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INTRODUÇÃO AO SERVIÇO DE URGENCIA E EMERGENCIA

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INTRODUÇÃO AO SERVIÇO DE URGÊNCIA 
E EMERGÊNCIA 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Uma das características do serviço de Urgência e Emergência no país é de garantir 
o acesso à saúde pública para toda a população e organizar uma rede de atenção, 
ampliando o acesso e diminuindo desigualdades. Essa estruturação de fluxo de 
estabelecimentos e funções é papel dos gestores pela garantia ao acesso do 
Sistema Único de Saúde (SUS) aos que precisam de um atendimento de urgência 
ou emergência. O objetivo desta unidade é abordar os principais aspectos 
organizacionais do serviço de Urgência e Emergência do país. No decorrer da 
apostila os módulos serão apresentados em três capítulos, que irão explanar o 
histórico dos serviços de urgência e emergência, a política nacional de atenção às 
urgências e sua rede de atenção e, por último, as principais portarias voltadas para a 
organização dos serviços da rede de atenção às urgências. O enfermeiro inserido 
nesse mercado de trabalho, precisa entender a composição da rede das urgências e 
o fluxo de organização, para que possa ter subsídios da pratica profissional. 
 
Palavras-chave: Urgência. Emergência. Serviços de Saúde. Assistência à Saúde. 
Enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 
CAPÍTULO 1- CONTEXTUALIZAÇÃO E HISTÓRICO DOS SERVIÇOS DE 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ..................................................................................... 7 
1.1 Conceito e Definição de Urgência e Emergência ........................................... 7 
1.2 Aspectos Históricos da Estruturação da Urgência e Emergência e Sua 
Implantação. ................................................................................................................ 8 
1.3 Avanços da Saúde e da Tecnologia no Brasil .............................................. 12 
1.3.1 TIC Saúde .................................................................................................... 12 
1.3.2 DigiSUS ........................................................................................................ 12 
1.3.3 Telemedicina ................................................................................................ 12 
1.3.4 SAMU ........................................................................................................... 14 
1.4 Contextualização e Locais para Atuação da Enfermagem na Urgência e 
Emergência ............................................................................................................... 15 
CAPÍTULO 2 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS ................ 21 
2.1 Introdução a Política Nacional de Atenção às Urgências e Rede de Atenção 
às Urgências ............................................................................................................. 21 
2.2 Condições Agudas na Atenção à Saúde ...................................................... 22 
2.3 Componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) .... 24 
2.4 Aplicando a classificação de risco ................................................................ 27 
2.5 Diretrizes e Linhas de Cuidados Prioritários da Rede de Atenção às 
Urgências .................................................................................................................. 29 
2.5.1 Linhas de Cuidados:..................................................................................... 30 
2.6 Organização dos Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) ....... 31 
2.7 Boas Práticas para Organização da Urgência e Emergência ...................... 33 
2.8 Humanização da(o) Enfermeira (o) Atuante em Urgência e Emergência..... 34 
CAPÍTULO 3 – PORTARIAS VOLTADAS PARA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 
DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS ............................................................. 37 
3.1 Conhecendo a Portaria Nº 2048 de 5 Novembro de 2002 ........................... 37 
3.2 Capítulo I ...................................................................................................... 37 
3.2.1 Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências .................... 37 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3.3 Capítulo II ..................................................................................................... 38 
3.3.1 A Regulação Médica das Urgências e Emergências.................................... 38 
3.4 Capítulo III .................................................................................................... 39 
3.4.1 Atendimento Pré-Hospitalar Fixo ................................................................. 39 
3.5 Capítulo IV ................................................................................................... 40 
3.5.1 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel ............................................................... 40 
3.5.2 Definição dos Veículos de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel .................... 41 
3.6 Capítulo V .................................................................................................... 42 
3.6.1 Atendimento Hospitalar às Urgências e Emergências ................................. 42 
3.7 Capítulo VI ................................................................................................... 44 
3.7.1 Transferências e Transporte Inter-Hospitalar ............................................... 44 
3.8 Capítulo VII .................................................................................................. 44 
3.8.1 Núcleos de Educação em Urgências ........................................................... 44 
3.8.2 SAMU-192: Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e 
Regiões de todo o Território Brasileiro. ..................................................................... 46 
3.8.3 Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. ................... 47 
3.8.4 Recursos Materiais da Ambulância do Suporte Avançado de Vida ............. 49 
3.8.5 Gerências de Emergência: Portaria Nº 408, de 03 de Agosto de 2017 ........ 50 
REFERENCIAS ......................................................................................................... 52 
 
 
5 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Nada supera a gravidade de um paciente que necessita de um atendimento de 
emergência. O atendimento deve ser imediato, para garantir a vida do ser humano. 
Já a urgência, deve ser atendida em curto prazo, antes que a situação se agrave. 
Uma das característicasda Urgência e Emergência junto ao sistema nacional, é de 
garantir o acesso à saúde para toda a população e a organização da rede de 
atenção, ampliando o acesso e diminuindo desigualdades. 
A organização Pan-Americana de saúde, em 2008 destacou que os Serviços 
de Saúde das Redes Integradas, definem-se em rede de organização que realiza um 
atendimento equitativo e integral a toda população brasileira. Essa estruturação de 
fluxo de estabelecimentos e funções é papel dos gestores pela garantia ao acesso 
do Sistema Único de Saúde (SUS) aos que precisam de um atendimento de 
urgência ou emergência. 
Para melhor compreensão do tema proposto, a apostila está organizada em 
três capítulos. O primeiro capítulo aborda a “Contextualização e histórico dos 
serviços de urgência e emergência”, com intuito de introduzir o leitor no cenário 
mundial da urgência e emergência, definindo-a e situando-o na evolução histórica e 
atuação atual. Já o segundo capítulo traz a “Política Nacional de Atenção às 
Urgências, a fim de aproximar e informar o estudante sobre a estruturação e 
organização da Rede de Atenção à Urgência, e o terceiro identifica as principais 
“Portarias voltadas para organização dos serviços da rede de atenção às urgências”. 
Em seu primeiro capítulo, a apostila conceitua a Urgência e Emergência e 
discorre sobre os aspectos históricos de sua estruturação no Brasil e no mundo, que 
apresenta uma interessante evolução até se tornar lei. Hoje, graças à medicina 
moderna, pode-se usufruir dos avanços da saúde e da tecnologia no Brasil, sendo o 
enfermeiro um dos responsáveis por atuar na equipe multidisciplinar, contribuindo 
para os avanços em saúde a cada ano. 
Ainda, nesse capítulo, foi abordada a contextualização de alguns locais para 
atuação da Enfermagem na Urgência e Emergência, visto que há uma gama de 
opções, porém, muitas vezes, desconhecida pelo profissional. Além dos locais de 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
trabalho discorridos neste estudo, vale a pena pesquisar mais a fundo as várias 
opções que o mercado hoje oferece. 
No segundo capítulo, foi apresentada a Política Nacional de Atenção às 
Urgências, que articulam os níveis assistenciais em uma rede sólida de urgência e 
emergência. O atendimento deverá ser integralizado, por todos os profissionais de 
saúde que compõem a rede, e eles devem estar preparados para reconhecer os 
sinais e os sintomas dos usuários para realizar a classificação de risco e 
organizarem o fluxo do atendimento. Foi explanado, também, que cuidados 
cardiovasculares, cerebrovasculares e traumatológicos são as linhas de prioridades 
no atendimento das urgências. 
No terceiro e último capítulo, tendo em vista a imensa área territorial do país, e 
a dificuldade de vincular os serviços em saúde de diferentes complexidades que 
fossem capaz de estabilizar pacientes graves, com atendimento imediato e 
resolutivo, garantindo o acolhimento já na primeira atenção, o Ministério da Saúde 
publicou e ainda publica leis, portarias e resoluções que norteiam e justificam o 
funcionamento do acesso público às urgências e emergências. 
A principal portaria abordada nesse capitulo será a de nº 2048 de 5 novembro 
de 2002, que é umas das principais, quando se fala em Urgência e Emergência, 
tendo como seu objetivo esclarecer o desenvolvimento das habilidades técnicas e 
administrativas de cada instância, juntamente com seu papel executor, e seu 
funcionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 1- CONTEXTUALIZAÇÃO E HISTÓRICO DOS SERVIÇOS DE 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
1.1 Conceito e Definição de Urgência e Emergência 
 
