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PSICOPEDAGOGIA JANAÍNA CRESPO RODRIGUES A PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL São Gonçalo/RJ 2021 A PSICOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Autor1 Janaína Crespo Rodrigues Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- O objetivo principal deste trabalho é fazer uma reflexão sobre como o psicopedagogo pode colaborar para que a Educação Infantil assegure experiências que estimem as várias infâncias. Procurar campo de exercício para o psicopedagogo exige compreender a história da Psicopedagogia como uma ciência ainda em evolução. Realizar o trabalho deste capacitado na modalidade da Educação Infantil nos faz refletir sobre o trajeto que esta passou até chegar aos modelos em que é indicada nos dias atuais, indicando que é possível uma linha de desempenho do psicopedagogo na Educação Básica e redizendo sobre a relevância da atividade deste profissional na preparação de uma educação de qualidade. O trabalho apresentado mostrou que é sim possível pensar a Educação Infantil sob uma perspectiva psicopedagógica, coadjuvando na precaução de dificuldades e promovendo a estruturação de uma personalidade profissional do psicopedagogo. Logo, além de descobrir sua área de trabalho, o psicopedagogo contribui para o ganho de experiências que enalteçam as variadas infâncias e a criança enquanto representa a sociedade que produz cultura. Palavras-chave: Educação Infantil. Psicopedagogo. Psicopedagogia. 1 janainacrespo03gmail.com 1 INTRODUÇÃO Com o objetivo de compreender o papel da psicopedagogia nas instituições de ensino e na formação atual da educação infantil no país, o objetivo principal desta pesquisa é refletir sobre a atuação do psicopedagogista neste campo específico de atuação. Operando nas escolas, o psicopedagogo trabalha com a dinâmica da instituição e com a formação de professores, orientando e auxiliando na organização das atividades e, consequentemente, no processo de aprendizagem dos alunos. A preocupação com o ensino na educação infantil apareceu com a inclusão da mulher no mercado de trabalho no início da industrialização, isso pelo fato de não terem com quem deixar seus filhos. Sendo assim, na época em que surgiram as instituições de ensino para essa faixa etária, era normal a preocupação maior em relação ao cuidado com as crianças do que em relação ao que elas podiam aprender durante o período que frequentavam esses estabelecimentos. A construção identitária de psicopedagogos e profissionais da educação infantil envolve conceitos como autores e protagonistas, envolvendo professores e crianças envolvidas no processo de formação, passando a ser considerados produtores culturais. Diante disso, encontramos o papel no psicopedagogo que para nos auxiliar nos desafios diários de educar a psicopedagogia surge a partir da dinâmica de relações entre o sujeito e o meio familiar e social em que vive. A psicopedagogia pode trazer importantes contribuições para a Educação Infantil. DESENVOLVIMENTO A Psicopedagogia desempenha um papel muito importante, que seria trabalhar com a aprendizagem, isto é, os saberes que a criança vai adquirindo no decorrer de seu processo escolar. O profissional utiliza vários métodos, até chegar ao ponto alvejado que seria o aluno, e para que seu objetivo seja alcançado com exito, ele implementa intervenções e diagnósticos psicopedagogicos, desenvolvendo estudos pensados em seu objetivo, acolhimento aos alunos e pais, articulando e orientando juntamente com os educadores, isto é, ele opera na antecipação dos problemas de aprendizagem. A Psicopedagogia pode colaborar com a Educação Infantil, especialmente na prevenção de futuros problemas de aprendizagem, fornecendo recursos para que seja melhor trabalhado a evolução dessas crianças, podendo assim dar direcionamento para a composição de atividades a serem desenvolvidas com as crianças, assim como indicar possíveis adversidades que as crianças possam obter. Com a sua ação pedagógica e através de reflexões com o professor sobre o desenvolvimento do grupo de alunos e na elaboração de propostas adequadas para que avancem nas suas aprendizagens e também contribuir com conhecimentos da psicopedagogia. (CAMPOS, 1997, p. 34) De acordo com SCOZ (1991), a Psicopedagogia é um campo que examina o processo de aprendizagem, seus enigmas e que, numa ação profissional, deve associar várias areas do conhecimento com o proposito de compreender esse processo e as dificuldades consequentes dele. De acordo com a autora, é uma área que perscrutou conhecimentos para colaborar também com o progresso da