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INTRODUÇÃO AO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Uma das características do serviço de Urgência e Emergência no país é de garantir o acesso à saúde pública para toda a população e organizar uma rede de atenção, ampliando o acesso e diminuindo desigualdades. Essa estruturação de fluxo de estabelecimentos e funções é papel dos gestores pela garantia ao acesso do Sistema Único de Saúde (SUS) aos que precisam de um atendimento de urgência ou emergência. O objetivo desta unidade é abordar os principais aspectos organizacionais do serviço de Urgência e Emergência do país. No decorrer da apostila os módulos serão apresentados em três capítulos, que irão explanar o histórico dos serviços de urgência e emergência, a política nacional de atenção às urgências e sua rede de atenção e, por último, as principais portarias voltadas para a organização dos serviços da rede de atenção às urgências. O enfermeiro inserido nesse mercado de trabalho, precisa entender a composição da rede das urgências e o fluxo de organização, para que possa ter subsídios da pratica profissional. Palavras-chave: Urgência. Emergência. Serviços de Saúde. Assistência à Saúde. Enfermagem. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 CAPÍTULO 1- CONTEXTUALIZAÇÃO E HISTÓRICO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ..................................................................................... 7 1.1 Conceito e Definição de Urgência e Emergência ........................................... 7 1.2 Aspectos Históricos da Estruturação da Urgência e Emergência e Sua Implantação. ................................................................................................................ 8 1.3 Avanços da Saúde e da Tecnologia no Brasil .............................................. 12 1.3.1 TIC Saúde .................................................................................................... 12 1.3.2 DigiSUS ........................................................................................................ 12 1.3.3 Telemedicina ................................................................................................ 12 1.3.4 SAMU ........................................................................................................... 14 1.4 Contextualização e Locais para Atuação da Enfermagem na Urgência e Emergência ............................................................................................................... 15 CAPÍTULO 2 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS ................ 21 2.1 Introdução a Política Nacional de Atenção às Urgências e Rede de Atenção às Urgências ............................................................................................................. 21 2.2 Condições Agudas na Atenção à Saúde ...................................................... 22 2.3 Componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) .... 24 2.4 Aplicando a classificação de risco ................................................................ 27 2.5 Diretrizes e Linhas de Cuidados Prioritários da Rede de Atenção às Urgências .................................................................................................................. 29 2.5.1 Linhas de Cuidados:..................................................................................... 30 2.6 Organização dos Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) ....... 31 2.7 Boas Práticas para Organização da Urgência e Emergência ...................... 33 2.8 Humanização da(o) Enfermeira (o) Atuante em Urgência e Emergência..... 34 CAPÍTULO 3 – PORTARIAS VOLTADAS PARA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS ............................................................. 37 3.1 Conhecendo a Portaria Nº 2048 de 5 Novembro de 2002 ........................... 37 3.2 Capítulo I ...................................................................................................... 37 3.2.1 Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências .................... 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.3 Capítulo II ..................................................................................................... 38 3.3.1 A Regulação Médica das Urgências e Emergências.................................... 38 3.4 Capítulo III .................................................................................................... 39 3.4.1 Atendimento Pré-Hospitalar Fixo ................................................................. 39 3.5 Capítulo IV ................................................................................................... 40 3.5.1 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel ............................................................... 40 3.5.2 Definição dos Veículos de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel .................... 41 3.6 Capítulo V .................................................................................................... 42 3.6.1 Atendimento Hospitalar às Urgências e Emergências ................................. 42 3.7 Capítulo VI ................................................................................................... 44 3.7.1 Transferências e Transporte Inter-Hospitalar ............................................... 44 3.8 Capítulo VII .................................................................................................. 44 3.8.1 Núcleos de Educação em Urgências ........................................................... 44 3.8.2 SAMU-192: Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e Regiões de todo o Território Brasileiro. ..................................................................... 46 3.8.3 Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. ................... 47 3.8.4 Recursos Materiais da Ambulância do Suporte Avançado de Vida ............. 49 3.8.5 Gerências de Emergência: Portaria Nº 408, de 03 de Agosto de 2017 ........ 50 REFERENCIAS ......................................................................................................... 52 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Nada supera a gravidade de um paciente que necessita de um atendimento de emergência. O atendimento deve ser imediato, para garantir a vida do ser humano. Já a urgência, deve ser atendida em curto prazo, antes que a situação se agrave. Uma das característicasda Urgência e Emergência junto ao sistema nacional, é de garantir o acesso à saúde para toda a população e a organização da rede de atenção, ampliando o acesso e diminuindo desigualdades. A organização Pan-Americana de saúde, em 2008 destacou que os Serviços de Saúde das Redes Integradas, definem-se em rede de organização que realiza um atendimento equitativo e integral a toda população brasileira. Essa estruturação de fluxo de estabelecimentos e funções é papel dos gestores pela garantia ao acesso do Sistema Único de Saúde (SUS) aos que precisam de um atendimento de urgência ou emergência. Para melhor compreensão do tema proposto, a apostila está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo aborda a “Contextualização e histórico dos serviços de urgência e emergência”, com intuito de introduzir o leitor no cenário mundial da urgência e emergência, definindo-a e situando-o na evolução histórica e atuação atual. Já o segundo capítulo traz a “Política Nacional de Atenção às Urgências, a fim de aproximar e informar o estudante sobre a estruturação e organização da Rede de Atenção à Urgência, e o terceiro identifica as principais “Portarias voltadas para organização dos serviços da rede de atenção às urgências”. Em seu primeiro capítulo, a apostila conceitua a Urgência e Emergência e discorre sobre os aspectos históricos de sua estruturação no Brasil e no mundo, que apresenta uma interessante evolução até se tornar lei. Hoje, graças à medicina moderna, pode-se usufruir dos avanços