Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Necessidades Fisiológicas: Sono e Sexo Renata Sigaud renata.sigaud@estacio.br Capacitar os alunos para compreensão dos principais fatores fisiológicos, psicológicos e sociais ligados ao sexo e de sono. Objetivo ATKINSON & HILGARD. Introdução à Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2002 COUTINHO, CLEONICE DO CARMO. Psicologia da Motivação e Emoção. GAZZANIGA, Michael, HEATHERTON Todd e HALPERN Diane. Ciência psicológica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. Bibliografia O sono é uma necessidade fisiológica essencial para o organismo. Estudos indicam que durante o sono o cérebro continua o processamento das informações, apesar da alteração do estado de consciência. Sono SEU CÉREBRO NÃO ESTÁ DESLIGADO ENQUANTO VOCÊ DORME! O sono é um estado de consciência alterado. A diferença entre estar acordado e adormecido tem tanto a ver com a experiência consciente como com os processos biológicos. Quando você dorme, a sua experiência consciente do mundo exterior é amplamente desligada. Até certo ponto, entretanto, você continua consciente do seu entorno, e o seu cérebro continua processando informação. A sua mente está analisando potenciais perigos, controlando os movimentos corporais e deslocando partes do corpo para maximizar o conforto (por isso você não cai da cama ou rola sobre um bebê ou um animal de estimação). Muitas regiões cerebrais são mais ativas durante o sono do que quando a pessoa está acordada. É possível até mesmo que certos pensamentos complexos, como trabalhar em problemas difíceis, ocorram no cérebro adormecido. Alteração do estado de consciência Video A ciência do sono (FIOCruz) https://youtu.be/lKKEZg3_TlQ ou https://portal.fiocruz.br/video/ciencia- do-sono Introdução https://youtu.be/lKKEZg3_TlQ https://portal.fiocruz.br/video/ciencia-do-sono Ritmos circadianos: padrões biológicos que ocorrem a intervalos regulares, em função do tempo, ao longo do dia. O “relógio biológico”. O sono faz parte do ritmo normal da vida. A atividade cerebral e outros processos fisiológicos são regulados em padrões conhecidos como ritmos circadianos. (O significado de circadiano é “cerca de 24 horas”.) Exemplificando, a temperatura corporal, os níveis hormonais e os ciclos sono/vigília operam de acordo com os ritmos circadianos. Regulados por um relógio biológico, os ritmos circadianos são influenciados pelos ciclos de luz e escuridão. Seres humanos e animais não humanos continuam mostrando esses ritmos, todavia, mesmo ao serem afastados desses indícios luminosos. Obs: A alteração dos ciclos circadianos é um sintoma comum em transtornos de humor. Ritmos Circadianos De acordo com o National Sleep Foundation, dos Estados Unidos, a cada faixa etária existe uma quantidade de horas necessárias de sono por dia. Com o passar dos anos, diminui o tempo ideal na cama para descansar e repor as energias para o dia seguinte. Veja: Recém-nascido (até 3 meses): de 14 a 17 horas Bebê lactente (de 4 a 11 meses): de 12 a 15 horas Primeira infância (de 1 a 2 anos): de 11 a 14 horas Pré-escolar (de 3 a 5 anos): de 10 a 13 horas Fase escolar (de 6 a 13 anos): de 9 a 11 horas Adolescente (de 14 a 17 anos): de 8 a 10 horas Jovem e adulto (de 18 a 64 anos): de 7 a 9 horas Idoso (a partir de 65 anos): de 7 a 8 horas Duração do sono Os indivíduos diferem muito quanto a esse número de horas. Talvez seus genes influenciem a quantidade de sono que você precisa, uma vez que pesquisadores identificaram um gene que influencia o sono (Koh et al., 2008). Chamado SLEEPLESS, esse gene regula uma proteína que, como muitos anestésicos, diminui os potenciais de ação no cérebro. A perda dessa proteína leva a uma redução do sono de 80%. Duração do sono O processo do sono é composto por cinco estágios. Os 4 primeiros são de sono não-REM e o quinto de sono REM. Estágio 1: Adormecimento. Pode durar até quinze minutos. É como uma espécie de zona intermediária entre estar acordado e dormindo. O cérebro produz ondas