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Teoria Geral da Administração - TGA

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Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
Teoria Geral da Administração- TGA 
Todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não humanos 
(como recursos físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos, etc.) 
A vida das pessoas depende intimamente das organizações e estas dependem da 
atividade e do trabalho daquelas. As Organizações são extremamente heterogêneas 
e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de 
estruturas diferentes, de objetivos diferentes. 
Segundo CHIAVENATO, a Administração é um fenômeno social e organizacional 
que ocorre exclusivamente dentro das organizações. 
O conceito de Organização como uma unidade social ou agrupamento de pessoas 
que trabalha conjuntamente (agrupa os recursos) para suprir as demandas da 
sociedade (para alcançar objetivos). Assim, uma organização pode ser: uma empresa, 
uma igreja, uma instituição militar. 
Existem Organizações Lucrativas (chamadas Empresas) e Organizações Não 
Lucrativas (como Exército, Igreja, serviços públicos, entidades filantrópicas, 
organizações não governamentais – ONGs – etc.). 
O termo organização apresenta duas referências básicas. Por um lado, a palavra 
organização é utilizada para se referir à ação ou resultado de organizar ou 
organizar-se. 
Por outro lado, designa-se com o termo de organização àquele sistema desenhado 
para atingir satisfatoriamente determinados objetivos ou metas, no entanto, estes 
sistemas podem, a sua vez, estar formados por outros subsistemas relacionados que 
cumprem funções específicas. 
Ou seja, em outras palavras, uma organização será qualquer grupo social formado 
por pessoas, com uma série de tarefas e uma administração, que interagem no 
marco de uma estrutura sistêmica com a meta de cumprir certos objetivos propostos. 
A Teoria das Organizações – TO é o campo do conhecimento humano que se ocupa 
do estudo das organizações em geral. Por seu tamanho e pela complexidade de suas 
operações, as organizações, ao atingirem um certo porte, precisam ser 
administradas e sua administração requer todo o aparato de pessoas estratificadas 
em diversos níveis hierárquicos que se ocupam de incumbências diferentes. 
A Administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
organização seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata do 
planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as 
atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma 
organização. Assim, a Administração é imprescindível para existência, sobrevivência 
e sucesso das organizações. Sem a administração, as organizações jamais teriam 
condições de existir e de crescer. 
A Teoria Geral da Administração – TGA é o campo do conhecimento humano que 
se ocupa do estudo da Administração em geral, não importa onde ela seja aplicada, 
se nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas organizações não lucrativas. 
A TGA trata do estudo da Administração das organizações e empresas do ponto 
de vista de interação e da interdependência entre as seis variáveis principais: Tarefa, 
Estrutura, Pessoas, Tecnologia, Ambiente e Competitividade. 
 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
 
Abordagens Clássicas: Administração Científica e Administração Clássica 
Introdução 
As origens da Abordagem Clássica da Administração remontam às consequências 
geradas pela Revolução Industrial e podem ser resumidas em dois fatos genéricos, 
a saber: 
• O crescimento acelerado e desorganizado das empresas, ocasionando 
gradativamente a complexidade na sua administração e exigindo uma 
abordagem científica e mais apurada que substituísse o empirismo e a 
improvisação até então dominantes. 
• A necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, 
no intuito de se obter o melhor rendimento dos recursos e fazer face à 
concorrência e à competição entre as empresas. 
A Abordagem Clássica é desdobrada em duas orientações diferentes e, até certo 
ponto, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência: 
1-Escola da Administração Científica - Frederick Winslow Taylor *Ênfase nas 
tarefas dos indivíduos 
2-Corrente Anatômica e Fisiologista (Teoria Clássica) - Henri Fayol *Ênfase na 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
estrutura organizacional 
 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA – 1903-Fim do século XIX e início do século 
XX 
 