A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n° 1.451 define: 
URGÊNCIA: embora exija atenção rápida, traz intrinsecamente a ideia de risco 
e não certeza de perigo à integridade do indivíduo. 
EMERGÊNCIA: constatação médica de condições de agravo à saúde que 
impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, 
tratamento médico imediato. 
Há mais de 50 anos a emergência já era caracterizada como necessidade de 
atendimento imediato, ou seja, casos em que o paciente corria risco de vida, 
deixando os casos urgentes, que também requeriam atenção imediata, porém, sem 
risco de vida, para um atendimento posterior (MENA; PIACSEK; MOTTA,2017). 
Fora do ambiente hospitalar, a palavra urgência possui o radical “urge 
solucionar”, caracterizando-se como uma situação que não aceita demora. Já a 
palavra emergência, é a descrita em ambulâncias, e também utilizada para adjetivar 
situações críticas como “saída de emergência” (MENA; PIACSEK; MOTTA, 2017). 
Definição de primeiros socorros: são procedimentos de assistência nem 
sempre médica, que devem ser prestados a qualquer ser humano que esteja em 
situação de urgência ou emergência. Socorristas leigos, estudantes de enfermagem 
e profissionais da saúde podem prestar uma assistência de primeiros socorros até 
que chegue a equipe especializada no local do ocorrido ou até que a vítima seja 
encaminhada à rede hospitalar mais próxima (MENA; PIACSEK; MOTTA,2017). 
O sistema pré-hospitalar foi o primeiro conceito de atendimento de urgência. 
 
 
 
 
 
 
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FIQUE ATENTO 
Omissão de socorro Art. 135: 
Deixar de prestar socorro, quando não colocado em risco a vida de quem prestá-lo, 
seja à criança ferida ou abandonada, pessoa inválida ou desamparada ou risco 
iminente de vida; ou não solicitar o socorro da autoridade pública: 
A pena será de detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena será duplicada se além da omissão, resultar em lesão 
corporal grave, e triplicada, se resultar o óbito. 
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reconhece alguns sistemas 
de classificação de risco: Emergency Severity Index, Australasian Triage Scale, 
Modelo Andorrano de Triaje e Sistema Español deTriaje, Canadian Triage and 
Acuity Scale, e Protocolo de Manchester. Nos sistemas, os clientes serão 
classificados em cinco potenciais níveis de risco e seu tempo de espera: 
emergência (< 10 minutos), muito urgente, urgente (< 30 minutos), pouco urgente e 
não urgente (< 120 minutos) (BRASIL, 2012). 
 
1.2 Aspectos Históricos da Estruturação da Urgência e Emergência e Sua 
Implantação. 
 
Sempre existiram condições de graves riscos para a vida humana, e junto com 
eles, o instinto de sua preservação, buscando um suporte para manter em boas 
condições a vida do próximo. 
Um dos primeiros registros de atendimento de primeiros socorros está na 
Bíblia. “Um homem dirigia-se de Jerusalém para Jericó, quando foi abordado por 
salteadores, que o roubaram tudo e lhe causaram muitos ferimentos, deixando-o 
semimorto. Casualmente, pelo mesmo caminho, descia um samaritano, e vendo-o 
naquela situação, compadeceu-se dele. Colocou o homem sobre o próprio animal, o 
levou para uma hospedaria, curouas férias com óleo e vinho, e tratou dele.” LUCAS 
10:30-34 (BÍBLIA, 1969). 
O atendimento de urgências/emergências no próprio local da ocorrência, vem 
acontecendo desde as guerras napoleônicas no século XVIII. Os soldados feridos no 
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campo de batalha eram transportados por carroças com tração animal, e quando 
longe do conflito, eram atendidos por médicos (FERRARI, 2006). 
Em 1792, Dominique Larrey, que era conhecido como “Pai da Medicina Militar” 
e cirurgião do exército napoleônico, inicia os primeiros cuidados aos soldados 
feridos no próprio campo de batalha, com intuito de prevenir futuras complicações. 
 
Imagem 1: Ambulância de Dominique Jean Larrey 
 
Fonte: (FERRARI, 2006) 
 
Tabela 1: Evolução Histórica da Urgência e Emergência: 
1543 
O mais antigo hospital no Brasil é a Santa Casa de Santos, 
fundada por Braz Cubas 
1863 Formação da Cruz Vermelha Internacional 
Século XX 
Presença da enfermagem participando ativamente no atendimento aos 
feridos, na I e II Guerras Mundiais e nas Guerras do Vietnã e da Coréia 
1893 
Aprovação da lei do socorro médico de urgência na via pública, no Rio 
de Janeiro 
Fonte: (SILVA; TIPPLE; SOUZA; BRASIL, 2010) 
 
No final do século XIX, surgiram os motores a combustão, que ofereciam 
conforto à vítima, já compostos por uma equipe de condutor, enfermagem e 
eventualmente o médico. Em 1900 as unidades já eram motorizadas e com suas 
equipes específicas. No Brasil o serviço pré-hospitalar é baseado no modelo 
Francês e Americano. 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Imagem 2: Ambulância de 1899 do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, Brasil. 
 
Fonte: (FERRARI, 2006) 
 
A França tem destaque por sua rede de comunicação centralizada e com 
regulação médica, onde todas as chamadas são avaliadas por um médico que 
define a conduta mais eficiente. Já nos Estados Unidos este tipo de atendimento foi 
bem organizado em 1966, quando o seu governo determinou que medidas fossem 
tomadas para diminuir a estatística de mortes por urgência e emergência (SILVA; 
TIPPLE; SOUZA; BRASIL, 2010). 
 
Continuação da Tabela 1: Evolução Histórica da Urgência e Emergência: 
Decreto 
n.1392/1910 
Presença obrigatória de médicos no local de incêndios ou 
outros acidentes 
1950 
Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), 
pelo Decreto Estadual n.16629, ficando como responsabilidade do 
município, o atendimento de urgência na cidade de São Paulo 
1950 
Transporte aeromédico, no Brasil, no Pará com a criação do 
Serviço de Busca e Salvamento (SAR) 
Século XX 
Década de 70 
Implantação da 1ª Unidade de Terapia Intensiva no Brasil, no 
Hospital Sírio Libanês em São Paulo. 
1981 
Formação de um grupo médico, representantes do Pronto Socorro 
do Hospital das Clínicas, da Secretaria de Higiene e Saúde do 
Município de São Paulo, a fim de prestar assistência às urgências 
no município, estabelecendo uma proposta de integração dos 
serviços de atendimento imediato e internação, o encaminhamento 
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de vítimas. 
início dos 
anos 90 
Implantado APH na Corporação dos Bombeiros, com pessoal 
treinado em suporte básico e suporte avançado à vida 
1990 
Surgiram os serviços de transporte aeromédico particulares (UTI 
aérea) 
1960 
Estados Unidos e Inglaterra criaram um movimento para dar início 
a especialização da “medicina de emergência”. 
1989 
De um acordo assinado entre o Brasil e a França, através de uma 
solicitação do Ministério da Saúde (MS), deu origem ao Serviço de 
Atendimento Móvel às Urgências (SAMU 192) 
1990 
Foi implantado o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e 
Emergências – SIATE, em Curitiba 
2003 
O Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Urgência e 
Emergência com o intuito de estruturar e organizar a rede de 
urgência e emergência no país 
2007 Implantado a primeira UPA no país, no estado do Rio de Janeiro 
2011 
Definiu-se a necessidade de uma rede de urgência, com 
regionalização e reorganização dos serviços pré-existentes 
Entre 2010 e 
2018 
Redução de 31.454 leitos nos hospitais privados, enquanto 
aumentaram 10.670 leitos dos hospitais públicos 
Fonte: (RAMOS; SANNA, 2005; TRANQUITELLI A.M; CIAMPONE, 2007) 
 
