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9 Língua Portuguesa ������������������������������������������������������������������������������������������������� 11 1. Interpretação e Compreensão de Texto ......................................................................................12 2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto ...............................................................................14 3. Formação de Palavras ...................................................................................................................19 4. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa .................................................................................23 5. Emprego das Classes de Palavras ...............................................................................................28 6. Sintaxe ..........................................................................................................................................46 7. Pontuação ......................................................................................................................................62 Redação ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 65 1. Redação para Concursos Públicos ..............................................................................................66 2. Dissertação Expositiva e Argumentativa.....................................................................................72 Matemática ������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 77 1. Teoria dos Conjuntos ...................................................................................................................78 2. Conjuntos Numéricos ..................................................................................................................82 3. Sistema Legal de Medidas ............................................................................................................88 4. Porcentagem e Juros .....................................................................................................................91 5. Razões e Proporções .....................................................................................................................94 6. Análise Combinatória..................................................................................................................99 7. Probabilidade ..............................................................................................................................104 8. Sequências Numéricas ...............................................................................................................108 9. Funções, Função Afim ...............................................................................................................113 10. Geometria Plana ......................................................................................................................118 11. Proposições ...............................................................................................................................126 12. Argumentos ...............................................................................................................................133 13. Psicotécnicos .............................................................................................................................138 Conhecimentos Gerais ����������������������������������������������������������������������������������������� 143 1. A Idade Contemporânea e seus Principais Acontecimentos ..................................................144 2. Globalização, Neoliberalismos, a Questão Ambiental e a Sociedade do Conhecimento .....156 3. História do Brasil ........................................................................................................................164 4. Constituições Republicanas ......................................................................................................170 5. Brasil República Populismo (1945 - 1964) ...............................................................................173 6. República Militar .......................................................................................................................178 7. Redemocratização .......................................................................................................................182 8. Cultura Brasileira nos Anos 80 e 90 ..........................................................................................186 9. Nova Ordem Mundial: Mundo Multipolar ...............................................................................190 10. Globalização ..............................................................................................................................190 11. Terrorismo Globalizado ...........................................................................................................191 12. Problemas Ambientais: Erosão e Poluição do Solo ................................................................195 13. Questões Atmosféricas .............................................................................................................196 14. Água ...........................................................................................................................................198 15. Geologia .....................................................................................................................................202 16. Estrutura Geológica e Relevo do Brasil ...................................................................................205 17. Climas da Terra .........................................................................................................................208 18. Climas do Brasil ........................................................................................................................209 19. Hidrografia ................................................................................................................................212 Sumário 10 20. Águas Oceânicas .......................................................................................................................213 21. Hidrografia do Brasil ................................................................................................................214 22. Biomas Terrestres .....................................................................................................................218 23. Domínios Morfoclimáticos ......................................................................................................220 24. Urbanização Brasileira .............................................................................................................223 25. Agropecuária Brasileira ............................................................................................................227 26. Recursos Minerais no Brasil .....................................................................................................230 27. Energia no Brasil .......................................................................................................................233 28. Industrialização Brasileira .......................................................................................................237 Noções Básicas de Informática ���������������������������������������������������������������������������� 240 1. Windows .....................................................................................................................................241 2. Editores de Texto .......................................................................................................................246 3. Editores de Planilha ...................................................................................................................262 4. Editores de Apresentação ..........................................................................................................2705. Redes de Computadores ............................................................................................................273 Noções de Administração Pública ����������������������������������������������������������������������� 280 1. Direitos Fundamentais - Direitos e Garantias Individuais e Coletivos ..................................281 2. Direitos Sociais ...........................................................................................................................297 3. Organização Político-Administrativa do Estado ......................................................................306 4. Administração Pública ...............................................................................................................314 5. A Defesa do Estado e das Instituições Democráticas ...............................................................330 6. Constituição do Estado de São Paulo ........................................................................................335 7. Lei nº 10.261, de 28 de Outubro de 1968 ...................................................................................349 8. Lei nº 10.177, de 30 de Dezembro de 1998 ................................................................................379 9. Lei Complementar nº 893, de 09 de Março de 2001 .................................................................393 10. Lei Complementar nº 1.080, de 17 de Dezembro de 2008 .....................................................405 11. Decreto nº 58.052, de 16 