Frederick Winslow Taylor 
Taylor (Nascido na Filadélfia, 20 de março de 1856 – Filadélfia, 21 de março de 1915) 
foi um engenheiro mecânico estadunidense. Era técnico em mecânica e operário, 
formou-se engenheiro mecânico. Escreveu o livro "Os Princípios da Administração 
Científica", publicado em 1911, sendo considerado "o pai" da Administração 
Científica, por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na 
administração de empresas. Seu foco era a eficiência operacional na administração 
industrial e comercial. 
Frederick Taylor acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos 
trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais 
e com melhor qualidade. Taylor achava que todo e qualquer trabalho necessita, 
preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia 
própria visando sempre ao seu máximo desenvolvimento. 
• Ênfase nas tarefas dos indivíduos; 
• Frederick Winslow Taylor Administração Científica = Sistema de Taylor = 
Gerência Científica do Trabalho = Organização Racional do Trabalho; 
• Em 1903, ele publica o livro “Administração de Oficinas” onde expõe pela 
primeira vez suas teorias. 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
• O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos 
métodos da ciência aos problemas da administração para alcançar a 
eficiência. 
 
Princípios da Administração Científica segundo Taylor 
Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de 
Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém 
com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da 
administração científica: 
1) Princípio de Planejamento – substituição de métodos empíricos por 
procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, 
o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a 
fim de reduzir e racionalizar sua execução. 
2) Princípio de Preparo dos Trabalhadores – selecionar os operários de 
acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para 
produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que 
atinjam a meta estabelecida. Preparar também máquinas e equipamentos 
através do arranjo físico racional das ferramentas e materiais. 
3) Princípio de Controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se 
certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia 
estabelecida e dentro da meta. 
4) Princípio da Execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para 
que o trabalho seja o mais disciplinado possível. 
 
Organização Racional do Trabalho (ORT) 
Os métodos científicos ficaram conhecidos como Organização Racional do 
Trabalho (ORT), que tem os seguintes fundamentos (‘‘Princípios da ORT’’): 
• Análise do trabalho em si e estudo dos tempos e movimentos; 
• Estudo da fadiga humana; 
• Divisão do trabalho e especialização do trabalhador; 
• Desenho de cargos e tarefas; 
• Incentivos e prêmios salariais por produção; 
• A ideia do Homo Economicus; 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
• O ambiente de trabalho, 
• Padronização; 
• Supervisão Funcional. 
*OBS: Eficiência – Correta utilização dos recursos (meios de produção) disponíveis. 
Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos 
científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). 
 
A Organização Racional do Trabalho (ORT) se fundamentaem: 
1) Análise do Trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos- Eliminação dos 
movimentos inúteis e simplificação dos movimentos necessários, para 
proporcionar economia de tempo e menor esforço ao operário. 
Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. 
• Frank e Lillian Gilbreth – Parceiros de Taylor, foram pioneiros da ergonomia, 
que significa essencialmente “adaptar o lugar de trabalho ao trabalhador”, 
onde o objetivo é prevenir lesões e ferimentos em decorrência do trabalho, 
reduzindo ou eliminando a exposição do trabalhador a riscos como 
repetições, má postura, compressões mecânicas, altas temperaturas, entre 
outros. 
Frank Bunker Gilbreth, aprofundou o estudo dos movimentos junto com sua 
esposa e colaboradora Lillian Moller Gilbreth. Buscou compreender os 
hábitos de trabalho dos empregados das indústrias e encontrar meios de 
aumentar sua produção. O casal focou seus estudos no chamado "estudo dos 
movimentos", Frank tinha preocupações muito semelhantes às de Taylor, 
exceto que Taylor era interessado em engenharia e em problemas com o 
tempo dos funcionários e Frank em construção e com os movimentos dos 
operários. 
-Método: É a maneira de se fazer alguma coisa para obter determinado resultado. 
-Therbligs (anagrama de Gilbreth) – movimentos elementares que permitem 
decompor e analisar qualquer tarefa. 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
 
• O conceito de eficiência é fundamental para a Administração Científica. A 
Análise do Trabalho e o estudo de tempos e movimentos focalizam a melhor 
maneira (the one best way) de executar uma tarefa e elevar a eficiência do 
operário. 
• Eficiência = Correta utilização dos recursos (meios de produção) disponíveis. É 
a relação entre o que é feito e o que pode ser feito, uma relação entre o custo 
e o benefício. A consequência direta da eficiência é a produtividade. 
 
2) Estudo da fadiga humana – Os Gilbreth efetuaram estudos sobre a fadiga na 
produtividade do operário. A fadiga predispõe o trabalhador para: 
- Diminuição da produtividade e qualidade do trabalho; 
- Perda de tempo; 
- Aumento da rotatividade de pessoal; 
- Doenças; 
- Acidentes; e 
- Diminuição da capacidade de esforço. 
 