irregulares e rápidas, a tensão muscular diminui e a respiração se torna mais leve. Estágio 2: Sono leve. A temperatura e os ritmos cardíaco e respiratório diminuem e a pessoa é definitivamente conduzida ao limite entre estar acordada e dormindo. Estágio 3: Entrada no sono profundo. As ondas cerebrais diminuem o ritmo. Estágio 4: Sono profundo. O organismo libera os hormônios ligados ao crescimento e executa o processo de recuperação de células e órgãos. Estágio 5: Sono REM. A atividade cerebral começa a acelerar e se torna tão intensa que se assemelha à quando estamos acordados. O cérebro faz um tipo de “faxina” na memória, guardando as informações importantes recebidas durante o dia e joga fora as informações desnecessárias. É nessa fase que acontecem os sonhos, a fixação da memória e o descanso profundo, essencial para a recuperação da energia física para acordar disposto. Estágios do Sono Alguns pesquisadores consideram os estágios 3 e 4 como um só: o sono profundo ou sono de ondas lentas. Pessoas na fase de sono de ondas lentas dificilmente acordam e, ao levantar, costumam se mostrar desorientadas. No entanto, as pessoas ainda processam alguma informação durante o sono de ondas lentas, porque a mente continua avaliando o ambiente quanto a perigos em potencial. Pais em sono de ondas lentas, por exemplo, podem ser acordados pelo choro dos filhos. Mesmo assim, felizmente podem ignorar sons como sirenes ou barulho do trânsito, que são mais altos do que o choro de criança, mas que não são necessariamente relevantes. Estágios do Sono Sono Profundo Nesse ponto, o EEG de repente mostra uma agitação de atividade de ondas que geralmente representam uma mente desperta e alerta. Os olhos arremetem para trás e para frente rapidamente, sob as pálpebras fechadas. Por causa desses movimentos oculares rápidos, esse estágio é chamado sono REM, do inglês rapid eye movements. Por vezes, é chamado sono paradoxal, devido ao paradoxo de um corpo adormecido com um cérebro ativo. De fato, alguns neurônios no cérebro, em especial nas regiões do córtex occipital e tronco encefálico, são mais ativos durante o sono REM do que nas horas de vigília. Entretanto, enquanto o cérebro permanece ativo durante os episódios REM, a maioria dos músculos do corpo permanece paralisada. O sono REM é psicologicamente significativo devido a sua relação com o sonho. Em cerca de 80% das vezes em que são acordadas durante o sono REM, as pessoas relatam que estavam sonhando, versus menos da metade das vezes em que são acordadas durante o sono não REM. Estágios do Sono Sono REM No decorrer do curso de uma noite de sono típica, o ciclo se repete cerca de cinco vezes. O indivíduo que dorme vai do sono de ondas lentas para o sono REM e, então, volta para o sono de ondas lentas e daí novamente para o sono REM (FIG. 4.15). À medida que a manhã se aproxima, o ciclo do sono vai encurtando, e o indivíduo passa um tempo relativamente maior no sono REM. As pessoas acordam brevemente várias vezes durante a noite, mas não lembram disso de manhã. Conforme envelhecem, as pessoas às vezes passam a ter mais dificuldade para voltar a dormir após ter acordado. Estágios do Sono Fonte: https://www.medicina.ufmg.br/observaped/fases-do-sono/ O sono tem três funções importantes: Restauração; Manutenção dos ritmos circadianos; Facilitação da aprendizagem. Funções do Sono O sono permite que o corpo, incluindo o cérebro, repouse e se autorrepare. Vários tipos de evidência sustentam essa teoria: depois que as pessoas se envolvem na prática de atividade física vigorosa, como correr uma maratona, geralmente dormem por mais tempo do que o habitual. O hormônio do crescimento, liberado primariamente durante o sono profundo, facilita o reparo dos tecidos danificados. O sono aparentemente permite que o cérebro reponha as reservas de energia e também fortalece o sistema imune (Hobson, 1999). Mais recentemente, pesquisadores demonstraram que o sono pode ajudar o cérebro a limpar subprodutos metabólicos da atividade neural, assim