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De que maneira poderíamos correlacionar o sistema nervoso e a homeostase corporal? A homeostase corporal é a capacidade de manter as condições de um meio interno, como os órgãos e tecidos do corpo humano, quase constantes, adaptando-se às mudanças ambientais e internas. Do ponto de vista molecular, a composição celular não se altera significativamente ao longo do tempo. Nelson e Cox (p. 589, 2014) afirmam que as células e os organismos existem em um estado estável dinâmico e a falha nos mecanismos homeostáticos são frequentemente a causa de doenças humanas. De acordo com Guyton e Hall, (p. 40, 2017) todos os órgãos e tecidos do corpo humano executam funções que contribuem para manter as condições do meio interno relativamente constantes. O sistema nervoso, em particular, está intimamente relacionado à homeostase, pois um dos seus objetivos é controlar e regular diferentes funções orgânicas. O sistema nervoso reconhece estímulos vindos dos ambientes externo e interno (do próprio organismo) com o intuito de elaborar respostas para a manutenção da homeostase. O sistema nervoso é formado por três partes principais: • Parte de aferência sensorial: é a porta de entrada de toda informação sensorial. É formada por receptores que detectam o estado do corpo e do meio ambiente. Os receptores são classificados em: 1. Mecanorreceptores: captam estímulos físicos 2. Termorreceptores: captam estímulos térmicos 3. Quiomiorreceptores: captam estímulos químicos 4. Fotorreceptores: são estimulados pela luz (radiação eletromagnética) 5. Osmorreceptores: captam variações do meio osmolar. • Sistema nervoso central, SNC (parte integrativa): formado pelo encéfalo e pela medula espinal. Sua função primária é a comunicação interneuronal. É responsável pela integração e coordenação dos sinais neurais que chegam e saem do SNC. • Parte de eferência motora. conduz impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). Guyton e Hall (p. 48, 2017) afirmam que os sistemas nervoso e hormonal trabalham juntos, de forma coordenada para controlar essencialmente todos os sistemas de órgãos do corpo. O sistema nervoso regula atividades musculares e secretórias do organismo. Já o sistema hormonal regula funções metabólicas. O corpo humano apresenta uma série de mecanismos de controle homeostático. O sistema nervoso detecta a quebra da homeostase através das terminações nervosas aferentes. O SNC é responsável pela tomada de decisão visando o restabelecimento do equilíbrio corporal e coordena a entrada e saída dos sinais neurais. Já a parte de eferência motora conduz os sinais do SNC para os órgãos efetores, que responderão ao comando do centro integrador. Os sistemas de controle homeostáticos podem agir através de feedback negativo ou feedback positivo. No feedback negativo, há um aumento na concentração de uma determinada variável, como, por exemplo, a concentração de CO2 no líquido extracelular. O corpo humano desencadeia uma resposta negativa ao estímulo inicial através do aumento da ventilação pulmonar, que vai contribuir para a diminuição da concentração dessa variável em direção ao valor normal. Guyton e Hall (p. 54, p. 56 2017) assinalam que a maioria dos sistemas de controle possuem feedback negativo. O feedback positivo, por sua vez, pode causar ciclos viciosos e morte. Existem casos em que o feedback positivo apresenta um papel importante. No parto, por exemplo, a intensificação das contrações uterinas envia sinais através do músculo uterino para o corpo do útero, o que causa contrações ainda mais fortes, contribuindo para o nascimento do bebê. Referências Bibliográficas BRITO, Juliane C. de S. S.; SILVA, Vivian A; Estrutura e função humana - Capítulo 1 - O que é a estrutura e função humana? Disponível em: https://unifacs.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/SAU_ESF UHU_19/unidade_1/ebook/sections/pdf/TASK29301.pdf. Acessado em 04 outubro 2021 GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2014
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