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APOSTILA de ADMINISTRAÇÃO EAGS SAD By Prof Mozart versão 14 04

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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO
Profº Mozart
mozart.direito@gmail.com
mozart_direito@hotmail.com
Jan/2010 pg. 1"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
Professor Mozart
msn: mozart.direito@hotmail.com
orkut: mozart.direito@gmail.com
"Os fracos não tentam; os covardes tentam e desistem;
mas a vitória é para aqueles que possuem coragem."
Professor Mozart Rocha
INTRODUÇÃO À TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO
Assuntos abordados
 Programa Oficial de Administração EAGS - SAD
 Administração: ciência e técnica.
 Conceitos, conteúdo e objeto de estudo da administração.
Estado atual da administração e sua apl icação
na sociedade moderna.
Programa Oficial – SAD / ADMINISTRAÇÃO
1) INTRODUÇÃO À TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO
Administração: ciência e técnica.
Conceitos, conteúdo e objeto de estudo da administração.
Estado atual da administração e sua apl icação na
sociedade moderna.
2) ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Influência dos filósofos: cientistas, empreendedores e
organizações.
3) A ABORDAGEM CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO Administração Científica.
Teoria Clássica da Administração.
4) A ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO
Teorias Transitivas da Administração.
Teorias das Relações Humanas.
Decorrências da Teoria das Relações Humanas.
5) A ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO Teoria Neoclássica da Administração.
Decorrência da Abordagem Neoclássica: processo
administrativo, tipos de organização e
departamentalização.
Administração por Objetivos (APO).
6) A ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA
ADMINISTRAÇÃO
Modelo burocrático da organização. Teoria
estruturalista da administração.
7) A ABORDAGEM COMPORTAMENTAL DA
ADMINISTRAÇÃO
Teoria comportamental da administração.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional.
8) A ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO
Informática e administração.
Teoria matemática da administração.
Teoria dos sistemas.
9) A ABORDAGEM CONTINGENCIAL DA
ADMINISTRAÇÃO
Teoria da contingência
10)NOVAS
TENDÊNCIAS DA
ADMINISTRAÇÃO
A Era da Informação: mudanças e incertezas.
Qualidade total e Melhoria Contínua.
Reengenharia.
Benchmarking.
Capital Intelectual.
Estratégia organizacional e conclusões sobre a
Administração do Século XXI.
11)CONTROLE
Importância. Conceito. Características.
Classificação e tipos de padrões.
12)AÇÃO ADMINISTRATIVA
Os fatores de produção.
Setores funcionais básicos da empresa.
13)ADMINISTRAÇÃO
Administração da produção' conceito e generalidades.
Administração de Marketing: conceito e generalidades.
Administração de pessoal: conceito e generalidades.
Administração financeira: conceito e generalidades.
Introdução à Teoria Geral da Administração
s Instituições que compõem e dinamizam a
sociedade moderna não funcionam ao acaso. Elas
precisam ser administradas. Essas instituições são
constituídas de pessoas que administram
conhecimentos, recursos físicos e materiais,
financeiros, tecnológicos, mercadológicos, etc. As pessoas
nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem,
são tratadas e morrem dentro das organizações. Há uma
estreita interdependência: a vida das pessoas depende das
organizações e estas dependem da atividade e do trabalho
das pessoas. A sociedade moderna depende das
organizações. Ela é basicamente uma sociedade de
organizações. Para que as organizações possam ser
adequadamente administradas, elas precisam ser estudadas,
conhecidas e analisadas. Essa é a razão pela qual a Teoria
das Organizações (TO) sempre caminhou à frente da Teoria
Geral da Administração (TGA), dando-lhe as bases Teóricas
de suporte. No fundo, a TGA é uma decorrência das
conclusões extraídas da TO.
A administração trata do planejamento, da organização
(estruturação), da direção e do controle de todas as
atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorre
dentro de uma organização. Sem a Administração, as
organizações jamais teriam condições de sobreviver e
crescer. A TGA é campo do conhecimento humano que se
ocupa do estudo da Administração das organizações em
geral e das empresas em particular.
Existem três tipos de habilidades que o administrador deve
possuir para trabalhar com sucesso: a Habilidade técnica, a
humana e a conceitual:
 Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos,
métodos, técnicas e equipamentos necessários para a
realização de tarefas específicas por meio da experiência
profissional, isto é, hardware disponível.
 Habilidade humana: consiste na capacidade de
discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar,
compreender suas atitudes e motivações e desenvolver
uma liderança eficaz.
 Habilidade conceitual: consiste na capacidade para lidar
com idéias e conceitos abstratos. Essa habilidade permite
que a pessoa faça abstrações e desenvolva filosofias e
princípios gerais de ação.
A combinação dessas habilidades varia à medida que
a pessoa sobe na escala hierárquica, de posições de
supervisão a posições de alta direção. Na medida em que se
sobe para os níveis mais elevados da organização, diminui a
necessidade de habilidades técnicas, enquanto aumenta a
A
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Profº Mozart
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Abr/2010 –pg. 2"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
necessidade de habilidade conceitual. Nos níveis inferiores,
os chefes e supervisores precisam apenas de habilidade
técnica para lidar com as tarefas. Nos níveis mais altos, os
executivos precisam gradativamente de habilidades
conceituais para decidir sobre os destinos de sua
organização.
A TGA se propõe principalmente a desenvolver
habilidade conceitual, embora não deixe de lado as
habilidades humanas e técnicas. Em outros termos, ela
busca desenvolver a capacidade de pensar, de definir
situações organizacionais complexas, de diagnosticar e de
propor soluções. As aplicações práticas da TGA serão
desenvolvidas através das diferentes disciplinas
especializadas da Administração, como Produção, Finanças,
Marketing e Recursos Humanos.
A ADMINISTRAÇÃO E SUAS PERSPECTIVAS
Em uma época de complexidades, mudanças e
incertezas como a que atravessamos hoje, a Administração
tornou-se uma das mais importantes áreas da atividade
humana. Vivemos em uma civilização na qual o esforço
cooperativo do homem é a base fundamental da sociedade,
e a tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas
por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz. O
avanço tecnológico e o desenvolvimento do conhecimento
humano, por si apenas, não produzem efeitos se a qualidade
da administração efetuada sobre os grupos organizados de
pessoas não permitir uma aplicação efetiva dos recursos
humanos e materiais. A Administração, como veremos
adiante, está sendo considerada a principal chave para a
solução dos mais graves problemas que afligem atualmente
o mundo moderno.
Peter Drucker, autor neoclássico, afirma que não
existem países desenvolvidos e países subdesenvolvidos,
mas sim países que sabem administrar a tecnologia e os
seus recursos disponíveis e potenciais e países que ainda
não o sabem. O mesmo ocorre com as organizações.
Conteúdo e Objeto de Estudo da Administração
A palavra administração vem do latim ad (direção,
tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e
significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de
outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. No
entanto, a palavra administração sofreu uma radical
transformação no seu significado original. A tarefa da
Administração é interpretar os objetivos propostos pela
organização e transformá-los em ação organizacional por meio
do planejamento, organização, direção e controle de todos os
esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da
organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais
eficiente e eficaz. Assim, a Administração é o processo de
planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos, a
fim de alcançar objetivos.
A Teoria Geral da Administração começou com a
“ênfase nas tarefas” (atividades executadas pelos operários em
uma fábrica), através da Administração Científica de Taylor.A
seguir, a preocupação básica passou para a “ênfase na
estrutura” com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da
Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde da Teoria
Estruturalista. A reação humanística surgiu com a “ênfase nas
pessoas”, por meios da Teoria das Relações Humanas, mais
tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria
do Desenvolvimento Organizacional. A “ênfase no ambiente”
surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela
Teoria da Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a
“ênfase na tecnologia”. Cada uma dessas cinco variáveis –
tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia – provocou
há seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando
um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria
administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas cinco
variáveis, omitindo ou relegando a segundo plano todas as
demais.
O Estado Atual da Teoria Geral da Administração
Existem cinco variáveis básicas que influenciam
poderosamente a TGA: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente
e tecnologia. Cada teoria administrativa procura valorizar
uma ou algumas dessas variáveis básicas. Ao longo do
século XX, essas teorias administrativas – cada qual com
suas diferentes contribuições e diferentes enfoques –
contribuíram de maneira cumulativa e abrangente para o
desenvolvimento da TGA. Na verdade, cada teoria surgiu
como uma resposta aos problemas empresariais mais
relevantes de sua época, e foi bem-sucedida ao apresentar
soluções adequadas para tais problemas. De certo modo,
todas as teorias administrativas são perfeitamente aplicáveis
às situações atuais e o administrador precisa conhecê-la
bem para Ter à sua disposição um naipe de alternativas
adequadas a cada situação.