3) Divisão do trabalho e Especialização do trabalhador – Uma das decorrências do 
estudo de tempos e movimentos. Cada operário passou a ser responsável por uma 
única operação no processo produtivo. 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
A ideia predominante era a de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto 
mais especializado for um operário, tanto maior será a sua eficiência. 
 
4) Desenho de Cargos e Tarefas – É a maneira pela qual um cargo é criado, 
projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas. 
- Tarefa: se constitui na menor unidade possível dentro da divisão do 
trabalho em uma organização. 
 - Cargo: é um conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou 
repetitiva. 
 
5) Incentivos Salariais e Prêmios de Produção - Taylor e seus seguidores entendiam 
que a remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não 
estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por uma remuneração 
baseada na produção de cada operário (salário por peça ou produção). Além disso, 
introduziu um estímulo salarial para operários que ultrapassassem o tempo padrão. 
- Tempo Padrão – Tempo médio necessário para o operário realizar a tarefa 
racionalizada. Constitui o nível de eficiência equivalente a 100%. A produção individual 
até o nível de 100% de eficiência é remunerada pelo número de peças produzidas. 
Acima do nível de 100% de eficiência a remuneração por peça passa a ser acrescida 
de um prêmio de produção ou incentivo salarial que aumenta na medida em que se 
eleva a eficiência do operário. 
Exemplo Hipotético 
Pré Taylor: Remuneração por período – $200,00 
 
- Operário “A”: 80 peças = $200,00 
- Operário “B” 100 peças = $200,00 
- Despesas com salário = $ 400,00 
 
Taylor: Remuneração por tarefa: $2,00/peça 
-Operário “A”: 80 peças x $2,00 = $160,00 
-Operário “B”: 100 Peças x $2,00 = $200,00 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
-Despesas com salário = $360,00 
Incentivo Salarial e Prêmio de Produção 
Condições: 
-$/peça = $2,00 
-Tempo Padrão: 180 peças/2 = 90 peças 
-$/peça acima do Tempo Padrão: $3,00 
Remunerações: 
-Operário “A”: 80 peças x $2,00 = $160,00 
-Operário “B”: (90 peças x $2,00 + 10 x $3,00) = $210,00 
 
6) Conceito do “Homo Economicus” - O homem procura o trabalho não porque 
gosta dele, mas como meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho 
proporciona. A Administração Científica fundamenta-se no conceito de que o 
trabalhador é influenciado exclusivamente por recompensas salariais, econômicas 
e materiais. 
 
7) Condições de Trabalho – Conjunto de condições de trabalho que garantam o 
bem-estar físico do trabalhador e diminuem a fadiga. O conforto do operário e a 
melhoria do ambiente físico passam a ser valorizados, não porque as pessoas o 
merecessem, mas porque eram essenciais para a melhoria da eficiência do 
trabalhador. 
 
8) Racionalização do Trabalho - A contribuição de Taylor à Administração foi logo 
enriquecida com uma torrente de outras contribuições feitas por contemporâneos. 
Henry Lawrence Gantt, engenheiro americano que trabalhou com Taylor entre 1887 
e 1902, passou a se dedicar a uma nova profissão liberal: a de engenheiro consultor 
em racionalização do trabalho. Enquanto Taylor dava ênfase à análise e à 
organização do trabalho em si como solução para os problemas de eficiência e 
produtividade, Gantt dava maior atenção às pessoas que executam o trabalho. 
Enquanto um se preocupava com o aspecto tecnológico e metodológico (Taylor) , o 
outro se voltava para o aspecto psicológico e humano (Gantt). 
 
OBS: Gráfico de Gantt: É um cronograma muito aplicado atualmente na metodologia 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
administrativa, como instrumento de planejamento e controle. É uma tabela de 
dupla entrada que retrata e mede a atividade e o tempo necessários para seu 
desempenho, permitindo a comparação entre o desempenho real e o desempenho 
planejado. 
 
