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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

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AO DOUTO JUIZO DA ___ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA 
COMARCA DE TERESINA-PI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROMEU CAMPRESTE, brasileiro, casado, contador, portador da carteira de 
identidade nº..., com o CPF/MF nº..., endereço eletrônico..., residente e 
domiciliado à Rua Colômbia, nº 1327, bairro América, CEP ..., Teresina/PI, por 
meio de seu advogado que esta subscreve, nos termos da procuração (anexa), com 
escritório à Rua..., nº..., com o endereço eletrônico ..., para que sejam remetidas as 
notificações, com base no artigo 77, inciso V, do CPC, vem, respeitosamente a 
presença de Vossa Excelência ajuizar, com fulcro no artigo 247 e seguintes do 
Código Civil, artigo 300, caput e §3º do CPC, e artigos 303 e 304 ambos do 
CPC/2015, e bem como no artigo 700 e seguintes do Código de Processo Civil, 
propor a presente: 
 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 
 
Em face de: ELETRO+ PIAUÍ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob 
CNPJ nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado à Rua Escócia, Bairro 
Europa Central, nº1909, CEP..., Teresina/PI, pelas razões de fato e de direito a seguir: 
 
PRELIMINARMENTE: 
 
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
A demanda contemporânea do Autor que é contador, e que atualmente mora com sua 
esposa e possui 03 filhos e 02 cachorros, sem, no entanto, poder arcar, sem prejuízo 
à manutenção da subsistência familiar, com as custas processuais. 
 
Com esteio nas disposições do art. 98, § 1º e 99 § 3º e § 4º do Código de Processo 
Civil, requer os benefícios da gratuidade da justiça, por não poder arcar com as 
despesas processuais sem comprometer seu próprio sustento. Desse modo, não resta 
alternativa ao Douto Juízo senão pelo reconhecimento dos benefícios da justiça 
gratuita, principalmente, tornando isento do pagamento das custas processuais. 
 
II – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
 
Tratando-se o presente caso de uma relação de consumo amparada pela lei 8.078/90, 
que abarca especificamente das questões em que fornecedores e consumidores 
integram relação jurídica. O artigo 6°, VIII, do CDC, faculta ao magistrado 
determinar a inversão do ônus da prova em favor do consumidor. No dispositivo 
legal, verifica-se, sem maior esforço, a incumbência de que, presentes os requisitos 
de verossimilhança das alegações ou quando o consumidor for hipossuficiente, o 
legislador pode inverter o ônus da prova. Por tanto, presentes a verossimilhança do 
Direito alegado e a hipossuficiência da parte autora para deferimento da inversão do 
ônus da prova no presente caso concreto, dá-se como certo seu deferimento. 
 
III - DOS FATOS 
 
Conforme relata o autor, no último dia 28 de setembro de 2021, teve sua energia 
cortada por inadimplemento, e que isso ocorreu de forma totalmente equivocada 
pela parte ré, qual seja a Concessionária de Energia Elétrica do Piauí, ELETRO+ 
PIAUÍ LTDA, situada na Rua Escócia, número 1909, Bairro Europa Central, 
Teresina/PI, fazendo com que esteja até a presente data do ajuizamento desta 
demanda, qual seja o dia 05/10/2021, sem energia. O autor descreve que precisa 
urgentemente do reestabelecimento sua energia, pois além dele e sua esposa, ainda 
possui 03 filhos e 02 cachorros e sua vida está deveras prejudicada sem o acesso à 
energia. Para mais, o autor, não requisita apenas tal pedido de restauração, pois, como 
continua a narrar, informou que teve enormes prejuízos pelo corte ilegal da sua 
energia, comprovadamente anexados nesta inicial, quais sejam: 
 
- R$ 300,00 (trezentos reais) de carne perdidas; 
- R$ 500,00 (quinhentos reais) de um micro-ondas que queimou; 
- R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) de uma TV de 32 polegadas que queimou. 
 
Não bastando tais situações absurdas, o autor foi exposto ao ridículo, com enorme 
constrangimento, no momento do corte de energia da sua residência, pois os 
funcionários da Empresa ELETRO+ PIAUÍ cortaram e falavam em tom exagerado 
que estavam cortando a energia por falta de pagamento, com toda a vizinhança 
assistindo a essa situação. Além disso, o autor vem recebendo reiterados boletos de 
cobranças mensais, que já foram devidamente pagos. Diante o exposto, não restou 
outra opção senão recorrer à tutela jurisdicional do Estado para ver resguardados os 
seus direitos. 
 
