegundos que tem fins terapêuticos e diagnósticos. Geralmente pode ser retangular ou triangular (clássica), monofásica pois não oscila na fase oposta, tem um espaço razoável de intervalo. Quando as correntes monofásicas tem esse intervalo, favorece a contração muscular. EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS: → Estimula os nervos motores e sensitivos; → Ocasiona a contração do músculo, estimulando-o (não tem tempo on, nem tempo off); → Favorece o retorno venoso; → Provoca ação metabólica; → Aumenta o aporte sanguíneo. → Aumento do tônus muscular → Recuperação da capacidade de contração muscular; INDICAÇÕES: → Estimulação de nervos e músculos; → Paresia; → Hipotonia; → Edemas; → Drenagem linfática; CONTRAINDICAÇÕES: → Áreas cardíacas; → Varizes trombosadas; → Marcapasso; → Alergia a corrente elétrica; TÉCNICA DE APLICAÇÃO: - A contração muscular não deve causar dor ou desconforto ao paciente, os eletrodos devem estar protegidos com esponjas, feltros, embebidos em água ou com gel. MÉTODO DE APLICAÇÃO: - Posição transversal dos eletrodos, posição longitudinal dos eletrodos; Caneta eletroestimuladora; - Deve-se ter cuidado com as alterações de sensibilidade, pois pode-se administrar uma dosagem alta e lesionar estruturas mioneurais. CORRENTES DIADINÂMICAS: São correntes de impulsos de baixa frequência basicamente duas, 50 e 100 Hz aplicadas em distintas modulações ou combinações entre ambas as frequências fundamentais. Segundo sua natureza, pertencem ao grupo das correntes galvanofarádicas. EFEITOS DO DIADINÂMICO: → Estas correntes atuam em nervos e músculos através de processos elétricos e químicos. → As CDs duplicam o índice de reabsorção tecidual devido a sua intensa capacidade de hiperemiação. → Principais características terapêuticas: Hiperemia, Analgesia. ➢ Cuidados para a aplicação: Umidificar bem a esponja; sobressair esponja 1cm do contorno dos eletrodos; Zerar a intensidade na troca da polaridade ou local dos eletrodos; fixar bem os eletrodos a pele. Poucos minutos para cada corrente (2 a 3 minutos). Não ultrapassar um total de 10 a 12 minutos. Não deve ser doloroso. ➢ Duração do tratamento: - 2 a 3 sessões para diminuir a dor e mais 2 ou 3 para estabilizar os efeitos analgésicos. - Intervalo entre as sessões máximo de 48 horas. - Dolorosos agudos 2 a 3 vezes ao dia. - Após 7 sessões contínuas pausa para habituação. ➢ Princípios da aplicação/observar- quanto a pele: - Presença de áreas com resistência anormal. - Cortes com baixa resistência. - Verrugas, cicatrizes com alta resistência. - Remover gordura ou emolientes. TIPOS DE CORRENTES: Corrente difásica fixa (DF): corrente de 100Hz, com impulsos positivos de 10ms de duração sem intervalo de tempo (repouso) entre eles. A separação entre os pulsos somente se percebe nas cristas das ondas. - Pode haver contração, mas não é comum, por não ter intervalo. Corrente monofásica fixa (MF): Pulsos senoidais positivos com 10ms de duração e 10ms de repouso, resultando em uma corrente de 50Hz. Corrente de curto período (CP): Mistura das correntes MF e DF intercaladas com duração de 1seg cada uma. Tem com resultado uma corrente de 50Hz seguida por outra de 100Hz. Corrente longo período – (LP): forma de corrente MF mesclada com uma segunda forma de MF, cuja fase esta deslocada em uma semi-onda com duração de 10 segundos. Efeito analgésico persistente- vibração no período monofásico e formigamento no difásico. Dois ciclos, um ciclo de 10seg onde vai ter pulsos elétricos constantes intercalados, com pulsos elétricos com de intensidade que vai variar (entre menor e maior intensidade). Corrente ritmo sincopado - (RS): forma de corrente MF de 50 HZ com fluxo de 1 seg. de um ciclo monofásico e intervalo de mesma duração, ou seja, 1 seg. Tem facilidade de contração, pois tem um intervalo, excita fibras motoras! Ultra excitante de trabert (EU): Pulsos quadrados com duração de pulso de 2ms, intervalo de 5ms e frequência de 143Hz. → Recomendações de segurança: - Ligar o aparelho antes de conectar o paciente e desconecta-lo do equipamento antes de desligar. - Cuidar -> dano térmico a partir de densidades de correntes médias. → Propriedades da corrente: - Pólo (+) ânodo -> depressão da excitabilidade. -> aumento da tensão da membrana. -> desidrata Pólo (-) cátodo -> aumento da excitabilidade. -> relaxamento da membrana. -> hidrata / liquefação. EFEITOS TERAPÊUTICOS: - Alívio da dor por mascaramento e redução e remoção de “irritantes” da área pelo aumento da circulação. - Diminuição da inflamação e edema e melhora da circulação local por alterações da permeabilidade da membrana. - Efeitos unidirecionais - Facilitação da Cicatrização tecidual por aumento da atividade celular. TÉCNICA DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS: - No trajeto circulatório: (vasotrópica) -> eletrodos seguindo da corrente vascular. Para facilitação do retorno venoso -> eletrodo (-) proximal / eletrodo (+) distal. - No trajeto nervoso : (tronco nervoso) -> eletrodo (-) distal e eletrodo (+) na emergência da raiz; - No trajeto muscular: (mio energética) -> bipolar/ nas extremidades da região do ventre muscular ou diagonalmente. - Paravertebral: eletrodos colocados ao longo da colunavertebral sobre a musculatura, uni ou bi lateral. - No ponto doloroso: polo (+) sobre, e polo (-) próximo. - Transarticular: eletrodo (-) no local da lesão. - Transregional: atravessando áreas de inervação e circulação diferentes. - Ganglionar: (gangliotrópica) um eletrodo sobre o gânglio e outro sobre o trajeto nervoso ou circulatório. CONTRAINDICAÇÃO: - Marcapasso - Endopróteses - Sínteses metálicas INDICAÇÃO: -Enfermidades do aparelho músculo esquelético - Transtornos circulatórios - Afecções de nervos periféricos. MICROCORRENTES - Bastante usado em estética, ela é monofásica, então não podemos classificar simetria pois não espelha, e teria que ter a fase oposta. Embora ela oscile em duas fases, ela não tem o mesmo pulso. Ela é retangular, pulsada, pois tem intervalo. - Utilizada em recuperação de feridas, existe uma teoria que se chama teoria das baterias eletrônicas, nosso corpo quando está em harmonia, tudo fica dentro da homeostase, inclusive na homeostase eletrônica que é quando os íons estão todos equilibrados, organizados. Porém quando ocorre lesão essa homeostase se perde, e na microcorrentes você dá tempo dos íons se movimentam e se reorganizam.
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