 
 
9) Padronização - Uniformidade de métodos, processos, equipamentos, matérias-
primas, visando reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e, daí, 
eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. 
- Padrão é uma unidade de medida adotada e aceita comumente como critério. A 
padronização é a aplicação de normas em uma organização para obter uniformidade 
e, consequentemente, redução de custos. 
 
10) Supervisão Funcional - A especialização do operário deve ser acompanhada da 
especialização do supervisor e não de uma centralização da autoridade. Taylor 
propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de 
diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem 
autoridade funcional (relativa apenas a sua especialidade) sobre os mesmos 
representa a aplicação da divisão do trabalho. 
• Especialização- especialistas no nível dos supervisores e chefes, - e não mestres 
- transmitam a cada operário o conhecimento e orientação. 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
 
 
 
Apreciação crítica da Administração Científica 
1) Mecanicismo da Administração Científica 
A Administração Científica restringiu-se às tarefas e aos fatores diretamente 
relacionados com o cargo e a função do operário. Muito embora a organização seja 
constituída de pessoas, deu-se pouca atenção ao elemento humano e concebeu-se 
a organização como “um arranjo rígido e estático de peças”, ou seja, como uma 
máquina. Daí a denominação “Teoria de Máquina” dada a essa abordagem. 
 
2) Superespecialização do Operário 
A fragmentação das tarefas (especialização) tornou supérflua a qualificação do 
operário, levando-o à bitolação e à desmotivação. Até certo ponto, esseesquema será 
o responsável pelo alcance de altos lucros em curto prazo, com baixo nível salarial e à 
custa de tensões sociais e sindicais. A proposição de Taylor de que “a eficiência 
administrativa aumentava com a especialização do trabalhador” não encontrou 
amparo nos resultados de pesquisas posteriores. 
 
3) Visão Microscópica do Homem 
A utilização dos seres humanos na organização limitou-se às tarefas na linha de 
produção, abrangendo apenas as variáveis fisiológicas, tanto assim que a 
Administração Científica é chamada de Teoria Fisiológica da Organização. Taylor 
considerou os recursos humanos como um apêndice da maquinaria industrial. 
 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
4) Ausência de comprovação científica 
A Administração Científica é criticada por pretender criar uma ciência, sem apresentar 
comprovação científica das suas proposições e princípios. Os engenheiros 
americanos utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica para 
comprovar sua tese. 
 
5) Abordagem incompleta da organização 
A Administração Científica é considerada incompleta, parcial e inacabada, por se 
restringir apenas aos aspectos formais da organização, omitindo completamente a 
organização informal e os aspectos humanos da organização. 
 
6) Limitação do campo de aplicação 
As ideias de Taylor e seus seguidores limitaram-se aos problemas de produção 
localizados na fábrica, não considerando os demais aspectos da vida da empresa 
(financeiras, comerciais, etc). 
 
7) Abordagem Prescritiva e Normativa 
A Administração Científica se caracteriza pela preocupação em prescrever princípios 
normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias 
para que o administrador possa ser bem-sucedido. Essa perspectiva visualiza a 
organização como ela deveria funcionar, em vez de explicar seu funcionamento. 
 
8) Abordagem de Sistema Fechado 
Se caracteriza pelo fato de visualizar somente aquilo que acontece dentro de uma 
organização, sem levar em conta o meio ambiente em que ela está situada. O 
comportamento de um sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico. 
Porém, as organizações nunca se comportam como um sistema fechado nem podem 
ser reduzidas a algumas poucas variáveis ou a alguns poucos aspectos importantes. 
 
9) Pioneirismo na Administração 
A Escola da Administração Científica constitui o ponto de partida da administração 
contemporânea, principalmente nos seguintes aspectos. 
a) É o primeiro desenvolvimento científico que se propõe a analisar e a 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
padronizar os processos produtivos com o objetivo de aumentar a 
produtividade e a eficiência. 
b) Obteve êxito na racionalização e eficiência dentro do contexto de sua época. 
c) Complementou a tecnologia de então, desenvolvendo métodos que 
racionalizaram a produção, logrando aumento técnicas e de produtividade. 
 