IV - DO DIREITO 
 
IV.I DO RELIGAMENTO DA ENERGIA 
 
O autor teve sua energia cortada indevidamente, enquanto os funcionários da 
empresa afirmavam que constavam débitos em seu nome. De acordo com a lei 
n°7783/89 em seu artigo 10, define a energia como um serviço essencial: “Art. 10 
São considerados serviços ou atividades essenciais: I - tratamento e abastecimento 
de água; produção e distribuição de energia” consoante com o CDC, no seu art. 22, 
mostram que os serviços essências devem ser contínuos, e como assim tem entendido 
o Conspícuo Superior Tribunal de Justiça. Vejamos o art. 22 do CDC em suma: “Os 
órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob 
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços 
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.” 
 
Também se comprova que o senhor Romeu não está devendo nenhuma prestação 
pecuniária como se comprovado pelos boletos que seguem em ANEXO, com isso 
requer que seja religado a sua energia de forma urgente em até 04 (quatro) horas em 
caráter de urgência conforme a normativa N° 414, DE 09/09/2010 da ANAEEL, 
vejamos o trecho que diz: Art. 176. A distribuidora deve restabelecer o fornecimento 
nos seguintes prazos, contados ininterruptamente: III – 4 (quatro) horas, para 
religação de urgência de unidade consumidora localizada em área urbana.” 
 
IV.II - DOS DANOS MATERIAS 
 
Devido ao corte de energia inusitado, o autor desta teve grandes prejuízos na sua casa 
conforme descrito nos fatos, mas que são R$ 300,00 (trezentos reais) de carne, R$ 
500,00 (quinhentos reais) de um micro-ondas que queimou, R$ 1.200,00 (um mil e 
duzentos reais) de uma TV de 32 polegadas que queimou. Conforme o art. 186 do 
CC diz que: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito.” Fica claro que foi um ato ilícito, já que suas contas estavam em 
dias, a empresa tem por obrigação reparar os danos causados, conforme o artigo 927 
do CC. Que diz: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo.” 
 
IV.III – DOS DANOS MORAIS 
 
No ato do desligamento da energia o autor passou por grande constrangimento na 
frente de vizinhos que observaram o transtorno, os funcionários da empresa além de 
cortar a energia indevidamente, falavam em um tom exagerado, e dizendo o motivo 
o qual seria a falta de pagamento, que conforme a CF sendo mais preciso no artigo 
5º, inciso X, da CF/88 e conforme o art. 6º do CDC que diz: “Todos são iguais perante 
a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: X - São invioláveis a 
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;” 
 
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos;” ficando claro o direito de reparar o dano moral do senhor 
Romeu, assim requerendo que seja concedido. 
 
V - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA 
 
No CPC mais preciso no artigo 300 da Lei 13.105/2015, fica autorizado ao juiz a 
conceder a tutela de urgência quando presentes a “probabilidadedo direito” e o 
“perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo”. Com isso, verifica-se que é 
claro o direito de religamento da energia, já que consta provas claras onde segue em 
anexo os pagamentos da conta de luz e sem constar nenhuma inadimplência, e ainda 
que estivesse atrasada, a lei n°7783/89 no artigo 10 no CDC e no art. 22 do CDC que 
a energia é um serviço essencial e continuo, ficando claro e não restando duvidas a 
probabilidade do direito, no caso o primeiro requisito para a concessão da tutela. E 
no segundo requisito, a perigo já que Romeu, sua esposa, seus filhos e seus cachorros 
necessitam da energia para sobreviver, se alimentar e suprir outras necessidades 
básicas e essenciais para a manutenção de suas vidas. Nesse sentido, verifica-se 
presente o requisito do perigo do dano ou resultado útil do processo, e diante o 
exposto requer que seja concedida a tutela de urgência em caráter antecipada. 
 
