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Aula 1 - SDE4011 motivação

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PSICOLOGIA DA 
MOTIVAÇÃO E 
EMOÇÃO
SDE 4011
Renata Sigaud
renata.sigaud@estacio.br
Apresentação da Disciplina
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MOTIVAÇÃO, 
EMOÇÃO E O 
COMPORTAMENTO 
HUMANO
PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
Renata Sigaud
renata.sigaud@estacio.br
 Identificar o valor do estudo da motivação da emoção para
compreensão do comportamento humano.
Conhecer a importância do estudo da motivação e a emoção para
a Psicologia.
Objetivos
 Relação entre motivação, emoção e comportamento humano.
 Conceito de motivação.
 Motivação interna e externa.
 Motivação do ponto de vista psicológico, cognitivo e fisiológico.
 Análise motivacional
 Motivação, adaptação e resiliência
Estrutura de Conteúdo
Motivação se origina da palavra latina movere que significa mover,
tirar do lugar.
A palavra emoção também deriva do latim emotionem, "movimento,
ato de mover" desta forma, tanto emoção quanto motivação geram
comportamentos.
Uma das questões primordiais para a Psicologia se refere ao
entendimento sobre porque as pessoas fazem o que fazem. O que
causa os comportamentos das pessoas? O que acarreta o início de um
comportamento? Por que ele termina? Por que duas pessoas podem
possuir dois comportamentos completamente distintos numa mesma
situação?
O estudo da MOTIVAÇÃO busca compreender o que queremos e
porque queremos.
A MOTIVAÇÃO está relacionada com o que energiza e
direciona o nosso comportamento.
Nessa aula veremos que:
Os processos que energizam e direcionam o comportamento de
um indivíduo emanam tanto das forças do indivíduo como do seu
ambiente.
 Os motivos são as experiências internas, necessidades, cognições e
emoções que energizam as tendências de aproximação ou de
afastamento do indivíduo.
 Os eventos externos são incentivos ambientais que atraem ou
repelem o indivíduo em relação a sua ação.
 A motivação envolve aspectos biológicos, cognitivos e sociais, e
sua complexidade levou os psicólogos a desenvolverem uma
variedade de abordagens que procuram explicar a energia que guia
o comportamento das pessoas em direções específicas.
Motivação
 O caso do atirador Wellington Menezes de Oliveira,
23 anos, sem antecedentes criminais, que entrou na
sua ex-escola, Escola Municipal Tasso da Silveira, em
Realengo, e, com um revólver calibre 38, iniciou um
ataque contra crianças a partir das 8h30 da manhã,
deixando 11 mortas e mais 13 feriadas. Em seguida, o
rapaz suicidou-se. Este fato ocorreu no Rio de Janeiro,
no dia 07 de abril de 2011.
O que levou Wellington a cometer este ato de
barbárie? Seria algum trauma sofrido na infância ou ele
teria sido assediado no local? Será que ele possuía
algum quadro psicopatológico? Ou será que
Wellington premeditou o evento antecipadamente
porque possuía raiva ou algum impulso incontrolável de
vingança vinculado a aspectos inconscientes? Será
que se fosse outra pessoa na mesma situação que
Wellington, funcionaria da mesma forma que ele?
Exemplo
A ATITUDE é um conceito utilizado pela Psicologia
Social (RODRIGUES; ASSMAR & JABLONSKY, 2007) que
possui três aspectos inter-relacionados: o cognitivo, o
afetivo e o comportamental.
 O aspecto cognitivo diz respeito às crenças, valores,
conhecimentos, representações, opiniões que as
pessoas possuem sobre o mundo.
 O aspecto afetivo relaciona-se com o sentimento
pró ou contra algum objeto ou fenômeno social.
 E o aspecto comportamental refere-se ao fato de
que se sabendo como a pessoa pensa sobre
determinado assunto e como ela se sente sobre o
mesmo, os outros aspectos se tornam bons preditores
do comportamento da mesma.