Fordismo – 1908 
 
 
Henry Ford 
Henry Ford (Nascido em Greenfield Township, atual Condado de Wayne, 30 de 
julho de 1863 — Dearborn, 7 de abril de 1947) foi um empreendedor e engenheiro 
mecânico estadunidense, fundador da Ford Motor Company, autor dos 
livros ‘‘Minha filosofia de indústria’’ e ‘‘Minha vida e minha obra’’, e o primeiro 
empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em 
massa automóveis em menos tempo e a um menor custo. 
A introdução de seu modelo Ford T revolucionou os transportes e 
a indústria dos Estados Unidos. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um 
dos homens mais ricos e conhecidos do mundo. 
A ele é atribuído o "fordismo", isto é, a produção em grande quantidade de 
automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como "linha 
de montagem", o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos, além 
dos altos salários oferecidos a seus operários — notavelmente o valor de 
5 dólares por dia, adotado em 1914. 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
O fordismo é um princípio organizador do trabalho desenvolvido por Henry Ford 
em 1908, sendo uma evolução do Taylorismo. Manteve-se o mecanismo de 
produção e a organização da gerencia utilizada do sistema anterior, porém foi 
adicionada a esteira rolante, ditando um novo ritmo de trabalho. 
Essa filosofia de fabricação também se baseava na produção industrial em massa e 
visava alcançar uma maior produtividade padronizando a produção e dividindo o 
trabalho em tarefas menores, onde cada funcionário é responsável por uma etapa. 
A minimização de custos e aumento da produtividade fazem com que os preços 
dos produtos caiam, porém, esse método acaba por desqualificar os funcionários. 
Apesar disso, no fordismo houve uma limitação da carga horária de funcionários para 
8h diárias e o pagamento de melhores salários. 
- Características de produção: 
1. Padronização dos produtos; 
2. Produção em grande escala; 
3. Uso de linhas de montagem; 
4. Divisão do trabalho em pequenas tarefas. 
 
 
- Princípios adotados por Henry Ford: 
1) Princípio de Intensificação: diminuir o tempo de duração com utilização 
imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto 
no mercado. 
2) Princípio de Economicidade: reduzir ao mínimo o volume de estoque da 
matéria prima em transformação, para que o automóvel fosse pago à empresa 
antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima 
adquirida. 
3) Princípio de Produtividade: aumentar a capacidade de produção do 
homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da 
linha de montagem. 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
Toyotismo- 1962 
 
Taiichi Ohno 
Taiichi Ohno (Nascido em Dalian, China, 29 de fevereiro de 1912 — 28 de 
maio de 1990) é considerado o principal responsável pela criação do Sistema Toyota 
de Produção. 
Formou-se em Engenharia Mecânica na Escola Técnica de Nagoya e entrou para 
a Toyota Spinning and Weaving em 1932. Em 1943 foi transferido para a Toyota Motor 
Company, em 1954 tornou-se diretor, em 1964 diretor gerente, em 1970 diretor 
gerente sênior e vice-presidente executivo em 1975. 
Taiichi Ohno é considerado o criador do Sistema Toyota de Produção e o pai do 
Sistema Kanban. Logo cedo na sua carreira ele expandiu as ideias desenvolvidas por 
Kiichiro Toyoda para reduzir perdas na produção, iniciando a experimentação e o 
desenvolvimento de metodologias de produção que diminuíssem o tempo de 
fabricação dos componentes principais dos produtos e a criação de sub-linhas de 
montagens que dessem suporte a linha de produção final. 
O Toyotismo é um princípio de organização do trabalho desenvolvido por Taiichi 
Ohno em 1962. Esta organização define-se por dois princípios principais: 
- Princípio just in time (JIT): consiste em minimizar estoques produzindo de 
acordo com a demanda; 
- Princípio de Cinco Zeros: zero de atraso, zero defeitos, zero de estoque, 
zero panes e zero papéis. 
No Toyotismo, o trabalho em equipe é um fator importante, com grupos que 
organizam e controlam seu próprio trabalho, de forma a obter um melhoramento 
contínuo. Surgiu assim uma organização de trabalho horizontal, com objetivo de 
um melhor acabamento dos produtos. 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
O Toyotismo aparece como um modelo ideal em termos de produtividade, no 
entanto, sua implementação é difícil e as empresas que tentaram aplicar falharam. 
- Características de produção: 
1. Produção diversificada; 
2. Eliminação de desperdício; 
3. Autonomia; 
4. Trabalhadores com múltiplas tarefas; 
 