como um zelador põe o lixo para fora (Xie et al., 2013). A atividade neural cria subprodutos que podem ser tóxicos ao se acumularem. Esses subprodutos são removidos no espaço intersticial –um pequeno espaço cheio de líquido localizado entre as células cerebrais. Durante o sono, esse espaço é ampliado em 60%, permitindo a remoção eficiente dos detritos acumulados na vigília. Video: Ted Ed efeitos da privação de sono Funções do Sono: Restauração Em um estudo sobre a privação do sono em humanos, pesquisadores da Universidade de Chicago acompanharam estudantes que dormiram apenas quatro horas à noite, por seis dias consecutivos. Os voluntários desenvolveram pressão arterial mais alta, além de níveis mais altos do hormônio do estresse, o cortisol, e produziram apenas metade do número esperado de anticorpos para uma vacina contra a gripe. Também mostraram resistência a insulina. A privação do sono aumenta os riscos de obesidade, doenças cardíacas, diabetes e derrames. Além disso dormir pouco afeta a memória, a cognição (o que diminui a capacidade de aprendizado) e o tempo de reação. Estudos usando ratos demonstraram que a privação de sono prolongada compromete o sistema imune e leva à morte. Privação de Sono Estudos mostram que a privação de sono crônica, por períodos muito longos, começa a afetar o humor e o desempenho cognitivo, podendo desencadear lapsos de memória, falta de atenção e microssonos. Os microssonos são os episódios de adormecimento que ocorrem durante o dia, quando se está cansado e em estado de privação de sono, que podem durar de segundos a minutos, mas que podem ter efeitos desastrosos dependendo da atividade se está realizando, como, por exemplo, dirigir um automóvel e adormecer durante alguns segundos. (GAZZANIGA, HEATHETORN, 2007) Privação de Sono A teoria dos ritmos circadianos propõe que o sono evoluiu para manter os animais calmos e inativos durante os momentos de maior perigo ao longo do dia, em geral quando está escuro. De acordo com essa teoria, os animais necessitam apenas de uma quantidade limitada de tempo por dia para suprir seus requerimentos de sobrevida, sendo para eles adaptativa a permanência na inatividade no restante do tempo, de preferência escondidos. Portanto, a quantidade de sono típica de um animal depende de quanto tempo ele necessita para obter comida, da facilidade para se esconder e da vulnerabilidade a ataques. Animais pequenos tendem a dormir muito. Animais grandes e vulneráveis a ataques, como vacas e veados, dormem pouco. Grandes predadores que não são vulneráveis dormem muito Nós, humanos, dependemos muito da visão para a sobrevivência. Somos adaptados ao sono noturno, porque nossos antigos ancestrais ficavam mais expostos ao risco no escuro. Funções do Sono: Ritmos Circadianos As conexões neurais feitas ao longo do dia, que servem de base para a aprendizagem, são fortalecidas durante o sono. Tanto o sono de ondas lentas como o sono REM parecem ser importantes para que ocorra a aprendizagem. Pessoas que sonham com a tarefa enquanto dormem podem ser especialmente propensas a terem melhor desempenho. De fato, há evidências de que, quando os alunos estudam mais, como ocorre no período das provas, eles vivenciam mais o sono REM – isto é, se dormirem e não vararem a noite estudando –, e durante esse sono é possível esperar que ocorra maior consolidação mental da informação. O argumento de que o sono, em especial o sono REM, promove o desenvolvimento dos circuitos cerebrais para a aprendizagem também é sustentado pelas alterações envolvendo os padrões de sono ocorridas no decorrer do curso da vida. Bebês e crianças pequenas, que apresentam grande aprendizagem em poucos anos, são os que mais dormem e também passam a maior parte do tempo no sono REM. Os achados que ligam o sono à aprendizagem devem sugerir cautela aos estudantes cujo principal estilo é estudar de madrugada. Em um estudo recente, os alunos que foram privados de sono por uma noite mostraram no dia seguinte atividade diminuída no hipocampo, uma