de Maio de 2012...............................................................................412 12. Acesso à Informação em Âmbito Federal. Política de Segurança da Informação no Âmbito da Receita Federal do Brasil .............................................................................................429 Sumário 12 LÍ N G U A P O RT U G U ES A 1. Interpretação e Compreensão de Texto O que é Interpretar Textos? Interpretar textos é, antes de tudo, compreender o que se leu. Para que haja essa compreensão, é necessária uma leitura mui- to atenta e algumas técnicas que veremos no decorrer dos textos. Uma dica importante é fazer o resumo do texto por parágrafos. Ambiguidade Ambiguidade ou anfibologia é a falta de clareza em um enun- ciado que lhe permite mais de uma interpretação. É conhecida, também, como duplo sentido. Observe os exemplos a seguir: Exs�: Maria disse à Ana que sua irmã chegou. (A irmã é de Maria ou Ana?) A mãe falou com a filha caída no chão. (Quem estava caída no chão?) Está em dúvida quanto à configuração da sua máquina? En- tão, acabe com ela agora mesmo! (Acabe com a dúvida, com a configuração ou com a máquina?) Em alguns casos, especialmente na publicidade e nos textos literários, a ambiguidade é proposital; mas, para que ocorra a com- preensão necessária, é preciso que o leitor tenha conhecimento de mundo suficiente para interpretar de maneira literal e não literal. No entanto, ela se torna um problema nos textos quando causa dúvidas em relação à interpretação. Ela também pode gerar problemas e fazer com que o autor seja mal interpretado, como na frase “Sinto falta da galinha da minha mãe”. Ao escrever, para que não haja problemas relacionados à am- biguidade, é necessária atenção do autor e uma leitura cuidadosa. FIQUE LIGADO É importante observar que os textos não são estáticos e di- ficilmente apresentarão apenas uma tipologia. É comum que o texto seja, por exemplo, dissertativo-argumentativo, narrativo- -descritivo ou descritivo-instrucional. É importante, portanto, identificar a tipologia que predomina. Coesão e Coerência Observe as orações a seguir: Mariana estava cansada. Viajou a noite toda. Foi trabalhar no dia seguinte. Perceba que a relação entre elas não está clara. Agora, veja o que acontece quando são inseridos elementos de coesão: Mariana estava cansada porque viajou a noite toda. Mesmo assim, foi trabalhar no dia seguinte. Os elementos de coesão são responsáveis por criar a relação correta entre os termos do texto, tornando-o coerente. Os elementos de coesão são representados pelas conjunções. As principais relações estabelecidas entre eles são: Concessão Adversidade Conclusão Causa Tempo embora – ainda que – se bem que – mesmo que – por mais que. mas – contudo – no entanto – todavia – se bem que – porém – entretanto. dessa forma – logo – portanto – assim sendo – por conseguinte Porque – pois – já que – visto que – uma vez que quando – na hora em que – logo que – assim que Leia o trecho a seguir, publicado no jornal Correio Popular: “Durante a sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre im- pôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro lado, costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 1970, quando fez par- te do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram pensados com um racionalismo típico de sua família, já que seus outros dois irmãos são médicos.” Correio Popular, Campinas, 20 out. 2000. Observe que neste trecho há problemas de coerência. “(...) costumava ficar horas aprimorando seus defeitos (...)” Entende-se o que o redator do texto quis dizer, mas a constru- ção é indevida, uma vez que a definição para aprimorar, segundo o dicionário, é aperfeiçoar, melhorar a qualidade de. Portanto, se interpretada seguindo esta definição, entender-se-ia que o joga- dor melhorava seus defeitos. Além da escolha inadequada do vocábulo, há também um problema causado pelo uso indevido dos elementos de coesão. Observe o uso da expressão “Por outro lado”, que deveria indi- car algo contrário ao que foi dito anteriormente, mas neste caso precede uma afirmação que confirma o que foi dito no período anterior, deixando o texto confuso. Perceba, portanto, que: Coesão é a relação entre as afirmações do texto, de maneira a deixá-lo claro e fazer sentido: Ontem o dia foi bom porque vi Lucas. Ontem o dia foi bom apesar de eu ter visto Lucas. A relação de sentido estabelecida pela conjunção fará o sen- tido do texto. Coerência é o sentido do texto, é o fato de o texto fazer senti- do e ser compreendido pelo leitor em uma primeira leitura. O que torna um texto coerente, entre outras coisas, é a escolha correta das conjunções. Por isso, a coesão e a coerência do texto andam juntas e muitas vezes se confundem. VAMOS PRATICAR Os exercícios a seguir são referentes ao conteúdo: Interpre- tação e Compreensão de Texto. É justo que as mulheres se aposentem mais cedo? A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condi- ções mais benéficas que aquelas concedidas aos homens suscita acalorados debates com posições não somente técnicas, mas tam- bém com muito juízo de valor de cada lado. Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20. 13 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas eli- minaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo: um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua pri- meira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984. Avanços no planejamento familiar e a disseminação de mé- todos contraceptivos permitiram a redução do número de filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de trabalho. Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do merca- do de trabalho até o início da vida adulta. Com isso, o custo de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte de renda para o sustento da casa. A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres domésticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa.A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas com limitações. Em relação aos homens, mulheres têm menor ta- xa de participação no mercado de trabalho, recebem salários mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar. Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas de compensação para as mulheres por meio de tratamento previ- denciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam dificulda- des de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-las por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem. A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, de 30. No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo de contribuição que os homens. (Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.) 01. (FGV) O tema contido na pergunta que serve de título ao texto a) é defendido por uma opinião pessoal do autor. b) é contestado legalmente no corpo do texto. c) é visto como uma injustiça em relação ao homem. d) é tido como legal, mas moralmente injusto. e) é observado de forma técnica e legal. 02. (FGV) “A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condições mais benéficas que aquelas concedidas aos homens suscita acalorados debates com posições não somente técnicas, mas também com muito juízo de valor de cada lado.” Ao dizer que há “muito juízo de valor de cada lado”, o autor do texto diz que na discussão aparecem a) questões que envolvem valores da Previdência. b) problemas que prejudicam economicamente os empregadores. c) posicionamentos apoiados na maior experiência de vida. d) opiniões de caráter pessoal. e) questionamentos injustos e pouco inteligentes. 03. (FGV) Dizer que as mulheres intensificaram sua partici- pação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século XX equivale a dizer que a) o trabalho feminino não existia antes dessa época. b) a atividade de trabalho até essa época apelava para a força física. c) as mulheres entraram no mercado de trabalho há pouco tempo. d) os homens exploravam as mulheres até a época citada. e) as famílias passaram a ter menos filhos desde o século XX. 04. (FGV) “Mudanças culturais e jurídicas eliminaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo: um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil con- tratou sua primeira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.” Os exemplos citados nesse segmento do texto a) comprovam as mudanças citadas. b) contrariam as modificações culturais e jurídicas. c) demonstram o atraso cultural das mulheres. d) indicam a permanência de determinadas restrições. e) provam o despreparo das mulheres para o mercado de trabalho masculino. 05. (FGV) Segundo o texto, a necessidade ou possibilidade de a mulher trabalhar se prende a diferentes motivos. As opções a seguir apresentam motivos presentes no texto, à ex- ceção de uma. Assinale-a. a) Aumento do tempo livre, em função da redução do número de filhos. b) O desenvolvimento tecnológico, que auxilia nos trabalhos domésticos. c) A manutenção dos filhos por mais tempo. d) O desequilíbrio econômico da Previdência. e) Os métodos contraceptivos, que limitam o número de filhos. 