FIQUE LIGADO 
O primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência implantado no Brasil foi em 
Campinas, por meio do médico José Roberto Hansen, que era coordenador na 
época. 
O SAMU atendeu um total de 64.131 ocorrências em 2005; foram enviadas 
ambulâncias para 21.722 ocorrências e 42.409 com triagem médica para envio de 
outro tipo de transporte (DATASUS) 
 
 
 
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1.3 Avanços da Saúde e da Tecnologia no Brasil 
 
1.3.1 TIC Saúde 
O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Estabelecimentos 
de Saúde Brasileiros, disponibilizará dados de maneira aberta para toda a sociedade 
civil e também governo, tendo apoio do ministério da saúde, DATASUS, dentre 
vários outros órgãos, além do apoio de instituições de ensino e pesquisa do país. 
No ano de 2013, o Cetic.br iniciou a implantou o uso das TIC em alguns 
estabelecimentos brasileiros de saúde públicos e privados, e foi realizado a 
apropriação pelos profissionais de saúde. 
Em 2017, dados mostram que somente 28% dos enfermeiros participaram de 
cursos na área de tecnologia de informação, e no mesmo ano 81% dos 
estabelecimentos possuem o registro eletrônico para os dados de pacientes. A 
presença da tecnologia em saúde, é essencial, pois contribui para o 
desenvolvimento das instituições, aproveitamento de informações e informatização 
de atitudes (MOTA et al., 2018). 
 
1.3.2 DigiSUS 
A implantação do DigiSUS, foi elaborada em 2013 é uma estratégia para 
informatizar o sistema, através de um prontuário eletrônico. Em dezembro de 2016, 
920 unidades básicas de saúde utilizavam este prontuário, e estava previsto para o 
fim de 2018 40 mil unidades utilizando o serviço. O objetivo seria proteger a 
natureza, excluindo o uso do papel, facilitar o trabalho do profissional e garantir o 
armazenamento das informações. Até 2020, a proposta será de integrar de forma 
digital todos os serviços de saúde, criando uma plataforma universal de todas as 
informações pertinentes, permanentemente com conexão entre si. (O’DWYER et al, 
2017) 
 
1.3.3 Telemedicina 
Depois de 30 anos de espera, em janeiro de 2019 o Conselho Federal de 
medicina anunciou uma nova regulamentação para a telemedicina no Brasil. Os 
diagnósticos médicos já eram dados à distância, porém com muitas regras e 
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restrições. São inúmeros serviços prestados, como as teleconsultas e as cirurgias 
robóticas, que hoje podem ser realizadas, desde que haja o profissional treinado e 
equipamento adequado, sendo o atendimento da telemedicina muito mais rápido 
que a assistência presencial. Tanto na rede pública como privada os casos não 
emergenciais podem ser atendidos sem que o pronto socorro fique lotado (SAADE, 
2019). 
A cirurgia robótica trilhou caminhos para procedimentos de altíssima 
complexidade, que antes eram impossíveis de serem realizados por seres humanos. 
O cirurgião robô é uma evolução no treinamento profissional médico, e o maior 
respeito que o cliente pode receber. Um de seus benefícios está no movimento 
durante os procedimentos cirúrgicos, chegando a até 360° de rotação, que permite 
ao cirurgião alcançar algumas estruturas físicas humanamente impossíveis, além de 
oferece menor risco de infecção, perda de sangue e menor tempo de cirurgia, 
proporcionando uma rápida recuperação (PINTO et al., 2018). 
 
Tabela 2: funções do enfermeiro nas cirurgias robóticas 
 
Fonte: (Pinto et al, 2018) 
 
FIQUE POR DENTRO 
Cirurgia Robótica, conheça um pouco mais! 
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=xZMv66FImsE 
https://www.youtube.com/watch?v=xZMv66FImsE
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1.3.4 SAMU 
O SAMU está se expandindo no mapa brasileiro a cada ano, apontando bons 
resultados da atenção pré-hospitalar com estratégias estruturantes da atenção às 
urgências. Em seu estudo O’DWYER et al (2017) apresenta a cobertura desse 
serviço no Brasil, porém salienta que sua distribuição ainda é muito desigual entre 
os estados e as regiões. 
 
Imagem 3: Cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por Unidade 
Federativa. Brasil, anos 2010 e 2015. 
 
Fonte: O’DWYER et al., 2017 
 
FIQUE LIGADO 
Entenda mais sobre o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS 
Acesso em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=114&v=k0fWK4ef2Og 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
1.4 Contextualização e Locais para Atuação da Enfermagem na Urgência e 
Emergência 
 
A enfermagem possui um mercado competitivo e com muitos desafios, sendo 
uma área repleta de segmentações. Uma especialidade é o enfermeiro que atua nas 
urgências e emergências, função em que o profissional precisa estar sempre ágil, 
atento e preparado para atuar em situação de risco. São diversos os locais de 
trabalho em que esse enfermeiro especialista pode atuar, dentre eles estão: Na 
unidade intra-hospitalar se destaca a porta de entrada que é caracterizada como 
Pronto-Socorro, e o coração do hospital definida como Unidade de Terapia 
Intensiva; Unidade de saúde 24h; No ambiente pré-hospitalar o enfermeiro atua na 
ambulância do Suporte Avançado de Vida. 
 
SAIBA MAIS 
LEITURA RECOMENDADA: 
Fique por dentro de todas as atividades de Enfermagem regido pela Lei do Exercício 
Profissional nº 7.498, de 25 de junho de 1986. 
 
Enfermeiro atuante em ambulância do Suporte Avançado de Vida (SAV) do 
Atendimento Pré-hospitalar (APH), composto pela equipe: enfermeiro, médico e 
condutor socorrista. O APH é definido pelo Ministério da Saúde (MS) primeiro nível 
de atenção a clientes em quadros agudos, sejam eles clínicos, traumático ou 
psiquiátrico, que possa levar a intenso sofrimento, sequelas ou ao óbito (BRASIL, 
2002). 
Esse, tem como objetivo estabilizar as condições vitais, onde ele estiver, sendo 
domicílio ou via pública, reduzindo o risco de morbimortalidade e transportá-lo ao 
hospital de referência, sendo peça fundamental da equipe (PERES et al., 2018). 
Esse profissional é essencial na prestação de serviço, além de compor a 
equipe da ambulância, ele também é o responsável pela liderança do local de 
trabalho da equipe. Quando na unidade também existe uma ambulância de Suporte 
Básico de Vida, o enfermeiro é responsável pela assistência prestada do técnico de 
enfermagem, cabendo a ele o treinamento de sua equipe. 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
ATENÇÃO 
Resolução COFEN Nº 375/2011, de 22 de março de 2011: Dispõem sobre a 
presença do enfermeiro no atendimento Pré-hospitalar e Intra-hospitalar, em 
situações de risco conhecido e desconhecido. 
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3752011_6500.html 
 
