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Síndrome do anticorpo antifosfolípide Quadro clínico Formas clássicas (grandes vasos) Trombose venosa profunda (TVP), tromboses arteriais, microangiopatia pela síndrome do anticorpo antifosfolipídeo Síndrome antifosfolipídica catastrófica ( pequenos vasos) Obstétricas Complicações maternas Eclâmpsia, préeclâmpsia, síndrome HELLP, síndrome, cardiopulmonar pós-parto Coreia gravídica, acidente vascular encefálico AVE) pós-parto Morte materna; Complicações fetais Aborto e perda fetal, crescimento intrauterino retardado Cardíacas Insuficiência coronariana Insuficiência cardíaca, doença valva, Espessamento, disfunção (insuficiência e estenose), vegetações, trombo intracardíaco; Neurológicas AVE e ataque isquêmico ransitório (AIT) trombóticos Síndrome de Sneddon Demência multi-infarto, AVE cardioembólico Trombose de seios venosos Amnésia global transitória, déficits cognitivos Esclerose múltipla-símile Distúrbios do movimento, coreia, hemibalismo, ataxia cerebelar Síndromes espinais, mielite longitudinal Neuropatia do trigêmeo Hepáticas Síndrome de Budd-Chiari Hipertensão porta Doença veno-oclusiva hepática Hiperplasia nodular regenerativa, infarto hepático Ortopédicas Fraturas ósseas de metatarsos, Necrose avascular; Hematológicas Subtopic 1 trombocitopenia, anemia hemolítica autoimune Necrose de medula óssea; Renais Microangiopatia trombótica, trombose de veia renal Trombose de artéria renal; Pulmonares Embolia pulmonar e infarto Hipertensão arterial pulmonar, trombose arterial pulmonar Artéria pulmonar, microtrombose pulmonar Síndrome do desconforto respiratório do adulto Hemorragia alveolar difusa, alveolite fibrosante Gastroenterológicas Necrose de esôfago, úlcera gástrica, isquemia/ angina mesentérica, Pancreatite, colecistite, trombose de vasos esplênicos Dermatológicas Livedo reticular e racemoso, Úlceras cutâneas, atrofia branca e vasculopatia livedoide Necrose cutânea, gangrena e necrose digital Anetoderma, pioderma gangrenoso-símile, Máculas e nódulos, hemorragias subungueais, fenômeno de Raynaud, pseudovasculite, papulose Atrófica maligna, melanoderma; Oftalmológicas trombose de vasos retinianos, neurite óptica aguda retrobulbar, atrofia óptica isquêmica, síndrome seca Endocrinológicas trombose de veia adrenal om Addison Hipopituitarismo, hipogonadismo Otorrinolaringológicas Distúrbios vestibulares Diagnóstico Testes de ELISA para anticorpos anticardiolipina (aCL) e para anticorpos antibeta-2 GPI. Ensaios de coagulação para detecção de anticorpos com atividade anticoagulante lúpica. 1ª etapa: ensaio funcional da coagulação Tempo de coagulação normal Tempo de coagulação prolongado 2ª etapa: mistura a 1:1 (mistura a 1:1 do plasma do paciente e de um controle) Corrige o tempo de coagulação Não corrige o tempo de coagulação 3ª etapa: Acréscimo de fosfolipídeos em excesso Corrige o tempo de coagulação Positivo para ACL Não corrige o tempo de coagulação ACL não confirmado Laboratorial Trombocitopenia, Anemia hemolítica Coombs positivo, Critérios classificatórios e diagnósticos 1 critério clínico > 1 episódio de trombose arterial, venose ou de pequenos vasos; > 1 morte de feto normal > 10 semanas >1 nascimento prematuro de feto normal < 34 semanas por eclâmpsia, pré-eclâmpsia grave ou insuficiência placentária > 3 abortamentos espontâneos < 10 semanas com outras causas excluídas + 1 critério laboratorial Lúpus anticoagulante presente no plasma em > 2 ocasiões (intervalo mínimo de 12 semanas) Anticardiolipina IgI e/ou IgM moderado a alto em > 2ocasiões (intervalo mínimo de 12 semanas) Antibeta-2-glicoproteína I IgG ou IgM presente no plasma em >2 ocasiões (intervalo mínimo de 12 semanas) Critérios clínicos: .Trombose vascular: um ou mais episódios de trombose arterial, venosa ou de pequenos vasos em qualquer órgão, confirmados inequívocos de imagem ou exame histopatológico. A histopatologia deve excluir vasculite. Morbidade gestacional: 1 ou + mortes de feto morfologicamente normal com mais de 10 semanas de idade gestacional, com morfologia fetal normal detectada por ultrassonografia ou exame direto do feto. Critérios laboratoriais Lúpus anticoagulante presente no plasma em duas ou mais ocasiões, com intervalo de, no mínimo, 12 