A administração tornou-se importante na condução
da sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesma, mas
um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da
melhor forma, com o menor custo e com a maior eficiência e
eficácia.
Perspectivas Futuras da Administração
Cada época desenvolve uma forma organizacional
adequada ao seu desenvolvimento e às suas características
específicas. Saímos da Era da Industrialização e estamos
ingressando na Era da Informação. Isso significa que a
forma organizacional do fim do século XX (organização
burocrática) está
desaparecendo e dando lugar a novas arquiteturas
organizacionais soltas e mais adequadas às novas
demandas da era da pós-industrialização. Os germes dos
futuros sistemas organizacionais são:
1 – Mudanças cada vez mais rápidas e inesperadas,
principalmente no campo do conhecimento e da tecnologia,
impondo novas e crescentes necessidades que as atuais
organizações não têm condições de atender.
2 – Crescimento em tamanho das organizações, que se
tornam complexas e internacionalizam suas operações.
3 – Atividades organizacionais cada vez mais complexas,
exigindo pessoas de competências diversas, envolvendo
problemas de coordenação e, principalmente, de
acompanhamento das rápidas mudanças.
A tarefa administrativa nas próximas décadas será
incerta e desafiadora, pois deverá ser atingida por uma
infinidade de variáveis, mudanças e transformações
carregadas de ambigüidades e de incertezas. E o futuro
parece complicar cada vez mais essa realidade. Nas
próximas décadas, os desafio da administração serão:
 Crescimento das organizações;
 Concorrência mais aguda;
 Sofisticação da tecnologia;
 Taxas elevadas de inflação;
 Globalização da economia e internacionalização dos
negócios;
 Visibilidade maior das organizações.
OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
A Administração constitui o resultado histórico e
integrado da contribuição cumulativa de numerosos
precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas e
empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual
em seu campo de atividade, desenvolvendo e divulgando as
suas obras e teorias.
Apesar dos progressos no conhecimento humano, a
chamada Ciência da Administração somente surgiu no
despontar do século XX. A TGA é uma área nova e recente
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APOSTILA DE ADMINISTRAÇÃO
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Abr/2010 –pg. 3"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
do conhecimento humano. Para que ela surgisse foram
necessários séculos de preparação e antecedentes
históricos capazes de permitir e viabilizar as condições
indispensáveis ao seu aparecimento.
"Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais
certo de vencer é tentar mais uma vez.” Anônimo
Professor Mozart Rocha
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Assuntos abordados
 Influência dos filósofos da Administração
 Influência dos cientista, empreendedores e organizações.
 Abordagem Clássica da Administração
Influência dos Filósofos
administração recebeu influencia da Filosofia
desde os tempos da Antigüidade. O filósofo
grego Sócrates, em sua discussão com
Nicomaquides, expõe seu ponto de vista sobre a
Administração como uma habilidade pessoal separada do
conhecimento técnico e da experiência.
Platão, discípulo de Sócrates, analisou os problemas
políticos e sociais decorrentes do desenvolvimento social e
cultural do povo grego. Em sua obra, A república, expõe a forma
democrática de governo e de administração dos negócios
públicos.
Aristóteles, discípulo de Platão, deu o impulso inicial à
Filosofia, abrindo as perspectivas do conhecimento humano. No
livro Política, sobre a organização do Estado, distingue as três
formas de administração pública:
1 – Monarquia ou governo de um só (que pode degenerar
em tirania)
2 – Aristocracia ou governo da elite (que pode degenerar
em oligarquia)
3 - Democracia ou governo do povo (que pode degenerar
em anarquia)
Ao longo dos séculos que vão da Antigüidade até o início
da Idade Moderna a Filosofia concentrou-se em preocupações
distanciadas dos problemas administrativos. Francis Bacon,
filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna
baseada no método experimental e indutivo, mostra a
preocupação prática de se separar experimentalmente o que é
essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se
ao princípio administrativo da “prevalência do principal sobre o
acessório”.
O maior expoente da época foi René Descartes. Filósofo,
matemático e físico francês, é o fundador da Filosofia Moderna.
Criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à matemática e
Geometria da época. Na Filosofia, celebrizou-se pelo livro O
Discurso do Método, no qual descreve seu método filosófico
denominado “método cartesiano”, cujos princípios são:
1 Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste
em não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto
não se souber com evidência aquilo que é realmente
verdadeiro.
2 Princípio da Análise ou de Decomposição: Consiste em
dividir e decompor cada dificuldade ou problema em tantas
partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua
solução, a fim de resolver cada uma separadamente.
3 Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em
conduzir ordenadamente os pensamentos e o raciocínio,
começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e
simples de se conhecer, para passar gradualmente aos
mais difíceis.
4 Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em
fazer verificações e revisões em tudo, para que nada seja
omitido ou deixado de lado.
Vários princípios da administração, como os da
divisão do trabalho, da ordem e do controle, são decorrentes
dos princípios cartesianos.
Influência da Organização da Igreja Católica
través dos séculos, as normas administrativas e
os princípios da organização pública foram se
transferindo das instituições dos Estados para as
Instituições da Igreja Católica e organizações
militares. Isso porque a unidade de propósitos e objetivos –
princípios fundamentais na organização eclesiástica e militar –
nem sempre é encontrada na ação Política dos Estados, movida
por objetivos contraditórios de cada partido, dirigente ou classe
social.
Ao longo dos séculos, A Igreja Católica estruturou a sua
organização com uma hierarquia de autoridade,um estado-
maior (assessoria) e a coordenação funcional para assegurar
integração. A organização hierárquica da Igreja é tão simples e
eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar
sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa. A
estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para
muitas organizações que incorporaram seus princípio e normas
administrativas.
Influência da Organização Militar
organização militar influenciou as teorias da
Administração ao longo do tempo. A organização
linear tem suas origens na organização militar
dos exércitos da Antigüidade e da época
medieval. O princípio da unidade de comando
(pelo qual cada subordinado só pode Ter um superior) é o
núcleo central das organizações militares. A hierarquia – ou
seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de
autoridade – provém da organização militar. Com o passar dos
tempos, na medida em que o volume de operações militares
aumenta, cresce também a necessidade de delegar autoridade
para os níveis mais baixos da organização militar.
O conceito de hierarquia na organização militar é tão
antigo quanto à própria guerra. A evolução do princípio de
assessoria e de estado-maior teve sua origem no século XVIII
na Prússia, com o Imperador Frederico II, o Grande. Para
aumentar a eficiência do seu exército, criou um estado-maior
(staff) para assessorar o comando (linha) militar. Os oficiais de
assessoria trabalhavam independentemente, numa separação
entre planejamento e execução das operações de guerra.
Oficiais formados no estado-maior eram transferidos para
posições de comando e novamente para o estado-maior, o que
assegurava experiência e vivência nas funções de gabinete, de
campo e novamente de gabinete.
Outra contribuição da organização militar é o princípio de
direção, por meio do qual todo soldado deve saber o que se
espera dele e o que ele deve fazer.
No início do século XIX, o general prussiano Carl Von
Clausewitz escreveu o Tratado sobre a Guerra e os Princípios
da Guerra. Foi o inspirador dos teóricos da Administração que
se basearam na organização e estratégia militares para adaptá-
las à organização e estratégia empresariais.
A
A
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Abr/2010 –pg. 4"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
Clausewitz considerava a disciplina um requisito
fundamental para a organização. Para ele, toda organização
requer planejamento, no qual as decisões devem ser científicas
e não intuitivas.
Influência da Revolução Industrial
om a invenção da máquina a vapor por James
Watt e a sua aplicação à produção, surgiu uma
nova concepção de trabalho que modificou
completamente a estrutura social e comercial da
época, provocando profundas mudanças de ordem econômica,
política e social que, num lapso de um século, foram maiores do
que as mudanças havidas em todo o milênio anterior. É a
chamada Revolução Industrial, que passou por duas épocas
distintas:
1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão
e do ferro
1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou do aço e da
eletricidade
A 1ª Revolução Industrial apresenta quatro fases
distintas:
1ª fase: Mecanização da indústria e da agricultura.
2ª fase: Aplicação da força motriz à indústria.
3ª fase: Desenvolvimento do sistema fabril.
4ª fase: Espetacular Crescimento dos transportes e das
comunicações.
A 2ª Revolução Industrial começa por volta de 1860,
provocada por três acontecimentos importantes: o novo
processo de fabricação do aço; o aperfeiçoamento do dínamo e
a invenção do motor de combustão interna.
Da calma produção do artesanato, em que os operários
eram organizados em corporações de ofício regidos por
estatuto, em que se conheciam, passou-se rapidamente para o
regime de produção por meio de máquinas, dentro de grandes
fábricas. Houve uma súbita modificação da situação provocada
por dois aspectos, a saber:
 A Transferência da habilidade do artesão para a
máquina.