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Jules Henri Fayol 
 
Fayol (Nasceu em Istambul, 29 de julho de 1841 — Paris, 19 de novembro de 1925) 
foi um engenheiro de minas francês, formado pela Ecole des Mines de Saint-Etienne e 
um dos teóricos clássicos da ciência da administração, sendo o fundador da Teoria 
Clássica da administração. 
Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoasinteressadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais, 
contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores 
estavam Luther Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick. 
A Teoria Clássica tinha sua ênfase na estrutura que a organização deveria possuir 
para ser eficiente. Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
Administração Científica nos Estados Unidos, em 1916, surgia na França, espraiando-
se rapidamente pela Europa, a Teoria Clássica da Administração. Na realidade, o 
objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações 
Segundo a Administração Científica, a eficiência é alcançada por meio da 
racionalização do trabalho do operário e na somatória das eficiências individuais. 
Na Teoria Clássica, ao contrário, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura, 
para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, direcionou seu trabalho 
para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para 
baixo, ao contrário das ideias adotadas por Taylor e Ford. 
 
Funções Básicas da Empresa segundo Fayol 
 
 
 
Funções básicas da empresa 
1) Funções Técnicas: produção. 
2) Funções Comerciais: compra, venda e permuta. 
3) Funções Financeiras: procura e gerência de capitais. 
4) Funções de Segurança: proteção e preservação de bens e pessoas. 
5) Funções Contábeis: inventários, registros, balanços, custos. 
6) Funções Administrativas: coordenam e sincronizam as demais funções. 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
Funções Administrativas segundo Fayol 
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
- Prever (Previsão) - Avaliação do futuro. Determinar antecipadamente o que deve ser 
feito. 
- Organizar (Organização) - Constituir o duplo organismo material e social da 
empresa. 
- Comandar (Comando) - Dirigir e orientar o pessoal 
- Coordenar (Coordenação) - Ligar, unir, harmonizar atos e esforços coletivos. 
- Controlar (Controle) - Verificar se tudo ocorre conforme o previsto e estabelecer a 
ação corretiva, se necessário. 
 
Elementos da Administração 
Ao definir Administração, Fayol implicitamente definiu os elementos que a compõem: 
Previsão, Organização, Comando, Coordenação e Controle. Esses cinco elementos 
constituem as chamadas funções do administrador. Contudo, os seguidores de Fayol 
definiram, a seu modo, os seus elementos da administração, mas não se afastaram 
muito da concepção fayoliana. 
 
 
 
Administração Geral- Professor Vinícius Bastos 
Princípios Gerais da Administração para Fayol 
 
Como toda ciência, a Administração deve se basear em leis ou em princípios. Fayol 
tentou definir os “princípios gerais” de Administração, sem muita originalidade, 
baseado em diversos autores da época. Fayol adota a denominação de princípio, 
afastando dela qualquer ideia de rigidez, pois nada existe de rígido ou de absoluto 
em matéria de administração 
1- Divisão do trabalho - Constitui a base da organização. Especialização e à 
diferenciação de tarefas (heterogeneidade). 
2- Autoridade e Responsabilidade 
• Autoridade - Poder de mandar e se fazer obedecer 
• Responsabilidade - Dever de fazer e prestar contas do que foi feito. A 
autoridade deve ser acompanhada da responsabilidade correspondente. Ambas 
devem estar equilibradas entre si. 
3- Disciplina – É essencial para que a organização funcione bem e depende da 
obediência, aplicação, energia e respeito aos acordos estabelecidos 
4- Unidade de comando - Cada empregado deve receber ordens de um único 
superior. É o princípio da autoridade única. 
5- Unidade de direção – Todas as atividades direcionadas a um único objetivo, devem 
ser coordenadas por único plano e por um único responsável. 
6 - Subordinação dos interesses individuais aos gerais – Os interesses gerais da 
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empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas. 
7 - Remuneração do pessoal – Deve haver justa e garantida satisfação para os 
empregados e para a organização em termos de retribuição. 
8 - Centralização – Refere-se à concentração de autoridade no topo da hierarquia da 
organização. 
*Delegação → processo pelo qual a autoridade é distribuída pelos níveis mais baixos 
da organização (descentralização). 
9 - Hierarquia ou cadeia escalar – A comunicação deve fluir segundo a linha de 
autoridade que vai do escalão mais alto ao escalão mais baixo em função do princípio 
de comando. 
10 - Ordem - Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material 
e humana. 
11 - Equidade - Justiça para alcançar a lealdade do pessoal. 
12 - Estabilidade - A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da 
empresa. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a 
empresa. 
13 - Iniciativa – Todas as pessoas devem ser encorajadas a ter iniciativa dentro dos 
limites impostos pela necessidade de autoridade e disciplina. 
14 - Espírito de equipe - A harmonia e a união entre as pessoas são fundamentais 
para a organização. 
 