06. (FGV) Assinale a opção que indica duas razões que mostram as limitações femininas no mercado de trabalho. a) Dupla jornada de trabalho / tecnologia de apoio doméstico. b) Tecnologia de apoio doméstico / necessidade de força física. c) Necessidade de força física / interrupções legais do período de trabalho. d) Interrupções legais do período de trabalho / salários mais baixos. e) Salários mais baixos / dupla jornada de trabalho. Os cientistas já não têm dúvidas de que as temperaturas mé- dias estão subindo em toda a Terra. Se a atividade humana está por trás disso é uma questão ainda em aberto, mas as mais claras evidências do fenômeno estão no derretimento das geleiras. Nos últimos cinco anos, o fotógrafo americano James Balog acom- panhou as consequências das mudanças climáticas nas grandes massas de gelo. Suas andanças lhe renderam um livro, que reúne 200 fotografias, publicado recentemente. Icebergs partidos ao meio e lagos recém-formados pela água derretida das calotas de gelo são exemplos. Esse derretimento é sazonal. O gelo volta nas estações frias − mas muitas vezes em quantidade menor, e por menos tempo. Há três meses um rela- tório da Nasa, feito a partir de imagens de satélites, mostrou que boa parte da superfície de gelo da Groenlândia foi parcialmente derretida − transformada em uma espécie de lama de neve − em um tempo recorde desde os primeiros registros, feitos trinta anos atrás. Outro relatório, elaborado pela National Snow and Ice Data Center, mostra que o gelo do Ártico, durante o verão do hemisfé- rio norte, teve a maior taxa de derretimento da história, superan- do o recorde anterior, de 2007. 14 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Nem sempre, porém, menos gelo significa más notícias. A al- ta da temperatura na Groenlândia permitiu a volta da criação de gado leiteiro e o cultivo de vários tipos de vegetais, como batata e brócolis. Além disso, o derretimento do gelo no Ártico vai per- mitir a exploração de reservas de petróleo e abrir novas rotas de navegação. O que se vê nas fotos de James Balog é um mundo em transformação. (Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro de 2012, p. 121-122) 07. (FCC) Percebe-se claramente no texto a) a necessidade do desenvolvimento da agropecuá- ria em uma região carente de recursos, submetida a condições de temperatura excessivamente baixa. b) a ocorrência de fenômenos naturais que confir- mam plenamente as análises de cientistas sobre as consequências da presença do homem em algumas regiões da Terra. c) a importância das imagens obtidas por satélites, que permitem observação mais eficaz de fenôme- nos naturais ocorridos em regiões distantes, muitas vezes inacessíveis. d) o papel fundamental dos relatórios feitos com base em estudos científicos, que propõem medidas de contenção do derretimento de geleiras em todo o mundo. e) o emprego de recursos auxiliares, como o ofereci- do pela fotografia, nos estudos voltados para a pre- servação das belezas naturais existentes no mundo todo. 08. (FCC) O último parágrafo do texto expressa a) as previsões alarmistas que, ao considerarem os dados resultantes das pesquisas sobre o aquecimen- to global, vêm confirmar os riscos de destruição do planeta. b) a possibilidade de destruição total de uma vasta região do planeta, pondo em risco a sobrevivência humana, por escassez de água e de alimentos. c) as conclusões dos cientistas a respeito das evidên- cias do atual aquecimento mais rápido do planeta, fenômeno que prejudica a agricultura nas regiões polares. d) um posicionamento otimista quanto às consequên- cias de um fenômeno que, em princípio, é visto como catastrófico para o futuro do planeta. e) uma opinião pouco favorável à exploração econô- mica, ainda inicial, de uma das regiões mais frias do planeta, coberta por geleiras. 01 E 05 D 02 D 06 D 03 C 07 C 04 A 08 D GABARITO 2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto A reescrita ou reescritura de frases é uma paráfrase que visa à mudança da forma de um texto. Para que o novo período esteja correto, é preciso que sejam respeitadas a correção gramatical e o sentido do texto original. Desse modo, quando há qualquer ina- dequação do ponto de vista gramatical e/ou semântico, o trecho reescrito deve ser considerado incorreto. Assim, para resolver uma questão que envolve reescritura de trechos ou períodos, é necessário verificar os aspectos gramati- cais (principalmente, pontuação, elementos coesivos, ortografia, concordância, emprego de pronomes, colocação pronominal, re- gência, etc.) e aspectos semânticos (significação de palavras, alte- ração de sentido, etc.). Existemdiversas maneiras de se parafrasear uma frase, por isso cada Banca Examinadora pode formular questões a partir de muitas formas. Nesse sentido, é essencial conhecer e dominar as variadas estruturas que uma sentença pode assumir quando ela é reescrita. Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto No processo de reescrita, pode haver a substituição de pala- vras ou trechos. Ao se comparar o texto original e o que foi rees- truturado, é necessário verificar se essa substituição mantém ou altera o sentido e a coerência do primeiro texto. Locuções x Palavras Em muitos casos, há locuções (expressões formadas por mais de uma palavra) que podem ser substituídas por uma palavra, sem alterar o sentido e a correção gramatical. Isso é muito comum com verbos. Exs�: Os alunos têm buscado formação profissional. (locução: têm buscado) Os alunos buscam formação profissional. (uma palavra: buscam) Ambas as frases têm sentido atemporal, ou seja, expressam ações constantes, que não têm fim. Significação das Palavras Ao avaliarmos a significação das palavras, devemos ficar atentos a alguns aspectos: sinônimos, antônimos, polissemia, homônimos e parônimos. Sinônimos Palavras que possuem significados próximos, mas não são totalmente equivalentes. Exs�: Casa: lar - moradia – residência Carro: automóvel Para verificar a validade da substituição, deve-se também ficar atento ao significado contextual. Por exemplo, na frase “As frontei- ras entre o bem e o mal”, não há menção a limites geográficos, pois a palavra “fronteira” está em sentido conotativo (figurado). 66 RE D A Çà O 1. Redação para Concursos Públicos Os editais de concurso público disponibilizam o conteúdo programático das matérias que serão cobradas nas provas, mas nem sempre deixam explícito como se preparar para a prova discursiva, ou prova de redação – que, na grande maioria dos concursos, é uma etapa eliminatória. Portanto, é necessário preparar-se com bastante antecedên- cia, para que possa haver melhoras gradativas durante o proces- so de produção de um texto. Posturas em Relação à Redação Antes de começar a desenvolver a prática de escrita, é pre- ciso que ter algumas posturas em relação ao processo de com- posição de um texto. Em posse dessas posturas, percebe-se que escrever não é tão complexo se você estiver orientado e fizer da escrita um ato constante. Leitura Apenas a leitura não garante uma boa escrita. Então, deve-se associar a leitura constante com a escrita constante, pois uma práti- ca complementa a outra. E o que ler? Direcione sua prática de leitura da seguinte forma: fique aten- to às ATUALIDADES, que é um conteúdo geralmente previsto na prova de conhecimentos gerais. Ademais, conheça a instituição e o cargo a que você pretende candidatar-se, como as FUNÇÕES e RESPONSABILIDADES exigidas, as quais estão previstas no edital de abertura de um concurso. E, também, tenha uma visão crítica sobre os conhecimentos específicos, porque a tendência dos con- cursos é relacionar um tema ao contexto de trabalho. Considere que, nas provas de redação, também podem ser abordados temas sobre algum assunto desafiante para o cargo ao qual o candidato está concorrendo. Uma dica é estar atento às informações veiculadas sobre o órgão público no qual pre- tende ingressar. Produção do Texto A produção de um texto não depende de talento ou de um dom. No processo de elaboração de um texto, pode-se dizer que um por cento (1%) é inspiração e noventa e nove por cen- to (99%) é trabalho. Escrever um excelente texto é um processo que exige esforço, planejamento e organização. Escrita O ato de escrever é sempre desta maneira: basta começar. Es- crever para ser avaliado por um corretor é colocar pensamentos organizados e articulados, num papel, a partir de um posiciona- mento sobre um tema estabelecido na proposta de redação. Tema O seu texto deve estar cem por cento (100%) adequado à proposta exigida na prova, ou seja, você não pode escrever o que quer, mas o que a proposta determina. Desse modo, antes de começar a escrever, é necessário entender o TEMA da prova. O tema é o assunto proposto que deve ser desenvolvido. Por- tanto, cabe a você entendê-lo, problematizá-lo e delimitá-lo, com base no comando da proposta. Objetividade Seu texto deve ser objetivo, isto é, o enfoque do assunto deve ser direto, sem rodeios. Além disso, as bancas dão preferência a uma linguagem simples e objetiva. E não confunda linguagem simples com coloquialismos, pois é necessário sempre manter a sua escrita baseada na norma padrão da língua portuguesa. Além disso, é fundamental o candidato colocar-se na po- sição do leitor. É um momento de estranhamento do próprio texto para indagar-se: o que escrevi é interessante e de fácil en- tendimento? Apresentação do Texto Para que se consiga escrever um bom texto, é preciso aliar duas posturas: ter o hábito da leitura e praticar a escrita de tex- tos. Além disso, é importante conhecer as propostas das bancas e saber quais são os critérios de correção previstos em edital. Letra - Legibilidade Escreva sempre com letra legível. Pode ser letra cursiva ou de imprensa. Tenha atenção para o espaçamento entre as letras/ palavras e para a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Respeito às Margens As margens (tanto esquerda quanto direita) existem para serem respeitadas, portanto, não as ultrapasse no momento em que escreve a versão definitiva. Tampouco deixe “buracos” en- tre as palavras. Indicação de Parágrafos É preciso deixar um espaço antes de iniciar um parágrafo (mais ou menos dois centímetros). Título Colocar título na redação vale mais pontos? Se o título for solicitado, ele será obrigatório. Caso não se- ja colocado na redação, haverá alguma perda, mas não muito. Os editais, em geral, não informam pontuações exatas. No caso de o título não ser solicitado, ele se torna facultativo. Logo, se o candidato decidir inseri-lo, ele fará parte do texto, sendo anali- sado como tal, mas não terá um valor extra por isso. O título era obrigatório, e não o coloquei��� E agora? Quando há a obrigatoriedade, a ausência do título não anula a questão, a menos que haja essa orientação nas ins- truções dadas na prova. Não há um desconto considerável em relação ao esquecimento do título, porque a maior pon- tuação, em uma redação para concurso, está relacionada ao conteúdo do texto. É preciso pular linha após o título? Em caso de obrigatoriedade do título, procure não pular li- nha entre o título e o início do texto, porque essa linha em bran- co não é contada durante a correção. Quando se deve escrever o título? O título é a síntese de sua redação, portanto, prefira escrevê- -lo ao término da redação. 