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psicologia aplicada a odontopediatria

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Odontopediatria I 
Psicologia aplicada à odontopediatria 
 
O paciente infantil nunca estará sozinho, sempre 
estará acompanhado por um responsável, e a 
equipe odontológico deve estar bem preparada para 
atender a criança. 
MUDANÇAS SOCIAIS: 
1º ANO: completamente dependente dos pais; 
desenvolvimento de grandes e seguras ligações aos 
adultos educadores e que cuidam. 
3º ANO: criança já come independente dos pais; uso 
do não pela criança; faz observações na frente de 
qualquer um; manipulação digital (criança curiosa, 
quer mexer em tudo); “como” e “porque?”; 
habilidades de comunicação (temos que impor 
limites, com educação) 
MUDANÇAS EMOCIONAIS: 
Medos: de estranhos (07 a 12 meses); da separação 
dos mais (dos 6 meses até 13-18 meses) 
FASE PRÉ-ESCOLAR: crescimento social; valores; 
autodisciplina. (começa a ter noção das obrigações); 
processo de autocontrole e controle maior das 
emoções; processo de socialização; identidade 
sexual (feminino/masculino); autoestima; agressão 
como forma de defesa. 
IDADE ESCOLAR: escola; professor é uma figura de 
autoridade; aumento da capacidade de se controlar 
e ser independente; grupo de amigos; aceitação das 
normas sociais de conduta (sabem esperar e 
desenvolvem tarefas escolares e domésticas, são 
capazes de cumprir com obrigações de higiene); 
desenvolvimento de interesses e preferências; nessa 
fase não tem a necessidade de infantilizar a consulta; 
desenvolvimento corporal; satisfação emocional 
(aceitação social). 
ADOLESCÊNCIA: importância do parceiro; aumento 
do número de conhecidos; transição social da 
infância para a idade adulta. Existem dois grupos de 
adolescentes: aqueles que são capazes de 
estabelecer e manter relações amorosas e sexuais, 
são independentes, trabalham e se autodirigem; e o 
grupo daqueles que estão relacionados com 
delinquência, tentativa de suicídio, uso de álcool e 
drogas, fuga de casa, prostituição e saída da escola. 
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O 
COMPORTAMENTO NO CONSULTÓRIO: 
-medo e ansiedade da criança 
-ansiedade materna (efeito maior em crianças 
menores, a mãe acaba transmitindo esse medo para 
a criança) 
-história médica (experiências cirúrgicas, dor) 
-conscientização do problema odontológico 
 
MEDO ODONTOLÓGICO: 
Medo: reação emocional normal a um ou mais 
estímulos ameaçadores específicos da situação 
odontológica. 
Ansiedade: estado de apreensão que algo terrível vai 
acontecer em relação ao tratamento odontológico, e 
associa-se à sensação de perder o controle. 
Fobia: ansiedade acentuada e persistente em 
relação tanto a situações específicas como à 
situação odontológica em geral. 
COMO ABORDAR O MEDO? 
Objetivo: substituir o comportamento resistente por 
outro cooperativo 
-relação de confiança profissional/paciente/família 
-cooperação de psicólogo 
-intervenção farmacológica 
 
QUALIDADES BÁSICAS DO PROFISSIONAL: 
-amar as crianças 
-fazer-se gostar pelas crianças 
-gostar de tratar de crianças 
-conhecimentos da odontologia e especificamente da 
Odontopediatria 
-paciência 
-conhecimentos de psicologia infantil 
-habilidade e rapidez 
-ordem e cuidado com o instrumental 
CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO: 
-pode auxiliar indicando o método de controle 
-registrar comportamentos 
-estimativa da validade de pesquisas em andamento 
 
A criança pode ser classificada em: 
1- colaboradora 
2- ausência de habilidade para cooperação (crianças 
especiais) 
3- potencialmente colaboradora 
-incontrolável 
-desafiante 
-tímido 
-tenso-cooperador 
-lamuriante 
 
O comportamento também pode ser classificado 
em: 
- definitivamente negativo ( - - ) , não consegue 
realizar o atendimento 
- negativo ( - ) , consegue realizar o atendimento, 
com um bom controle de comportamento 
- positivo ( + ) , criança deixa atender, não é super 
colaboradora mas o tratamento é realizado 
- definitivamente positivo ( + + ) , criança que não 
reclama e coopera 
 
MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO PRÉ-
CONSULTA: 
-tudo que é feito ou dito para influenciar 
positivamente o comportamento da criança antes 
dela entrar no consultório odontológico: filmes, 
modelo de pacientes ao vivo (criança chega com o 
irmão mais velho e o assiste), correspondências 
(mandar msg, e-mail, explicando como será feita a 
consulta, orientando a mãe a não transpor o medo 
na criança) 
 
O controle de comportamento é o meio pelo qual a 
equipe odontológica é capaz de realizar 
eficientemente o tratamento de uma criança, e ao 
mesmo tempo, desenvolver uma atitude dental 
positiva. Embora a odontologia operatória possa ser 
perfeita, a consulta torna-se um fracasso se a 
criança vai embora chorando. 
 
FATORES QUE AUXILIAM NO CONTROLE DE 
COMPORTAMENTO: abordagem positiva; atitude da 
equipe, organização, autenticidade, tolerância, 
flexibilidade. 
 
COMUNICAÇÃO: estabelecimento de comunicação; 
estabelecimento do comunicador; clareza de 
mensagens; explicar o que será realizado, de forma 
clara, explicando para a criança como que ela irá se 
sentir durante o procedimento. 
 
TÉCNICAS DE CONTROLE DE 
COMPORTAMENTO: 
 
1- CONTROLE DE VOZ: 
-comandos súbitos e firmes 
-conversação suave e monótona 
-objetivos: atrair a atenção do paciente quando ele 
não está prestando atenção às explicações; chamar 
a atenção da criança que está evitando o 
tratamento e atrair sua colaboração; estabelecer 
autoridade; evitar comportamento negativo. 
 
2- COMUNICAÇÃO MULTISSENSORIAL: 
-o que dizer e como dizer 
-toque (comunicação não verbal) 
-olhar 
 
3- DIZER, MOSTRAR, FAZER: 
apresentar gradualmente os elementos 
odontológicos. 
 
4- DISTRAÇÃO: 
-atrair a atenção do paciente quando ele não está 
prestando atenção às explicações; 
-chamar a atenção da criança que está evitando o 
tratamento e atrair sua colaboração; 
-estabelecer autoridade; 
-evitar comportamento negativo. 
 
5- MODELAGEM DO COMPORTAMENTO: 
-técnica não farmacólogica (não necessita de 
medicamentos) 
-aprendizado= estímulo + resposta 
-diga-mostra-faça 
-reforçar o comportamento apropriado 
-desprezar o comportamento inadequado 
 
HORÁRIO: 
-hora marcada 
-tempo de consulta = 30 minutos 
 
SEPARAÇÃO PAIS-CRIANÇA: 
Os pais devem ficar na sala de espera, pois as 
crianças acabam se aproveitando da presença dos 
pais. 
Exceções: paciente deficiente e crianças muito 
jovens (até 4 anos) 
 
LIMITAÇÕES: 
Crianças estão mais informadas 
Estrutura familiar 
Emprego de certas técnicas (aspecto legal) = HOME 
(mão sobre a boca da criança, atualmente por 
questões legais essa técnica não é mais aceita)

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