qualidade de ensino. Atualmente, a Psicopedagogia tem sido constantemente requerida na sociedade atual, na medida em que procura garantir a concretização da aprendizagem, tendo em vista que, somente a ascensão à educação conforme inscrito no art. 205 da Constituição Federal vigente, não assegura o aprendizado. A Educação Infantil condiz à educação abstida desde sua origem até os seis anos de idade, mais ou menos. É uma fase fundamental, é ela que dá rudimentos necessários para a evolução da criança. A educação infantil faz-se muito importante para o desenvolvimento sistematizado no esquema físico, cognitivo, psíquico e social da criança. A capacidade que a criança possui ao nascer, em um seguimento mutuo com as conjunções disponibilizadas pelo meio ambiente, irá direcionar o seu nível de desenvolvimento, sua forma de pensar, agir e sentir. Sem alimentação, estímulos saúde, a criança fica atrasada em sua evolução ou morre. Brincar traz às crianças a chance de desenvolver uma identidade independente, criativa e solidária. A criança que brinca abrenha ao mundo da cultura, do trabalho, e dos afetos pelo caminho da experimentação e representação. A proposição de uma educação inclusiva destina a uma atribuição de um novo significado sobre as práticas pedagógicas, respaldando-se no exemplo do respeito às diferenças. Essa nova situação demanda uma renovação da escola voltada em processos que garantam o ingresso, a estadia e a aprendizagem de todos os alunos. As mudanças atracadas nos novos reforços familiares, bem como o imperativo conduzido pelo movimento da educação inclusiva tiveram grande impacto na escola, gerando incertezas e inquietações, inseguranças. O educador frente a isso, é quem tem demostrado mais insegurança, sabendo que essas mudanças demandam dele um reposicionamento, retendo sua função para uma visão voltada para diferentes processos de ensino e aprendizagem. CAPÍTULO I: A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL A Psicopedagogia nasce juntamente com a concepção da Escola Guatemala, no Rio de Janeiro, na década de 80. Esta instituição iniciou um trabalho na ação preservativa junto ao educador, isto é, buscavam-se saídas para as incoerências do ensino. Entretanto, desde a década de 60, a Psicopedagogia deu inicio a estruturaração no Brasil por meio de trabalhos de alguns autores brasileiros. Neste periodo, a preocupação estava focada mais para asdeficiências que provocavam problemas de aprendizagem, do que a outras causas. A Psicopedagogia no Brasil tem um trajeto atribulado. O Psicopedagogo, precisa ser um especialista em conhecimento humano, agregando sabres de diversas áreas técnicas e científicas, com propósito de interceder nesse procedimento, tanto com o intuito de intensifica-los, quanto de tratar adversidades, usando ferramentas próprias para este fim. A Psicopedagogia, retrata um campo de atuação imensamente amplo, ficando ao profissional o dever imensurável e enigmático de assumir o seu lugar com ponderação e empenho, implantados sob uma base concreta de estruturas teórico-práticas. A Psicopedagogia adveio pela necessidade de suporte às crianças com dificuldades em aprender, visto que, este problema revelado por algumas crianças as tornava despreparadas dentro do sistema comum de educação e era interpretado como uma situação que acarretava outros problemas, até a derrota e a saída escolar. A Psicopedagogia reconhece a importância de afeiçoar-se em uma soma que abrange todos as relações que formam o ser humano ao mundo. Seu desígnio vai além de processos de aprendizagem. Refere-se a um ser que instruir-se, sendo este muito mais do que iniciante, sendo um ser com competência de se conhecer e conhecer sobre o meio do qual faz parte. De fato, a Psicopedagogia não passa de uma busca constante, mudança, atualização, atuação, integração e conhecimentos. Enfim, ela direciona a reflexão sobre o processo de aprendizagem, seja em nível preventivo ou terapêutico. CAPÍTULO II: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL Ao oposto do que muitas pessoas pensam, nenhuma criança nasce tendo potencial para brincar. Os bebês somente aprendem a brincar com seus familiares ou pessoas mais próximas, sejam elas crianças ou adultos. As sensações que causam os movimentos são os primeiros divertimentos que os adultos proporcionam as crianças. A Educação Infantil propicia situações em que a criança amplia os seus conhecimentos, desenvolvendo suas experiências, o gosto pela investigação, consciência de sua capacidade de aprender, o espírito crítico, a própria possibilidade de escolha, o pensamento, estampando também sua colocação no