Enfermeiro na Classificação de Risco nos serviços de urgência/emergência, 
que de acordo com a Resolução Cofen 423/2012 é privativo do enfermeiro a 
realização desta classificação. Esse profissional tem como objetivo definir prioridade 
no atendimento da vítima através da capacidade de avaliação clínica, diminuindo a 
morbimortalidade e fluxo na demanda do serviço (VIÑUALES et al., 2018; MORAIS 
FILHO et al., 2016). 
Para ser Enfermeiro de Pronto-socorro, requer competência para abordar um 
cliente que na maioria das vezes, encontra-se em estado crítico, podendo defrontar-
se com uma vítima politraumatizada, ou clinicamente instável, atendendo desde o 
recém-nascido, até o idoso. O pronto-socorro é a porta de entrada do serviço 
hospitalar. A enfermagem precisa estar bem preparada para prestar um serviço de 
qualidade àquela vítima que corre risco imediato de vida, liderando a sua equipe e 
zelando por habilidades rápidas de qualidade e atitudes atualizadas em protocolos. 
Prestar cuidados que são privativos do enfermeiro sem a presença do médico, 
e também auxiliar em procedimentos médicos. Conferir o carrinho de emergência 
também é função privativa do enfermeiro, ele pode até delegar essa função ao 
técnico de enfermagem, porém esse deve estar sob sua supervisão. Outra função 
importante desse profissional é exercer a liderança da equipe de enfermagem e da 
unidade do atendimento (GIRARD et al., 2018). 
Enfermeiro Coordenador de Núcleo em Urgências, destinado aos profissionais 
inseridos em serviços de urgência/emergência intra ou extra-hospitalares. Este 
coordenador está em posição de profissional referência para a capacitação de sua 
equipe, que é composta por enfermeiros, técnicos ou auxiliares em enfermagem e 
até condutores. 
A portaria 2.048/2002 propõem conteúdos programáticos que devem ser 
aplicados durante o treinamento. Além deste conteúdo fixo, fica a critério desse 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento porescrito do Grupo Prominas. 
profissional abordar conteúdos de treinamentos de acordo com a necessidade da 
sua instituição. O enfermeiro coordenador, deverá buscar a problematização 
individual por setor, pois cada setor apresenta dificuldades peculiares a serem 
treinadas, e que o momento de treinamento seja teórico, mas também prático, de 
modo a aproximar o profissional com a simulação realística de casos clínicos 
(MORAIS FILHO et al., 2016). 
 O enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro de Terapia 
Intensiva (CTI) ou Semi-intensiva, são consideradas como ambiente complexo, que 
tem o contado com clientes contendo alterações hemodinâmicas importantes, que 
requerem a assistência e enfermagem 24 horas por dia, além de toda uma equipe 
multidisciplinar como médicos, fisioterapeutas e psicólogos. 
A estrutura do setor é dotada de uma unidade complexa, com tecnologia e 
materiais inovadores em prol do benefício do cliente e exige raciocínio crítico e 
condutas avançadas que são da responsabilidade desse profissional. Esse local de 
trabalho exige do enfermeiro, papel de liderança, fundamentação teórica, 
administração de drogas, funcionamento de aparelhos e decisões rápidas e 
concretas transmitindo segurança a sua equipe (KRUPP; EHLENBACH; KING, 
2019). 
A enfermagem em UTI lida com situações cruciais, em uma velocidade 
geralmente não necessária em outra unidade de assistência. É preciso possuir 
sensibilidade para lidar com o medo da morte quase diariamente, o que gera uma 
sobrecarga emocional ao profissional ao imaginar o que é certo ou errado, justo ou 
injusto (KRUPP; EHLENBACH; KING, 2019). 
A Enfermagem que atua nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), prestam 
a primeira assistência a pacientes de quadros agudos de natureza clínica, cirúrgica 
ou traumática, estabilizando-os. A unidade mantém a vítima em observação por até 
24 horas, para um diagnóstico inicial e se necessário encaminhá-los para internação 
hospitalar por meio de regulação do acesso assistencial, ou também para 
atendimento resolutivo e qualificado de referência para cada caso. 
Nessa unidade o enfermeiro também é o responsável pela primeira avaliação 
no momento da chegada do cliente, e de acordo com a classificação ele define quais 
são os pacientes mais graves, para que esses sejam priorizados, porém sem 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
dispensar nenhum cliente sem que receba um atendimento médico (GIRARD et al., 
2018). 
O enfermeiro do Suporte Avançado de Vida: Equipe Aeromédica, auxilia no 
transporte de vítimas graves, garantindo a assistência do suporte avançado de vida 
nas alturas. Além do enfermeiro, a equipe que o compõe é formada por médico e 
piloto. Algumas exigências são: boas condições físicas e pulmonar, capacidade 
cardiovascular e acuidade auditiva e visual. Existe uma especialização específica 
para que esse profissional possa atuar na equipe, que garante o conhecimento de 
noções da aeronáutica, fisiologia de voo e medicina aeroespacial (PORTARIA Nº 
288, DE 12 DE MARÇO DE 2018). 
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) é o órgão responsável pelos 
profissionais de enfermagem. Em seu estudo Morais Filho et al (2016) apresentou 
alguns procedimentos que regulamentados no sistema cofen/coren, como 
competência legal do enfermeiro assistencial da urgência e emergência. 
 
FIQUE LIGADO 
Assista este vídeo e fique por dentro, do depoimento de um Enfermeiro no 
Transporte aeromédico. 
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=8kOHN8b_HcU 
 
Tabela 3: Competência legal do enfermeiro atuante na urgência e emergência. 
LEGISLAÇÃO PROCEDIMENTO/ATUAÇÃO 
Resolução Cofen 423/2012. Parecer 001/2009/SC. 
Parecer 005/2010/DF. Parecer 009/2013/PR. 
Classificação de risco 
Parecer 37/2 013/SP Carro de emergência 
Parecer 016/2010/DF Prescrição de oximetria 
contínua 
Resolução Cofen 390/2011 Punção arterial 
Parecer 012/2007/DF. Parecer 010/2009/DF. 
Parecer 003/2009/AL. Parecer 016/2010/ES. 
Parecer 002/2010/SC. Parecer 45/2012/SP. 
Punção de jugular externa. 
Parecer 022/2011/DF. Desição n° 128/2009/RS. Máscara laríngea. Combitubo 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Parecer 040;2012/MS. Parecer 056/2012/MS. esofagotraqueal. 
Parecer 26/2013/SP Uso de DEA (Desfibrilador 
Externo Automático) 
Parecer 33/2010/SP Manobra vagal 
Parecer 01/2009/SP Punção intra-óssea 
Fonte: (Morais filho; martini; vargas et al, 2016) 
 
Para maiores informações, acesse o site da National Flight Nurses Association dos 
Estados Unidos da America, pelo endereço: https://www.astna.org/default.aspx 
 
IMPORTANTE 
O Código de ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), apresentou princípios 
fundamentais na atuação do enfermeiro, construindo a RESOLUÇÃO-COFEN-Nº-
564-2017, instruindo o profissional em seus diretos e deveres. 
Para ler na íntegra acesse: 
http://www.cofen.gov.br/wpcontent/uploads/2017/12/ANEXO-
RESOLU%C3%87%C3%83O-COFEN-N%C2%BA-564-2017.pdf 
 
Acima, foram discutidas apenas algumas das opções em que um enfermeiro 
especialista em Urgências pode atuar, pois existem várias outras opções em que ele 
pode optar para prestar assistência direta à vítima, ou investir na área da gerência. A 
atuação do enfermeiro nos atendimentos à urgência e emergência, vem desde o 
primeiro contato, através do acolhimento, até o momento da alta ou transferência do 
cliente. 
Em todos os ambientes de trabalho este profissional fica responsável pela 
operacionalização e a documentação do Processo de Enfermagem, utilizando a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), sendo privativo dele o 
diagnóstico, prescrição e intervenção da equipe de enfermagem. 
O enfermeiro é peça chave da equipe multidisciplinar e diferente de muitos 
outros profissionais de saúde, ele tem sempre a função ou característica de líder. 
 
 
https://www.astna.org/default.aspx
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
IMPORTANTE 
Se aperfeiçoe sempre, e passe na frente no conhecimento! 
Cursos indicados para enfermeiros que atuam nas Urgências e Emergências: 
BLS- Basic Life Support 
ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support e 
PALS – Pediatric Advanced Life Support 
PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao trauma 
ATCN - Advanced Trauma Care for Nurses 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
MENA, H; PIACSEK, G.V.M; MOTTA, M.V. Urgência e Emergência: os conceitos 
frente às normas administrativas e legais e suas implicações na clínica médica. 
Saúde, Ética & Justiça. v.22, n.2, p.81-94, 2017. 
 
RAMOS, V.O; SANNA, M.C. Inserção da enfermeira no atendimento pré-
hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem, v.58, n.3, p.355-60, 2005. 
 