67 RE D A Çà O Erros na Versão Final Quando você está escrevendo e, por distração, erra uma palavra, você deve passar um traço sobre a palavra e escrevê-la corretamente logo em seguida: exeção exceção FIQUE LIGADO Não rasure seu texto. Não escreva a palavra entre parênteses, mesmo se estiver ris- cada: (exeção) (exeção). Não use a expressão “digo”. Translineação Quando não dá para escrever uma palavra completa ao final da linha, deve-se escrever até o limite, sem ultrapassar a mar- gem direita da linha, e o sinal de separação será sempre o hífen. Sempre respeite as regras de separação silábica. Nunca uma palavra será separada de maneira a desrespeitar as sílabas: tran- sformação Caso a próxima sílaba não caiba no final da linha, embora ainda haja um espaço, deixe-a e continue na próxima linha. trans- formação FIQUE LIGADO Em relação ao posicionamento do hífen de separação, deixe-o ao lado da sílaba. Nunca acima. Quando a palavra for escrita com hífen e a separação ocor- rer justo nesse espaço, você deve usar duas marcações. Por exemplo: entende-se entende- -se Se a palavra não tiver hífen em sua estrutura, use apenas uma marcação: apresen- tação Impessoalidade O texto dissertativo (expositivo-argumentativo) é impessoal.Portanto, pode-se escrever com verbos em: - 3ª pessoa: A qualidade no atendimento precisa ser prioridade. Percebe-se que a qualidade no atendimento é essencial. Notam-se várias mudanças no setor público. - 1ª pessoa do plural: Observamos muitas mudanças e melhorias no serviço pú- blico. FIQUE LIGADO NÃO escreva na 1ª pessoa do singular: Observo mudanças sig- nificativas. Adequação Vocabular Adequação vocabular diz respeito ao desempenho linguísti- co de acordo com o nível de conhecimento exigido para o cargo/ área/especialidade, e a adequação do nível de linguagem adota- do à produção proposta. Portanto, devem-se escolher palavras adequadas, evitando- -se o uso de jargões, chavões, termos muito técnicos que possam dificultar a compreensão. Domínio da Norma Padrão da Língua Deve-se ficar atento aos aspectos gramaticais, principal- mente: Estrutura sintática de orações e períodos Elementos coesivos Concordância verbal e nominal Pontuação Regência verbal e nominal Emprego de pronomes Flexão verbal e nominal Uso de tempos e modos verbais Grafia Acentuação Repetição Prejudica a coesão textual, e ocorre quando se usa muitas vezes a mesma palavra ou ideia, as quais poderiam ser substituídas por sinônimos e conectivos. Informações Óbvias Explicações que não precisam ser mencionadas, pois já se explicam por si próprias. Generalização É percebida quando se atribui um conceito que é específico de uma forma generalizada. Os menores infratores saem dos centros de ressocialização e retornam ao o do crime. (isso ocorre com todos?) É preciso que o governo tome medidas urgentes para resolver esse problema. (que medidas?) Gerúndio É muito comum usarmos o gerúndio na fala, mas não se usa com tanta recorrência na escrita. 68 RE D A Çà O O Texto Dissertativo Dissertar é escrever sobre algum assunto e pressupõe ou de- fender uma ideia, analisá-la criticamente, discuti-la, opinar, ou apenas esclarecer conceitos, dar explicações, apresentar dados sobre um assunto, tudo de maneira organizada, quer dizer, com início, meio e fim bem claros e objetivos. A dissertação pode ser classificada quanto à maneira como o assunto é abordado: I - EXPOSITIVA: são expostos fatos (de conhecimento e domínio público, divulgados em diversos meios de comunica- ção), mas não é apresentada uma discussão, um ponto de vista. FIQUE LIGADO A dissertação expositiva também é usada quando a proposta exige um texto técnico. Este tipo de texto pode ter duas abordagens: Estudo de Caso (em que é feito um parecer a partir de sua situação hipotética) e Questão Teórica (em que é preciso apresentar conceitos, normas, regras, diretrizes de um determinado conteúdo). II - ARGUMENTATIVA: há a exposição de pontos de vista pessoais, com juízos de valor sobre um fato ou assunto. E qual a melhor maneira de abordar um assunto numa pro- va de redação para concursos públicos? Para que seu texto seja MUITO BEM avaliado, o ideal é con- seguir chegar a uma forma mista de abordagem, ou seja, escre- ver um texto dissertativo em que você expõe um assunto e, ao mesmo tempo, dá sua opinião sobre ele. Desse modo, os fatos que são conhecidos (domínio público) podem se transformar em exemplificação atualizada, a qual pode ser relacionada à sua argumentação de forma contextualiza e crítica. Aspectos Gerais da Produção de Textos Em face da limitação de espaço, é muito difícil apresentar muitos enfoques relativos ao tema. Por essa razão, dependendo do limite em relação à quantidade de linhas, a dissertação deve conter de 4 a 5 parágrafos, sendo UM para Introdução, DOIS a TRÊS para Desenvolvimento e UM para Conclusão. Além disso, cada parágrafo deve possuir, no mínimo, dois períodos. Cuidado com as frases fragmentadas, ambiguidades e os erros de paralelismo. Procure elaborar uma introdução que contenha, de manei- ra clara e direta, o tema, o primeiro enfoque, o segundo enfo- que, etc. E mantenha sempre o caráter dissertativo. Por isso, no desenvolvimento, dê um parágrafo para cada enfoque selecio- nado, e empregue os articuladores adequados. Por fim, funda- mente sempre suas ideias. FIQUE LIGADO Nunca use frases feitas, chavões. Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos. Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu. Não empregue verbos no imperativo. Quanto aos exemplos, procure selecionar aqueles que sejam de domínio público, os que tenham saído na mídia: jornais, re- vistas, TV. E nunca analise temas por meio de emoções exagera- das – especialmente política, futebol, religião, etc. Estrutura de um Texto Dissertativo Para escrever uma dissertação, é preciso que haja uma orga- nização do texto a fim de que se obtenha um texto claro e bem articulado: I- INTRODUÇÃO: consiste na apresentação do assunto a fim de deixar claro qual é o recorte temático e qual a ideia que será defendida e/ou esclarecida, ou seja, a TESE. II- DESENVOLVIMENTO: é a parte em que são elaborados os parágrafos argumentativos e/ou informativos, nos quais você ex- plica a sua TESE. É o momento mais importante do texto, por isso, É NECESSÁRIO que a TESE seja explicada, justificada, e isso pode ser feito por meio de exemplos e explicações. III- CONCLUSÃO: esta parte do texto não traz informa- ções novas, muito menos argumentos, porque consiste no fe- chamento das ideias apresentadas, ou seja, é feita uma reafirma- ção da TESE. Dependendo do comando da proposta de redação e do tema, pode ser apresentada uma hipótese de solução de um problema apresentado na TESE. TESE Introdução - Assunto - Recorte temático - TESE Desenvolvimento - Tópico/TESE + justificativa Conclusão - Retomada da introdução - Reafirmação da TESE Introdução É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da disserta- ção, por essa razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas informações sucintas. Deve apenas apresen- tar o TEMA e os ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas. Desenvolvimento É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois a três parágrafos (a depender do tema da proposta), um para cada enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em que argumentos são apresentados para explicitar, em um parágrafo distinto, cada um dos enfoques. Cada parágrafo deve ter de 5 a 8 linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por meio de relações que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente. • Conectores As relações comentadas acima são estabelecidas com CO- NECTORES: Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tu- do, principalmente, primordialmente, sobretudo. Tempo: atualmente, hoje, frequentemente, constantemen- te às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nes- se ínterim, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez 69 RE D A Çà O que, então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, fi- nalmente, agora. Semelhança, comparação, conformidade: de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo mo- do, semelhantemente, analogamente, por analogia, de manei- ra idêntica, de conformidade com. Condição, hipótese: se, caso, eventualmente. Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outros- sim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente). Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que. Certeza, ênfase: certamente, decerto, por certo, inquestio- navelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás. Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para. Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse modo, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo. Explicação: por consequência, por conseguinte, como resul- tado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista. Contraste, oposição, restrição: pelo contrário, em con- traste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, en- tretanto, no entanto, embora, apesar de, apesar de que, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que, por outro lado, em contrapartida, ao contrário do que se pensa, em compensação. Contraposição: É possível que... no entanto... É certo que... entretanto... É provável que ... porém... Organização de ideias: Em primeiro lugar ..., em segundo ..., por último ...; por um lado ..., por outro ...; primeiramente, ...,em seguida, ..., finalmente, .... Enumeração: É preciso considerar que ...; Também não de- vemos esquecer que ...; Não podemos deixar de lembrar que... Reafirmação/Retomada: Compreende-se, então, que ... É bom acrescentar ainda que ... É interessante reiterar ... Conclusão É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. Na conclusão, deve-se retomar o tema e fazer o fechamento das ideias apresentadas em todo o texto e não somente em relação às ideias contidas no último parágrafo do desenvolvimento. Pode-se concluir: - Fazendo uma síntese das ideias expostas. - Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, desde que coerente, com o desenvolvimento. - Estabelecendo uma dedução ou demonstrando uma con- sequência dos argumentos expostos. - Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações feitas durante o texto. - Apresentando possíveis soluções para os problemas ex- postos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados. • Conectores Pode-se iniciar o parágrafo da conclusão com: Assim; Assim sendo; Portanto; Mediante os fatos expostos; Dessa forma; Diante do que foi dito; Resumindo; Em suma; Em vista disso, pode-se concluir que; Finalmente; Nesse sentido; Com esses dados, conclui-se que; Considerando as informações apresentadas, entende-se que; A partir do que foi discutido. Critérios de Correção da Redação para Concursos Públicos Conteúdo Neste critério, observa-se se há apresentação marcada do recorte temático, o qual deve nortear o desenvolvimento do texto; se o recorte está contextualizado no texto, por exemplo: quando a proposta propuser uma situação hipotética, ela deve estar diluída em seu texto. Lembre-se: a proposta não faz parte de seu texto, ou seja, sua produção não pode depender da proposta para ter sentido claro e objetivo. FIQUE LIGADO O único gênero textual que permite a referência ao texto motivador, bem como a cópia de alguns trechos, é o estudo de caso, pois é preciso fazer uma análise em relação a uma situação hipotética. Em outras palavras: se há algum texto ou uma coletânea de textos, eles têm caráter apenas motivador. Portanto, não faça cópias de trechos dos textos, tampouco pense que o tema da redação é o assunto desses textos. É preciso verificar o recorte temático, o qual fica evidente no corpo da proposta. Gênero Neste critério, verifica-se se a produção textual está adequada à modalidade redacional, ou seja, se o texto expressa o domínio da linguagem do gênero: narrar, relatar, argumentar, expor, descre- ver ações, etc. Os concursos públicos, quase em sua totalidade, têm como gênero textual a dissertação argumentativa ou o texto expositi- vo-argumentativo. Desse modo, a banca avalia a objetividade e o posicionamento frente ao tema, a articulação dos argumentos, a consistência e a coerência da argumentação. Isso significa que há uma valorização quanto do conteúdo do texto: a opinião, a justificativa dessa opinião e a seletividade de in- formações sobre o tema. 70 RE D A Çà O Coerência Neste critério, avalia-se se há atendimento total do comando, com informações novas que evidenciam conhecimento de mun- do e que atestam excelente articulação entre os aspectos exigidos pela proposta, o recorte temático e o gênero textual requisitado. Ou seja, é preciso trazer informações ao texto que não estão dis- poníveis na proposta. Além disso, é essencial garantir a progres- são textual, quer dizer, seu texto precisa ter uma evolução e não pode trazer a mesma informação em todos os parágrafos. Coesão e Gramática Neste critério, percebe-se se há erros gramaticais; se os pe- ríodos estão bem organizados e articulados, com uso de vocabu- lário e conectivos adequados; e se os parágrafos estão divididos de modo consciente, a fim de garantir a progressão textual. Critérios de Correção da Bancas Cada Banca Examinadora delimita, na publicação do edital de abertura de um concurso, que critérios serão utilizados para corrigir as redações. Por isso, é essencial que se conheça quais são esses critérios e como cada Banca os organiza. A seguir, são apresentados critérios de algumas Bancas. Você perceberá que são predominantemente os mesmos itens; o que muda é a nota atribuída para cada um e como a proposta é organizada. Banca Cespe Aspectos Macroestruturais 1. Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indi- cação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideais em texto estruturado). 2. Desenvolvimento do tema Tópicos da proposta Aspectos Microestruturais Ortografia Morfossintaxe Propriedade vocabular FIQUE LIGADO Quando forem apresentados tópicos, deve-se escre- ver 1 parágrafo para cada tópico. Banca FCC O candidato deverá desenvolver texto dissertativo a partir de proposta única, sobre assunto de interesse geral. Conside- rando que o texto é único, os itens discriminados a seguir serão avaliados em estreita correlação: Conteúdo – até 40 (quarenta) pontos: ˃ perspectiva adotada no tratamento do tema; ˃ capacidade de análise e senso crítico em relação ao tema proposto; ˃ consistência dos argumentos, clareza e coerência no seu encadeamento. Obs.: A nota será prejudicada, proporcionalmente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio a divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados na prova. Estrutura – até 30 (trinta) pontos: ˃ respeito ao gênero solicitado; ˃ progressão textual e encadeamento de ideias; ˃ articulação de frases e parágrafos (coesão textual). Expressão – até 30 (trinta) pontos: A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou mecânico, mas sim de acordo com sua estreita correlação com o conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita considerando-se: ˃ desempenho linguístico de acordo com o nível de co- nhecimento exigido para o cargo/área/especialidade; ˃ adequação do nível de linguagem adotado à produção proposta e coerência no uso; ˃ domínio da norma culta formal, com atenção aos seguintes itens: estrutura sintática de orações e períodos, elementos coesivos; concordância verbal e nominal; pontuação; regência verbal e nominal; emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso de tempos e modos verbais; grafia e acentuação. Banca Cesgranrio A Redação será avaliada conforme os critérios a seguir: ˃ adequação ao tema proposto; ˃ adequação ao tipo de texto solicitado; ˃ emprego apropriado de mecanismos de coesão (refe- renciação, sequenciação e demarcação das partes do texto); ˃ capacidade de selecionar, organizar e relacionarde forma coerente argumentos pertinentes ao tema proposto; e ˃ pleno domínio da modalidade escrita da norma-pa- drão (adequação vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe de concordância, de regência e de colocação). Banca Esaf A avaliação da prova discursiva abrangerá: ˃ Quanto à capacidade de desenvolvimento do tema proposto: a compreensão, o conhecimento, o de- senvolvimento e a adequação da argumentação, a conexão e a pertinência, a objetividade e a sequên- cia lógica do pensamento, o alinhamento ao assunto abordado e a cobertura dos tópicos apresentados, valendo, no máximo, 20 (vinte) pontos para cada questão, que serão aferidos pelo examinador com base nos critérios a seguir indicados: Conteúdo da resposta (seguem os pontos a deduzir para ca- da questão): Capacidade de argumentação (até 6 ) Sequência lógica do pensamento (até 4 ) Alinhamento ao tema (até 4 ) Cobertura dos tópicos apresentados (até 6 ) Quanto ao uso do idioma: a utilização correta do vocabu- lário e das normas gramaticais, valendo, no máximo, 10 (dez) pontos para cada questão, que serão aferidos pelo examinador com base nos critérios a seguir indicados: Tipos de erro (seguem os pontos a deduzir): Aspectos formais: Erros de forma em geral e erros de ortografia (-0,25 cada erro) 71 RE D A Çà O Aspectos Gramaticais: Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sintaxe de re- gência e pontuação (-0,50 cada erro) Aspectos Textuais: Sintaxe de construção (coesão prejudicada); concordância; clareza; concisão; unidade temática/estilo; coerência; proprie- dade vocabular; paralelismo semântico e sintático; paragrafação (-0,75 cada erro) Cada linha excedente ao máximo exigido (-0,40) Cada linha não escrita, considerando o mínimo exigido (-0,80). Propostas de Redação Proposta 01 As vendas de automóveis de passeio e de veículos comer- ciais leves alcançaram 340 706 unidades em junho de 2012, alta de 18,75%, em relação a junho de 2011, e de 24,18%, em relação a maio de 2012, segundo informou, nesta terça-feira, a Federa- ção Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fena- brave). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da história do setor automobilístico. Disponível em: <http://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3 jul. 2012 (adaptado). Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu por 295 km às 19 h e superou a marca de 293 km, registrada no dia 10 de ju- nho de 2009. Na cidade de São Paulo, registrou-se, na tarde des- ta sexta-feira, o maior congestionamento da história, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19 h, eram 295 km de trânsito lento nas vias monitoradas pela empresa. O índice superou o registrado no dia 10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 19 h, 293 km de congestionamento. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. Acesso em: 03 jul. 2012 (adaptado). O governo brasileiro, diante da crise econômica mundial, decidiu estimular a venda de automóveis e, para tal, reduziu o imposto sobre produtos industrializados (IPI). Há, no entanto, paralelamente a essa decisão, a preocupação constante com o desenvolvimento sustentável, por meio do qual se busca a pro- moção de crescimento econômico capaz de incorporar as di- mensões socioambientais. Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo sobre sistema de trans- porte urbano sustentável, contemplando os seguintes aspectos: ˃ Conceito de desenvolvimento sustentável; (valor: 3,0 pontos) ˃ Conflito entre o estímulo à compra de veículos au- tomotores e a promoção da sustentabilidade; (valor: 4,0 pontos) ˃ Ações de fomento ao transporte urbano sustentável no Brasil. (valor: 3,0 pontos) Proposta 02 I Venham de onde venham, imigrantes, emigrantes e refugia- dos, cada vez mais unidos em redes sociais, estão aumentando sua capacidade de incidência política sobre uma reivindicação fundamental: serem tratados como cidadãos, em vez de apenas como mão de obra (barata ou de elite). (Adaptado de: http://observatoriodadiversidade.org.br) II A intensificação dos fluxos migratórios internacionais das últimas décadas provocou o aumento do número de países orientados a regulamentar a imigração. Os argumentos alega- dos não são novos: o medo de uma “invasão migratória”, os ris- cos de desemprego para os trabalhadores autóctones, a perda da identidade nacional. III Ainda não existe uma legislação internacional sólida sobre as migrações internacionais. Assim, enquanto que os direitos re- lativos ao investimento estrangeiro foram se reforçando cada vez mais nas regras estabelecidas para a economia global, pouca aten- ção vem sendo dada aos direitos dos trabalhadores. (II e III adaptados de: http://www.migrante.org.br) Considerando o que se afirma em I, II e III, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se a respeito do seguinte tema: Mobilidade Humana e Cidadania na atualidade. ANOTAÇÕES 78 M A TE M Á TI CA 1. Teoria dos Conjuntos Nesta seção, estão os principais conceitos sobre conjuntos e suas operações. Um assunto importante e de fácil aprendiza- gem. Definições O conceito de conjunto é redundante visto que se trata de um agrupamento ou reunião de coisas, que serão chamadas de elementos do conjunto. Ex�: Se quisermos montar o conjunto das vogais do alfabeto, os elementos serão a, e, i, o, u. FIQUE LIGADO A nomenclatura dos conjuntos é formada pelas letras maiús- culas do alfabeto. Ex.: Conjunto dos estados da região sul do Brasil: A = {Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul}. Representação dos Conjuntos Os conjuntos podem ser representados tanto em chaves co- mo em diagramas. Representação em Chaves Ex�: Conjuntos dos estados brasileiros que fazem fronteira com o Paraguai: B = {Paraná, Mato Grosso do Sul}. Representação em Diagramas Ex�: Conjuntos das cores da bandeira do Brasil: Verde Azul Amarelo Branco D Elementos e Relação de Pertinência Quando um elemento está em um conjunto, dizemos que ele pertence a esse conjunto. A relação de pertinência é representada pelo símbolo (pertence). Ex�: Conjunto dos algarismos pares: G = {2, 4, 6, 8, 0}. Observe que: 4 G 7 G Conjunto Unitário e Conjunto Vazio Conjunto unitário: possui um só elemento. Ex�: Conjunto da capital do Brasil: K = {Brasília} Conjunto vazio: simbolizado por Ø ou {}, é o conjunto que não possui elemento. Ex�: Conjunto dos estados brasileiros que fazem fronteira com o Chile: M = Ø. Subconjuntos Subconjuntos são partes de um conjunto. Ex�: Conjunto dos algarismos: F = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0}. Ex�: Conjunto dos algarismos ímpares: H = {1, 3, 5, 7, 9}. Observe que o conjunto H está dentro do conjunto F sendo, então, o conjunto H um subconjunto de F. As relações entre subconjunto e conjunto são de: “está con- tido = ” e “contém = ”. Os subconjuntos estão contidos nos conjuntos e os conjun- tos contém os subconjuntos. Veja: H F F H FIQUE LIGADO Todo conjunto é subconjunto de si próprio (D D); O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto (Ø D); Se um conjunto A possui “p” elementos, então ele possui 2p subconjuntos; O conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto A, é denominado conjunto das partes de A. Assim, se A = {4, 7}, o conjunto das partes de A, é dado por {Ø, {4}, {7}, {4, 7}}. Operações com Conjuntos União de conjuntos: a união de dois conjuntos quaisquer será representada por “A ∪ B” e terá os elementos que perten- cem a A “ou” a B, ou seja, todos os elementos. A U B Interseção de conjuntos: a interseção de dois conjuntos quaisquer será representada por “A ∩ B”. Os elementos que fa- zem parte do conjunto interseção são os elementos comuns aos dois conjuntos. A U B Diferença de conjuntos: a diferença de dois conjuntos quaisquer será representada por “A – B” e terá os elementos que pertencem somente a A, mas não pertencem a B, ou seja, que são exclusivos de A. A - B 79 M A TE M Á TI CA Complementar de um conjunto:se A está contido no conjun- to universo U, o complementar de A é a diferença entre o conjunto universo e o conjunto A, será representado por “CU(A) = U – A” e terá todos os elementos que pertencem ao conjunto universo, me- nos os que pertencem ao conjunto A. Cp(A) A U VAMOS PRATICAR Os exercícios a seguir são referentes ao conteúdo: Teoria dos Conjuntos. 01. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 6}, B = {1, 2, 3, 5, 7} e C = {3, 4, 5, 8, 9}, determine o conjunto X sabendo que X C e C – X = B ∩ C. a) X = {3, 5} b) X = {1, 2, 7} c) X = {2, 3, 4} d) X = {3, 4, 7} e) X = {4, 8, 9} 02. (Epcar) Para uma turma de 80 alunos do CPCAR, foi aplicada uma prova de Matemática valendo 9,0 pontos distribuídos igualmente em 3 questões sobre: 1ª FUNÇÃO 2ª GEOMETRIA 3ª POLINÔMIOS Sabe-se que: Apesar de 70% dos alunos terem acertado a questão so- bre função, apenas 1/10 da turma conseguiu nota 9,0; 20 alunos acertaram as questões sobre função e geometria; 22 acertaram as questões sobre geometria e Polinômios; 18 acertaram as questões sobre função e polinômios. A turma estava completa nessa avaliação, ninguém tirou nota zero, no critério de correção não houve questões com acertos parciais e o número de acertos apenas em geometria é o mesmo que o número de acertos apenas em polinômios. Nessas condições, é correto afirmar que: a) O número de alunos que só acertaram a 2ª questão é o dobro do número de alunos que acertaram todas as questões. b) Metade da turma só acertou uma questão. c) Mais de 50% da turma errou a terceira questão. d) Apenas 3/4 da turma atingiu a média maior ou igual a 5,0. 03. (Upenet) Se A, B e C são conjuntos não vazios, sendo N(X) = número de elementos do conjunto X, é CORRETO afirmar que das afirmativas abaixo: I. A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) U (A ∩ C); II. N (A ∩ B) = N (A ∪ B) - N(A) + N(B); III. Se A ∩ B = Ø, então, obrigatoriamente, A = B = Ø. a) I é verdadeira. b) I e II são verdadeiras. c) III é verdadeira. d) I, II e III são verdadeiras. e) II e III são verdadeiras. 04. (Cesgranrio) 1000 pessoas responderam a uma pesquisa sobre a frequência do uso de automóvel. 810 pessoas disseram utilizar automóvel em dias de semana, 880 afirmaram que utilizam automóvel nos finais de semana e 90 disseram que não utilizam automóveis. Do total de entrevistados, quantas pessoas afirmaram que utilizam automóvel durante a semana e, também, nos fins de semana? a) 580 b) 610 c) 690 d) 710 e) 780 05. (FCC) Dos 36 funcionários de uma agência bancária, sabe-se que: apenas 7 são fumantes, 22 são do sexo mas- culino e 11 são mulheres que não fumam. Com base nessas afirmações, é correto afirmar que o: a) Número de homens que não fumam é 18. b) Número de homens fumantes é 5. c) Número de mulheres fumantes é 4. d) Total de funcionários do sexo feminino é 15. e) Total de funcionários não fumantes é 28. 06. (Cesgranrio) Considere os conjuntos A, B e C, seus respectivos complementares AC, BC e CC e as seguintes declarações: I. A ∪ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C); II. A ∩ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C); III. (B ∪ C)C = BC ∩ CC. Para esses conjuntos e seus respectivos complementares, es- tá(ão) correta(s) a(s) declaração(ões): a) II, somente. b) III, somente. c) I e II, somente. d) I e III, somente. e) I, II e III. 07. (Fumarc) Em minha turma da Escola, tenho colegas que falam, além do Português, duas línguas estrangeiras: Inglês e Espanhol. Tenho, também, colegas que só falam Portu- guês. Assim: 4 colegas só falam Português; 25 colegas, além do Português, só falam Inglês; 6 colegas, além do Português, só falam Espanhol; 10 colegas, além do Português, falam Inglês e Espanhol. Diante desse quadro, quantos alunos há na minha turma? 