processo de descoberta e utilização da linguagem escrita. A escola precisa ser muito mais que um ambiente agradável, onde as crianças brincam, também deve ser um espaço educativo, estimulante, afetivo, seguro, com educadores verdadeiramente aptos para conduzir a criança nesse processo intensivo e rotina de crescimento e descobertas. Precisa proporcionar a expectativa de uma base concreta que induzirá todo o desenvolvimento dessa criança. CAPÍTULO III: A IMPORTÂNCIA E A ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NO DESENVOLVIMENTO NA ED. INFANTIL O Psicopedagogo é um grande colaborador, pois trabalha com o objetivo de realizar uma análise, distinguindo as causas do problema e intervindo para provocar no sujeito o desejo de aprender. Muitos acreditam que o psicopedagogo vai solucionar todos os problemas existentes (dificuldade de aprendizagem, desestímulo, indisciplina, evasão, entre outros). Entretanto, o psicopedagogo não vem juntamente com todas as soluções, o que vai acontecer será um trabalho de equipe, em parceria com todos que fazem parte da escola (gestores, professores, alunos, pessoal de apoio, família). O psicopedagogo se adentra a escola para analisar a escola como um todo. O profissional poderá disponibilizar o espaço, jogos, brincadeiras, através de conversas ou atividades criadas com objetivo de desenvolver determinadas habilidades. O psicopedagogo na escola, tem um papel indispensável na criação e no aprimoramento da relacão entre professores, funcionários, alunos e os familiares, em muitos casos, sendo necessário demitologizar a demonstração de sentimentos como a competição a inveja, que impossibilitam a aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através de uma pesquisa baseada em diferentes autores e do exercício de desempenho na Educação Infantil, foi possível compreender o percurso da mesma e olhar sobre um olhar psicopedagógico. Sob a ótica de quem conhece as fases da infância e se descalvou em conhecimentos próprios de sua área, é capaz de fazer uma investigação psicopedagógico da criança, do grupo e da instituição, apresentando melhorias e reflexões para a mesma, movendo todos ao desenvolvimento pessoal e profissional. O auxílio aos profissionais, além valorizar novamente o papel dos mesmos, oportuniza a posse de novos conhecimentos e formação de identidade, ocasionando aos professores mudanças de práticas antigas, buscando uma prática educativa mais crítica e focada diretamente à criança. Tipificando esta formação como essencial para o desenvolvimento integro da criança, o psicopedagogo além de garantir que direitos básicos como que a brincadeira seja trazida de volta nas práticas escolares, ainda permitirá ao grupo de trabalho condições para a construção de espaços que beneficiem a interação das crianças entre si, com os ambientes, com os adultos e com os objetos. É importante frisar que a brincadeira é a atividade favorável da infância. Ela permanecerá tanto na composição psíquica como também na evolução do desenvolvimento da aprendizagem e da socialização. Os educadores que se destinam ao ensino infantil devem ter isso em mente e beneficiar também esse exercício na asserção de tarefas. A brincadeira é o primeiro vivenciar do mundo que a criança possui, é através da brincadeira que as crianças desenvolvem capacidades relevantes a imitação, como a memória, a imaginação, a atenção, quer dizer, o brincadeira não é uma perda de tempo ou desperdício, mas ao contrário a brincadeira engloba muitos elementos que contribuem para o desenvolvimento da linguagem, emocional, moral, físico e afetivo. Ao brincar, a criança tem condições de investigar e pensar sobre a realidade, e assim começa a se questionar sobre as regras e sobre o meio social em que vive. REFERÊNCIAS BARBOSA, Maria Carmen Silveira. CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010. Beatriz Judith Lima. BARONE, Leda Maria Codeço, et al. Psicopedagogia: Contextualização, formação e atuação profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. BOSSA, Nádia A. A psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000a. SALOMÃO, Hérica Aparecida Souza; MARTINI, Marilaine; JORDÃO, Ana Paula Martinez. A importância do lúdico na educação infantil: enfocando a brincadeira e as situações de ensino não direcionado. Portal de Psicologia, 2007. Scoz. J. L (orgs.) Psicopedagogia: contextualização, formação e atuação profissional: Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez editora, 2017. RUBINSTEIN, Edith. Psicopedagogia uma prática, diferentes estilos. Casa do Psicólogo, 1999.
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