Apreciação crítica da Teoria Clássica 
1) Abordagem simplificada da organização 
Os autores clássicos partem do pressuposto de que a simples adoção dos princípios 
gerais de administração - como a divisão do trabalho, a especialização, a unidade de 
comando - permite uma organização formal da empresa capaz de proporcionar-lhe 
a máxima eficiência possível. Daí a crítica quanto a essa visão simplória e 
reducionista da atividade organizacional. 
 
2) Ausência de trabalhos experimentais 
O fato de denominarem de princípios a muitas de suas proposições acaba sendo 
criticado, utilizado como um procedimento presunçoso, pois como sinônimo de lei 
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deve envolver um princípio alto grau de regularidade e consistência, permitindo 
razoável previsão em sua aplicação, tal como acontece nas outras ciências. Porém, 
como Taylor, Fayol fundamenta seus conceitos na observação e no senso comum. 
Seus princípios carecem de apresentação metódica. Seu método é empírico e 
concreto, baseado na experiência direta e no pragmatismo. 
 
3) Extremo racionalismo na concepção da administração 
A insistência sobre a concepção da Administração como um conjunto de princípios 
universalmente aplicáveis, provocou a denominação Escola Universalista. O 
abstracionismo e o formalismo são criticados por levarem a análise da 
Administração à superficialidade, à super simplificação e à falta de realismo. 
Princípios Universais – Únicos; válidos para quaisquer situações, quaisquer empresas. 
Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e utilitarista, a denominação de 
Teoria Pragmática Pragmatismo (do grego pragmata = atos ou negócios) – Doutrina 
ou atitude de conformidade com a qual a verdade nasce da relação existente entre a 
experiência humana e seus efeitos práticos 
 
4) Teoria da máquina 
A Teoria Clássica recebe o nome de teoria da máquina pelo fato de considerar a 
organização sob o prisma do comportamento mecânico de uma máquina: a 
determinadas causas decorrerão determinados efeitos ou consequências dentro de 
uma correlação determinística. Os modelos administrativos de Taylor-Fayol 
correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que o parcelamento das 
tarefas é a mola do sistema. 
 
5) Abordagem incompleta da organização 
Tal como aconteceu com a Administração Científica, também a Teoria Clássica 
somente se preocupou com a organização formal, descuidando-se da organização 
informal. 
 
6) Abordagem de sistema fechado 
Da mesma maneira como ocorreu com a Administração Científica, a Teoria Clássica 
trata a organização como se ela fosse um sistema fechado, composto de poucas 
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variáveis, perfeitamente conhecidas e previsíveis que podem ser manipuladas pelos 
princípios gerais da administração.7) Conclusão 
Apesar de todas as críticas, a Teoria Clássica é ainda a abordagem mais utilizada para 
os iniciantes em Administração, pois permite uma visão sistemática e ordenada. 
Embora, em uma era de mudança e instabilidade como a que atravessamos, a 
abordagem clássica mostre-se rígida, inflexível e conservadora, pois ela foi 
concebida em uma época de estabilidade e permanência, ainda assim, tem a sua 
utilidade no mundo de hoje. Os seus princípios proporcionam guias gerais que 
permitem ao gerente manipular os deveres do cotidiano do seu trabalho com mais 
segurança e confiança. 
	Teoria Geral da Administração- TGA
	Introdução
	Princípios da Administração Científica segundo Taylor
	Organização Racional do Trabalho (ORT)
	Henry Ford
	- Características de produção:
	- Características de produção:
	Funções Básicas da Empresa segundo Fayol
	Funções Administrativas segundo Fayol

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