80 M A TE M Á TI CA a) 46 b) 45 c) 44 d) 43 e) 42 08. (Cesgranrio) Em um grupo de 48 pessoas, 9 não têm filhos. Dentre as pessoas que têm filhos, 32 têm menos de 4 filhos e 12, mais de 2 filhos. Nesse grupo, quantas pessoas têm 3 filhos? a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8 09. (Cesgranrio) Se A e B são conjuntos quais- quer e C (A, B) = A - (A ∩ B) então C (A, B) é igual ao conjunto: a) Ø b) B c) B - A d) A - B e) (A U B) - A 10. (CEPERJ) Dois conjuntos B e C são subconjuntos de um conjunto A, porém A também é subconjunto de B e contém os elementos de C. Desse modo, pode-se afirmar que: a) A = B e C B b) A B e C B c) A B e C B d) A B e C = B e) A = B e B = C 11. (Cespe) Sabendo-se que dos 110 empregados de uma empresa, 80 são casados, 70 possuem casa própria e 30 são solteiros e possuem casa própria, julgue o item seguinte. Mais da metade dos empregados casados possui casa própria. Certo ( ) Errado ( ) Texto para as questões 12 a 15 Considere que todos os 80 alunos de uma classe foram leva- dos para um piquenique em que foram servidos salada, cachor- ro-quente e frutas. Entre esses alunos, 42 comeram salada e 50 co- meram frutas. Além disso, 27 alunos comeram cachorro-quente e salada, 22 comeram salada e frutas, 38 comeram cachorro-quente e frutas e 15 comeram os três alimentos. Sabendo que cada um dos 80 alunos comeu pelo menos um dos três alimentos, julgue os pró- ximos itens. 12. (Cespe) Quinze alunos comeram somente cachorro- -quente. Certo ( ) Errado ( ) 13. (Cespe) Dez alunos comeram somente salada. Certo ( ) Errado ( ) 14. (Cespe) Cinco alunos comeram somente frutas. Certo ( ) Errado ( ) 15. (Cespe) Sessenta alunos comeram cachorro-quente. Certo ( ) Errado ( ) 16. (Cespe) Considere que os conjuntos A, B e C tenham o mesmo número de elementos, que A e B sejam disjun- tos, que a união dos três possuía 150 elementos e que a interseção entre B e C possuía o dobro de elementos da interseção entre A e C. Nesse caso, se a interseção entre B e C possui 20 elementos, então B tem menos de 60 elementos. Certo ( ) Errado ( ) 17. (FCC) Do total de Agentes que trabalham em um setor da Assembleia Legislativa de São Paulo, sabe-se que, se fossem excluídos os: - Do sexo feminino, restariam 15 Agentes; - Do sexo masculino, restariam 12 Agentes; - Que usam óculos, restariam 16 Agentes; - Que são do sexo feminino ou usam óculos, restariam 9 Agentes. Com base nessas informações, o número de Agentes desse setor que são do sexo masculino e não usam óculos é: a) 5 b) 6 c) 7 d) 8 e) 9 18. (ESAF) Um colégio oferece a seus alunos a prática de um ou mais dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre. ˃ 20 alunos praticam vôlei e basquete; ˃ 60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete; ˃ 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei; ˃ o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao número dos alunos que praticam só vôlei; ˃ 17 alunos praticam futebol e vôlei; ˃ 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não praticam vôlei. O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é igual a: a) 93 b) 110 c) 103 d) 99 e) 114 19. (FGV) Dado um conjunto A, chamamos subconjunto próprio não vazio de A a qualquer conjunto que pode ser formado com parte dos elementos do conjunto A, desde que:Algum elemento de A seja escolhido; Não sejam escolhidos todos os elementos de A. Sabemos que a quantidade de subconjuntos próprios não vazios de A é 14. A quantidade de elementos de A é igual a: 81 M A TE M Á TI CA a) 4 b) 5 c) 6 d) 7 e) 8 20. (FCC) Em um grupo de 100 pessoas, sabe-se que: - 15 nunca foram vacinadas; - 32 só foram vacinadas contra a doença A; - 44 já foram vacinadas contra a doença A; - 20 só foram vacinadas contra a doença C; - 2 foram vacinadas contra as doenças A, B e C; - 22 foram vacinadas contra apenas duas doenças. De acordo com as informações, o número de pessoas do grupo que só foi vacinado contra as doenças B e C é: a) 10 b) 11 c) 12 d) 13 e) 14 01 E 11 ERRADO 02 C 12 ERRADO 03 A 13 ERRADO 04 E 14 CERTO 05 A 15 CERTO 06 B 16 ERRADO 07 A 17 E 08 B 18 D09 D 19 A 10 A 20 C GABARITO ANOTAÇÕES 144 CO N H EC IM EN TO S G ER A IS 1. A Idade Contemporânea e seus Principais Acontecimentos Imperialismo do século XIX - A Expansão Imperialista Na Segunda metade do século XIX, a economia capitalista entrou num período de grande crescimento, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Esse crescimento refletiu-se na am- pliação do comércio mundial e no enorme acúmulo de capi- tais entre os empresários das grandes potências. Calcula-se que 80% do capital mundial concentraram-se em poucas nações ricas, como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos. A expansão capitalista estava relacionada ao grande desen- volvimento técnico e científico registrado nesse período (1860- 1900). Esse extraordinário desenvolvimento tecnológico costu- ma ser denominado Segunda Revolução Industrial. Capitalismo Financeiro e Monopolista A nova fase da economia capitalista foi marcada pela con- centração da produção e do capital em torno de grandes em- presas ou associações de empresas. A livre concorrência entre empresas capitalistas transfor- mou-se numa verdadeira batalha de preços, na qual as empre- sas mais poderosas foram vencendo as mais fracas. Na luta dos negócios, as empresas vencedoras foram concen- trando capitais e dominando a produção de alguns setores. Surgi- ram, então, os monopólios industriais, que eliminavam a con- corrência e podiam fixar preços em busca de maiores lucros� Esses monopólios industriais eram representados pelo car- tel, pela holding e pelo truste, que eram novas formas de orga- nização das empresas. O processo de concentração econômica também se desen- volveu no setor financeiro. Os grandes bancos associaram-se às grandes indústrias para financiar seus investimentos e parti- cipar dos lucros de seus projetos. A fusão do capital bancário com o capital industrial mar- cou essa nova fase do capitalismo, conhecido como capitalis- mo financeiro e monopolista e caracterizado por: ˃ Grande aumento da produção industrial que acabou gerando a necessidade de ampliação dos mercados consumidores; ˃ Enorme acúmulo de capitais, que acabou gerando a busca de novos projetos para investimentos lucrativos. Neocolonialismo Nessa nova fase, o capitalismo começou a enfrentar um pro- blema. A expansão da produção industrial e os novos investimen- tos financeiros estavam condicionados aos limites do mercado interno das grandes potências capitalistas. É que as grandes na- ções tomavam medidas protecionistas para impedir a invasão de seus mercados pelos países concorrentes. A solução do capitalismo para expandir a produção in- dustrial e investir os capitais acumulados foi conquistar no- vos mercados. O alvo dessa expansão foram as nações pobres, que ainda não tinham atingido o desenvolvimento industrial: regiões da África, da Ásia e da Oceania. Assim, para expandi- rem-se, as grandes potências adotaram uma política imperia- lista, responsável pelo neocolonialismo do século XIX. → O objetivo do neocolonialismo era a repartição econô- mica e política do mundo entre as grandes potências ca- pitalistas� O Neocolonialismo buscava: ˃ Novos mercados para investir os capitais excedentes; ˃ Novas fontes de matérias-primas e mercados consu- midores; ˃ Novas áreas para deslocar o excedente populacional. A luta internacional pelo controle das fontes de matérias-pri- mas, a disputa pela conquista de novos mercados e a necessidade de exportação de capitais (investimentos no exterior) não eram apenas problemas econômicos gerados pelo capitalismo mono- polista. Eram também problemas políticos, cuja solução exigia a participação ativa dos governos das principais potências. Essas nações passaram a estimular a expansão colonialista movidas por questões estratégicas. Assim, a conquista de terri- tórios em diversas partes do mundo assumiu grande importân- cia em termos de poderio militar e de segurança nacional. Ideologia Imperialista A principal justificativa ideológica para o neocolonialismo do século XIX era a missão civilizadora das grandes potências que, segundo o discurso imperialista, tinham por obrigação, di- fundir o progresso e a cultura pelo mundo. Afirmavam ser necessário levar a civilização e a cultura aos “menos favorecidos”, posteriormente chamados “pre- guiçosos”, ”incapazes” e “selvagens”. → Criou-se, assim, o mito da superioridade da civilização industrial do Ocidente, tendo por base elementos como: ˃ Características biológicas do povo (raça branca). ˃ Fé religiosa (cristianismo). ˃ Desenvolvimento técnico e científico (Revolução In- dustrial). Com base em ideias racistas e de superioridade cultural, for- mularam-se argumentos para justificar a exploração brutal de diferentes povos. Conquista da África e da Ásia O fenômeno da dominação imperialista europeia sobre os continentes africano e asiático é conhecido, respectivamente, como Partilha da África e Partilha da Ásia. ˃ Partilha da África: mais de 90% das terras africanas foram dominadas por nações europeias. ˃ Conferência de Berlim (1885): estabelecia as regras para a partilha da África. ˃ Partilha da Ásia: a expansão europeia enfrentou forte resistência em países como China e Japão. En- tretanto, o poderio militar dos europeus, aliado ao dos Estados Unidos, foi vencendo, gradativamente, a resistência dos diversos povos asiáticos. A partir de 1867, o próprio Japão entrou numa fase de rápida modernização de sua estrutura socioeconômica, ca- minhando no sentido de tornar-se uma potência im- perialista na