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Introdução à Farmacologia

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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
FARMACOLOGIA BÁSICA 
Aula 01 - Introdução à Farmacologia 
 
FARMACOLOGIA 
• Pharmacon – Medicamento 
• Logos - Estudo 
 
DEFINIÇÃO 
• Estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre 
a função dos sistemas biológicos. Podendo ser 
benéfico (medicamentoso) ou maléfico (tóxico) 
 
HISTÓRICO 
• Papiro de Ebers (1550 a.C.) 
• Babilônios, assírios, chineses, indianos, incas, 
comunidades indígenas – Fitoterapia. 
• Até o Século XVI: Apego as doutrinas gregas (Galeno) 
– Polimedicação. 
• Século XVI: Paracelso – Medicamentos novos e únicos. 
• James Gregory: Alopatia - contraria contrariis 
curantur (os contrários se curam pelos contrários) 
• Samuel Hahnemann: Homeopatia – similia similibus 
curantur (semelhantes se curam pelos semelhantes) 
– século XIX | a atividade pode ser potencializada por 
diluição 
• 1805 Friedrich Sertürner: substância hipno-
analgésica do ópio (látex da papoula) - morfina 
• 1850 François Magendie: Introduziu a investigação 
sistemática da ação de drogas. 
• 1858 Rudolf Virchow: A célula doente é uma 
modificação da célula sã. 
• 1868 Primeiro uso de uma fórmula estrutural para 
descrever uma substância química 
• 1878 Pasteur: Relação bactéria x doença 
• 1909 Paul Erlich: Descoberta dos compostos 
arsenicais – Tratamento da sífilis 
• 1935 Gerhard Domagk - Sulfonamidas 
• 1928 Alexander Fleming descobre a penicilina 
• II Guerra Mundial – Chain e Florey escala industrial 
 
CONCEITOS EM FARMACOLOGIA 
• Droga: Do Holandês “droog” - Seco – Substância 
natural ou sintética que introduzida no organismo 
modifica suas funções. 
• Fármaco: Qualquer droga que seja utilizada com o 
fim medicinal | Substância química (sintética, 
obtidas a partir de plantas ou animais ou produtos de 
engenharia genética) de estrutura conhecida que 
quando administrado a um organismo vivo, produz 
um efeito biológico. 
• Medicamento: Produto farmacêutico elaborado com 
a finalidade profilática, curativa, paliativa e de 
diagnóstico. | Preparação química administrada com 
a intenção de produzir determinado efeito 
terapêutico 
• Tóxico (Veneno): É a substância química que 
ingerida ou aplicada externamente, e que sendo 
absorvida, determina a morte do indivíduo, ou 
coloca sua vida em risco. 
 
 
 
ÁREAS DA FARMACOLOGIA 
• Farmacognosia: Ramo da farmacologia que estuda a 
origem dos fármacos (estado natural de matéria-
prima) 
• Farmacotécnica: Estuda a preparação dos 
medicamentos na forma farmacêutica adequada 
para ser administrada ao paciente. 
• Farmacoepidemiologia: Estuda os efeitos 
benéficos e adversos de um medicamento em nível 
populacional. Tópico importante, na visão das 
autoridades reguladoras, para aprovação de um novo 
fármaco para uso terapêutico. Também leva em conta 
a adesão do paciente ao tratamento e outros fatores 
no uso do medicamento em condições reais. 
• Farmacogenética: Estuda a influência genética em 
relação a sensibilidade aos fármacos. 
• Toxicologia: Estuda a prevenção, diagnóstico e 
tratamento das intoxicações. 
• Farmacologia Clínica: Preocupa-se em estudar os 
efeitos da droga no homem, na cura de 
enfermidades. 
• Imunofarmacologia: Área relativamente nova que 
tem se desenvolvido muito nos anos graças à 
possibilidade de se interferir, através do uso de 
drogas, na realização dos transplantes e de se utilizar 
com fins terapêuticos substâncias normalmente 
participantes da resposta imunológica. 
• Farmacocinética: Estuda as modificações que o 
organismo pode provocar ao efeito dos fármacos, 
meios de absorção, distribuição, metabolização 
(primeira passagem e ciclo enterro-hepático) e 
excreção. 
• Farmacodinâmica: Estuda as modificações que o 
fármaco vai provocar no organismo, ou seja, o 
mecanismo de ação das drogas e efeitos 
bioquímicos e fisiológicos por ela produzidos. 
 