da saúde e da tecnologia no Brasil, sendo o enfermeiro um dos responsáveis por atuar na equipe multidisciplinar, contribuindo para os avanços em saúde a cada ano. Ainda, nesse capítulo, foi abordada a contextualização de alguns locais para atuação da Enfermagem na Urgência e Emergência, visto que há uma gama de opções, porém, muitas vezes, desconhecida pelo profissional. Além dos locais de 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. trabalho discorridos neste estudo, vale a pena pesquisar mais a fundo as várias opções que o mercado hoje oferece. No segundo capítulo, foi apresentada a Política Nacional de Atenção às Urgências, que articulam os níveis assistenciais em uma rede sólida de urgência e emergência. O atendimento deverá ser integralizado, por todos os profissionais de saúde que compõem a rede, e eles devem estar preparados para reconhecer os sinais e os sintomas dos usuários para realizar a classificação de risco e organizarem o fluxo do atendimento. Foi explanado, também, que cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e traumatológicos são as linhas de prioridades no atendimento das urgências. No terceiro e último capítulo, tendo em vista a imensa área territorial do país, e a dificuldade de vincular os serviços em saúde de diferentes complexidades que fossem capaz de estabilizar pacientes graves, com atendimento imediato e resolutivo, garantindo o acolhimento já na primeira atenção, o Ministério da Saúde publicou e ainda publica leis, portarias e resoluções que norteiam e justificam o funcionamento do acesso público às urgências e emergências. A principal portaria abordada nesse capitulo será a de nº 2048 de 5 novembro de 2002, que é umas das principais, quando se fala em Urgência e Emergência, tendo como seu objetivo esclarecer o desenvolvimento das habilidades técnicas e administrativas de cada instância, juntamente com seu papel executor, e seu funcionamento. 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1- CONTEXTUALIZAÇÃO E HISTÓRICO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 1.1 Conceito e Definição de Urgência e Emergência A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n° 1.451 define: URGÊNCIA: embora exija atenção rápida, traz intrinsecamente a ideia de risco e não certeza de perigo à integridade do indivíduo. EMERGÊNCIA: constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Há mais de 50 anos a emergência já era caracterizada como necessidade de atendimento imediato, ou seja, casos em que o paciente corria risco de vida, deixando os casos urgentes, que também requeriam atenção imediata, porém, sem risco de vida, para um atendimento posterior (MENA; PIACSEK; MOTTA,2017). Fora do ambiente hospitalar, a palavra urgência possui o radical “urge solucionar”, caracterizando-se como uma situação que não aceita demora. Já a palavra emergência, é a descrita em ambulâncias, e também utilizada para adjetivar situações críticas como “saída de emergência” (MENA; PIACSEK; MOTTA, 2017). Definição de primeiros socorros: são procedimentos de assistência nem sempre médica, que devem ser prestados a qualquer ser humano que esteja em situação de urgência ou emergência. Socorristas leigos, estudantes de enfermagem e profissionais da saúde podem prestar uma assistência de primeiros socorros até que chegue a equipe especializada no local do ocorrido ou até que a vítima seja encaminhada à rede hospitalar mais próxima (MENA; PIACSEK; MOTTA,2017). O sistema pré-hospitalar foi o primeiro conceito de atendimento de urgência. 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO Omissão de socorro Art. 135: Deixar de prestar socorro, quando não colocado em risco a vida de quem prestá-lo, seja à criança ferida ou abandonada, pessoa inválida ou desamparada ou risco iminente de vida; ou não solicitar o socorro da autoridade pública: A pena será de detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena será duplicada se além da omissão, resultar em lesão corporal grave, e triplicada, se resultar o óbito. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reconhece alguns sistemas de classificação de risco: Emergency Severity Index, Australasian Triage Scale, Modelo Andorrano de Triaje e Sistema Español deTriaje, Canadian Triage and Acuity Scale, e Protocolo de Manchester. Nos sistemas, os clientes serão classificados em cinco potenciais níveis de risco e seu tempo de espera: emergência (< 10 minutos), muito urgente, urgente (< 30 minutos), pouco urgente e não urgente (< 120 minutos) (BRASIL, 2012). 1.2 Aspectos Históricos da Estruturação da Urgência e Emergência e Sua Implantação. Sempre existiram condições de graves riscos para a vida humana, e junto com eles, o instinto de sua preservação, buscando um suporte para manter em boas condições a vida do próximo. Um dos primeiros registros de atendimento de primeiros socorros está na Bíblia. “Um homem dirigia-se de Jerusalém para Jericó, quando foi abordado por salteadores, que o roubaram tudo e lhe causaram muitos ferimentos, deixando-o semimorto. Casualmente, pelo mesmo caminho, descia um samaritano, e vendo-o naquela situação, compadeceu-se dele. Colocou o homem sobre o próprio animal, o levou para uma hospedaria, curouas férias com óleo e vinho, e tratou dele.” LUCAS 10:30-34 (BÍBLIA, 1969). O atendimento de urgências/emergências no próprio local da ocorrência, vem acontecendo desde as guerras napoleônicas no século XVIII. Os soldados feridos no 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. campo de batalha eram transportados por carroças com tração animal, e quando longe do conflito, eram atendidos por médicos (FERRARI, 2006). Em 1792, Dominique Larrey, que era conhecido como “Pai da Medicina Militar” e cirurgião do exército napoleônico, inicia os primeiros cuidados aos soldados feridos no próprio campo de batalha, com intuito de prevenir futuras complicações. Imagem 1: Ambulância de Dominique Jean Larrey Fonte: (FERRARI, 2006) Tabela 1: Evolução Histórica da Urgência e Emergência: 1543 O mais antigo hospital no Brasil é a Santa Casa de Santos, fundada por Braz Cubas 1863 Formação da Cruz Vermelha Internacional Século XX Presença da enfermagem participando ativamente no atendimento aos feridos, na I e II Guerras Mundiais e nas Guerras do Vietnã e da Coréia 1893 Aprovação da lei do socorro médico de urgência na via pública, no Rio de Janeiro Fonte: (SILVA; TIPPLE; SOUZA; BRASIL, 2010) No final do século XIX, surgiram os motores a combustão, que ofereciam conforto à vítima, já compostos por uma equipe de condutor, enfermagem e eventualmente o médico. Em 1900 as unidades já eram motorizadas e com suas equipes específicas. No Brasil o serviço pré-hospitalar é baseado no modelo Francês e Americano. 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Imagem 2: Ambulância de 1899 do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, Brasil. Fonte: (FERRARI, 2006) A França tem destaque por sua rede de comunicação centralizada e com regulação médica, onde todas as chamadas são avaliadas por um médico que define a conduta mais eficiente. Já nos Estados Unidos este tipo de atendimento foi bem organizado em 1966, quando o seu governo determinou que medidas fossem tomadas para diminuir a estatística de mortes por urgência e emergência (SILVA; TIPPLE; SOUZA; BRASIL, 2010). Continuação da Tabela 1: Evolução Histórica da Urgência e Emergência: Decreto n.1392/1910 Presença obrigatória de médicos no local de incêndios ou outros acidentes 1950 Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), pelo Decreto Estadual n.16629, ficando como responsabilidade do município, o atendimento de urgência na cidade de São Paulo 1950 Transporte aeromédico, no Brasil, no Pará com a criação do Serviço de Busca e Salvamento (SAR) Século XX Década de 70 Implantação da 1ª Unidade de Terapia Intensiva no Brasil, no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. 