Atitude
conceito
G. é uma mulher de 38 anos, solteira, que possui um
relacionamento estável com J. há 5 anos. O casal planeja o
casamento para dois anos e ainda não decidiu sobre a pertinência
de ter ou não filhos. G. possui uma carreira em ascensão, mas ainda
não chegou aonde deseja e sempre planejou. Sempre admirou seu
pai, grande administrador de empresas e, como ele, investe
praticamente toda a sua vida na sua qualificação profissional,
pensando novos projetos e planejando da sua carreira. O tempo que
sobra, que não é muito, curte com o namorado J. Esta vida
independente nunca foi problema para os dois, até porque J pensa o
mundo de forma muito parecida que G., sempre focado no trabalho.
Entretanto, na volta de uma viagem a dois, G descobre que está
gestante de dois meses e meio. O que fazer? Conversa com J. e ele
considera que ter um filho no momento atual estaria prejudicando os
dois porque interferiria no planejamento de vida de ambos. Apesar
de pensarem em casamento num futuro próximo, J. sugere um
aborto. E G. começa a refletir.
Atitude
Exemplo
Exercício 1
A – Quais são as crenças de G sobre a vida, trabalho, família?
B – Quais são os sentimentos de G sobre família e filhos?
C – A partir das respostas acima, o que se pode inferir sobre um 
possível comportamento de G relacionado ao ABORTO?
Exercício 2
Entretanto, com a consideração de J sobre o aborto, G inicia 
uma pesquisa na internet para verificar os processos de aborto que 
existem, a sua legalidade, se causa sofrimento no feto e se pode 
prejudicar a saúde da gestante ou trazer infertilidade. Diante das 
descobertas, ela fica reticente sobre o procedimento a ser 
realizado.
D – As crenças de G sobre o aborto mudaram?
E – Será que estas crenças sobre o aborto podem alteram o 
comportamento de G da realização ou não do aborto?
Exercício
A relação entre fatores cognitivos, afetivos e
comportamentais é complexa.
No caso relatado acima, pode-se ter uma ideia de
quantos eventos estão envolvidos na tomada de
decisão e na realização de um comportamento. A
consumação de um comportamento está impregnada
daquilo que as pessoas são, das suas histórias de vida,
dos seus contextos atuais, das suas memórias e das
suas expectativas e projetos para o futuro.
Podemos fazer previsões sobre tendências a
comportamentos, não sobre comportamentos em si.
Motivação e comportamento
A motivação apresenta aspectos biológicos, cognitivos
e sociais, e a complexidade do conceito levou os
psicólogos a desenvolver uma variedade de
abordagens. Todas elas procuram explicar a energia
que guia o comportamento das pessoas em direções
específicas. (Feldman, 2015,p.289).
Neste sentido, entender o que causa o
comportamento de uma pessoa envolve:
 compreender os mecanismos biológicos que
colocam o organismo em prontidão para uma
determinada ação,
 a história de vida da pessoa e como ela influencia
suas cognições e emoções;
 verificar como as aprendizagens contribuem para a
construção dos autoconceitos, metas e expectativas
e,
 verificar como os fatores sociais, os incentivos e os
valores transmitidos em cada cultura iniciam,
perpetuam e finalizam as condutas humanas.
Motivação e comportamento
A motivação (do latim, “mover-se”) é a área da
ciência psicológica que estuda os fatores que
energizam, ou estimulam, o comportamento.
Especificamente, diz respeito a como o
comportamento é iniciado, dirigido e sustentado.
Questões de motivação estão disseminadas pelos
muitos níveis de análise da ciência psicológica. Por
exemplo, os conceitos de recompensa e reforço (...) e
os mecanismos fisiológicos (...)” (GAZZANIGA;
HEATHERTON: 2007; 280-281)
Motivação e comportamento
Por que determinados objetos são tão relevantes em períodos específicos da vida e de
repente deixam de sê-lo? E por que outros passam ao longo da vida sempre possuindo um
valor muito forte?
Isto não acontece apenas com objetos, mas com expectativas, metas e objetivos de vida
também. Por que algumas pessoas centram suas vidas no trabalho e, de repente, passam a
focar somente na família e vice-versa? Por que jogos e brinquedos que nos entusiasmavam
quando éramos crianças não o fazem mais quando somos adultos?
Estas questões são mais alguns dos “enigmas” de que trata o estudo da motivação.
É interessante perceber que esta alteraçãode intensidade pode ocorrer entre períodos
longos, como etapas da vida (infância, adulto, velhice), mas pode também ocorrer em fases
menores, como de um dia para o outro. Por exemplo, a mesma pessoa pode chegar
altamente motivada para um dia de trabalho e superar sua meta de vendas e no dia
seguinte estar apática e ter o rendimento bem abaixo do esperado.