semanas. Tratamentos Anticoagulação Varfarina ou heparina não fracionada e de baixo peso molecular em associação ao ácido acetilsalicílico são utilizadas. Na fase aguda de trombose, a anticoagulação deve ser iniciada com heparina de baixo peso molecular (HBPM) na dose de 1 mg/kg/dia a cada 12 horas associada ao anticoagulante oral varfarina 5 mg/dia. Pacientes mais idosos podem iniciar a anticoagulação com 2,5 mg/dia de varfarina. Após 4 a 7 dias do início da anticoagulação oral, o INR deve ser rechecado, a fim de que seja suspensa a heparina, se o INR estiver dentro do alvo desejado. Em situações especiais, que envolvem IAM deve ser priorizada a anticoagulação entre 2 e 3 associada à dupla antiagregação plaquetária AAS (100 mg/ dia) + clopidogrel (75 mg) por 6 meses. Após esse prazo, a anticoagulação pode permanecer entre 2 e 3 com AAS (100 mg) ou entre 2,5 e 3,5 sem AAS. Nos casos de pacientes com múltiplos eventos, mesmo que com INR adequado, devem ser rechecados e tratados fatores de risco adicionais como: obesidade, dislipidemia e hipertensão arterial O uso de sulfato de hidroxicloroquina 400 mg/ dia, ajustada por quilograma de peso Mecanismo de ação dos anticoagulantes O efeito anticoagulante da varfarina é mediado através da inibição dos fatores de coagulação vitamina K-dependentes (II, VII, IX e X). Este efeito da varfarina resulta na síntese de formas imunologicamente detectáveis porém biologicamente inativas destas proteínas de coagulação Indicações Devem ser usados por pessoas que têm maior risco de desenvolver um trombo, como aquelas com arritmias cardíacas ou que usam próteses em valva cardíaca. Efeitos adversos Sangramento excessivo, ou hemorragia, podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Indicações dos fibronolíticos trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico agudo com obstrução arterial. Epidemiologia Está entre as trombofilias adquiridas mais frequentes na prática clínica Prevalência: 40 a 50 casos/100.000 pessoas. Predomina em adultos jovens e de meia-idade. A preponderância do sexo feminino é universal, porém mais evidente na SAF secundária a LES. Embora cerca de 30 a 40% da população com lúpus apresente teste positivo para AAF, a frequência de SAF secundária é menor do que a prevalência dos autoanticorpos. Afroamericanos são menos acometidos do que outros grupos étnicos. Não hápredomínio de raça na SAF. + de 10% das mulheres vão tem restrição de crescimento para idade gestacional Fisiopatologia - Mecanismos da perda fetal na SAF Ativação do sistema complemento Deficiência na invasão trofoblástica e na produção de hormônios Trombose intraplacentária Placentação inadequada devido à interferência da anti-b2-glicoproteína I Deslocamento de anexina A5 pelos complexos de AAFs IgG e b2-glicoproteína I Fisiopatologia - Mecanismos de trombose na SAF Ativação do complemento Produção deficiente de óxido nítrico Inativação da fibrinólise pelo AAF Transcrição dos fatores pró-coagulantes (fator tecidual) e moléculas de adesão Ativação das vias de sinalização celular Interação entre AAfs e células (endoteliais, monócitos, plaquetas). Etiologia A síndrome antifosfolípide é desordem auto- imune de causa desconhecida Tem sido relatada a associação de anticorpos antifosfolípides com doenças auto-imunes ou reumáticas, malignidades, doençashematológicas, infecções, doenças neurológicas e droga Conceito É um distúrbio autoimune multissistêmico Ocorre trombose venosa e arterial recorrente e/ou morbidade gestacional associadas à presença de anticorpos antifosfolipídicos (AAFs) persistentes. Tema central: Síndrome do anticorpo antifosfolípide Problema 04: Transfusão sanguínea (testemunhas de Jeová) O médico deve explicar ao paciente que o CFM determina transfundir esses pacientes em situações críticas como risco de morte Existe um termo de consentimento que os pacientes testemunhas de Jeová levam quando tem alguma situação que precise de cirurgia Diagnósticos diferenciais das trombofilias adquiridas Tromboses arteriais e venosas recorrentes, em perdas fetais de repetição e prematuridade por eclâmpsia/pré-eclâmpsia. Algumas causas seriam uso de anticoncepcional, medicamentos, cirurgias e imobilização prolongada.
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