1981 Formação de um grupo médico, representantes do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas, da Secretaria de Higiene e Saúde do Município de São Paulo, a fim de prestar assistência às urgências no município, estabelecendo uma proposta de integração dos serviços de atendimento imediato e internação, o encaminhamento 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. de vítimas. início dos anos 90 Implantado APH na Corporação dos Bombeiros, com pessoal treinado em suporte básico e suporte avançado à vida 1990 Surgiram os serviços de transporte aeromédico particulares (UTI aérea) 1960 Estados Unidos e Inglaterra criaram um movimento para dar início a especialização da “medicina de emergência”. 1989 De um acordo assinado entre o Brasil e a França, através de uma solicitação do Ministério da Saúde (MS), deu origem ao Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU 192) 1990 Foi implantado o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências – SIATE, em Curitiba 2003 O Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Urgência e Emergência com o intuito de estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país 2007 Implantado a primeira UPA no país, no estado do Rio de Janeiro 2011 Definiu-se a necessidade de uma rede de urgência, com regionalização e reorganização dos serviços pré-existentes Entre 2010 e 2018 Redução de 31.454 leitos nos hospitais privados, enquanto aumentaram 10.670 leitos dos hospitais públicos Fonte: (RAMOS; SANNA, 2005; TRANQUITELLI A.M; CIAMPONE, 2007) FIQUE LIGADO O primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência implantado no Brasil foi em Campinas, por meio do médico José Roberto Hansen, que era coordenador na época. O SAMU atendeu um total de 64.131 ocorrências em 2005; foram enviadas ambulâncias para 21.722 ocorrências e 42.409 com triagem médica para envio de outro tipo de transporte (DATASUS) 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.3 Avanços da Saúde e da Tecnologia no Brasil 1.3.1 TIC Saúde O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Estabelecimentos de Saúde Brasileiros, disponibilizará dados de maneira aberta para toda a sociedade civil e também governo, tendo apoio do ministério da saúde, DATASUS, dentre vários outros órgãos, além do apoio de instituições de ensino e pesquisa do país. No ano de 2013, o Cetic.br iniciou a implantou o uso das TIC em alguns estabelecimentos brasileiros de saúde públicos e privados, e foi realizado a apropriação pelos profissionais de saúde. Em 2017, dados mostram que somente 28% dos enfermeiros participaram de cursos na área de tecnologia de informação, e no mesmo ano 81% dos estabelecimentos possuem o registro eletrônico para os dados de pacientes. A presença da tecnologia em saúde, é essencial, pois contribui para o desenvolvimento das instituições, aproveitamento de informações e informatização de atitudes (MOTA et al., 2018). 1.3.2 DigiSUS A implantação do DigiSUS, foi elaborada em 2013 é uma estratégia para informatizar o sistema, através de um prontuário eletrônico. Em dezembro de 2016, 920 unidades básicas de saúde utilizavam este prontuário, e estava previsto para o fim de 2018 40 mil unidades utilizando o serviço. O objetivo seria proteger a natureza, excluindo o uso do papel, facilitar o trabalho do profissional e garantir o armazenamento das informações. Até 2020, a proposta será de integrar de forma digital todos os serviços de saúde, criando uma plataforma universal de todas as informações pertinentes, permanentemente com conexão entre si. (O’DWYER et al, 2017) 1.3.3 Telemedicina Depois de 30 anos de espera, em janeiro de 2019 o Conselho Federal de medicina anunciou uma nova regulamentação para a telemedicina no Brasil. Os diagnósticos médicos já eram dados à distância, porém com muitas regras e 13Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. restrições. São inúmeros serviços prestados, como as teleconsultas e as cirurgias robóticas, que hoje podem ser realizadas, desde que haja o profissional treinado e equipamento adequado, sendo o atendimento da telemedicina muito mais rápido que a assistência presencial. Tanto na rede pública como privada os casos não emergenciais podem ser atendidos sem que o pronto socorro fique lotado (SAADE, 2019). A cirurgia robótica trilhou caminhos para procedimentos de altíssima complexidade, que antes eram impossíveis de serem realizados por seres humanos. O cirurgião robô é uma evolução no treinamento profissional médico, e o maior respeito que o cliente pode receber. Um de seus benefícios está no movimento durante os procedimentos cirúrgicos, chegando a até 360° de rotação, que permite ao cirurgião alcançar algumas estruturas físicas humanamente impossíveis, além de oferece menor risco de infecção, perda de sangue e menor tempo de cirurgia, proporcionando uma rápida recuperação (PINTO et al., 2018). Tabela 2: funções do enfermeiro nas cirurgias robóticas Fonte: (Pinto et al, 2018) FIQUE POR DENTRO Cirurgia Robótica, conheça um pouco mais! Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=xZMv66FImsE https://www.youtube.com/watch?v=xZMv66FImsE 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.3.4 SAMU O SAMU está se expandindo no mapa brasileiro a cada ano, apontando bons resultados da atenção pré-hospitalar com estratégias estruturantes da atenção às urgências. Em seu estudo O’DWYER et al (2017) apresenta a cobertura desse serviço no Brasil, porém salienta que sua distribuição ainda é muito desigual entre os estados e as regiões. Imagem 3: Cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por Unidade Federativa. Brasil, anos 2010 e 2015. Fonte: O’DWYER et al., 2017 FIQUE LIGADO Entenda mais sobre o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS Acesso em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=114&v=k0fWK4ef2Og 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.4 Contextualização e Locais para Atuação da Enfermagem na Urgência e Emergência A enfermagem possui um mercado competitivo e com muitos desafios, sendo uma área repleta de segmentações. Uma especialidade é o enfermeiro que atua nas urgências e emergências, função em que o profissional precisa estar sempre ágil, atento e preparado para atuar em situação de risco. São diversos os locais de trabalho em que esse enfermeiro especialista pode atuar, dentre eles estão: Na unidade intra-hospitalar se destaca a porta de entrada que é caracterizada como Pronto-Socorro, e o coração do hospital definida como Unidade de Terapia Intensiva; Unidade de saúde 24h; No ambiente pré-hospitalar o enfermeiro atua na ambulância do Suporte Avançado de Vida. SAIBA MAIS LEITURA RECOMENDADA: Fique por dentro de todas as atividades de Enfermagem regido pela Lei do Exercício Profissional nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Enfermeiro atuante em ambulância do Suporte Avançado de Vida (SAV) do Atendimento Pré-hospitalar (APH), composto pela equipe: enfermeiro, médico e condutor socorrista. O APH é definido pelo Ministério da Saúde (MS) primeiro nível de atenção a clientes em quadros agudos, sejam eles clínicos, traumático ou psiquiátrico, que possa levar a intenso sofrimento, sequelas ou ao óbito (BRASIL, 2002). Esse, tem como objetivo estabilizar as condições vitais, onde ele estiver, sendo domicílio ou via pública, reduzindo o risco de morbimortalidade e transportá-lo ao hospital de referência, sendo peça fundamental da equipe (PERES et al., 2018). Esse profissional é essencial na prestação de serviço, além de compor a equipe da ambulância, ele também é o responsável pela liderança do local de trabalho da equipe. Quando na unidade também existe uma ambulância de Suporte Básico de Vida, o enfermeiro é responsável pela assistência prestada do técnico de enfermagem, cabendo a ele o treinamento de sua equipe. 16 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. ATENÇÃO Resolução COFEN Nº 375/2011, de 22 de março de 2011: Dispõem sobre a presença do enfermeiro no atendimento Pré-hospitalar e Intra-hospitalar, em situações de risco conhecido e desconhecido. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3752011_6500.html Enfermeiro na Classificação de Risco nos serviços de urgência/emergência, que de acordo com a Resolução Cofen 423/2012 é privativo do enfermeiro a realização desta classificação. Esse profissional tem como objetivo definir prioridade no atendimento da vítima através da capacidade de avaliação clínica, diminuindo a morbimortalidade e fluxo na demanda do serviço (VIÑUALES et al., 2018; MORAIS FILHO et al., 2016). Para ser Enfermeiro de Pronto-socorro, requer competência para abordar um cliente que na maioria das vezes, encontra-se em estado crítico, podendo defrontar- se com uma vítima politraumatizada, ou clinicamente instável, atendendo desde o recém-nascido, até o idoso. O pronto-socorro é a porta de entrada do serviço hospitalar. A enfermagem precisa estar bem preparada para prestar um serviço de qualidade àquela vítima que corre risco imediato de vida, liderando a sua equipe e zelando por habilidades rápidas de qualidade e atitudes atualizadas em protocolos. Prestar cuidados que são privativos do enfermeiro sem a presença do médico, e também auxiliar em procedimentos médicos. Conferir o carrinho de emergência também é função privativa do enfermeiro, ele pode até delegar essa função ao técnico de enfermagem, porém esse deve estar sob sua supervisão. Outra função importante desse profissional é exercer a liderança da equipe de enfermagem e da unidade do atendimento (GIRARD et al., 2018). Enfermeiro Coordenador de Núcleo em Urgências, destinado aos profissionais inseridos em serviços de urgência/emergência intra ou extra-hospitalares. Este coordenador está em posição de profissional referência para a capacitação de sua equipe, que é composta por enfermeiros, técnicos ou auxiliares em enfermagem e até condutores. A portaria 2.048/2002 propõem conteúdos programáticos que devem ser aplicados durante o treinamento. Além deste conteúdo fixo, fica a critério desse 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento porescrito do Grupo Prominas. profissional abordar conteúdos de treinamentos de acordo com a necessidade da sua instituição. O enfermeiro coordenador, deverá buscar a problematização individual por setor, pois cada setor apresenta dificuldades peculiares a serem treinadas, e que o momento de treinamento seja teórico, mas também prático, de modo a aproximar o profissional com a simulação realística de casos clínicos (MORAIS FILHO et al., 2016). O enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro de Terapia Intensiva (CTI) ou Semi-intensiva, são consideradas como ambiente complexo, que tem o contado com clientes contendo alterações hemodinâmicas importantes, que requerem a assistência e enfermagem 24 horas por dia, além de toda uma equipe multidisciplinar como médicos, fisioterapeutas e psicólogos. A estrutura do setor é dotada de uma unidade complexa, com tecnologia e materiais inovadores em prol do benefício do cliente e exige raciocínio crítico e condutas avançadas que são da responsabilidade desse profissional. Esse local de trabalho exige do enfermeiro, papel de liderança, fundamentação teórica, administração de drogas, funcionamento de aparelhos e decisões rápidas e concretas transmitindo segurança a sua equipe (KRUPP; EHLENBACH; KING, 2019). A enfermagem em UTI lida com situações cruciais, em uma velocidade geralmente não necessária em outra unidade de assistência. É preciso possuir sensibilidade para lidar com o medo da morte quase diariamente, o que gera uma sobrecarga emocional ao profissional ao imaginar o que é certo ou errado, justo ou injusto (KRUPP; EHLENBACH; KING, 2019). A Enfermagem que atua nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), prestam a primeira assistência a pacientes de quadros agudos de natureza clínica, cirúrgica ou traumática, estabilizando-os. A unidade mantém a vítima em observação por até 24 horas, para um diagnóstico inicial e se necessário encaminhá-los para internação hospitalar por meio de regulação do acesso assistencial, ou também para atendimento resolutivo e qualificado de referência para cada caso. Nessa unidade o enfermeiro também é o responsável pela primeira avaliação no momento da chegada do cliente, e de acordo com a classificação ele define quais são os pacientes mais graves, para que esses sejam priorizados, porém sem 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. dispensar nenhum cliente sem que receba um atendimento médico (GIRARD et al., 2018). O enfermeiro do Suporte Avançado de Vida: Equipe Aeromédica, auxilia no transporte de vítimas graves, garantindo a assistência do suporte avançado de vida nas alturas. Além do enfermeiro, a equipe que o compõe é formada por médico e piloto. Algumas exigências são: boas condições físicas e pulmonar, capacidade cardiovascular e acuidade auditiva e visual. Existe uma especialização específica para que esse profissional possa atuar na equipe, que garante o conhecimento de noções da aeronáutica, fisiologia de voo e medicina aeroespacial (PORTARIA Nº 288, DE 12 DE MARÇO DE 2018). O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) é o órgão responsável pelos profissionais de enfermagem. Em seu estudo Morais Filho et al (2016) apresentou alguns procedimentos que regulamentados no sistema cofen/coren, como competência legal do enfermeiro assistencial da urgência e emergência. FIQUE LIGADO Assista este vídeo e fique por dentro, do depoimento de um Enfermeiro no Transporte aeromédico. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=8kOHN8b_HcU Tabela 3: Competência legal do enfermeiro atuante na urgência e emergência. LEGISLAÇÃO PROCEDIMENTO/ATUAÇÃO Resolução Cofen 423/2012. Parecer 001/2009/SC. Parecer 005/2010/DF. Parecer 009/2013/PR. Classificação de risco Parecer 37/2 013/SP Carro de emergência Parecer 016/2010/DF Prescrição de oximetria contínua Resolução Cofen 390/2011 Punção arterial Parecer 012/2007/DF. Parecer 010/2009/DF. Parecer 003/2009/AL. Parecer 016/2010/ES. Parecer 002/2010/SC. Parecer 45/2012/SP. Punção de jugular externa. Parecer 022/2011/DF. Desição n° 128/2009/RS. Máscara laríngea. Combitubo 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Parecer 040;2012/MS. Parecer 056/2012/MS. esofagotraqueal. Parecer 26/2013/SP Uso de DEA (Desfibrilador Externo Automático) Parecer 33/2010/SP Manobra vagal Parecer 01/2009/SP Punção intra-óssea Fonte: (Morais filho; martini; vargas et al, 2016) Para maiores informações, acesse o site da National Flight Nurses Association dos Estados Unidos da America, pelo endereço: https://www.astna.org/default.aspx IMPORTANTE O Código de ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), apresentou princípios fundamentais na atuação do enfermeiro, construindo a RESOLUÇÃO-COFEN-Nº- 564-2017, instruindo o profissional em seus diretos e deveres. Para ler na íntegra acesse: http://www.cofen.gov.br/wpcontent/uploads/2017/12/ANEXO- RESOLU%C3%87%C3%83O-COFEN-N%C2%BA-564-2017.pdf Acima, foram discutidas apenas algumas das opções em que um enfermeiro especialista em Urgências pode atuar, pois existem várias outras opções em que ele pode optar para prestar assistência direta à vítima, ou investir na área da gerência. A atuação do enfermeiro nos atendimentos à urgência e emergência, vem desde o primeiro contato, através do acolhimento, até o momento da alta ou transferência do cliente. Em todos os ambientes de trabalho este profissional fica responsável pela operacionalização e a documentação do Processo de Enfermagem, utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), sendo privativo dele o diagnóstico, prescrição e intervenção da equipe de enfermagem. O enfermeiro é peça chave da equipe multidisciplinar e diferente de muitos outros profissionais de saúde, ele tem sempre a função ou característica de líder. https://www.astna.org/default.aspx 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. IMPORTANTE Se aperfeiçoe sempre, e passe na frente no conhecimento! Cursos indicados para enfermeiros que atuam nas Urgências e Emergências: BLS- Basic Life Support ACLS – Advanced Cardiovascular Life Support e PALS – Pediatric Advanced Life Support PHTLS – Atendimento Pré-hospitalar ao trauma ATCN - Advanced Trauma Care for Nurses INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS MENA, H; PIACSEK, G.V.M; MOTTA, M.V. Urgência e Emergência: os conceitos frente às normas administrativas e legais e suas implicações na clínica médica. Saúde, Ética & Justiça. v.22, n.2, p.81-94, 2017. RAMOS, V.O; SANNA, M.C. Inserção da enfermeira no atendimento pré- hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem, v.58, n.3, p.355-60, 2005. MOTA, D.N.; TORRES, R.A.M.; GUIMARÃES, J.M.X.; et al. Tecnologias da informação e comunicação: influências no trabalho da estratégia Saúde da Família. Journal of Health Informacts. v.10, n.2, p. 45-9, 2018. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com aconvenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS 2.1 Introdução a Política Nacional de Atenção às Urgências e Rede de Atenção às Urgências A Política Nacional de Atenção às Urgências foi elaborada pela portaria nº 1.863/GM, em 29 de setembro de 2003, com o objetivo de organizar e integrar a rede de atenção à urgência e emergência em todas as esferas do governo. Antes da implantação desta portaria cada município se organizava para prestar assistência de urgência e emergência no seu estado. Ela designa uma rede regionalizada, que proporciona articular todos os serviços de saúde, definindo fluxo e garantindo a resolução da assistência à saúde (BRASIL, 2011; 2006). Nos últimos anos houve avanço industrial e social, gerando mudanças no perfil epidemiológico do Brasil, segundo as informações da Secretaria de Vigilância em Saúde, houve um aumento da morbimortalidade nos acidentes de trânsito e também violências até os 40 anos. Também houve uma tripla carga de doenças, em especial uma alta na taxa de morbimortalidade relacionadas a doenças cardiocirculatórias, na faixa etária acima dos 40 anos de idade. Pensando nesses importantes dados, o Ministério da Saúde revogou a portaria 1.863/2003 e a reformulou, estabelecendo a Rede de Atenção as Urgências no Sistema Único de Saúde, pela nº 1.600/GM, de 7 de julho de 2011 (UNA-SUS/UFMA, 2018; BRASIL, 2011). A portaria 1.600/2011 considera que os usuários que apresentarem casos agudos devem ser atendidos por todas as portas de entrada dos do SUS, estruturado em redes regionais de atenção às urgências e emergências, que garante a manutenção da vida em um elo de uma rede em níveis crescentes de complexidade, além de humanizar o processo (MENDES, 2011). 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PARA SABER MAIS Conheça na íntegra a Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, que reformulou a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Acessando em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html A Rede de Atenção as Urgências do SUS, seguem as normativas do SUS e seu referencial teórico, e organizada nas Redes de Atenção a Saúde (RAS) (BRASIL, 2013). IMPORTANTE As RAS possuem missão única, com objetivos comuns, ou seja, prestar atenção integral e contínua para determinada população, tendo como coordenação a atenção primária de saúde, que tem responsabilidades econômica e sanitária. A rede é organizada para atender situações agudas e crônicas, pois existem diferenças entre esses modelos de atenção á saúde. Para saber mais acesse a publicação intitulada “As Redes de Atenção à Saúde”, de Eugênio Vilaça Mendes (2011). Disponível em: http://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/redesAtencao.pdf Hoje a atenção primária forma uma rede horizontal, igualmente importante, constituída por unidades básicas de saúde e estratégia e saúde da família. Em nível intermediário fica o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU) 192, AS Unidades de Pronto atendimento (UPA) 24 horas, e nos hospitais, de média e alta complexidade (BRASIL, 2013). 2.2 Condições Agudas na Atenção à Saúde Na saúde, suas condições podem ser classificadas em crônicas ou agudas. As condições agudas são as que se enquadram no atendimento da Rede de Atenção 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. de Urgência. Se as condições crônicas apresentarem um período de agudização, ela também se enquadrará na rede. Os eventos agudos, como uma pneumonia, são condições graves que levam à cura ou ao óbito. Já as condições crônicas, como a diabetes II aparecem em momentos discretos, e possuem o tratamento para qualidade de vida Exemplos de situação aguda: Infarto agudo do miocárdio Acidente vascular encefálico Parada cardiorrepiratória Insuficiência respiratória Crise convulsiva Outros (BORDIN et al., 2018) As situações agudas devem ser acolhidas por qualquer porta de entrada de serviços de saúde do SUS. Se o ponto de atenção tiver estrutura para o atendimento, todo o cuidado deverá ser oferecido, porém se o ponto não contar com o profissional e equipamentos adequados para o atendimento, imediatamente o cliente deverá ser transferido, responsavelmente, para um serviço de maior complexidade dentro do sistema hierárquico da rede regional de atenção (BRASIL, 2011). As diferenças nas condições agudas e crônicas estão no papel desempenhado da regulação pela Atenção Primária em Saúde (APS), como pode ser identificado na imagem 4: Imagem 4: Diferenças em condições agudas e crônicas. Fonte: MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2 ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. p. 214. 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Em condições agudas a APS ocupa o cargo da coordenação do fluxo e contrafluxo dessas redes de atenção às urgências. Essa coordenação é ocupada por um médico de ponta desse sistema, membro do complexo regulador (CR), pois em uma situação de emergência como, por exemplo, uma insuficiência respiratória, transitar o cliente pelas APS, poderia agravar ainda mais o seu caso, perdendo tempo de ouro para o tratamento inicial e efetivo da situação, por falta de um encaminhamento direcionado (MENDES, 2011). Já nas condições crônicas, a classificação de risco do cliente é realizada na “porta de entrada” da APS e direcionada por um fluxo inteligente ao serviço que necessite no momento. Isso, garante ao cliente um atendimento humano, rápido e efetivo. IMPORTANTE A capacidade do enfermeiro identificar, no menor tempo possível, os sinais e sintomas de alerta da gravidade de uma pessoa, e a rede definir qual o ponto de atenção ideal para realizar o atendimento certo no momento certo, garante não só a vida do cliente, como a qualidade dela também, por ter sido atendido em tempo oportuno. 2.3 Componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) A Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, objetiva ampliar para ter acesso humanizado de qualidade aos usuários do SUS de forma organizada e ágil. Na imagem 5: Principais pontos de atenção que formam a RUE. Fonte: UNA-SUS/UFMA, 2018 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Com a visualizaçãoda figura é possível perceber que a rede é complexa, não é? Ela é completa de pontos de atenção ao cliente, que promove o acolhimento e a qualificação profissional em situações de urgência. A saúde não acontece sozinha, e não precisa apenas de um profissional para executá-la. São necessários vários pontos de atenção, cada um com a sua estrutura de acolhimento e prestação de serviço, e com uma equipe multidisciplinar capacitada e pronta para atender a demanda do serviço. Um ponto de atendimento precisa do outro para o fluxo acontecer e o paciente ser assistido integralmente. O enfermeiro precisa lembrar que o cidadão não pode ir para casa com dúvidas. Se o primeiro local em que o indivíduo procurou o atendimento não é o adequado, cabe ao profissional encaminhá-lo ao serviço de saúde que poderá atende-lo. DESSE MODO, A RUE COMPÕE: Descrição dos objetivos para cada componente da RUE, que seguem um fluxo regulado para ocorrer em perfeita harmonia (Portaria nº 1.600/2011): Art. 5º - A Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde, objetiva desenvolver ações de educação em saúde, com foco na prevenção de acidentes, doenças crônicas, lesões e óbitos, e também contar com a população na mobilização da promoção de saúde. Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde Atenção Básica em Saúde SAMU e Centrais de Regulação Sala de Estabilização Força Nacional de Saúde do SUS UPA 24 horas Hospitalar Atenção Domiciliar 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Art. 6º - A Atenção Básica em Saúde visa oferecer o primeiro acolhimento às urgências e emergências em local adequado, até que haja a transferência para o outro ponto de atenção se necessário, contemplando o cuidado com a avaliação do risco. Art. 7º - O SAMU 192 e suas Centrais de Regulação Médica de Urgências apresenta o objetivo de chegar precocemente à vítima, através de pedido de socorro e garantir a primeira assistência de saúde seja onde ela estiver. São atendidos agravos clínicos, traumático, cirúrgico, psiquiátrico entre muitos outros, tanto para adultos quanto pediátricos, que exibirem sofrimento, risco de qualquer natureza ou até morte, e após o atendimento transportá-lo para o ponto de saúde hierarquizado ao SUS. Art. 8º - A Sala de Estabilização é o local para estabilizar pacientes críticos, com assistência 24 horas, para garantir sua demanda de atendimento, e não para prestar assistência a uma demanda espontânea. Ela está articulada à rede de atenção Central de Regulação das Urgências, para garantir uma vaga na Central de Regulação das Urgências. Art. 9º - A Força Nacional de Saúde do SUS tem como objetivo consolidar esforços para integralizar a assistência na situação de risco, até mesmo em regiões com difícil acesso, e equidade para o atendimento. Art. 10º - A UPA presta assistência 24 horas, com atendimento intermediário entre a unidade básica e a rede hospitalar, atendendo casos agudos em que a sua estrutura de trabalho possa garantir a primeira estabilização da vítima de natureza traumática, clinica ou cirúrgica e encaminhar aos hospitais as de maiores complexidades. Art. 11 - O Componente Hospitalar serão as portas hospitalares das emergências e urgências, enfermarias, área de cuidados intensivos, exames laboratoriais e de imagem e as demais linhas de cuidados. Art. 12. A Atenção Domiciliar garante a reabilitação domiciliar, tanto na atenção primaria quanto da hospitalar, e também seguem a linha da promoção de prevenção à saúde. 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. PARA SABER MAIS Fique sabendo mais da RUE, acesse o “Manual Instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde”, de 2013, publicado pelo Ministério da Saúde. Acesso: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgenci as.pdf Imagem 6: Situação atual da Rede de Atenção às Urgências do Maranhão. Fonte: Secretaria da saúde do estado de Maranhão. 2.4 Aplicando a classificação de risco O primeiro passo para o cuidado humanizado é a avaliação clínica com a classificação de risco do cliente, e só assim inúmeras condutas serão adotadas. Então, encontra-se organizado o atendimento: 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A classificação deve ser feita baseada no princípio do SUS, a equidade, esse, que acaba gerando questionamentos sobre o famoso “passa na frente”. Uma estratégia da gestão, é disponibilizar informações do processo de classificação na sala de espera dos pacientes. A estratégia objetiva: Atender primeiro o mais necessitado Informar o tempo de espera Trabalho em equipe Satisfação do usuário Alinhar o fluxo de atendimento da rede de atenção á saúde Essa triagem deve ser aplicada em todas as portas de atenção de saúde, fomentada em linguagem padrão, sendo a mais utilizada no Brasil a de Manchester Triage System – MTS utilizando cores (VIÑUALES et al., 2018; MORAIS FILHO et al., 2016). Tabela 4: Cores da avaliação com classificação de risco. Socorro imediato Socorro em até 10 minutos Necessário atendimento até 1 hora Atendimento até 2 horas Atendimento até 4 horas Fonte: Adaptada de BRASIL, 2009 1° • As situações de emergêcias como prioridade 2° • Situações de urgências 3° • Situações não imediatas, provocadas por algum sofrimento 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Imagem 7: Exemplo de fluxograma da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte: Fonte: BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo técnico para classificação de risco nas UPAs. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2004. REFLETINDO Diante do que vimos sobre a classificação de risco na urgência e emergência, como você entende o papel do enfermeiro nessa função? Como acontece a classificação de risco a esses usuários no seu ambiente de trabalho? 2.5 Diretrizes e Linhas de Cuidados Prioritários da Rede de Atenção às Urgências Diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: I - Ampliação do acesso, com acolhimento, aos casos agudos em todos os pontos de atenção; II - Universalidade, equidade e integralidade na prestação de serviço às urgências clínicas 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escritodo Grupo Prominas. III - Regionalizar a articular as diversas redes de atenção dos serviços de saúde; IV - Humanização da atenção baseado no grau de complexidade das necessidades da comunidade; V - Garantir a implantação de um molde de atenção multiprofissional, de trabalho em equipe, baseado na gestão de linhas de cuidado; VI - Articular e integrar os serviços e equipamentos de saúde da rede, mantendo a conexão entre os diferentes pontos de atenção; VII - Atuação territorial, organização das regiões e das redes de atenção partindo das necessidades de saúde daquela população, bem como seus riscos e vulnerabilidades específicas; VIII - Atividade profissional e gestora da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas, que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; IX - Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços usando indicadores de desempenho que contemplem a efetividade da atenção; X - Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada; XI - Participação dos usuários sobre os serviços; XII - Coordenação e execução da estratégia de projetos para o atendimento das necessidades coletivas em saúde, seja urgente ou transitório, de situações de perigo iminente, calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, adotando protocolos de ação; XIII - Regulação harmonizada entre todos os componentes da Rede de Atenção, que garanta a equidade do cuidado; XIV - Educação permanente das equipes assistenciais de saúde do SUS na Atenção às Urgências. 2.5.1 Linhas de Cuidados: As linhas de cuidados são estratégias do percurso assistencial seguro do cliente, ou seja, é o itinerário que o usuário faz por dentro de uma rede organizada de saúde, para que todas as suas necessidades sejam atendidas. Os procedimentos 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. necessários como: exames laboratoriais ou de imagem e tratamentos, compõem os pontos de atenção da rede de urgências, a fim de prevenir ou identificar precocemente a doença do indivíduo. A escolha das linhas de cuidados, foram baseadas em doenças que são as maiores causas de óbito, ou que geram a incapacidade em todo o mundo (BRASIL, 2013). Tabela 5: Principais linhas de cuidado da RUE. Fonte: Produzida pela autora. 