Cabe ressaltar que a motivação é um processo. E que, apesar de todas as pessoas
possuírem os mesmos processos motivacionais básicos, aquilo que motiva cada uma delas é
que vai influenciar a especificidade e a intensidade de seu comportamento.
O que muda a intensidade do 
comportamento?
Aquilo que motiva cada pessoa vai estar vinculado à sua
história de vida e suas experiências, às memórias afetivas de
prazer e desprazer, a aprendizagem anterior sobre o que é
benéfico ou não num determinado momento.
Estes conhecimentos se tornam preciosos num momento
decisório sobre quando iniciar ou não um comportamento e de
que forma fazê-lo e quando interrompê-lo.
 Os processos que energizam e direcionam o comportamento de
um indivíduo emanam tanto das forças do indivíduo como do seu
ambiente. Os motivos são as experiências internas – necessidades,
cognições e emoções – que energizam as tendências de
aproximação ou de afastamento do indivíduo. Os eventos externos
são incentivos ambientais que atraem ou repelem o indivíduo em
relação a um curso particular de ação. (REEVE: 2006, p.4)
Motivação externa e 
motivação interna
Motivação
Um motivo interno é uma condição interna ao organismo que
energiza e direciona um comportamento. Podem ser classificados como
necessidades, cognições e emoções. As necessidades são condições
internas ao corpo e indispensáveis à manutenção da vida, do equilíbrio
homeostático, bem estar e pleno desenvolvimento. Como exemplo,
pode-se citar a fome, a sede e o sono.
As necessidades podem ser divididas em fisiológicas, psicológicas,
sociais.
As fisiológicas são fundamentais para a manutenção da vida do
organismo. Caso não sejam saciadas, os tecidos do corpo começam a
danificar-se e o organismo pode ir a óbito.
 Com relação às necessidades psicológicas, a foco é a qualidade de
vida e o pleno desenvolvimento do indivíduo. Como exemplo, podem
ser citadas as necessidades de competência, autonomia e
relacionamento.
Já as necessidades sociais, se não trabalhadas, afetam a vida social
do sujeito.
Motivos Internos - Necessidades
As cognições fazem referência aos nossos estados mentais, como
pensamentos, crenças expectativas, opiniões, autoconceito,
representações, metas.
São construídas ao longo da nossa vida e implicam na conjunção de
outros processos cognitivos atuando concomitantemente, como a
atenção, sensação, percepção, memória, resolução de problemas,
consciência, tomada de decisão etc.
Cognição significa o processo de construção de conhecimento, base
para o nosso entendimento sobre o mundo e a realidade, para o
relacionamento e a comunicação com as pessoas e, desta forma,
determina o posicionamento diante das situações e os comportamentos
realizados.
Motivos Internos - Cognições
As emoções são fundamentais à vida humana e permitem
que a vida ganhe um colorido especial e não fique somente
no preto e branco (ou cinza). As emoções são importantes no
processo de socialização dos seres humanos, pois viabilizam a
construção de vínculos e relacionamentos, indispensáveis à
construção de laços sociais, transmissão do conhecimento
adquirido pela espécie e valores, proteção aos elementos mais
fracos do grupo (os filhotes) e defesa.
Motivos Internos - Emoções
As emoções surgiram na espécie humana como um processo
evolutivo e adaptativo importante. Através das emoções o
cérebro consegue processar estímulos ambientais mais célere
do que a consciência, permitindo uma prontidão fisiológica e
comportamental bem rápida ao organismo em momentos
decisivos de vida e morte que, se dependessem da
consciência para processar o que está acontecendo ao seu
redor, o organismo não teria nenhuma chance.