 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
• Maneira como as drogas se apresentam para o uso, 
ex.: gotas, capsula, comprimido, etc. | formas físicas 
de apresentação de um medicamento e têm a 
finalidade de facilitar a administração de quantidades 
precisas do fármaco. 
 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
COMPOSIÇÃO: 
Princípio ativo + veículo + corretivos 
• Base: contém o princípio ativo; é o que produz o 
efeito esperado. 
• Veículo ou excipiente: concede o volume 
necessário para a ingestão; o veículo é líquido (água) 
e o excipiente é sólido (amido, geralmente). 
• Corretivos: são aditivos para conferir cor, sabor, 
aroma, para tornar mais agradável a administração; 
corante, aromatizante... 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Os fármacos podem ser classificados quanto à 
consistência e quanto à via de administração. 
• Quanto à consistência: sólido, semi-sólido, líquido... 
• Quanto à via de administração: oral, parenteral, 
tópica... 
 
FORMAS SÓLIDAS: mais usadas, baratas e de fácil 
conservação 
• Pó (liofilizado/granular): possuem ação mais 
rápida, pois sua superfície de contato com os fluidos 
orgânicos é maior. 
• Comprimidos (sulcados ou não): podem ser 
fracionados aqueles que possuem uma marca na 
superfície. 
• Comprimidos revestidos ou Drágeas: geralmente 
seu revestimento só se desintegra em pH alcalino 
(intestino delgado); isso serve para proteger a 
mucosa do esôfago e do estômago ou para proteger o 
fármaco da inativação pelo suco gástrico. Não podem 
ser fracionados. 
• Pastilhas: o conteúdo pode ser sólido, líquido, 
gelatinoso, micropartículas; envolto pelo 
revestimento (cápsula) que não deve ser retirada. 
Não podem ser fracionadas. 
• Cápsulas: o conteúdo pode ser sólido, líquido, 
gelatinoso, micropartículas; envolto pelo 
revestimento (cápsula) que não deve ser retirada. 
Não podem ser fracionadas. 
• Pílulas: contraceptivos; a liberação é lenta e 
progressiva. 
• Supositórios: semi-sólido nos quais amolecem, se 
dissolvem e exercem efeitos sistêmicos ou localizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAS LÍQUIDAS: 
• Soluções aquosas (PA + H2O) (xarope): são 
misturas de duas ou mais substâncias 
molecularmente dispersas de maneira homogênea. 
Não precisa balançar o frasco antes da administração, 
pois já vem homogeneizada. 
• Emulsões (H2O + óleo): são substâncias oleosas 
dispersas em meio aquoso com a ajuda de um agente 
estabilizante (lecitina, metilcelulose). 
• Elixir (hidroalcoólicas): são soluções 
hidroalcoólicas. Não deve ser prescrito para pacientes 
com alcoolismo. 
• Suspensões (H2O + sólido): são preparações 
contendo drogas finamente divididas. É preciso 
balançar bem o conteúdo para homogeneizar direito, 
para a dose ser administrada corretamente. 
• Líquidos voláteis (éter, halotano): anestésicos 
• Enemas: lavagem intestinal, purgação ou 
administração de medicamentos através de uma 
sonda retal. 
• Colírios 
• Loções: são soluções ou suspensões. 
• Pomadas: são semi-sólidos gordurosos (vaselina); 
mais viscosa que o creme; usados em lesões secas. 
• Cremes: são emulsões de água em óleo (facilita e 
acelera a absorção); menos viscoso que a pomada; 
usados em lesões úmidas. 
• Gel: contém grande quantidade de água, sendo a 
absorção ainda mais rápida.

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