área cerebral essencial à memória. Esses estudantes privados de sono também mostraram memória mais fraca em testes subsequentes. De acordo com os pesquisadores, há evidência substancial de que o sono faz mais do que consolidar memórias. O sono também parece preparar o cérebro para suas necessidades de memória para o dia seguinte. Funções do Sono: facilitação da aprendizagem O mecanismo regulador do sono está vinculado à formação reticular no tronco cerebral. Sua excitação promove o despertar e a vigília e os baixos níveis de excitação promovem o sono. Múltiplas regiões cerebrais estão envolvidas na produção e manutenção dos ritmos circadianos e do sono. Exemplificando, a informação sobre luz detectada pelos olhos é enviada a uma pequena região do hipotálamo chamada núcleo supraquiasmático. Essa região, então, envia sinais a uma estrutura minúscula chamada glândula pineal (FIG. 4.13). A glândula pineal secreta melatonina, um hormônio que viaja pela corrente sanguínea e afeta vários receptores existentes no corpo, incluindo o cérebro. A luz brilhante suprime a produção de melatonina, enquanto a escuridão deflagra sua liberação. Estruturas cerebrais ligadas ao Sono TED Ed Sono e Memória Privação de Sono Videos Insônia: Transtorno caracterizado por incapacidade de dormir. Apneia obstrutiva do sono: Transtorno em que uma pessoa, enquanto adormecida, para de respirar em função do fechamento da garganta; a condição faz o indivíduo acordar com frequência ao longo da noite. Narcolepsia: Transtorno do sono em que as pessoas vivenciam sonolência excessiva durante as horas de vigília normais, por vezes perdendo as forças e caindo Transtorno de comportamento REM ou sonambulismo: o sono REM é acompanhado de atividade motora. Transtornos do Sono PARA APRENDER + Vá em nossa aba de arquivos e leia os artigos publicados na Folha de São Paulo: Alterações do sono na quarentena As funções do sono Acesse recomendações para um sono melhor durante a pandemia em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1867- recomendacoes-para-o-sono-em-meio-a-pandemia https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1867-recomendacoes-para-o-sono-em-meio-a-pandemia Sexo Parei aqui Assim como sede e fome, o sexo é uma força motivacional poderosa. Entretanto, existem diferenças importantes. O sexo é uma motivação social – ou seja, tipicamente envolve outra pessoa – enquanto motivações relacionadas à sobrevivência envolvem apenas o indivíduo. Além disso, o sexo não envolve um déficit interno que precisa ser regulado e satisfeito para garantir a sobrevivência do organismo. Dessa forma, uma motivação social é ainda mais complexa e não é adequada para uma análise a partir da homeostase. Sexo Hormônios pré-natais contribuem para o desenvolvimento sexual. Se as glândulas sexuais do embrião produzirem hormônios androgênios suficientes, o embrião terá um padrão masculino de desenvolvimento genital e cerebral. Se os androgênios forem muito baixos o embrião terá um padrão de desenvolvimento genital e cerebral feminino. Os hormônios influenciam o desenvolvimento de características sexuais secundárias durante a puberdade e motivam o comportamento sexual. O hipotálamo organiza o comportamento sexual e influencia a produção de hormônios. Os hormônios testosterona e ocitocina são determinantes particularmente importantes do comportamento sexual. Encontrou-se que os neurotransmissores, incluindo a dopamina, a serotonina e o óxido nítrico, também influenciam no funcionamento sexual. O ciclo de resposta sexual humana tem quatro fases que são muito semelhantes em homens e mulheres: excitação, platô, orgasmo e resolução. Sexo Dado o importante papel do hipotálamo em controlar a liberaçãode hormônios na corrente sanguínea, não é nenhuma surpresa que ele seja a região do encéfalo considerada mais importante para estimular o comportamento sexual (FIG. 10.32). Estudos têm mostrado que danificar o hipotálamo de camundongos interrompe o comportamento sexual. No entanto, a área do cérebro