MOTA, D.N.; TORRES, R.A.M.; GUIMARÃES, J.M.X.; et al. Tecnologias da 
informação e comunicação: influências no trabalho da estratégia Saúde da 
Família. Journal of Health Informacts. v.10, n.2, p. 45-9, 2018. 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 2 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS 
 
2.1 Introdução a Política Nacional de Atenção às Urgências e Rede de 
Atenção às Urgências 
 
A Política Nacional de Atenção às Urgências foi elaborada pela portaria nº 
1.863/GM, em 29 de setembro de 2003, com o objetivo de organizar e integrar a 
rede de atenção à urgência e emergência em todas as esferas do governo. Antes da 
implantação desta portaria cada município se organizava para prestar assistência de 
urgência e emergência no seu estado. Ela designa uma rede regionalizada, que 
proporciona articular todos os serviços de saúde, definindo fluxo e garantindo a 
resolução da assistência à saúde (BRASIL, 2011; 2006). 
Nos últimos anos houve avanço industrial e social, gerando mudanças no perfil 
epidemiológico do Brasil, segundo as informações da Secretaria de Vigilância em 
Saúde, houve um aumento da morbimortalidade nos acidentes de trânsito e também 
violências até os 40 anos. Também houve uma tripla carga de doenças, em especial 
uma alta na taxa de morbimortalidade relacionadas a doenças cardiocirculatórias, na 
faixa etária acima dos 40 anos de idade. Pensando nesses importantes dados, o 
Ministério da Saúde revogou a portaria 1.863/2003 e a reformulou, estabelecendo a 
Rede de Atenção as Urgências no Sistema Único de Saúde, pela nº 1.600/GM, de 7 
de julho de 2011 (UNA-SUS/UFMA, 2018; BRASIL, 2011). 
A portaria 1.600/2011 considera que os usuários que apresentarem casos 
agudos devem ser atendidos por todas as portas de entrada dos do SUS, 
estruturado em redes regionais de atenção às urgências e emergências, que garante 
a manutenção da vida em um elo de uma rede em níveis crescentes de 
complexidade, além de humanizar o processo (MENDES, 2011). 
 
 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
PARA SABER MAIS 
Conheça na íntegra a Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, que reformulou a 
Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às 
Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Acessando em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html 
 
A Rede de Atenção as Urgências do SUS, seguem as normativas do SUS e 
seu referencial teórico, e organizada nas Redes de Atenção a Saúde (RAS) 
(BRASIL, 2013). 
 
IMPORTANTE 
As RAS possuem missão única, com objetivos comuns, ou seja, prestar atenção 
integral e contínua para determinada população, tendo como coordenação a atenção 
primária de saúde, que tem responsabilidades econômica e sanitária. 
A rede é organizada para atender situações agudas e crônicas, pois existem 
diferenças entre esses modelos de atenção á saúde. 
 
Para saber mais acesse a publicação intitulada “As Redes de Atenção à Saúde”, de 
Eugênio Vilaça Mendes (2011). 
Disponível em: http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/redesAtencao.pdf 
 
Hoje a atenção primária forma uma rede horizontal, igualmente importante, 
constituída por unidades básicas de saúde e estratégia e saúde da família. Em nível 
intermediário fica o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU) 192, AS 
Unidades de Pronto atendimento (UPA) 24 horas, e nos hospitais, de média e alta 
complexidade (BRASIL, 2013). 
 
2.2 Condições Agudas na Atenção à Saúde 
 
Na saúde, suas condições podem ser classificadas em crônicas ou agudas. As 
condições agudas são as que se enquadram no atendimento da Rede de Atenção 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
de Urgência. Se as condições crônicas apresentarem um período de agudização, ela 
também se enquadrará na rede. 
Os eventos agudos, como uma pneumonia, são condições graves que levam à 
cura ou ao óbito. Já as condições crônicas, como a diabetes II aparecem em 
momentos discretos, e possuem o tratamento para qualidade de vida 
 
Exemplos de situação aguda: 
Infarto agudo do miocárdio 
Acidente vascular encefálico 
Parada cardiorrepiratória 
Insuficiência respiratória 
Crise convulsiva 
Outros 
(BORDIN et al., 2018) 
 
As situações agudas devem ser acolhidas por qualquer porta de entrada de 
serviços de saúde do SUS. Se o ponto de atenção tiver estrutura para o 
atendimento, todo o cuidado deverá ser oferecido, porém se o ponto não contar com 
o profissional e equipamentos adequados para o atendimento, imediatamente o 
cliente deverá ser transferido, responsavelmente, para um serviço de maior 
complexidade dentro do sistema hierárquico da rede regional de atenção (BRASIL, 
2011). 
As diferenças nas condições agudas e crônicas estão no papel desempenhado 
da regulação pela Atenção Primária em Saúde (APS), como pode ser identificado na 
imagem 4: 
 
Imagem 4: Diferenças em condições agudas e crônicas. 
 
Fonte: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2 ed. Brasília: Organização Pan-Americana 
da Saúde, 2011. p. 214. 
24 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Em condições agudas a APS ocupa o cargo da coordenação do fluxo e 
contrafluxo dessas redes de atenção às urgências. Essa coordenação é ocupada 
por um médico de ponta desse sistema, membro do complexo regulador (CR), pois 
em uma situação de emergência como, por exemplo, uma insuficiência respiratória, 
transitar o cliente pelas APS, poderia agravar ainda mais o seu caso, perdendo 
tempo de ouro para o tratamento inicial e efetivo da situação, por falta de um 
encaminhamento direcionado (MENDES, 2011). 
Já nas condições crônicas, a classificação de risco do cliente é realizada na 
“porta de entrada” da APS e direcionada por um fluxo inteligente ao serviço que 
necessite no momento. Isso, garante ao cliente um atendimento humano, rápido e 
efetivo. 
 
IMPORTANTE 
A capacidade do enfermeiro identificar, no menor tempo possível, os sinais e 
sintomas de alerta da gravidade de uma pessoa, e a rede definir qual o ponto de 
atenção ideal para realizar o atendimento certo no momento certo, garante não só a 
vida do cliente, como a qualidade dela também, por ter sido atendido em tempo 
oportuno. 
 
2.3 Componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) 
 
A Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, objetiva ampliar para ter acesso 
humanizado de qualidade aos usuários do SUS de forma organizada e ágil. 
 
Na imagem 5: Principais pontos de atenção que formam a RUE. 
 
Fonte: UNA-SUS/UFMA, 2018 
25 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Com a visualizaçãoda figura é possível perceber que a rede é complexa, não 
é? Ela é completa de pontos de atenção ao cliente, que promove o acolhimento e a 
qualificação profissional em situações de urgência. A saúde não acontece sozinha, e 
não precisa apenas de um profissional para executá-la. São necessários vários 
pontos de atenção, cada um com a sua estrutura de acolhimento e prestação de 
serviço, e com uma equipe multidisciplinar capacitada e pronta para atender a 
demanda do serviço. 
Um ponto de atendimento precisa do outro para o fluxo acontecer e o paciente 
ser assistido integralmente. O enfermeiro precisa lembrar que o cidadão não pode ir 
para casa com dúvidas. Se o primeiro local em que o indivíduo procurou o 
atendimento não é o adequado, cabe ao profissional encaminhá-lo ao serviço de 
saúde que poderá atende-lo. 
 