 A substituição da força do animal ou do músculo
humano pela maior potência da máquina a vapor,
permitindo maior produção e maior economia.
Assim, a Revolução Industrial provocou profundas
modificações na estrutura empresarial e econômica da época.
Mas não chegou a influenciar os princípios de administração das
empresas então utilizadas. Os dirigentes de empresas trataram
de cuidar como podiam ou como sabiam das demandas de uma
economia em rápida expansão e tinham por modelo as
organizações militares ou eclesiásticas nos séculos anteriores.
A organização e a empresa moderna nasceram com a
Revolução Industrial graças a fatores como:
a) A ruptura das estruturas corporativas da
Idade Média;
b) O avanço tecnológico, graças à aplicação
dos progressos científicos à produção, com
a descoberta de novas formas de energia e
a enorme ampliação de mercados.
c) A substituição do tipo artesanal por um tipo
industrial de produção.
Influência dos Economistas e do Liberalismo
o término do século XVIII, os economistas
clássicos liberais conseguem aceitação de suas
teorias. A reação para o liberalismo culmina com a
revolução Francesa. Os bens naturais, sociais e
econômicos são inalienáveis e deve existir uma harmonia
preestabelecida em toda coletividade de indivíduos. Segundo o
liberalismo, a vida econômica deve afastar-se da influência
estatal, pois o trabalho segue os princípios econômicos e a mão-
de-obra está sujeita às mesmas leis da economia que regem o
comércio ou o mercado de matérias-primas.
As idéias básicas dos economistas clássicos liberais
constituem os germes do pensamento administrativo de nossos
dias. Adam Smith é o fundador da economia clássica, cuja idéia
central é a competição. Os mercados em que vigora a
competição funcionam espontaneamente, de modo a garantir a
alocação dos recursos e da produção sem que haja excesso de
lucros. Por essa razão, o único papel econômico do governo é a
intervenção na economia quando o mercado deixa de funcionar
em condições satisfatórias, ou seja, quando não ocorre
competição livre. Em seu livro A Riqueza Das Nações, publicado
em 1776, Adam Smith apregoa que a origem da riqueza das
nações reside na divisão do trabalho e na especialização das
tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos que,
mais tarde, Taylor e Gilbreth iriam desenvolver como base
fundamental da Administração Científica.
No início do século XX, o socialismo e o sindicalismo
passam a obrigar o capitalismo a enveredar pelo caminho do
aperfeiçoamento de todos os fatores de produção envolvidos e
na sua adequada remuneração. Quanto maior a pressão
exercida pelas exigências proletárias, menos graves se tornam
as injustiças e mais acelerado se configura o processo de
desenvolvimento da
tecnologia.
Dentro dessa
situação,
surgem os
primeiros esforços nas empresas capitalistas para a implantação
de métodos e processo de racionalização do trabalho.
Influência dos Pioneiros e Empreendedores
O século XIX assistiu a um monumental desfilo de
inovações de mudanças no cenário empresarial. O mundo
estava mudando. E as empresas também. As condições para o
aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando
gradativamente.
Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura
administrativa definida. Poucas empresas exigiam serviços de
um administrador. Em geral eram negócios de família, em que
dois ou três parentes cuidavam das atividades principais. O
presidente era tesoureiro, comprador ou vendedor e atendia aos
agentes comissionados.
A partir de 1870, surgiram os primitivos impérios
industriais, aglomerados de empresas que se tornaram grandes
demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares.
Procurava-se maior eficiência na produção, compras,
distribuições e vendas. Os meios de reduzir custos diminuíram,
as margens de lucro baixaram, o mercado foi-se tornando
saturado e as empresas começaram a procurar mercados por
meio da diversificação de produtos. A velha estrutura funcional
começou a emperrar. Surge a empresa integradae
multidepartamental.
Na virada do século XX, grandes corporações
sucumbiram financeiramente. Dirigir grandes empresas não era
apenas uma questão de habilidade pessoal como muitos
empreendedores pensavam. Estavam criadas as condições para
o aparecimento dos grandes organizadores da empresa
moderna. Estava chegando a era da competição e da
decorrência como concorrência dos seguintes fatores:
1 – Desenvolvimento tecnológico e disseminação do
conhecimento que permitiu que um crescente número de
empresas e nações concorressem nos mercados mundiais.
2 – O livre comércio.
3 – A mudança dos mercados vendedores para mercados
C
A
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Abr/2010 –pg. 5"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
compradores.
4 – O aumento da capacidade de investimento de capital e
elevação dos níveis de ponto de equilíbrio.
5 – A rapidez do ritmo de mudança tecnológica, que torna
obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus custos de
produção.
6 – O crescimento dos negócios e das empresas.
Todos esses fatores iriam completar as condições
propícias para a busca de bases científicas para a melhoria da
prática empresarial e para o surgimento da teoria administrativa.
ADMINISTRAÇÃO: Ciência e Técnica
O estudo da Administração requer uma base metodológica
que lhe proporcione sustentação científica e rigor lógico. A
metodologia científica permite uma definição mais clara das
diversas teorias administrativas, deixando de lado o enfoque
absolutamente empírico.
Na extensa bibliografia sobre administração, nota-se que a
sua classificação como ciência ou como técnica fica a critério de
cada autor, não faltando aqueles que a classificam como uma
arte. Quem define a Administração como uma arte realizará
estudos e descrições diferentes daqueles que a definem como
uma técnica ou como uma ciência.
A ciência não cria as coisas nem os objetos. Estes já estão
contidos na realidade. A ciência procura conhecê-los, explicá-los
e predizer seu comportamento. Ciência significa conhecer,
compreender e explicar a realidade. A ciência busca
primordialmente o conhecimento e a explicação.
A técnica, por sua vez, é uma complementação da ciência.
Seu objetivo é a operação ou manipulação da realidade, isto é,
sua transformação por meio de normas ou procedimentos
executados sobre a realidade das coisas e objetos. Enquanto a
ciência explica por meio de hipóteses e teorias, a técnica opera
tais objetos segundo procedimentos, programas e regras que
normatizam a operação para transformá-los de acordo com as
necessidades. Enquanto a ciência fornece o conhecimento e a
explicação para a técnica, esta realimenta a ciência com
informações que lhe permitem avaliar, confirmar ou modificar os
conhecimentos científicos.A arte não busca a explicação nem a
compreensão da realidade de um objeto (tal como a ciência) e
tampouco busca transformar ou operacionalizar as coisas (tal
como a técnica). O objeto da atitude artística é de essência
completamente diferente: realiza-se de forma individual,
subjetiva e vivencial para ser comunicada ou não a outros
indivíduos.
Há uma polêmica sobre a categorização da
Administração: há autores que a consideram uma ciência,
enquanto outros a concebem como uma técnica e há aqueles
que chegam a considerá-la uma arte. Pelo que vimos a respeito
do conteúdo da arte, concluímos que fica difícil considerar a
Administração como arte, pois nela não cabem as vivências
espirituais nem as interpretações subjetivas e emocionais da
realidade. Ao descartarmos a Administração como arte, restam
três alternativas possíveis: A Administração como ciência, como
técnica ou como ambas ao mesmo tempo. Realmente, a última
alternativa parece a mais correta. A Administração é uma
ciência que estuda as organizações com a finalidade descritiva e
explicativa para compreender sua natureza e funcionamento,
sua evolução e crescimento e seu comportamento. Nesse
sentido, como ciência, a Administração gera teorias e hipóteses
que permitem abordagens prescritiva e normativa vinculadas à
técnica de administração, que trata de conduzir as organizações
aos objetivos visados. Se a técnica atua sem o conhecimento do
que está ocorrendo, ela passa a ser um ensaio meramente
empírico e não científico.
AS MEGATENDÊNCIAS
Inúmeros fatores causarão impactos sobre as
organizações. A Sociedade moderna está passando por grandes
transformações: As chamadas megatendências, cujos reflexos
nas organizações e na sua administração são profundos e
marcantes.
Essas megatendências são:
1 – Da sociedade industrial para a sociedade de
informação;
2 – Da tecnologia simples para a alta tecnologia;
3 – Da economia nacional para a economia mundial;
4 – Do curto para o longo prazo;
5 – Da democracia representativa para a democracia
participativa:
6 – Da opção dual para a opção múltipla;
7 – Da centralização para a descentralização
8 – Da ajuda institucional para a auto-ajuda.
O sucesso das organizações dependerá de sua
capacidade de ler a realidade externa, rastrear mudanças e
transformações, identificar oportunidades ao seu redor para
responder pronta e adequadamente a elas, de um lado, e
reconhecer ameaças e dificuldades para neutralizá-las ou
amortecê-las, de outro lado.