danificada que tem maior efeito difere ligeiramente entre machos e fêmeas. Os hormônios sexuais são liberados das gônadas (testículos e ovários), e os homens e as mulheres têm uma determinada quantidade de todos os hormônios sexuais. Mas os homens têm maior atividade de andrógenos do que as mulheres, e estas têm maior atividade de estrogênios e progesterona. Os andrógenos são aparentemente muito mais importantes para o comportamento reprodutivo do que os estrogênios, pelo menos para os seres humanos. Em homens e mulheres, a testosterona – um tipo de andrógeno – está envolvida no funcionamento sexual (Sherwin, 2008). Os homens precisam de uma determinada quantidade de testosterona para serem capazes de se envolver no sexo, mas não têm um melhor desempenho se tiverem mais do hormônio. A disponibilidade de testosterona, e não grandes quantidades dela, aparentemente impulsiona o comportamento sexual masculino. Quanto mais testosterona as mulheres têm, maior é a probabilidade de que tenham pensamentos e desejos sexuais, embora elas normalmente tenham níveis relativamente baixos do hormônio (Meston & Frohlich, 2000). As adolescentes do sexo feminino com elevação nos níveis de testosterona em relação à média para a sua idade têm maior propensão a se envolver em relações sexuais (Halpern, Udry, & Suchindran, 1997). Outro hormônio importante em homens e mulheres é a oxitocina, que é liberada durante a excitação sexual e orgasmo. Alguns pesquisadores acreditam que a oxitocina pode promover sentimentos de amor e apego entre os parceiros; também parece estar envolvida no comportamento social em termos mais gerais (Bartels & Zeki, 2004). Hormônios e Comportamento Sexual Em animais não-humanos, os hormônios pré-natais parecem ser determinantes do comportamento sexual adulto. Em humanos, esses hormônios parecem ter uma importância muito menor do que os papéis sociais de gênero para a determinação do comportamento sexual. Os hormônios femininos (estrogênios e progesterona) e os hormônios masculinos (androgênios) são responsáveis pelas mudanças corporais que acontecem na puberdade, mas, em contraste com outros animais, eles tem um papel limitado na excitação sexual em humanos. Para humanos, experiências sociais precoces com pais e colegas e normas culturais tem grande influência sobre a sexualidade adulta. O comportamento sexual é limitado por roteiros sexuais: crenças determinadas socialmente em relação aos comportamentos adequados a serem utilizados por homens e mulheres durante as interações sexuais. Em média, os homens têm um maior nível de motivação sexual e se envolvem em mais atividade sexual do que as mulheres. Alguns pesquisadores teorizaram que a exposição hormonal pré-natal, os genes e as diferenças funcionais no hipotálamo podem influenciar a orientação sexual. No entanto, os dados que apoiam essas teorias são correlacionais e não podem ser usados para inferências causais. Sexo https://www.youtube.com/watch?v=XsJTCKzL-Gg Gênero e Sexo https://www.youtube.com/watch?v=XsJTCKzL-Gg Quatro Estágios: 1. Excitação: As áreas genitais se tornam mais vascularizadas, o que causa a ereção nos homens e um aumento de volume no clitóris nas mulheres.. Nas mulheres, a vagina se expande e secreta lubrificante. 2. Platô: A excitação chega ao pico. Pulso, frequência respiratória e pressão arterial aumentam. O homem chega a ereção completa do pênis. Certa quantidade de fluido – frequentemente contendo esperma suficiente para a concepção – pode aparecer. Na mulher, a lubrificação continua a aumentar e o clitóris retrai. Iminência do orgasmo. 3. Orgasmo: Contrações musculares involuntárias de músculos do corpo todo, um aumento drástico na frequência cardíaca e respiratória, contrações rítmicas da vagina nas mulheres e ejaculação de sêmen nos homens. Em homens saudáveis, o orgasmo quase sempre ocorre. Entre as mulheres, o orgasmo é mais variável. Quando ocorre, no entanto, as mulheres e os homens relatam sensações de prazer quase idênticas e as mesmas regiões subcorticais do cérebro são ativadas. 