DESSE MODO, A RUE COMPÕE: 
 
 
Descrição dos objetivos para cada componente da RUE, que seguem um fluxo 
regulado para ocorrer em perfeita harmonia (Portaria nº 1.600/2011): 
 Art. 5º - A Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde, objetiva 
desenvolver ações de educação em saúde, com foco na prevenção de 
acidentes, doenças crônicas, lesões e óbitos, e também contar com a 
população na mobilização da promoção de saúde. 
Promoção, 
Prevenção e 
Vigilância à 
Saúde 
Atenção Básica 
em Saúde 
SAMU e 
Centrais de 
Regulação 
Sala de 
Estabilização 
Força Nacional 
de Saúde do 
SUS 
 UPA 24 horas 
 Hospitalar 
Atenção 
Domiciliar 
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 Art. 6º - A Atenção Básica em Saúde visa oferecer o primeiro acolhimento 
às urgências e emergências em local adequado, até que haja a 
transferência para o outro ponto de atenção se necessário, contemplando 
o cuidado com a avaliação do risco. 
 Art. 7º - O SAMU 192 e suas Centrais de Regulação Médica de Urgências 
apresenta o objetivo de chegar precocemente à vítima, através de pedido 
de socorro e garantir a primeira assistência de saúde seja onde ela 
estiver. São atendidos agravos clínicos, traumático, cirúrgico, psiquiátrico 
entre muitos outros, tanto para adultos quanto pediátricos, que exibirem 
sofrimento, risco de qualquer natureza ou até morte, e após o 
atendimento transportá-lo para o ponto de saúde hierarquizado ao SUS. 
 Art. 8º - A Sala de Estabilização é o local para estabilizar pacientes 
críticos, com assistência 24 horas, para garantir sua demanda de 
atendimento, e não para prestar assistência a uma demanda espontânea. 
Ela está articulada à rede de atenção Central de Regulação das 
Urgências, para garantir uma vaga na Central de Regulação das 
Urgências. 
 Art. 9º - A Força Nacional de Saúde do SUS tem como objetivo consolidar 
esforços para integralizar a assistência na situação de risco, até mesmo 
em regiões com difícil acesso, e equidade para o atendimento. 
 Art. 10º - A UPA presta assistência 24 horas, com atendimento 
intermediário entre a unidade básica e a rede hospitalar, atendendo casos 
agudos em que a sua estrutura de trabalho possa garantir a primeira 
estabilização da vítima de natureza traumática, clinica ou cirúrgica e 
encaminhar aos hospitais as de maiores complexidades. 
 Art. 11 - O Componente Hospitalar serão as portas hospitalares das 
emergências e urgências, enfermarias, área de cuidados intensivos, 
exames laboratoriais e de imagem e as demais linhas de cuidados. 
 Art. 12. A Atenção Domiciliar garante a reabilitação domiciliar, tanto na 
atenção primaria quanto da hospitalar, e também seguem a linha da 
promoção de prevenção à saúde. 
 
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PARA SABER MAIS 
Fique sabendo mais da RUE, acesse o “Manual Instrutivo da Rede de Atenção às 
Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde”, de 2013, publicado pelo 
Ministério da Saúde. 
Acesso: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgenci
as.pdf 
 
Imagem 6: Situação atual da Rede de Atenção às Urgências do Maranhão. 
 
Fonte: Secretaria da saúde do estado de Maranhão. 
 
2.4 Aplicando a classificação de risco 
 
O primeiro passo para o cuidado humanizado é a avaliação clínica com a 
classificação de risco do cliente, e só assim inúmeras condutas serão adotadas. 
Então, encontra-se organizado o atendimento: 
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A classificação deve ser feita baseada no princípio do SUS, a equidade, esse, 
que acaba gerando questionamentos sobre o famoso “passa na frente”. Uma 
estratégia da gestão, é disponibilizar informações do processo de classificação na 
sala de espera dos pacientes. 
A estratégia objetiva: 
 Atender primeiro o mais necessitado 
 Informar o tempo de espera 
 Trabalho em equipe 
 Satisfação do usuário 
 Alinhar o fluxo de atendimento da rede de atenção á saúde 
Essa triagem deve ser aplicada em todas as portas de atenção de saúde, 
fomentada em linguagem padrão, sendo a mais utilizada no Brasil a de Manchester 
Triage System – MTS utilizando cores (VIÑUALES et al., 2018; MORAIS FILHO et 
al., 2016). 
 
Tabela 4: Cores da avaliação com classificação de risco. 
Socorro imediato 
Socorro em até 10 minutos 
Necessário atendimento até 1 hora 
Atendimento até 2 horas 
Atendimento até 4 horas 
Fonte: Adaptada de BRASIL, 2009 
 
1° • As situações de emergêcias como prioridade 
2° • Situações de urgências 
3° 
• Situações não imediatas, 
provocadas por algum 
sofrimento 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Imagem 7: Exemplo de fluxograma da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte: 
 
Fonte: BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo técnico para classificação 
de risco nas UPAs. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. 
 
REFLETINDO 
Diante do que vimos sobre a classificação de risco na urgência e emergência, como 
você entende o papel do enfermeiro nessa função? Como acontece a classificação 
de risco a esses usuários no seu ambiente de trabalho? 
 
2.5 Diretrizes e Linhas de Cuidados Prioritários da Rede de Atenção às 
Urgências 
 
Diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: 
I - Ampliação do acesso, com acolhimento, aos casos agudos em todos os 
pontos de atenção; 
II - Universalidade, equidade e integralidade na prestação de serviço às 
urgências clínicas 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escritodo Grupo Prominas. 
III - Regionalizar a articular as diversas redes de atenção dos serviços de 
saúde; 
IV - Humanização da atenção baseado no grau de complexidade das 
necessidades da comunidade; 
V - Garantir a implantação de um molde de atenção multiprofissional, de 
trabalho em equipe, baseado na gestão de linhas de cuidado; 
VI - Articular e integrar os serviços e equipamentos de saúde da rede, 
mantendo a conexão entre os diferentes pontos de atenção; 
VII - Atuação territorial, organização das regiões e das redes de atenção 
partindo das necessidades de saúde daquela população, bem como seus riscos e 
vulnerabilidades específicas; 
VIII - Atividade profissional e gestora da qualidade da atenção por meio do 
desenvolvimento de ações coordenadas, que busquem a integralidade e 
longitudinalidade do cuidado em saúde; 
IX - Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços usando indicadores de 
desempenho que contemplem a efetividade da atenção; 
X - Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo 
atuação solidária, responsável e compartilhada; 
XI - Participação dos usuários sobre os serviços; 
XII - Coordenação e execução da estratégia de projetos para o atendimento 
das necessidades coletivas em saúde, seja urgente ou transitório, de situações de 
perigo iminente, calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, 
adotando protocolos de ação; 
XIII - Regulação harmonizada entre todos os componentes da Rede de 
Atenção, que garanta a equidade do cuidado; 
XIV - Educação permanente das equipes assistenciais de saúde do SUS na 
Atenção às Urgências. 
 
2.5.1 Linhas de Cuidados: 
As linhas de cuidados são estratégias do percurso assistencial seguro do 
cliente, ou seja, é o itinerário que o usuário faz por dentro de uma rede organizada 
de saúde, para que todas as suas necessidades sejam atendidas. Os procedimentos 
31 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
necessários como: exames laboratoriais ou de imagem e tratamentos, compõem os 
pontos de atenção da rede de urgências, a fim de prevenir ou identificar 
precocemente a doença do indivíduo. A escolha das linhas de cuidados, foram 
baseadas em doenças que são as maiores causas de óbito, ou que geram a 
incapacidade em todo o mundo (BRASIL, 2013). 
 
Tabela 5: Principais linhas de cuidado da RUE. 
 
Fonte: Produzida pela autora. 
 
2.6 Organização dos Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) 
 
O Brasil conta com aproximadamente 6.000 hospitais, sendo 4.400 hospitais 
privados. Porém o SUS, é responsável pela maior parte dos atendimentos do País, 
com 302.542 leitos, contra os leitos particulares que somam 135.481. 
(Publicação na folha de São Paulo por Juliane Silveira, em maio de 2018, 
Acesso em: 
https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em-
grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml) 
 
LINHA DO CUIDADO DO TRAUMA 
Foco: Politrauma 
Portaria nº 1.365, de 8 de julho de 
2013 
LINHA DO CUIDADO CEREBROVASCULAR 
Foco: Acidente vascular cerebral 
Portaria nº 665, de 12 de abril de 
2012 
LINHA DO CUIDADO CARDIOVASCULAR 
Foco: Infarto agudo do miocárdio 
Portaria nº 2.994, de 23 de dezembro 
de 2011 
https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em-grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em-grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Imagem 8: Evolução da rede hospitalar no país de 2009 a 2017. Hospitais e leitos por mil 
habitantes. 
 