 
VI - A PROBABILIDADE DO DIREITO: É evidente a probabilidade do direito 
na medida em que a parte ré, não respeitou a relação de consumo, na qual efetuou 
corte ilegal de energia elétrica em que as faturas estavam devidamente pagas pela da 
parte autora. Assim, fica demonstrado o respeito ao requisito da probabilidade do 
direito, uma vez que a parte autora tivera os seus direitos violados, além do 
constrangimento. Portanto, resta claro e inequívoca a importância de ressaltar que o 
direito ao fornecimento de energia elétrica deve ser contínuo, não cabendo 
interrupção, pois se trata de serviço público essencial. 
VII - O PERIGO DA DEMORA: Neste sentido, verifica-se o perigo de dano ou 
resultado útil do processo, uma vez que se a demanda for realizada normalmente, 
sem a concessão da antecipação de tutela, a parte autora ficará sem o uso de um 
serviço essencial para sua família. Assim, durante o andamento processual e a 
demanda, ocasionará inúmeros prejuízos a parte autora, pois trata-se de um serviço 
essencial, no qual foi retirado de forma ilegal. Além disso, os direitos atingidos muito 
mais valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade 
humana, a intimidade, a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange 
toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. 
 
VIII - DA REVERSIBILIDADE DA TUTELA: Ressalta que os efeitos da tutela 
antecipatória são reversíveis posto que, uma vez que, o fornecimento de energia 
elétrica foi retirado de forma ilegal, pois as faturas que estão devidamente pagas pela 
parte autora. Em sede de cognição exauriente, presente na sentença, seja verificado 
que este não possuía tal direito. Contrariamente, caso não seja concedida a tutela 
provisória de urgência, irreversível será o dano causado a parte autora, posto que 
ficaria sem ter acesso o uso de um serviço essencial para a própria subsistência de 
sua família. Dessa forma, não resta alternativa a este Douto Juízo senão pela 
concessão imediata do pedido de Antecipação dos Efeitos da Tutela que se requer, 
tendo em vista o cumprimento integral dos requisitos enumerados pelo artigo 300, 
caput e §3o do CPC, e artigos 303 e 304 ambos do CPC/2015. 
 
IX - DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
- Preliminarmente, seja CONCEDIDA os benefícios da Justiça Gratuita nos termos 
do artigo 5o, incisos XXXIV e LXXIV, da CRFB/88, bem como, os artigos 98 e 99 
§ 4o da Lei.13.105 - Novo Código de Processo Civil, haja vista, a autora não ter 
condições de arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais, sem 
prejuízo de seu sustento e de sua família; juntando, desde logo, a declaração de 
carência, tudo de modo a deixar induvidoso que não dispõe de recursos financeiros, 
seja para arcar com o uso dos exames e operações, bem como, para arcar com 
despesas de custas processuais; 
- Seja deferida a ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA INAUDITA 
ALTERA PARS, por força dos artigos 84, § 3o da Lei 8.078/90, artigos 294 c/c art. 
300 do NCPC; 
 
- A inversão do ônus da prova, de acordo com o previsto no art. 6º, VIII, do Código 
de Proteção e Defesa do Consumidor, em favor da parte autora se assim for o 
entendimento de Vossa Excelência; “I - No mérito, que sejam julgados procedentes 
os pedidos para confirmar o pedido de tutela de urgência ou deferi-lo, caso não 
concedido no início do processo, e para: 
 
- A citação da empresa ré para comparecer à audiência de conciliação a ser marcada, 
podendo esta ser convocada em audiência de instrução e julgamento nos termos da 
lei 9.099/95, sobe pena de revelia e confissão; 
 
- Que seja designada audiência de conciliação ou mediação, na forma do artigo 334 
do NCPC; 
 
- Que a empresa ré seja condenada ao pagamento a títulos de DANOS MATERIAIS 
no valor de 2.000,00 (dois mil reais), pelo prejuízo causado; 
 
- Que a empresa ré seja condenada a títulos de DANOS MORAIS no valor de 
8.000,00 (oito mil reais), pelo constrangimento sofrido; 
 
- Seja citado o Réu para, em querendo, apresentar, no prazo legal, contestação, sob 
pena dos efeitos de revelia; 
 
- A ré seja condenada em obrigação de FAZER, para que proceda efetiva negociação 
do serviço prestado, sustando a respectiva cobrança; 
 
- Seja julgada procedente a presente Ação, condenando o réu a pagar ao autor os 
danos morais e materiais injustamente sofridos, na forma seguinte: DANOS 
MORAIS (CF/88 e art. 6 o - CDC, por sua aplicação extensiva); 
 
- A condenação do Réu ao pagamento de honorários advocatícios na monta de 15% 
do valor atualizado da ação, conforme propõem os artigos 82 e 85 do CPC/2015. 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos e os oralmente 
legítimos, principalmente pelas provas documentais e testemunhais. 
 
X - DO VALOR DA CAUSA. 
 
Atribui-se ao valor da causa R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
 
 
 
 
 
Nestes termos. Pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado 
 
OAB/UF n.º....

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