Curiosidade: Emoções
https://veja.abril.com.br/
ciencia/cerebro-dos-
primatas-esta-
programado-para-ter-
medo-de-cobras/
As emoções possuem quatro aspectos básicos que devem
funcionar de forma harmoniosa, são eles:
1. Sentimento – é a experiência subjetiva da emoção; como as
pessoas relatam que estão se sentindo, como elas conseguem
verbalizar conscientemente e fenomenologicamente o que
percebem que se passa com elas;
2. Prontidão fisiológica – toda emoção possui uma alteração
fisiológica subjacente, como batimento cardíaco, arrepio,
embrulho no estômago entre outros; se o que a pessoa sente
não vem com uma alteração fisiológica, não é emoção, mas
somente um sentimento;
Emoções
3. Expressividade – as emoções vêm carregadas de
expressividade corporal e facial. Este é um dos aspectos que
viabilizam a comunicação e empatia (ou não) entre os seres
humanos. Ao longo da vida, os seres humanos aprendem a
fazer esta leitura emocional através da educação familiar,
escolar, social e a lidar com as pessoas em cada situação.
Caso esta leitura emocional não seja aprendida de forma
adequada o processo de socialização pode ficar prejudicado;
4. Funcionalidade – a função das emoções pode ser
considerada de uma forma mais abrangente, relacionada à
adaptação do organismo ao ambiente, e de uma forma mais
específica, relacionada à emoção em si. Um exemplo é o
medo: esta emoção possui a função de nos deixar em estado
de alerta para a defesa diante da possibilidade de um
estímulo que gere risco à integridade do organismo.
Obs: Vamos estudar a função de cada emoção e suas expressões em aulas
posteriores.
Emoções
Estes eventos são incentivos ambientais que antecedem o
comportamento e geram tendências de aproximação ou afastamento,
dependendo das circunstâncias e do efeito que seu resultado
provocará na pessoa.
De uma forma geral, podemos dizer que os seres humanos possuem
uma disposição de aproximação de situações e objetos que lhes
tragam prazer, pois são interpretados como benéficos para o organismo
de alguma forma, e de afastamento de situações e objetos que lhes
tragam desprazer, entendendo que podem ser tóxicos ao organismo.
Estas situações e ou objetos podem ser encarados como comidas,
situações, relacionamentos, eventos e até crimes que vão de encontro
com os nossos padrões morais e que geram repugnância. Esta
interpretação é edificada ao longo da vida e das aprendizagens do
sujeito e de todas as experiências de prazer e desprazer que foram
vivenciadas e arquivadas na memória.
Diante desta premissa, eventos que prenunciam uma probabilidade
de recompensa, possuem a capacidade de energizar e direcionar o
organismo na realização do que se almeja.
Eventos externos
Se no âmbito individual conhecer o que nos motiva
significa entrar em contato com a própria existência a
partir de uma autoanálise, este conhecimento permite
a realização de um processo de planejamento e
direcionamento de metas visando o bem estar e a
qualidade de vida. Enquanto profissionais da
psicologia, a análise motivacional permite o acesso à
subjetividade das pessoas que são atendidas e o
embasamento para a construção de intervenções
visando atingir a saúde em sua totalidade, direcionada
ao bem estar de forma ampla e plena.
Análise Motivacional
A ANÁLISE MOTIVACIONAL permite e tem como
objetivo compreender de que modo a motivação
participa, influencia e ajuda a explicar o fluxo
comportamental de uma pessoa.
Para o profissional de a Psicologia este processo é de
extrema relevância porque viabiliza o planejamento da
técnica de intervenção.
A Análise Motivacional busca compreender o
surgimento, a intensidade e a qualidade da
motivação, que podem ser identificados pela fisiologia,
pelo comportamento manifesto, pelo autorrelato e
pela história dos antecedentes do comportamento.
Conceito: Análise Motivacional
O processo de análise da fisiologiarelacionada à motivação
para realização de comportamentos requer exames
laboratoriais e outros como: de sangue, urina, EEC
(eletroencefalograma), pressão cardíaca, batimento cardíaco,
pois em um organismo motivado, há toda uma sustentação
biológica relacionada a hormônios e neurotransmissores que
viabilizam o início da ação.
A fisiologia
A técnica do autorrelato geralmente é realizada através da
aplicação de questionários e entrevistas.
Para fins de pesquisa, ela pode apresentar alguns problemas. Alguns
estudos indicam que a interpretação das pessoas sobre o que elas
sentem, dizem e a correspondência psicofisiológica verificada
através de exames realizados, não equivale. Por exemplo, uma
pessoa pode dizer que não está ansiosa, mas exames laboratoriais
mostram que ela está extremamente ansiosa. Além disso, a
verificação da motivação através do autorrelato da própria pessoa
traz questões relacionadas à sua fidedignidade, pois em locais onde
falta clima apoiador, em termos motivacionais, e que são
percebidos como coercitivos e autocráticos, como escolas e locais
de trabalho, pode haver distorções nos discursos das pessoas
entrevistadas.