Fonte: CNES 
 
Para garantir a qualidade nas portas de entrada dos hospitais que atendem às 
urgências e emergências e os leitos de retaguarda, foi criado os Núcleos de Acesso 
e Qualidade Hospitalar, pelas instituições hospitalares, composto pelos seguintes 
membros, coordenadores dos serviços de: urgência e emergência, Unidade de 
terapia intensiva, unidade de internação, central de internação e o representante do 
gestor local. 
ALGUMAS DAS COMPETÊNCIAS DOS NAQH: 
 Assegurar o uso dinâmico dos leitos hospitalares, em contato as centrais 
de regulação de urgência e emergência; 
 Acompanhar o tempo de espera para a resolutividade da emergência ou 
internamento; 
 Garantir o cuidado intra-hospitalar em local mais adequado; 
 Ajustar os critérios para internação e a alta; 
 Acompanhar o agendamento cirúrgico e otimização das salas; 
 Adiantar exames necessários; 
 Outros 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Outra estratégia deste núcleo, são os leitos de retaguarda às urgências e 
emergências. Eles poderão existir em hospitais com mais de 50 leitos, que estejam 
localizados na região de saúde que deem suporte ao pronto socorro, devendo ser 
exclusivo de retaguarda para atender os casos urgentes e estarem disponíveis na 
central de regulação. A Portaria MS/GM nº 1.101, de 12 de junho de 2002, é a que 
define esse ponto estratégico. 
 
2.7 Boas Práticas para Organização da Urgência e Emergência 
 
O modo de realizar o trabalho e desenvolver atividades profissionais são 
chamadas de processo de trabalho. Os processos envolvem a assistência, 
administração, ensinamento, pesquisas e participação política, que tem como objeto 
o cuidado de indivíduos, famílias e coletividade (MARTINS; ALVES, 2018). 
O direcionamento de boas práticas para uma organização e o funcionamento 
dos serviços que prestam urgência e emergência, são dispostos na Portaria Nº 354, 
de 10 de março de 2014. Essa Portaria preconiza quais os materiais que devem 
compor o serviço, infraestrutura física de acordo com a demanda e complexidade da 
unidade, acesso aos recursos de assistência, transporte, biossegurança e os 
instrumentos normativos das rotinas técnicas, utilizando instruções escritas, 
atualizadas. 
Desse modo, existem princípios que fundamentam a ação dos profissionais 
não só enfermeiros como qualquer outro da área da saúde, que direcionam 
condutas da ética profissional. São estes: beneficência, respeito à autonomia, não 
maleficência e justiça. 
Vejam como Poll; Lunardi; Lunardi Filho, 2008 definem cada fundamento: 
A beneficência busca fazer o bem ao próximo, ou seja, ao objeto de trabalho do 
enfermeiro que é o cliente, através da promoção e prevenção da saúde. Todo 
enfermeiro da urgência deve partir do principio que estará atuando garantindo 
somente o bem da vítima. 
O respeito à autonomia não está somente no aceite do enfermeiro em realizar 
apenas aquilo que lhe compete, ou tendo conhecimento clínico, não estar de acordo 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenageme recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
com alguma assistência que lhe foi delegada. O cliente também, deve ter autonomia 
em aceitar ou não o seu tratamento. 
A não maleficência é não prejudicar o próximo, agir sempre de acordo com os 
preceitos éticos e legais para evitar danos. 
Por fim, a justiça trata de ações justas e equitativas, seguindo normas e 
protocolos que beneficiam os usuários. 
 
2.8 Humanização da(o) Enfermeira (o) Atuante em Urgência e Emergência 
 
A urgência e emergência difere dos outros setores onde trabalham a 
enfermagem, pois nesse, além de prestar assistência de alta complexidade, o 
profissional deve também estar preparado para a morte do paciente. Em 2003 o 
ministério da saúde criou a Política Nacional de Humanização (PNH), para nortear 
as práticas na gestão e a assistência dos profissionais envolvidos nos diversos 
processos de trabalho. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Em 2003, foi lançada uma política transversal: a Política Nacional de Humanização, 
que irá colocar em prática os princípios do SUS nos serviços de saúde. 
Acesse: http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/politica-nacional-de-saude-
bucal/sobre-o-programa/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus 
E saiba mais informações. 
 
Um ponto importante da humanização nas urgências, é o Acolhimento com 
Classificação de Risco (ACR), função em que o enfermeiro, além de estar munido de 
35 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
competência clínica e científica, também precisa trabalhar o cuidado humanizado 
durante a triagem, e atendimento ao público que aguarda a equidade. Pois é aí que 
começa a humanização da equipe de saúde com o usuário, logo na porta de entrada 
do serviço, executando a escuta qualificada e tendo compromisso com o cuidado 
(SOUSA et al., 2019). 
Em campo, o enfermeiro da urgência e emergência, pode assumir o 
protagonismo da PNH, gerenciando e direcionando casos, e pontos das redes de 
atenção em urgências, além de prestar assistência direta ao paciente, pois é 
possível ser humano nas piores situações em que encontra-se a vítima. É 
necessário não somente o cuidado com o paciente, mas também com toda a família 
que está acompanhando o cuidado. 
Algumas dificuldades são encontradas para um atendimento humanizado, 
como o excesso de responsabilidade do enfermeiro que geralmente é o responsável 
por toda a equipe de enfermagem, liderando-a, em caso do atendimento em 
ambulâncias, a falta de espaço físico e poucos profissionais também culminam em 
dificuldades. O enfermeiro humanizado, servirá de exemplo para a sua equipe, pois 
ele é líder, e assumindo esse papel ele se coloca como exemplo a ser seguido 
(REIS, 2014). 
A humanização consiste em: 
 
O tema da humanização nesse ponto de cuidado deve ser explanado nos 
cursos de especialização ou formação profissional de enfermagem, demonstrando 
estratégias humanas de cuidado ao paciente crítico, junto aos usuários dos serviços 
de saúde e a família da vítima (SOUSA et al., 2019). 
Troca e 
edificação de 
saberes 
Diálogo 
Desempenho e 
trabalho em 
equipe 
Considerar a necessidade dos 
atores da saúde 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
IMPORTANTE 
Leia na íntegra a Portaria Nº 354, de 10 de março de 2014 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 354, de 10 e março de 2014. Publica a 
proposta de Projeto de Resolução “Boas Práticas para Organização e 
Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência”. Brasília: Ministério da 
Saúde; 2014. 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
Redes de atenção à saúde: Rede de Atenção às Urgências e Emergências no 
Âmbito do Sistema Único de Saúde / Ana Emilia Figueiredo de Oliveira; Francisca 
Luzia Soares Macieira de Araújo; Paola Trindade Garcia (Org.) - São Luís: EDUFMA, 
2018. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011. Reformula a 
Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às 
Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF, 2011. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e 
Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria 
de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do 
Ministério da Saúde, 2013. 84 p. 
 
 
 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 3 – PORTARIAS VOLTADAS PARA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 
DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS 
 
3.1 Conhecendo a Portaria Nº 2048 de 5 Novembro de 2002 
 
Tendo em vista a imensa área territorial do país, e a dificuldade de vincular os 
serviços em saúde de diferentes complexidades que fossem capaz de estabilizar 
pacientes graves, com atendimento imediato e resolutivo, garantindo o acolhimento 
já na primeira atenção, o Ministério da Saúde aprovou em 2002 o Regulamento 
Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência através da Portaria n° 
2048. 
A Portaria nº 2048/2002 é umas das principais, quando se fala em Urgência e 
Emergência, tendo como seu objetivo esclarecer o desenvolvimento das habilidades 
técnicas e administrativas de cada estância, juntamente com seu papel executor, e 
seu funcionamento. Os assuntos são explanados em sete grandes capítulos, sobre 
as atribuições e regulamentações da Regulação Médica, atendimento pré-hospitalar 
fixo e móvel, atendimento intra-hospitalar, transporte inter-hospitalar, e os Núcleos 
de Educação Em urgências (NEU). 
Este capítulo trará alguns pontos mais relevantes a serem discutidos pela 
portaria 2048/2002. 
 