A ênfase pragmática nas técnicas e no “como fazer as
coisas”, com
a utilização
de fórmulas e
receitas universais de
gerência já utilizadas com sucesso, sem que se visualize cada
nova e diferente situação, não basta. Mais importante do que
saber como fazer é saber o que fazer. Nisso reside a essência
fundamental da administração contemporânea: a visão
estratégica de cada operação, ou em outras palavras: a
necessidade de visualizar cada tarefa, cada atividade em um
contexto ambiental mais amplo e que se modifica a cada
momento
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passar; mas até passar ."
"A História é feita de inúmeros atos de coragem e
crença.” John Kennedy
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ABORDAGEM CLÁSSICA DA
ADMINISTRAÇÃO
Assuntos abordados
 Abordagem Clássica da Administração
 Administração Científica
Abordagem Clássica da Administração
o despontar do século XX, surgiu a Abordagem
Clássica da Administração. Ela é desdobrada em duas
orientações diferentes e, até certo ponto, opostas
entre si, mas que se complementam com relativa
coerência:
1. De um lado, a Administração Científica desenvolvida nos
Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. A
preocupação era aumentar a eficiência no nível
operacional, isto é, no nível dos operários. Daí a ênfase
na análise e na divisão do trabalho do operário, uma
vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a
unidade fundamental da organização. Neste sentido a
abordagem da Administração Científica, é uma
abordagem de baixo para cima (do operário para o
gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o
todo (organização da fábrica). Predominava a atenção
para o método de trabalho, para os movimentos
necessários à execução de uma tarefa, para o tempo
padrão determinado para sua execução. O cuidado
analítico e detalhista permitia a especialização do
operário e o reagrupamento de operações, tarefas,
cargos etc., que constituem a chamada organização
racional do trabalho (ORT): uma engenharia industrial
dentro de uma concepção pragmática. A ênfase nas
tarefas é a principal característica da Administração
Científica.
2. De outro lado, a corrente dos anatomistas e
fisiologistas da organização, desenvolvida na França,
com os trabalhos pioneiros de Fayol. A essa corrente
chamaremos Teoria Clássica. A preocupação era
aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e
disposição dos órgãos componentes da organização
(departamentos) e de suas inter-relações estruturais.
Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e fisiologia
(funcionamento) da organização. A abordagem da
Teoria Clássica é uma abordagem inversa à
administraçãoCientífica: de cima para baixo (da direção
para a execução) e do todo (organização) para as suas
partes componentes (departamentos). A ênfase na
estrutura é a sua principal característica.
Origens da Abordagem Clássica
As origens da Abordagem Clássica da Administração remontam
às conseqüências geradas pela Revolução Industrial e podem
ser resumidas em dois fatos genéricos, a saber:
1. O crescimento acelerado e desorganizado das
empresas, ocasionando gradativa complexidade
na sua administração e exigindo uma abordagem
científica e mais apurada que substituísse o
empirismo e a improvisação até então
dominantes.
2. A necessidade de aumentar a eficiência e a
competência das organizações, no intuito de se
obter o melhor rendimento dos recursos e fazer
face à concorrência e à competição entre as
empresas. Surge a divisão do trabalho entre os
que pensam e os que executam. Os primeiros
fixam os padrões de produção, descrevem os
cargos, fixam funções, definem métodos e
normas de trabalho, criando as condições
econômicas e técnicas para o surgimento do
taylorismo nos Estados Unidos e do fayolismo na
Europa.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
abordagem típica da Escola da Administração
Científica é a ênfase nas tarefas, isto é, nas
atividades cotidianas do operário. O nome
Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos
métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de
alcançar maior eficiência industrial. Os principais métodos
científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a
observação e a mensuração. A Escola da Administração
Científica foi iniciada no começo do século XX pelo engenheiro
americano Frederick W. Taylor. Taylor teve inúmeros seguidores
(como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford e Barth).
1 – Primeiro Período de Taylor
O primeiro período de Taylor corresponde à época da
publicação do seu livro Shop Management (Administração de
Oficinas), sobre as técnicas de racionalização do trabalho do
operário, por
meio do
Estudo de
Tempos e
Movimentos. Taylor começou por baixo, efetuando um paciente
trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo
seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e
racionalizando-os gradativamente.
2 – Segundo Período de Taylor
Corresponde à época da publicação do seu livro Princípios de
Administração Científica quando concluiu que a racionalização
do trabalho do operário deve ser acompanhada de uma
estruturação geral da empresa para tornar coerente a aplicação
dos seus princípios.
Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
- Vadiagem sistemática dos operários.
- Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do
tempo necessário para sua realização.
- Falta de Uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.
Para sanar esses três males, idealizou um sistema que
denominou de Scientific Management e que foi difundido sob os
nomes de Administração Científica, Sistema de Taylor, Gerência
Científica, Organização Científica do trabalho e Organização
Racional do Trabalho. Segundo Taylor, Administração Científica
é antes uma evolução e não uma teoria, tendo como
ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso. A
implantação da Administração Científica deve ser gradual para
evitar alterações bruscas que causem descontentamento por
parte dos empregados e prejuízo aos patrões.
Apesar de sua atitude pessimista a respeito da natureza
humana, Taylor se preocupou em criar um sistema educativo
baseado na intensificação do ritmo de trabalho em busca da
eficiência empresarial e, em um nível mais amplo, reduzir a
perda que o país vinha sofrendo com a vadiagem e ineficiência
dos operários.
Administração como Ciência
Para Taylor, a organização do trabalho deve ser
estudada e tratada cientificamente e não empiricamente. A
improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à
ciência: a Ciência da Administração. Inovou ao fazer a análise
completa do trabalho, inclusive dos tempos e movimentos,
estabelecer padrões de execução, treinar operários, especializar
N
A
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o pessoal, inclusive o de gerência, instalar uma sala de
planejamento, em resumo, assumir uma atitude metódica ao
analisar e organizar a unidade fundamental de qualquer
estrutura, adotando esse critério até o topo da organização, tudo
isso o eleva a uma posição não comum no campo da
organização.
A Administração Científica constitui uma combinação
dos seguintes ingredientes:
 Ciência, em lugar do empirismo.
 Harmonia, em vez de discórdia.
 Cooperação, não individualismo.
 Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.
 Desenvolvimento de cada homem, no intuito de
alcançar maior eficiência e prosperidade.
O principal objetivo da Administração é assegurar o
máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o
máximo de prosperidade ao empregado. Taylor salienta que a
maioria das pessoas acredita que os interesses dos
empregados e dos empregadores são antagônicos. Ao contrário,
a Administração Científica parte da certeza de que os interesses
de ambos são um único interesse: a prosperidade do
empregador não pode existir por muito tempo se não for
acompanhada da prosperidade do empregado, e vice-versa.
Organização Racional do Trabalho - ORT
Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira
de executar as tarefas do trabalho por meio da observação dos
companheiros vizinhos. Notou que isso conduzia a diferentes
métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de
instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Há
sempre um método mais rápido e um instrumento mais
adequado que os demais (the one way) que pode ser
encontrado e aperfeiçoado por meio de uma análise científica e
um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a
critério pessoal de cada operário. Assim, a Administração
Científica impõe uma repartição de responsabilidades: a
gerência fica com o planejamento e a supervisão, enquanto o
trabalhador fica somente com a execução do trabalho. A
gerência pensa e o trabalhador executa. Essa tentativa de
substituir métodos empíricos e rudimentares por métodos
científicos recebeu o nome de Organização racional do
trabalho (ORT). A organização racional do trabalho se
baseia em:
1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos
2. Estudo da fadiga humana.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário
4. Desenho de cargos e de tarefas
5. Incentivos salariais e prêmios de produção
6. Condições ambientais de trabalho, como iluminação,
temperatura, conforto, etc.
7. Padronização de métodos e de máquinas
8. Supervisão funcional
Os Aspectos da ORT, tratados caso a caso.
Análise do trabalho e Estudo dos Tempos e Movimentos.
O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos
operários era o estudo de tempos e movimentos (motion-time
study). O trabalho é executado melhor e mais economicamente
por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão
de todos os movimentos necessários à execução de cada
operação de uma tarefa.
Com isso, padronizava-se o método de trabalho e o tempo
destinado à sua execução. Método é a maneira de se fazer
alguma coisa para obter um determinado resultado. O estudo
dos tempos e movimentos permite a racionalização dos métodos
de trabalho do operário e a fixação dos tempos padrões para a
execução das tarefas.
Os objetivos do estudo de tempos e movimentos são:
1. Eliminação de todo o desperdício de esforço humano.
2. Adaptação dos operários à tarefa.
3. Treinamento dos operários.
4. Especialização do operário.
5. Estabelecimento de normas de execução do trabalho.
Frank B. Gilbreth foi um engenheiro americano que acompanhou
Taylor no esforço de aumentar a produtividade. Introduziu o
Estudo dos tempos e movimentos dos operários como técnica
administrativa para a racionalização do trabalho. Concluiu que
todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos
elementares (aos quaisdeu o nome de therbligh, anagrama de
Gilbreth) necessários à execução de qualquer tarefa.