4. Resolução: o corpo retorna gradualmente para o estado não excitado conforme os vasos sanguíneos nas regiões genitais liberam o sangue acumulado. Isso acontece rapidamente se o orgasmo aconteceu e lentamente, caso contrário. O homem entra em um período refratário, durante o qual ele fica temporariamente incapaz de manter uma ereção ou ter um orgasmo. A mulher não tem um período refratário e pode experimentar orgasmos múltiplos com curtas fases de resolução entre eles. Mais uma vez, a resposta feminina é mais variável do que a resposta masculina. Ciclo da Resposta Sexual. Roteiros sexuais: crenças cognitivas sobre como um episódio sexual deve ser posto em prática. Regulação do comportamento sexual: Embora os costumes e as normas sexuais variem entre as culturas, todas as culturas conhecidas têm alguma forma de moralidade sexual. Essa universalidade indica a importância para a sociedade da regulação do comportamento sexual. As culturas podem tentar restringir e controlar o sexo por várias razões, incluindo manter o controle sobre a taxa de natalidade, ajudar a estabelecer a paternidade e reduzir os conflitos. Fatores Sócio-culturais Sexo – se refere às categorias inatas do ponto de vista biológico, ou seja, algo relacionado com feminino e masculino (cromossomos, hormônios, genitália). Gênero: diz respeito aos papéis e normas sociais relacionados com o feminino e o masculino (Moser, 1989).Toda sociedade é marcada por diferenças de gênero, havendo, ainda, grande variação dos papéis associados em função da cultura e do tempo em que se vive. A determinação social de gênero pode ser alterada por uma ação consciente tomada (inclusive por meio de políticas públicas). Sexo é, em princípio, fixo; já o papel de gênero muda no espaço e no tempo (principalmente com a tomada de consciência de distinções que são construídas socialmente, e que podem e devem ser em inúmeros casos ‘desconstruídas’, para que haja igualdade do ponto de vista social). Gênero e Sexo Uma questão importante se refere ao quanto o comportamento sexual é determinado pela biologia (em particular pelos hormônios), pelo ambiente e pela aprendizagem (experiências precoces e normas culturais) e pelas interações entre esses fatores. Alguns estudos recentes anunciaram que fatores neurológicos, genéticos ou hormonais podem determinar parcialmente a orientação sexual, mas as evidências não são conclusivas. Também não se sabe atualmente se fatores biológicos podem influenciar diretamente a orientação sexual ou se eles podem contribuir para outros traços, como conformidade de gênero, que influenciam de forma indireta o desenvolvimento da orientação sexual. Gênero, sexo e a motivação para o comportamento sexual Nossa motivação sexual é muito menos influenciada por fatores biológicos do que a fome e a sede, por exemplo. Fatores psicológicos e sócio-culturais tem um papel de grande relevância. Ao estudarmos as necessidades fisiológicas, vimos que causas biológicas e fisiológicas estão tão interligadas no controle de muitas motivações que elas se mesclam ao fluxo de eventos. Não apenas as causas biológicas podem controlar motivações psicológicas como fome e sede, mas também processos psicológicos e experiências psicológicas podem controlar a motivação e podem retroalimentar(feedback) processos fisiológicos. Por exemplo, o uso repetido de uma droga pode alterar permanentemente certos sistemas neuronais. Bebidas e comidas que desejamos são estabelecidas como objetos de escolha através da aprendizagem e até mesmo o grau de saciedade produzido por um estômago cheio é influenciadopor experiências prévias. Nossos vínculos sociais são largamente determinados pelas consequências de interações sociais precoces com determinados indivíduos. Assim, quando se trata de processos motivacionais, a biologia e a psicologia não são domínios separados. Ao invés disso, esses dois aspectos de controle interagem mutuamente de forma contínua direcionando os processos motivacionais. Conclusão
Compartilhar