2.6 Organização dos Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) O Brasil conta com aproximadamente 6.000 hospitais, sendo 4.400 hospitais privados. Porém o SUS, é responsável pela maior parte dos atendimentos do País, com 302.542 leitos, contra os leitos particulares que somam 135.481. (Publicação na folha de São Paulo por Juliane Silveira, em maio de 2018, Acesso em: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em- grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml) LINHA DO CUIDADO DO TRAUMA Foco: Politrauma Portaria nº 1.365, de 8 de julho de 2013 LINHA DO CUIDADO CEREBROVASCULAR Foco: Acidente vascular cerebral Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012 LINHA DO CUIDADO CARDIOVASCULAR Foco: Infarto agudo do miocárdio Portaria nº 2.994, de 23 de dezembro de 2011 https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em-grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2018/04/concentrada-em-grandes-cidades-oferta-de-leitos-hospitalares-diminui-na-maior-parte-do-pais.shtml 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Imagem 8: Evolução da rede hospitalar no país de 2009 a 2017. Hospitais e leitos por mil habitantes. Fonte: CNES Para garantir a qualidade nas portas de entrada dos hospitais que atendem às urgências e emergências e os leitos de retaguarda, foi criado os Núcleos de Acesso e Qualidade Hospitalar, pelas instituições hospitalares, composto pelos seguintes membros, coordenadores dos serviços de: urgência e emergência, Unidade de terapia intensiva, unidade de internação, central de internação e o representante do gestor local. ALGUMAS DAS COMPETÊNCIAS DOS NAQH: Assegurar o uso dinâmico dos leitos hospitalares, em contato as centrais de regulação de urgência e emergência; Acompanhar o tempo de espera para a resolutividade da emergência ou internamento; Garantir o cuidado intra-hospitalar em local mais adequado; Ajustar os critérios para internação e a alta; Acompanhar o agendamento cirúrgico e otimização das salas; Adiantar exames necessários; Outros 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Outra estratégia deste núcleo, são os leitos de retaguarda às urgências e emergências. Eles poderão existir em hospitais com mais de 50 leitos, que estejam localizados na região de saúde que deem suporte ao pronto socorro, devendo ser exclusivo de retaguarda para atender os casos urgentes e estarem disponíveis na central de regulação. A Portaria MS/GM nº 1.101, de 12 de junho de 2002, é a que define esse ponto estratégico. 2.7 Boas Práticas para Organização da Urgência e Emergência O modo de realizar o trabalho e desenvolver atividades profissionais são chamadas de processo de trabalho. Os processos envolvem a assistência, administração, ensinamento, pesquisas e participação política, que tem como objeto o cuidado de indivíduos, famílias e coletividade (MARTINS; ALVES, 2018). O direcionamento de boas práticas para uma organização e o funcionamento dos serviços que prestam urgência e emergência, são dispostos na Portaria Nº 354, de 10 de março de 2014. Essa Portaria preconiza quais os materiais que devem compor o serviço, infraestrutura física de acordo com a demanda e complexidade da unidade, acesso aos recursos de assistência, transporte, biossegurança e os instrumentos normativos das rotinas técnicas, utilizando instruções escritas, atualizadas. Desse modo, existem princípios que fundamentam a ação dos profissionais não só enfermeiros como qualquer outro da área da saúde, que direcionam condutas da ética profissional. São estes: beneficência, respeito à autonomia, não maleficência e justiça. Vejam como Poll; Lunardi; Lunardi Filho, 2008 definem cada fundamento: A beneficência busca fazer o bem ao próximo, ou seja, ao objeto de trabalho do enfermeiro que é o cliente, através da promoção e prevenção da saúde. Todo enfermeiro da urgência deve partir do principio que estará atuando garantindo somente o bem da vítima. O respeito à autonomia não está somente no aceite do enfermeiro em realizar apenas aquilo que lhe compete, ou tendo conhecimento clínico, não estar de acordo 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenageme recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. com alguma assistência que lhe foi delegada. O cliente também, deve ter autonomia em aceitar ou não o seu tratamento. A não maleficência é não prejudicar o próximo, agir sempre de acordo com os preceitos éticos e legais para evitar danos. Por fim, a justiça trata de ações justas e equitativas, seguindo normas e protocolos que beneficiam os usuários. 2.8 Humanização da(o) Enfermeira (o) Atuante em Urgência e Emergência A urgência e emergência difere dos outros setores onde trabalham a enfermagem, pois nesse, além de prestar assistência de alta complexidade, o profissional deve também estar preparado para a morte do paciente. Em 2003 o ministério da saúde criou a Política Nacional de Humanização (PNH), para nortear as práticas na gestão e a assistência dos profissionais envolvidos nos diversos processos de trabalho. SAIBA MAIS Em 2003, foi lançada uma política transversal: a Política Nacional de Humanização, que irá colocar em prática os princípios do SUS nos serviços de saúde. Acesse: http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/politica-nacional-de-saude- bucal/sobre-o-programa/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus E saiba mais informações. Um ponto importante da humanização nas urgências, é o Acolhimento com Classificação de Risco (ACR), função em que o enfermeiro, além de estar munido de 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. competência clínica e científica, também precisa trabalhar o cuidado humanizado durante a triagem, e atendimento ao público que aguarda a equidade. Pois é aí que começa a humanização da equipe de saúde com o usuário, logo na porta de entrada do serviço, executando a escuta qualificada e tendo compromisso com o cuidado (SOUSA et al., 2019). Em campo, o enfermeiro da urgência e emergência, pode assumir o protagonismo da PNH, gerenciando e direcionando casos, e pontos das redes de atenção em urgências, além de prestar assistência direta ao paciente, pois é possível ser humano nas piores situações em que encontra-se a vítima. É necessário não somente o cuidado com o paciente, mas também com toda a família que está acompanhando o cuidado. Algumas dificuldades são encontradas para um atendimento humanizado, como o excesso de responsabilidade do enfermeiro que geralmente é o responsável por toda a equipe de enfermagem, liderando-a, em caso do atendimento em ambulâncias, a falta de espaço físico e poucos profissionais também culminam em dificuldades. O enfermeiro humanizado, servirá de exemplo para a sua equipe, pois ele é líder, e assumindo esse papel ele se coloca como exemplo a ser seguido (REIS, 2014). A humanização consiste em: O tema da humanização nesse ponto de cuidado deve ser explanado nos cursos de especialização ou formação profissional de enfermagem, demonstrando estratégias humanas de cuidado ao paciente crítico, junto aos usuários dos serviços de saúde e a família da vítima (SOUSA et al., 2019). Troca e edificação de saberes Diálogo Desempenho e trabalho em equipe Considerar a necessidade dos atores da saúde 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. IMPORTANTE Leia na íntegra a Portaria Nº 354, de 10 de março de 2014 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 354, de 10 e março de 2014. Publica a proposta de Projeto de Resolução “Boas Práticas para Organização e Funcionamento de Serviços de Urgência e Emergência”. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Redes de atenção à saúde: Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Âmbito do Sistema Único de Saúde / Ana Emilia Figueiredo de Oliveira; Francisca Luzia Soares Macieira de Araújo; Paola Trindade Garcia (Org.) - São Luís: EDUFMA, 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 84 p. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 3 – PORTARIAS VOLTADAS PARA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS 3.1 Conhecendo a Portaria Nº 2048 de 5 Novembro de 2002 Tendo em vista a imensa área territorial do país, e a dificuldade de vincular os serviços em saúde de diferentes complexidades que fossem capaz de estabilizar pacientes graves, com atendimento imediato e resolutivo, garantindo o acolhimento já na primeira atenção, o Ministério da Saúde aprovou em 2002 o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência através da Portaria n° 2048. A Portaria nº 2048/2002 é umas das principais, quando se fala em Urgência e Emergência, tendo como seu objetivo esclarecer o desenvolvimento das habilidades técnicas e administrativas de cada estância, juntamente com seu papel executor, e seu funcionamento. Os assuntos são explanados em sete grandes capítulos, sobre as atribuições e regulamentações da Regulação Médica, atendimento pré-hospitalar fixo e móvel, atendimento intra-hospitalar, transporte inter-hospitalar, e os Núcleos de Educação Em urgências (NEU). Este capítulo trará alguns pontos mais relevantes a serem discutidos pela portaria 2048/2002. 