Os movimentos elementares (therbligs) permitem decompor e
analisar qualquer tarefa. A tarefa de colocar parafusos
representa sete movimentos elementares: pegar o parafuso,
transportá-lo até a peça, posicioná-lo, pegar e transportar a
chave de fenda até o parafuso, utilizá-la e posicioná-la na
situação anterior. O therblig constitui a unidade fundamental do
trabalho.
O conceito de eficiência é fundamental para a Administração
Científica. A análise do trabalho e o estudo dos tempos e
movimentos focalizam a melhor maneira de executar uma tarefa
e elevar a eficiência do operário. A organização racional do
trabalho busca a melhor maneira, isto é, o melhor método de
trabalho para se realizar a tarefa. O método define o padrão de
desempenho, que é equivalente a 100% do tempo padrão. A
eficiência do operário significa a relação entre o desempenho
real e o desempenho previamente estabelecido como eficiência
igual a 100%.
Emerson
utiliza a
expressão
“engenharia
da eficiência” como uma especialidade na obtenção e
maximização de eficiência. Para ele, eficiência é a relação entre
o que é feito e o que pode ser feito. A conseqüência direta da
eficiência é a produtividade. Quanto maior a eficiência, tanto
maior a produtividade.
Estudo da Fadiga Humana
O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia
humanas. Gilbreth efetuou estudos sobre os efeitos da fadiga na
produtividade do operário. Verificou que a fadiga predispõe o
trabalhador para: diminuição da produtividade e da qualidade do
trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de pessoal;
doenças; acidentes e diminuição da capacidade de esforço. Em
suma, a fadiga é considerada um redutor da eficiência.
Divisão do trabalho e Especialização do operário
Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a
divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de
elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser
especializado na execução de uma única tarefa ou de tarefas
simples e elementares, para se ajustar aos padrões descritos e
às normas de desempenho estabelecidas pelo método. Com
isso, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer
a sua maneira de trabalhar e passou a ser confinado à execução
automática e repetitiva, durante toda a sua jornada de trabalho.
A idéia predominante era a que a eficiência aumenta com a
especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto
maior será a sua eficiência.
Desenho de Cargos e Tarefas
Tarefa é toda e qualquer atividade executada por uma pessoa
no seu trabalho dentro de organização. A tarefa constitui a
menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma
organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de
maneira cíclica ou repetitiva. Desenhar um cargo é especificar
seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as
relações com os demais cargos existentes. O desenho de
Cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e
combinado com outros para execução das tarefas.
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Incentivos Salariais e Prêmios de Produção
Para obter a colaboração do operário, Taylor e seus
seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e de
prêmios de produção. A idéia básica era a de que a
remuneração baseada no tempo não estimula ninguém a
trabalhar mais e deve ser substituída por remuneração baseada
na produção de cada operário: o operário que produz pouco
ganha pouco e o que produz mais, ganha na proporção de sua
produção. Era necessário um estímulo salarial adicional para
que os operários ultrapassassem o tempo padrão. O tempo
padrão – isto é, o tempo médio necessário para o operário
realizar a tarefa racionalizada – constitui o nível de eficiência
equivalente a 100%.
O plano de incentivo salarial funciona como o
conciliador dos interesses da empresa em obter um custo de
produção cada vez mais reduzido e acompanhado de maior
produtividade e maior rendimento, com os interesses dos
operários em obter salários mais elevados. Com efeito, a
Administração Científica levou o operário americano a ser um
dos operários mais bem pagos do mundo industrializado e
detentor de elevado padrão de vida, graças aos seus ganhos.
Contudo, esse operário de bom salário e de bom padrão de vida
teve de suportar durante longas décadas um trabalho simples,
repetitivo, chato, padronizado e monótono. É que os
engenheiros da Administração Científica partiam de certas
pressuposições errôneas a respeito da natureza humana.
Conceito de Homo Economicus
A administração Científica fundamenta-se no conceito
de homo economicus, isto é, do homem econômico: o
trabalhador influenciado exclusivamente por recompensas
salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem
procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio
de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho proporciona.
Essa visão estreita da natureza humana – o homem
econômico – não se limitava a ver o homem como um
empregado por dinheiro. Pior ainda: via no operário da época,
um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela
vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser
controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo
padrão.
Condições e Trabalho
Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência
depende não somente do método de trabalho e do incentivo
salarial, mas também de um conjunto de condições ambientais
de trabalho que garantam o bem-estar físico do trabalhador e
diminuam a fadiga.
Com a Administração Científica, as condições de
trabalho passam a constituir elementos importantes no aumento
da eficiência. O conforto do operário e a melhoria do ambiente
físico passam a ser valorizados, não porque as pessoas
merecessem, mas porque eram essenciais para a obtenção da
eficiência do trabalhador.
Racionalização do Trabalho
A contribuição de Taylor à administração foi logo
enriquecida com uma torrente de outras contribuições feitas por
contemporâneos.
Henry Lawrence Gantt, um engenheiro americano que
trabalhou com Taylor passou a se dedicar a uma nova profissão
liberal: a de engenheiro consultor em racionalização do trabalho.
Enquanto Taylor dava ênfase à análise e à organização do
trabalho em si como solução para os problemas de eficiência e
produtividade, Gantt dava maior atenção às pessoas que
executam o trabalho. Enquanto um se preocupava com o
aspecto tecnológico e metodológico, o outro se voltava para o
aspecto psicológico e humano, insistindo na importância do
elemento humano na produtividade. Urwick salienta que nos
seus últimos anos de vida, Gantt foi apontado como um apóstolo
da paz industrial pelo seu apelo para o reconhecimento mais
amplo do elemento humano na administração e do fato que
influenciam o comportamento do empregado.
Padronização
A organização racional do trabalho foi mais além e
passou a se preocupar também com a padronização dos
métodos e processo de trabalho, das máquinas e equipamentos.
Padrão é uma unidade de medida adotada e aceita
comumente como critério. A padronização é a aplicação de
normas em uma organização para obter uniformidade e,
consequentemente, redução de custos. A padronização passa a
ser vital para a Administração Científica na melhoria da
eficiência.
Supervisão Funcional
A especialização do operário deve ser acompanhada
da especialização do supervisor e não de uma centralização da
autoridade. Taylor propunha a chamada supervisão funcional,
que nada mais é do que a existência de diversos supervisores,
cada qual especializado em determinada área e que tem
autoridade funcional sobre os mesmos subordinados. Assim a
autoridade funcional é relativa e parcial.
A supervisão funcional representa a aplicação da
divisão do trabalho e da especialização no nível dos
supervisores e chefes. Essa concepção trouxe muitas críticas,
pois seargumenta que um operário não pode subordinar-se a
dois ou mais chefes.
1 - Princípios da Administração Científica de Taylor
- Princípio do
Planejamento.
- Princípio do Preparo.
- Princípio do Controle.
- Princípio da Execução.
2 – Princípios de Eficiência de Emerson
Harrington Emerson, um dos principais seguidores de Taylor,
procurou simplificar os métodos de trabalho. Popularizou a
Administração Científica e desenvolveu os primeiros trabalhos
sobre seleção e treinamento de empregados.
3 – Princípios Básicos de Ford
O mais conhecido dos precursores da Administração
Científica, Henry Ford iniciou sua vida como mecânico,
chegando a engenheiro chefe de uma fábrica. Idealizou e
projetou um modelo de automóvel e fundou sua primeira fábrica
de automóveis, que logo foi fechada. Em 1903, fundou a Ford
Motor Co. Sua idéia era fabricar carros – antes artesanais,
únicos, feitos sob medida, caríssimos e destinados a poucos
milionários – a preços populares dentro de um plano de vendas
e assistência técnica. Entre 1905 e 1910 Ford promoveu a
grande inovação do século XX: a produção em massa. Embora
não tenha inventado o automóvel nem mesmo a linha de
montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção
de maior número de produtos acabados com maior garantia de
qualidade e pelo menor custo possível. Em 1913 já fabricava
800 carros por dia.
Por meio da racionalização da produção idealizou a
linha de montagem que permitiu a produção em série. O produto
é padronizado quanto ao material, mão-de-obra, maquinário,
desenho e ao mínimo custo possível. A condição precedente,
necessária e suficiente é a capacidade de consumo em massa
seja real ou potencial. A produção em massa baseia-se na
simplicidade. Três aspectos suportam o sistema:
* Ausência de interrupções
* O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de
obrigá-lo a ir buscá-lo.
* As operações são articuladas e coordenadas em
todos os seus elementos.
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Ford adotou três princípios básicos, a saber:
- Princípio da intensificação.
- Princípio da economicidade
- Princípio da produtividade.
O esquema se caracteriza pela aceleração da produção por
meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico.