No que se refere ao histórico dos antecedentes do comportamento,
este caminho torna-se interessante porque permite acessar os
interesses, desejos e um recorte da história de vida da pessoa. Esta é
uma boa técnica complementar às outras.
O auto-relato e a história dos 
antecedentes do comportamento
Podem-se verificar sete aspectos no comportamento das pessoas
que ajudam a identificar a intensidade, a qualidade e a presença
da motivação. São eles:
1. O esforço – quantidade de energia empregada na tentativa de
execução de uma tarefa;
2. A latência – tempo durante o qual uma pessoa adia sua resposta
após ter sido exposta a um estímulo;
3. Persistência – tempo decorrido entre o início e o fim da resposta;
4. Escolha – Quando se está diante de duas ou mais possibilidades
de ação, mostra-se preferência por uma delas, em detrimento
das demais;
5. Probabilidade de resposta – número (ou porcentagem) de
ocasiões em que se verifica uma resposta orientada para um
determinado objetivo, quando ocorrem diversas oportunidades
diferentes para o comportamento ocorrer;
A observação comportamental
6. Expressões faciais – movimentos faciais (torcer o nariz, levantar o
lábio superior, baixar as sobrancelhas etc.)
A observação comportamental
7. Sinais corporais – postura, mudança no apoio do peso,
movimentos das pernas ou dos pés, braços e mãos etc.
A observação comportamental
Resiliência é a capacidade das pessoas de ultrapassarem
adversidades da vida mantendo a condição de resolver os
problemas de forma eficiente. Não significa que serão imunes a
tristeza ou lutos, mas que diante de uma situação difícil, a opção
a ser escolhida será aquela voltada para o crescimento e
evolução enquanto pessoas.
Resiliência
Os seres humanos são sistemas complexos que habitam ambientes em
constante transformação. A capacidade de evolução e
desenvolvimento de novas respostas às mudanças ambientais são
fundamentais e podem fazer a diferença entre a manutenção da vida
das pessoas e de sua espécie, ou sua extinção.
Desta forma, a capacidade que o organismo humano possui em lidar
com novos desafios e aprender com eles, alterando, muitas vezes, sua
conformação neurocognitiva, é o que nos permitiu (e continua a
permitir) permanecer como espécie dominante até os dias atuais.
Sem dúvida, a motivação enquanto processo é básica nesta
economia sistêmica, onde o homem influencia o ambiente e o
ambiente retorna esta influência dialeticamente, um alterando o outro
naquilo que lhe é necessário enquanto suporte vital.
O ser humano, ao longo de seus milhares de anos de evolução,
conseguiu um feito que nenhuma outra espécie realizou. Aliou
mecanismos biológicos, cognitivos e simbólicos com a função de
manter a vida, e a motivação tornou-se um deles.
A relação entre motivação, 
adaptação e resiliência.
A possibilidade de um humano se automotivar para realizar algo que necessita
mesmo que não haja nenhum impulso biológico de base, como fome ou sede,
somente para a aprendizagem ou para sentir prazer ou, ainda, para atingir a
proficiência (competência) em determinado assunto, alimenta a vida individual
daquele respectivo sujeito, mas, de forma abrangente, alimenta também a
cultura e a civilização humana. Traz a evolução da espécie. A própria ciência e
as grandes (e pequenas) invenções da humanidade, como o avião, a lâmpada,
a eletricidade, a geladeira, o cinema entre outras, são testemunhas deste
processo.
Num sentido mais estrito, a incapacidade de automotivação e de resolução
dos próprios problemas, prejudica as pessoas em suas existências tornando sua
adaptação prejudicada. Por exemplo, uma pessoa que apresenta um quadro
depressivo, possui uma baixa capacidade de automotivação, o que vai afetar
sua vida de uma forma geral, como a higiene, alimentação, trabalho,
socialização e relacionamentos.
Por outro lado, as pessoas que possuem uma alta qualidade e capacidade de
automotivação, tendem a ser mais flexíveis diante das adversidades e ser mais
resilientes.
A relação entre motivação, 
adaptação e resiliência.

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