3.2 Capítulo I 3.2.1 Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências ESTRATÉGIA: Os planos serão baseados nas redes de atenção NOAS 01/2002, seguindo as suas atribuições, complexidade e distribuição: PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA PROTEÇÃO DA VIDA PREVENÇÃO DE AGRAVOS 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1) Os Municípios que realizam apenas atenção básica, deverão acolher clientes com casos agudos de menor gravidade; 2) Os Municípios Satélites também realizam a atenção básica ampliada porém, contam com área física para observação de clientes até 8 horas; 3) Os Municípios Sede com Módulo Assistencial, realizam atenção básica e realizam procedimentos e diagnósticos mínimos de média complexidade; 4) Pólo Regional, atendem procedimentos de média complexidade; 5) Pólo Estadual, prestam assistência de alta complexidade; 6) Salas de Estabilização, que contam com profissionais treinados para atenderem quadros agudos de urgências. 3.3 CapítuloII 3.3.1 A Regulação Médica das Urgências e Emergências OBJETIVOS DA CENTRAL DE REGULAÇÃO É o elemento que orienta os vários serviços que compõem o Sistema Estadual das Urgências e Emergências, através de uma comunicação aberta à população, atendendo seus pedidos de socorro, que serão avaliados e hierarquizados, qualificando o fluxo de atendimento rápido, direcionando-o para o ponto certo da assistência do provável diagnóstico. O médico regulador deverá tomar a decisão gestora soberana sobre os meios disponíveis, devendo possuir ligação direta com gestores municipais e estaduais para acionar o socorro, de acordo com seu julgamento. ORIENTADOR/ORIENTAR ORGANIZAR A RELAÇÃO ENTRE SERVIÇOS QUALIFICAR O FLUXO PORTA DE COMUNICAÇÃO 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.4 Capítulo III 3.4.1 Atendimento Pré-Hospitalar Fixo Este tipo de atendimento é também conhecido como um atendimento primário. Concentra-se em dar assistência em unidades básicas de saúde, pronto atendimento ou outros pontos médicos que prestam socorro à situações de baixa complexidade. Imagem 9: Componentes da RUE. Fonte: (Brasil, 2002) Recursos materiais: Os materiais e medicaentos que devem compor os estabelecimentos de pré- hospitalar fixo, devem ser aqueles essenciais ao primeiro atendimento que garanta, pelo menos, a estabilização de urgências até que sejam transferidos os casos para unidade de maior porte, quando necessário (BRASIL, 2002). Materiais: Materiais como a volsa-valva completo, adulto e infantil, com máscaras, jogo de cânulas de Guedel, sondas de aspiração, oxigênio fixo e portátil, aspirador portátil ou fixo, materiais para punção venosa, curativo, pequenas suturas, e imobilizações (colares, talas, pranchas), tanto para adulto como pediátrico (BRASIL, 2002). Medicamentos: Adrenalina, Água destilada, Ringer Lactato, Soro Glico-Fisiologico, Soro Glicosado, Aminofilina, Amiodarona, Atropina, Brometo de Ipratrópio, Cloreto de potássio, Cloreto de sódio, Deslanosídeo, Dexametasona, Diazepam, Diclofenaco de 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Sódio, Dipirona, Dobutamina, Dopamina, Epinefrina, Escopolamina (hioscina), Fenitoína, Fenobarbital, Furosemida, Glicose, Haloperidol, Hidantoína, Hidrocortisona, Insulina, Isossorbida, Lidocaína, Meperidina, Midazolan (BRASIL, 2002). Os materiais e medicamentos são exigências da portaria 2048, porém a organização desses materiais dentro das unidades, cabe à instituição organizá-los de acordo com a necessidade do setor, através de protocolos ou checklist. UNIDADES NÃO HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Essas unidades devem funcionar nas 24 horas do dia, pois são estruturas de complexidade intermediária. A ideia é descentralizar o atendimento hospitalar de clientes com quadros agudos de média complexidade, para diminuir a sobrecarga e dar respaldo às unidades básicas de saúde. 3.5 Capítulo IV 3.5.1 Atendimento Pré-Hospitalar Móvel O serviço pré-hospitalar móvel procura chegar precocemente à vítima, que core risco clínico, cirúrgico, traumático, inclusive os psiquiátricos, e que o não atendimento imediato possa levar a vítima ao sofrimento, sequela ou até mesmo à morte. O atendimento móvel, segue basicamente da mesma forma que o atendimento fixo, porém suas divisões são diferentes. A primária objetiva dar apoio a um pedido de socorro de um indivíduo, ou seja, o pedido é realizado por ele próprio. O nível secundário atende pacientes que já passaram do atendimento primário e mesmo assim possuem uma estabilidade, e necessitam de um atendimento mais complexo, ou seja o pedido é feito por uma instituição de saúde. A equipe de profissionais oriundos da saúde, deverá ser composta: Responsável Técnico: Médico responsável pelas atividades médicas do serviço; Responsável de Enfermagem: Enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem; Médicos Reguladores; 41 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Médicos Intervencionistas; Enfermeiros Assistenciais; Auxiliares e Técnicos de Enfermagem. Dos requisitos gerais para o enfermeiro: Disposição pessoal para a atividade; Equilíbrio emocional e autocontrole; Capacidade física e mental para a atividade; Disposição para cumprir ações orientadas; Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de urgências e emergências; Iniciativa e facilidade de comunicação; condicionamento físico para trabalhar em unidades móveis; Capacidade de trabalhar em equipe. Já as competências do enfermeiro, será de atender situações de alta complexidade atuando em conjunto com o suporte avançado de vida e obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem. A equipe de profissionais não oriundos da saúde, deverá ser composta: Telefonista; Rádio operador; Condutor de Veículos de Urgência; Profissionais Responsáveis pela Segurança; Bombeiros Militares; Capacitação Específica dos Profissionais de Transporte Aeromédico. 3.5.2 Definição dos Veículos de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel As ambulâncias são veículos terrestres, aéreos ou aquaviários, exclusivos para o atendimento e transporte de vítimas de casos agudos. As ambulâncias/viaturas são classificadas: A: Transporte simples: é um veículo que transporta pacientes sem risco de vida, de caráter eletivo. Tripulação com 2 profissionais: um o motorista e o outro um Técnico ou Auxiliar de enfermagem. 42 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. B: Suporte Básico: veículo que realiza transporte inter-hospitalar e atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida, mas sem a necessidade de intervenção médica durante o atendimento no local ou durante o transporte. Tripulação com 2 profissionais: um o motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem. C: Resgate: Atendimento às urgências pré-hospitalares com vítimas de acidentes ou locais de difícil acesso. A equipe conta com equipamentos especiais de salvamento terrestre, aquático ou em alturas. Tripulação com 3 profissionais militares D: Suporte Avançado: veículo em que a equipe do pré-hospitalar ou inter- hospitalar presta atendimento e transporte de vítimas graves e complexas. Essa contém equipamentos médicos avançados. Tripulação com 3 profissionais: um motorista, um enfermeiro e um médico. E: Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa composta de equipamentos avançados do suporte avançado de vida, utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes
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