4 – Princípio da Exceção
Taylor adotou um sistema operacional de controle
bastante simples baseado não no desempenho médio, mas nas
exceções ou desvios dos padrões normais. Em outros termos, o
que ocorre dentro dos padrões normais não deve ocupar a
atenção do administrador. Este deveria, prioritariamente,
verificar as ocorrências que se afastem dos padrões, ou seja, as
exceções, para corrigi-las adequadamente. Dessa forma, os
desvios positivos ou negativos que fogem dos padrões normais
devem ser rapidamente identificados e localizados para a
tomada de providências.
Daí o princípio da exceção, segundo o qual as decisões
freqüentes devem se reduzir à rotina e ser delegadas aos
subordinados, deixando os problemas mais sérios e importantes
para os superiores. O princípio da exceção é um sistema de
informação que funciona apenas quando os resultados divergem
ou se distanciam dos resultados previstos em um programa.
Esta foi a forma pela qual Taylor concebeu a delegação e que
se tornaria um princípio de organização amplamente aceito.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A Administração Científica inaugura a Era da Máquina
na teoria administrativa e foi construída em torno da
especialização e da divisão do trabalho. A produção em massa
foi sua criação maior. Por essas razões, a obra de Taylor e de
seus seguidores tem recebido numerosas críticas. Todavia,
essas críticas não diminuem o mérito e o galardão de pioneiros
e desbravadores da nascente teoria administrativa. Na verdade,
o termo Administração Científica deveria ser substituído por
estudo científico do trabalho.
A conseqüência imediata da Administração Científica
foi uma redução revolucionária no custo dos bens
manufaturados. Ela também tornou possível o aumento
substancial dos salários, ao mesmo tempo em que reduzia o
custo total dos produtos.
As principais críticas à Administração Científica
serão resumidas a seguir.
1. Mecanicismo da Administração Científica
A Administração Científica restringiu-se às tarefas e
aos fatores diretamente relacionados com o cargo e função do
operário. Muito embora a organização seja constituída de
pessoas, deu-se pouca atenção ao elemento humano e
concebeu a organização como “um arranjo rígido e estático de
peças, ou seja, como uma máquina”. Daí a denominação “teoria
da máquina” dada a essa abordagem.
2. Superespecialização do Operário
Na busca da eficiência, a Administração Científica
preconizava a especialização do operário por meio da divisão
de toda operação em seus elementos constitutivos. As tarefas
mais simples – o resultado daquela subdivisão – podem ser
mais facilmente ensinadas e a perícia do operário pode ser
incrivelmente aumentada. Por outro lado, alcança-se uma
respeitável padronização no desempenho dos operários, pois
na medida em que as tarefas vão se fracionando, a maneira
de executá-las passa a ser padronizada. Essa “forma de
organização de tarefas priva os operários da satisfação no
trabalho e, o que é pior, viola a dignidade humana”. A
especialização do operário, através da fragmentação das
tarefas, torna supérflua sua qualificação profissional: facilita-
se com isso a seleção, o treinamento e a supervisão do
pessoal. A partir daí, a divisão do trabalho contribui para
facilitar a execução da tarefa e permitir a constante troca de
indivíduos, além de incorporar uma força de trabalho de nível
mais baixo, ampliando o mercado de trabalho.
3. Visão Microscópica das Pessoas
A Administração Científica refere-se à pessoa como um
empregado considerado individualmente, ignorando que ele é
um ser humano social. A partir de sua concepção negativista do
homem – na qual as pessoas são preguiçosas, indolentes e
ineficientes – Taylor enfatiza o papel monocrático do
administrador. O esquema de Taylor impõe o trabalho
desqualificado que coexiste com a estrutura administrativa
monocrática e alienante, na qual a principal virtude é a
obediência às ordens.
4. Ausência de Comprovação Científica
A Administração Científica pretende elaborar uma
ciência sem, entretanto, apresentar comprovação científica das
suas proposições e princípios. Os engenheiros americanos
utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica
para comprovar suas teses. O método utilizado é um método
empírico e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela
evidência e não pela abstração: baseia-se em dados singulares
e observáveis pelo analista de tempos e movimentos. Os
aspectos mais importantes referem-se ao como e não ao
porquê da ação do operário.
5. Abordagem Incompleta da Organização
A administração
Científica é
considerada
incompleta,
parcial e
inacabada, por se restringir apenas aos aspectos formais da
organização, omitindo completamente a organização informal e
os aspectos humanos da organização. Essa perspectiva
incompleta ignora a vida social dos participantes da
organização. Ademais, a Administração Científica é criticada por
se limitar aos problemas da fábrica, omitindo as demais áreas
e partes da organização.
6. Limitação do Campo de Aplicação
As idéias de Taylor e seus seguidores limitaram-se aos
problemas de produção localizados na fábrica, não
considerando os demais aspectos da vida de uma empresa,
como financeiros, comerciais etc. Seus princípios e métodos
carecem de uma complementação mais ampla, pois a
organização racional do trabalho parte de um ponto limitado e
específico na empresa – a fábrica – que limita e restringe a sua
abordagem.
O desenho de cargos e tarefas de acordo com a
Administração Científica retrata suas concepções a respeito da
natureza humana (homem econômico) e se fundamenta em uma
expectativa de estabilidade e previsibilidade das operaçõesda
organização.
7. Abordagem Prescritiva e Normativa
A Administração Científica se caracteriza pela
preocupação em prescrever princípios normativos que devem
ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias, para
que o administrador possa ser bem-sucedido. Essa abordagem
prescrita e normativa padroniza situações para poder padronizar
a maneira como elas deverão ser administradas. É uma
abordagem voltada para receitas antecipadas, para soluções
enlatadas e para princípios normativos que devem reger o como
fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva
visualiza a organização como ela deveria funcionar, em vez de
explicar o seu funcionamento.
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8. Abordagem de Sistema Fechado
A Administração Científica visualiza as empresas como
se elas existissem no vácuo, ou como se fossem entidades
autônomas, absolutas e hermeticamente fechadas a qualquer
influência vinda de fora delas. É uma abordagem de sistema
fechado que se caracteriza pelo fato de visualizar somente
aquilo que acontece dentro de uma organização sem levar em
conta o meio ambiente em que ela está situada. Outra
característica de abordagem de sistema fechado é a maneira de
ver tudo o que acontece dentro de uma organização do ponto de
vista de apenas algumas variáveis mais importantes, omitindo
outras cuja influência não seja suficientemente conhecida no
conjunto.
9. Pioneirismo na Administração
A Escola da Administração Científica constitui o ponto
de partida da administração contemporânea. Na verdade, a
Administração Científica preocupa-se com a competência
técnica como principal requisito para o gerente, aceitando o
pressuposto simplista de que mais engenharia, melhores
métodos e melhores equipamentos produzem necessariamente
melhores resultados. Essa é uma simplificação enganosa e tem
custado muito caro às organizações de hoje.
Contudo, a Administração Científica comprovou o fato
de que existe uma nova maneira de ganhar dinheiro, a qual as
empresas não têm sabido usar: deixar de perdê-lo. A luta contra
o desperdício – seja de tempo, de esforço, de capacidade
instalada, de energia etc. – foi uma de suas principais bandeiras.
10. Conclusão
Em resumo, os alicerces fundamentais da Administração
Científica foram:
1. Comando e controle
2. Uma única maneira certa (the one best way)
3. Mão-de-obra e não recursos humanos
4. Segurança, não insegurança.
Com a Administração Científica tem início a luta
constante e permanente pela produtividade, que iria perdurar até
o final do século XX. Produtividade significa a relação entre a
quantidade de produto obtida no processo de produção e a
quantidade do fator necessário para sua obtenção.Até o final do
século XX, a Engenharia Industrial – subproduto da
Administração Científica – reinou tranqüilamente no chão das
fábricas de todo mundo. Somente na década de 1980 surgiu a
Teoria das Restrições: a eficiência da cadeia produtiva nunca é
maior do que o seu elo mais fraco. Em outras palavras, o fluxo
de produção tem o seu nível de eficiência determinado pelo seu
ponto de maior ineficiência. Para melhorar e aumentar a
eficiência deve-se descobrir a localizar as restrições e
estrangulamentos ao longo do processo produtivo e corrigi-los
adequadamente.
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Paul MacCready
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Teoria Clássica da Administração
Assuntos abordados
 Administração Clássica
 Os 14 Princípios Gerais da Administração segundo Fayol
 Elementos da Administração segundo Urwick
Gulick
 Apreciação Crítica
Administração Clássica
nquanto Taylor e outros engenheiros
desenvolviam a Administração Científica nos Estados
Unidos, em 1916 surgia na França, espraiando-se
rapidamente pela Europa, a Teoria Clássica da Administração.
Se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na
tarefa executada pelo operário, a Teoria Clássica se
caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deve
possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as
teorias era o mesmo, a busca da eficiência das organizações.