3.2 Capítulo I 
3.2.1 Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências 
ESTRATÉGIA: 
 
 
Os planos serão baseados nas redes de atenção NOAS 01/2002, seguindo as 
suas atribuições, complexidade e distribuição: 
PROMOÇÃO DA 
QUALIDADE DE VIDA 
PROTEÇÃO DA VIDA PREVENÇÃO DE 
AGRAVOS 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
1) Os Municípios que realizam apenas atenção básica, deverão acolher 
clientes com casos agudos de menor gravidade; 
2) Os Municípios Satélites também realizam a atenção básica ampliada porém, 
contam com área física para observação de clientes até 8 horas; 
3) Os Municípios Sede com Módulo Assistencial, realizam atenção básica e 
realizam procedimentos e diagnósticos mínimos de média complexidade; 
4) Pólo Regional, atendem procedimentos de média complexidade; 
5) Pólo Estadual, prestam assistência de alta complexidade; 
6) Salas de Estabilização, que contam com profissionais treinados para 
atenderem quadros agudos de urgências. 
 
3.3 CapítuloII 
3.3.1 A Regulação Médica das Urgências e Emergências 
 
OBJETIVOS DA CENTRAL DE REGULAÇÃO 
 
 
É o elemento que orienta os vários serviços que compõem o Sistema Estadual 
das Urgências e Emergências, através de uma comunicação aberta à população, 
atendendo seus pedidos de socorro, que serão avaliados e hierarquizados, 
qualificando o fluxo de atendimento rápido, direcionando-o para o ponto certo da 
assistência do provável diagnóstico. O médico regulador deverá tomar a decisão 
gestora soberana sobre os meios disponíveis, devendo possuir ligação direta com 
gestores municipais e estaduais para acionar o socorro, de acordo com seu 
julgamento. 
ORIENTADOR/ORIENTAR 
 
 
ORGANIZAR A RELAÇÃO 
ENTRE SERVIÇOS 
 
 
QUALIFICAR O FLUXO 
 
 
 
PORTA DE COMUNICAÇÃO 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3.4 Capítulo III 
3.4.1 Atendimento Pré-Hospitalar Fixo 
Este tipo de atendimento é também conhecido como um atendimento primário. 
Concentra-se em dar assistência em unidades básicas de saúde, pronto 
atendimento ou outros pontos médicos que prestam socorro à situações de baixa 
complexidade. 
 
Imagem 9: Componentes da RUE. 
 
Fonte: (Brasil, 2002) 
 
Recursos materiais: 
Os materiais e medicaentos que devem compor os estabelecimentos de pré-
hospitalar fixo, devem ser aqueles essenciais ao primeiro atendimento que garanta, 
pelo menos, a estabilização de urgências até que sejam transferidos os casos para 
unidade de maior porte, quando necessário (BRASIL, 2002). 
Materiais: 
Materiais como a volsa-valva completo, adulto e infantil, com máscaras, jogo 
de cânulas de Guedel, sondas de aspiração, oxigênio fixo e portátil, aspirador portátil 
ou fixo, materiais para punção venosa, curativo, pequenas suturas, e imobilizações 
(colares, talas, pranchas), tanto para adulto como pediátrico (BRASIL, 2002). 
Medicamentos: 
Adrenalina, Água destilada, Ringer Lactato, Soro Glico-Fisiologico, Soro 
Glicosado, Aminofilina, Amiodarona, Atropina, Brometo de Ipratrópio, Cloreto de 
potássio, Cloreto de sódio, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco de 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Sódio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina, Epinefrina, Escopolamina (hioscina), 
Fenitoína, Fenobarbital, Furosemida, Glicose, Haloperidol, Hidantoína, 
Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Meperidina, Midazolan (BRASIL, 
2002). 
Os materiais e medicamentos são exigências da portaria 2048, porém a 
organização desses materiais dentro das unidades, cabe à instituição organizá-los 
de acordo com a necessidade do setor, através de protocolos ou checklist. 
UNIDADES NÃO HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E 
EMERGÊNCIAS 
Essas unidades devem funcionar nas 24 horas do dia, pois são estruturas de 
complexidade intermediária. A ideia é descentralizar o atendimento hospitalar de 
clientes com quadros agudos de média complexidade, para diminuir a sobrecarga e 
dar respaldo às unidades básicas de saúde. 
 
3.5 Capítulo IV 
3.5.1 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel 
O serviço pré-hospitalar móvel procura chegar precocemente à vítima, que core 
risco clínico, cirúrgico, traumático, inclusive os psiquiátricos, e que o não 
atendimento imediato possa levar a vítima ao sofrimento, sequela ou até mesmo à 
morte. 
O atendimento móvel, segue basicamente da mesma forma que o atendimento 
fixo, porém suas divisões são diferentes. A primária objetiva dar apoio a um pedido 
de socorro de um indivíduo, ou seja, o pedido é realizado por ele próprio. O nível 
secundário atende pacientes que já passaram do atendimento primário e mesmo 
assim possuem uma estabilidade, e necessitam de um atendimento mais complexo, 
ou seja o pedido é feito por uma instituição de saúde. 
A equipe de profissionais oriundos da saúde, deverá ser composta: 
 Responsável Técnico: Médico responsável pelas atividades médicas do 
serviço; 
 Responsável de Enfermagem: Enfermeiro responsável pelas atividades 
de enfermagem; 
 Médicos Reguladores; 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Médicos Intervencionistas; 
 Enfermeiros Assistenciais; 
 Auxiliares e Técnicos de Enfermagem. 
Dos requisitos gerais para o enfermeiro: 
 Disposição pessoal para a atividade; 
 Equilíbrio emocional e autocontrole; 
 Capacidade física e mental para a atividade; 
 Disposição para cumprir ações orientadas; 
 Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao 
atendimento de urgências e emergências; 
 Iniciativa e facilidade de comunicação; condicionamento físico para 
trabalhar em unidades móveis; 
 Capacidade de trabalhar em equipe. 
Já as competências do enfermeiro, será de atender situações de alta 
complexidade atuando em conjunto com o suporte avançado de vida e obedecer a 
Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem. 
A equipe de profissionais não oriundos da saúde, deverá ser composta: 
 Telefonista; 
 Rádio operador; 
 Condutor de Veículos de Urgência; 
 Profissionais Responsáveis pela Segurança; 
 Bombeiros Militares; 
 Capacitação Específica dos Profissionais de Transporte Aeromédico. 
 
3.5.2 Definição dos Veículos de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel 
As ambulâncias são veículos terrestres, aéreos ou aquaviários, exclusivos para 
o atendimento e transporte de vítimas de casos agudos. 
As ambulâncias/viaturas são classificadas: 
A: Transporte simples: é um veículo que transporta pacientes sem risco de 
vida, de caráter eletivo. 
Tripulação com 2 profissionais: um o motorista e o outro um Técnico ou Auxiliar 
de enfermagem. 
42 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
B: Suporte Básico: veículo que realiza transporte inter-hospitalar e atendimento 
pré-hospitalar de pacientes com risco de vida, mas sem a necessidade de 
intervenção médica durante o atendimento no local ou durante o transporte. 
Tripulação com 2 profissionais: um o motorista e um técnico ou auxiliar de 
enfermagem. 
C: Resgate: Atendimento às urgências pré-hospitalares com vítimas de 
acidentes ou locais de difícil acesso. A equipe conta com equipamentos especiais de 
salvamento terrestre, aquático ou em alturas. 
Tripulação com 3 profissionais militares 
D: Suporte Avançado: veículo em que a equipe do pré-hospitalar ou inter-
hospitalar presta atendimento e transporte de vítimas graves e complexas. Essa 
contém equipamentos médicos avançados. 
Tripulação com 3 profissionais: um motorista, um enfermeiro e um médico. 
E: Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa composta de 
equipamentos avançados do suporte avançado de vida, utilizada para transporte 
inter-hospitalar de pacientes

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