Segundo a Administração Científica, essa eficiência é alcançada
por meio da racionalização do trabalho do operário e na
somatória das eficiências individuais. Trata-se de uma
microabordagem ao nível individual de cada operário em relação
à tarefa em uma visão analítica e detalhista.
Na Teoria Clássica, pelo contrário, partia-se de todo
organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas
as partes envolvidas, fossem elas órgãos ou pessoas. A
abordagem é enormemente ampliada no nível da organização
como um todo em relação à sua estrutura organizacional. A
preocupação com a estrutura da organização como um todo
constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de
estudo da TGA. Fayol, um engenheiro francês, fundador da
Teoria Clássica da Administração, porém de uma abordagem
sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma
abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a
abordagem analítica e concreta de Taylor.
A Obra de Fayol
enri Fayol, o fundador da Teoria Clássica, nasceu em
Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as
conseqüências da Revolução Industrial e, mais tarde,
da Primeira Guerra Mundial. Formou-se em engenharia de
minas e entrou para uma empresa metalúrgica onde fez sua
carreira. Fayol expôs sua Teoria de Administração no livro
Administração Industrielle et Générale, publicado em 1916. Seu
trabalho, antes da tradução para o inglês foi amplamente
divulgado por Urwick e Gulick, dois autores clássicos.
1. As Funções Básicas da Empresa
Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a
saber.
- Funções técnicas.
- Funções comerciais.
- Funções financeiras.
- Funções de segurança.
- Funções contábeis.
- Funções administrativas.
A formulação do programa de ação geral da empresa e de
coordenar os esforços gerais compete à função administrativa,
designada pelo nome de Administração.
2. Conceito de Administração
Para esclarecer a função administrativa, Fayol define o
ato de administrar como Prever, Organizar, Comandar,
Coordenar e controlar. As funções administrativas envolvem os
cinco elementos da Administração, isto é, as funções do
administrador, a saber:
a) Prever
b) Organizar
c) Comandar
d) Coordenar
e) Controlar
Esses são os elementos da Administração que
constituem o chamado processo administrativo. Estão presentes
no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de
atividade da empresa. Em outros termos, o diretor, o gerente, o
chefe e o supervisor – cada qual em seu nível – desempenham
atividades de previsão, organização, comando, coordenação e
controle, como atividades administrativas essenciais.
3. Proporcionalidade das Funções Administrativas
Para Fayol existe uma proporcionalidade da função
administrativa, isto é, ela se reparte por todos os níveis da
hierarquia da empresa e não é privativa da alta cúpula. Em
outros termos, a função administrativa não se concentra
exclusivamente no todo da empresa nem é privilégio dos
diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre todos os
níveis hierárquicos. Na medida em que se desce da escala
hierárquica, mais aumenta a proporção das outras funções da
empresa e, na medida em que se sobe na escala hierárquica,
mais aumenta a extensão e o volume das funções
administrativas.
4. Diferença entre Administração e Organização
Ainda que reconhecendo o emprego da palavra
administração como sinônimo de organização, Fayol faz uma
distinção entre ambas as palavras. Para ele, Administração é
um todo do qual a organização é uma das partes. O conceito
amplo e compreensivo de Administração – como um conjunto de
processos entrosadose unificados – abrange aspectos que a
organização por si só não envolve, como a previsão, comando e
controle. A organização abrange somente o estabelecimento da
estrutura e da forma sendo, portanto, estática e limitada.
5. Princípios Gerais da Administração para Fayol
Como toda ciência, a Administração deve se basear em
leis ou em princípios. Fayol tentou definir os “princípios gerais”
de Administração, sem muita originalidade, baseado em
diversos autores da época. Fayol adota a denominação
princípio, afastando dela qualquer idéia de rigidez, pois nada
existe de rígido ou de absoluto em matéria administrativa. Os
princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer circunstância,
tempo ou lugar.
Os 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol,
são:
1. Divisão do trabalho: As tarefas devem ser divididas e os
funcionários devem se especializar em um número limitado
de tarefas.
2. Autoridade e responsabilidade: Enquanto autoridade é o
direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, a
responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade
e significa o dever de prestar contas. Autoridade deve ser
acompanhada da responsabilidade correspondente.
3. Disciplina: é essencial para que a organização funcione
bem e depende da obediência, aplicação, energia,
comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.
4. Unidade de Comando: cada pessoa deve receber ordens
de apenas um único superior. É o princípio da autoridade
única.
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passar; mas até passar ."
5. Unidade de Direção: Todas as atividades direcionadas a
um único objetivo devem ser coordenadas por um único
plano e por um único responsável.
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os
interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos
interesses particulares das pessoas.
7. Remuneração do pessoal: Deve haver justa e garantida
satisfação para os empregados e para a organização em
termos de retribuição.
8. Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no
topo da hierarquia da organização.
9. Cadeia escalar: A comunicação deve fluir seguindo a linha
de autoridade que vai do topo para a base da organização.
Deve também existir uma comunicação lateral entre os que
ocupam posições equivalentes em vários departamentos
para que os superiores se mantenham informados.
10. Ordem: Um lugar adequado para cada coisa e cada coisa
em seu lugar. É a ordem material e humana.
11. Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade
do pessoal
12. Estabilidade do pessoal: A rotatividade do pessoal é
prejudicial para eficiência da organização. Quanto mais
tempo para pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para
a empresa.
13. Iniciativa: Todas as pessoas devem ser encorajadas a Ter
iniciativa dentro dos limites impostos pela necessidade de
autoridade e disciplina.
14. Espírito de equipe: A harmonia e união entre as pessoas
devem ser incentivadas para impedir desavenças e
dissidências.
om esses princípios, a Teoria Clássica manifesta o seu
enfoque prescritivo e normativo: prescrever quais os
elementos da administração (funções do administrador)
e quais os princípios gerais que o administrador deve seguir na
sua atividade. Esse enfoque prescritivo e normativo indica como
o administrador deve proceder no trabalho e constituiu o
principal filão da Teoria Clássica.
Os autores clássicos pretendem criar uma teoria da
administração baseada na divisão do trabalho, especialização,
coordenação e atividades de linha e de staff.
1. Administração como ciência
Os autores da Teoria Clássica afirmam que se deve
estudar e tratar a Administração cientificamente, substituindo o
empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Pretendia-
se elaborar uma Ciência da Administração e, como toda ciência,
Fayol afirmava a necessidade de um ensino organizado e
metódico da Administração para formar administradores. Na
época, essa idéia era uma tremenda novidade.
2. Teoria da Organização
A Teoria Clássica concebe a organização como uma
estrutura de órgãos e cargos com uma forma e disposição das
partes, além do inter-relacionamento entre essas partes. Essa
maneira de conceber a estrutura organizacional é influenciada
pelas concepções antigas de organização (como a organização
militar e eclesiástica) tradicionais, rígidas e hierarquizadas.
Nesse aspecto, a Teoria Clássica não se desligou do passado.
Embora tenha contribuído para tirar a organização industrial do
caos primitivo que enfrentava em decorrência da revolução
Industrial, a Teoria Clássica pouco avançou em termos de teoria
da organização. Mooney, um dos autores clássicos mais
conhecidos, fez um levantamento histórico das estruturas de
organização procurando localizar nas estruturas militar e
eclesiástica as origens da estrutura industrial de sua época.
Para ele, a organização é a forma de toda associação humana
para a realização de um fim comum. Trata-se de correlacionar
atividades específicas ou funções num todo coordenado.
A estrutura organizacional constitui uma cadeia de
comando que estabelece uma linha de autoridade que interliga
as posições da organização e define quem se subordina a
quem. A cadeia de comando – também denominada cadeia
escalar – baseia-se no princípio da unidade de comando, que
significa que cada empregado deve se reportar a um só
superior.
Para a Teoria clássica, a estrutura organizacional é
analisada de cima para baixo (da direção para a execução) e do
todo para as partes (da síntese para a análise), ao contrário da
abordagem da Administração Científica.
3. Divisão do trabalho e especialização
A organização se caracteriza por uma divisão do
trabalho claramente definida. “a divisão do trabalho constitui a
base da organização; na verdade, é a própria razão da
organização”. A divisão do trabalho conduz à especialização e à
diferenciação das tarefas, ou seja, à heterogeneidade. A idéia
básica era a de que as organizações com maior divisão do
trabalho seriam mais eficientes do que aquelas com pouca
divisão do trabalho. Enquanto a Administração Científica se
preocupava com a divisão do trabalho no nível do operário,
fragmentando as tarefas deste, a Teoria Clássica se preocupava
com a divisão do nível dos órgãos que compõem a organização,
isto é, com os departamentos, divisões, seções, unidades etc.
Para a Teoria Clássica, a divisão do trabalho pode dar-se em
duas direções, a saber:
a) Verticalmente, segundo os níveis de autoridade e
responsabilidade (como na escala hierárquica ou princípio
escalar), definindo os diferentes escalões de autoridade.
Esta aumenta na medida em que se sobe na hierarquia da
organização. A idéia básica era a de que as organizações
com linhas de autoridade bem definidas seriam mais
eficientes. É a hierarquia que define a graduação das
responsabilidades de acordo com o grau de autoridade. Daí
a escala hierárquica de autoridade (princípio escalar ou
cadeia escalar) e a denominação autoridade de linha para
significar a autoridade de comando e hierárquica de um
superior sobre um subordinado.
b) Horizontalmente, segundo as diferentes atividades da
organização (como na especialização ou no princípio de
homogeneidade). Em um mesmo nível hierárquico, cada
departamento ou seção é o responsável por uma atividade
específica e própria.
A homogeneidade é obtida por meio da
departamentalização. A departamentalização pode ser por
processo, por clientela ou por localização geográfica. De acordo
com esse princípio de homogeneidade, Gulick achava possível
departamentalizar qualquer tipo de organização, pois imaginava
que quanto mais departamentalizada a organização, tanto mais
eficiente ela deverá ser.
4. Coordenação
Fayol incluíra a coordenação como um dos elementos
da Administração, enquanto outros autores clássicos a incluem
nos princípios de Administração. Para Fayol, a coordenação é a
reunião, unificação e harmonização de toda a atividade e
esforço, enquanto para Gulick,se a subdivisão do trabalho é
indispensável, a coordenação é obrigatória. Para Mooney, a
“coordenação é a distribuição ordenada do esforço do grupo, a
fim de obter unidade de ação na consecução de um fim comum.
6. Conceito de Linha e de Staff
A Teoria Clássica enfatiza a organização linear, que
constitui um tipo simples de organização. A organização linear
se baseia nos princípios de:
a) Unidade de Comando ou supervisão única:
b) Unidade de direção:
c) Centralização da autoridade:
d) Cadeia escalar
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a organização linear ocorre a autoridade linear,
baseada na unidade de comando, e que é o oposto da
supervisão funcional proposta pela Administração
Científica.
Os autores clássicos distinguem dois tipos de autoridade: a de
linha e a de staff. Autoridade de linha é a forma de autoridade
em que os gerentes têm o poder formal de dirigir e controlar os
subordinados imediatos. Autoridade de staff é a forma de
autoridade atribuída aos especialistas de staff em suas áreas de
atuação e de prestação de serviços. A autoridade de staff é mais
estreita e inclui o direito de aconselhar, recomendar e orientar. A
autoridade de staff é uma relação de comunicação. Os
especialistas de staff aconselham os gerentes em suas áreas de
especialidade.
o definir Administração, Fayol implicitamente definiu os
elementos que a compõem: previsão, organização,
comando, coordenação e controle. Esses cinco
elementos constituem as chamadas funções do administrador.
Contudo, os seguidores de Fayol não aceitaram os elementos
da Administração tais como o velho mestre afirmara. Cada autor
clássico define o seu modo os elementos da Administração, mas
não se afasta muito da concepção fayoliana.
1. Elementos da Administração para Urwick
Os elementos da Administração, segundo Lyndall Urwick, ou
seja, as funções do administrador são sete: investigação,
previsão, planejamento, organização, coordenação, comando e
controle. Na verdade, Urwick apenas desdobrou o primeiro
elemento de Fayol, a previsão, em três distintos (investigação,
previsão e planejamento). Os elementos da Administração
constituem para Urwick, a base de uma boa organização, uma
vez que uma empresa não pode ser desenvolvida em torno de
pessoas, mas de sua organização.
2. Elementos da Administração para Gulick
Luther Gulick, o autor mais erudito da Teoria Clássica, propõe
sete elementos da administração, como as funções do
administrador:
a)Planejamento (planning): é a tarefa de traçar as linhas
gerais das coisas que devem ser feitas e dos métodos de
fazê-las, a fim de atingir os objetivos da empresa.
b)Organização (organizing): é o estabelecimento da
estrutura formal da autoridade, por meio da qual as
subdivisões de trabalho são integradas, definidas e
coordenadas para o objetivo em vista.
c)Assessoria (staffing): é a função de preparar e treinar o
pessoal e manter condições favoráveis de trabalho.
d)Direção (directing): é a tarefa contínua de tomar
decisões e incorporá-las em ordens e instruções específicas
e gerais, e ainda a de funcionar como líder da empresa.
e)Coordenação (coordinating): é o estabelecimento de
relações entre as várias partes do trabalho.
f) Informação ( reporting): é o esforço de manter
informados, a respeito do que se passa, aqueles perante o
qual o chefe é responsável; pressupõe a existência de
registros, documentação, pesquisa e inspeções.
g)Orçamento (budgeting): é a função relacionada com a
elaboração, execução e fiscalização orçamentária, ou seja,
o plano fiscal, a contabilidade e o controle.
As palavras (planning, organizing, staffing, directing,
coordinating, reporting e budgeting) formam o acróstico
POSDCORB, que Gulick utiliza para memorizar os elementos da
administração.
Princípios Gerais de Administração de Urwick
Urwick propõe quatro princípios de Administração:
a)Princípio da Especialização
b)Princípio de Autoridade
c)Princípio da Amplitude Administrativa
d)Princípio da Definição
Apreciação Crítica da Teoria Clássica
As críticas à Teoria Clássica são numerosas e
generalizadas. Todas as teorias posteriores da Administração se
preocuparam em apontar falhas, distorções e omissões nessa
abordagem que representou, durante várias décadas do século
XX, o figurino que serviu de modelo para as organizações.
1.Abordagem Simplificada da Organização Formal
Os autores clássicos concebem a organização em
termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, sem considerar o
seu conteúdo psicológico e social com a devida importância.
Limitam-se apenas à organização formal, estabelecendo
esquemas lógicos e preestabelecidos, segundo os quais as
organizações devem ser construídas e aos quais todas devem
obedecer. Nesse sentido, são prescritivos e normativos: como o
administrador deve conduzir-se em todas as situações através
do processo administrativo e quais os princípios gerais para se
obter a máxima eficiência.
Os autores clássicos partem do pressuposto de que a
simples adoção dos princípios gerais da administração – como a
divisão do trabalho, a especialização, a unidade de comando e a
amplitude de controle – permite uma organização formal da
empresa capaz de proporcionar-lhe a máxima eficiência
possível. Trata-se de uma abordagem extremamente
simplificada da organização formal. Daí, a crítica quanto a essa
visão simplória e reducionista da atividade organizacional.
Contudo, a preocupação com a estrutura da
organização constitui uma substancial ampliação do objeto de
estudo da
TGA: a
microabordagem individual de cada operário com relação à
tarefa é enormemente ampliada na empresa como um todo em
relação à sua estrutura organizacional. Nesse sentido, a Teoria
Clássica representa um formidável avanço da teoria
administrativa em relação à Administração Científica.
2.Ausência de Trabalhos Experimentais
A Teoria Clássica pretendeu elaborar uma Ciência de
Administração para estudar e tratar a organização e a
Administração cientificamente, substituindo o empirismo e a
improvisação por técnicas científicas. Porém, como Taylor,
Fayol fundamenta seus conceitos na observação e no senso
comum. Seu método é empírico e concreto, baseado na
experiência direta e no pragmatismo.
Em outros termos, os autores clássicos
caracterizavam-se pela ausência de método rigorosamente
científico. A falta mais grave dessa abordagem é o fato de seus
autores não confrontarem a teoria com elementos de prova: as
afirmações dos autores clássicos dissolvem-se quando postos
em experimentação. Seus princípios de administração, contudo,
carecem de apresentação metódica; muitas vezes, ele se
apresenta muito enfático e mesmo dogmático em seus esforços
para provar o acerto de suas opiniões. Em resumo, falta
comprovação científica às afirmações dos autores clássicos.
3.Extremo Racionalismo na Concepção da
Administração
Os autores clássicos se preocupavam com a
apresentação racional e lógica das suas proposições,
sacrificando a clareza das suas idéias. O abstracionismo e o
formalismo são criticados por levarem a análise da
Administração à superficialidade, à supersimplificação e à falta
de realismo. A insistência sobre a concepção da Administração
como um conjunto de princípios universalmente aplicáveis
provocou a denominação Escola Universalista.
O racionalismo da Teoria Clássica visa à eficiência do
ponto de vista técnico e econômico; em outros termos, a
organização é um meio para atingir a eficiência máxima sob o
aspecto técnico e econômico. Daí a visão anatômica da
N
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Abr/2010 –pg. 14"Concurso não se faz para
passar; mas até passar ."
organização em termos de organização formal apenas: a síntese
dos diferentes órgãos que compõem a estrutura organizacional,
suas relações e suas funções dentro do todo, que assegurem a
máxima eficiência.
Contudo,

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