Ásia. (Era Meiji) Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918 As Tensões Europeias Alguns autores consideram a Primeira Guerra Mundial como o verdadeiro início do século XX. Ela aconteceu co- mo uma consequência do choque de interesses das potências 145 CO N H EC IM EN TO S G ER A IS imperialistas. Esse choque se estendeu ao longo do século XIX e teria seus resultados mais significativos entre os anos de 1914 - 1918, período em que se desenrolou a Primeira Guerra Mun- dial. Muitos fatores contribuíram para essa situação conflituo- sa, destacando-se entre eles: Disputa Colonial - buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países industrializados entravam em cho- que na disputa por colônias na África e na Ásia e Oceania; Concorrência Econômica - cada um dos grandes países in- dustrializados dificultava a expansão econômica do país concor- rente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre In- glaterra e Alemanha; Disputa Nacionalista - em diversas regiões da Europa surgi- ram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacio- nalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial. Movimentos Nacionalistas O clima de rivalidade deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era iminente, as principais potências iniciaram uma corrida armamentista, isto é, estimularam a pro- dução de armas e fortaleceram seus exércitos. Foram realizadas duas conferências de paz em Haia (1899 e 1907) na tentativa de manter a paz na Europa. Política de Alianças Durante a paz armada, o clima de tensão levou as grandes potências a firmarem tratados de aliança. O objetivo desses tra- tados era somar forças para enfrentar a potência rival. Depois de muitas negociações e tratados bilaterais, existiam na Europa, em 1907, dois blocos distintos: Tríplice Aliança - formada por Alemanha, Áustria-Hun- gria e Itália; Tríplice Entente - formada por Inglaterra, França e Rússia. Grã- Bretanha Holanda Alemanha Bélgica França Itália Áustria- Hungria Sérvia Grécia Rússia Romênia Bulgária Império Otomano Portugal Potências Aliados Neutros Centrais A aliança original entre os países de cada bloco sofreu alte- rações, conforme seus interesses imediatos. Alguns países mu- daram de lado, após o início da guerra, como a Itália, que, em 1915, passou para o lado da Entente por ter recebido a promessa de recompensas territoriais.As tensões entre os dois blocos foram se agravando, e qual- quer incidente serviria de estopim para deflagrar a guerra. → Nesse contexto de disputas entre as potências europeias, podemos destacar duas grandes crises, que contribuíram para a guerra mundial: ˃ Questão balcânica Um dos principais focos de atrito entre as potências euro- peias era a península Balcânica, onde se chocavam o naciona- lismo da Sérvia (apoiada pela Rússia) - Pan-eslavismo - e o expansionismo da Áustria (aliada da Alemanha). Em 1908, a Áustria anexou a região da Bósnia-Herzegovina, ferindo os interesses da Sérvia, que pretendia criar a Grande Sérvia, in- corporando aquelas regiões habitadas por eslavos. Os movi- mentos nacionalistas da Sérvia passaram a reagir violentamente contra a anexação austríaca da Bósnia-Herzegovina. Sérvia e Rússia colocaram-se como “Protetora dos eslavos”. Um incidente ligado ao movimento nacionalista da Sérvia serviria de estopim para deflagrar a guerra mundial pouco tem- po depois. O estopim que detonou a Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, e de sua esposa, na cidade de Sarajevo, em 28 de junho de 1914. O autor do assassinato foi o estudante Gavri- lo Princip, pertencente à organização secreta nacionalista Uni- dade ou Morte, que tinha o apoio do governo sérvio, ligado, por sua vez, à Rússia. As Fases da Guerra A Primeira Guerra Mundial pode ser dividida em três gran- des fases: Primeira Fase (1914-1915) Marcada pela intensa movimentação dos exércitos beli- gerantes. Depois de uma rápida ofensiva das forças alemãs em território francês em setembro de 1914, a França organizou uma contraofensiva, detendo o avanço germânico sobre Paris (Batalha do Marne). A partir desse momento nenhum dos la- dos conseguiu estabelecer vitórias significativas sobre o outro. Havia um equilíbrio de forças nas frentes de combate. Segunda Fase (1915-1917) A intensa movimentação de tropas da primeira fase foi substituída por uma guerra de trincheiras, em que cada um dos lados procurava garantir suas posições, evitando a penetração do inimigo. Destaca-se a batalha de Verdun e a batalha naval da Jutlândia, que neutraliza a ofensiva naval alemã. Terceira Fase (1917-1918) A Marinha alemã, utilizando seus submarinos, afundou na- vios de países tidos como neutros, alegando que transportavam alimentos para os inimigos. Foi o caso, por exemplo, dos navios Lusitânia e Arábia, dos Estados Unidos, e do navio Paraná, do Brasil� Essa fase da guerra foi assinalada por dois grandes aconte- cimentos: a entrada dos Estados Unidos no conflito (6 de abril de 1917) e a saída da Rússia (3 de março de 1918). Ocorre a se- gunda batalha do Marne na qual a Alemanha é derrotada. Fim da Guerra O apoio financeiro e material dado pelos Estados Unidos ao entrarem na guerra foi decisivo para a vitória da Entente e de seus aliados. No início de 1918, a Alemanha, perdendo fôlego, foi fican- do isolada e sem condições de sustentar a guerra, após a derrota do Marne foi proclamada a República - República de Weimar. Em 11 de novembro de 1918, acabou assinando um armistício em situação bastante desvantajosa. 146 CO N H EC IM EN TO S G ER A IS Terminava a Primeira Guerra Mundial, um conflito san- grento que deixou um saldo de mais de 10 milhões de mortos e 30 milhões de feridos. Período Entreguerras Revolução Russa - 1917 A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos polí- ticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabeleci- mento do poder soviético sob o controle do partido bolchevi- que. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991. No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas). Antecedentes: ˃ Absolutismo (Czar Nicolau II). ˃ País mais atrasado da Europa. ˃ Ausência de liberdades individuais. ˃ Igreja Ortodoxa monopolizava o ensino e possuía privilégios. ˃ Concentração fundiária (boiardos = nobres proprietários). ˃ Camponeses (mujiques) explorados de forma quase feudal. ˃ Poucas indústrias (capital estrangeiro da Bélgica, França, Alemanha e Inglaterra). Movimento oposicionista (desde fins do século XIX): ˃ Todos clandestinos. ˃ Niilistas (anarquistas) - prática de atentados. ˃ Populistas Narodiniques - socialismo com base na comunidade rural camponesa (MIR). ˃ Partido Socialista-Revolucionário (1901) - composto por camponeses e intelectuais. ˃ POSDR - Partido Operário Social Democrata Russo (1898) formado por intelectuais� » Dividido em 1903. Os grupos políticos: ˃ Mencheviques (minoria) - Revolução liberal burguesa aos moldes da Revolução Francesa. Defendia a implantação gradual do regime socialista, por etapas, comprometida com a aliança dos grupos de esquerda e setores da burguesia. Líder: Martov� Bolcheviques (maioria): Revolução socialista com parti- cipação de operários e camponeses, liderada por partido 100% revolucionário e absolutamente disciplinado. Apostava na implantação do regime socialista por uma in- surreição revolucionária do proletariado� Líder: Lênin� Kadet (1905) - Partido Constitucional Democrata, forma- do pela burguesia. Politicamente fraco. A Revolução de 1905: O Ensaio Geral ˃ Rússia X Japão (posse da Coreia e da Manchúria); ˃ Crise de abastecimento, inflação, greves; ˃ “Domingo Sangrento” (jan/1905); » Manifestação pacífica de 200 mil trabalhadores; » Reivindicavam melhorias trabalhistas e convoca- ção da Duma; » Massacre de populares pela polícia czarista (OKHRANA); ˃ Insurreições em vários pontos do país (camponeses, outras nacionalidades e militares - Encouraçado Potenkin); ˃ Repressão violenta do czar. 1917 - O ano em que a Rússia foi palco de 2 Revoluções: A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendá- rio ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal. A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calen- dário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o go- verno socialista soviético. Em 1922, Lênin criaria a URSS (União das Repúblicas So- cialistas Soviéticas) e em 1923 após sua morte, Josef Stálin e Leon Trotski disputariam o poder da União Soviética. Stalin consegue vencer Trótski, e comanda a União Soviética até 1953, ano da sua morte. Regimes Totalitários Recebem esse nome os regimes políticos que aconteceram no período entreguerras e que se opunham às democracias libe- rais. As principais características dos regimes totalitários foram: ˃ Monopartidarismo; ˃ Líder forte; ˃ Estado bélico e forte; ˃ Nacionalismo exacerbado; ˃ Antiliberalismo; ˃ Anticomunismo. O Nazismo e o Fascismo foram representantes desses regi- mes na Alemanha e Itália respectivamente. A Crise de 1929 - O Capitalismo em Xeque A crise atingiu o mercado de ações e em 24 de outubro de 1929, a “quinta-feira negra” ocorreu o crack (“quebra”) da Bolsa de Valores de Nova York. Era na Bolsa de Valores que as grandes empresas america- nas negociavam suas ações. Com a crise, muitas empresas foram à falência e o valor das ações na Bolsa caiu assustadoramente de um dia para outro. A desvalorização refletia a estagnação do parque industrial norte-americano, cujas empresas faliam cada vez mais. Bancos faliram e milhões de trabalhadores americanos perderam seus empregos. A quebra da Bolsa de Valores de Nova York repercutiu na maioria dos países capitalistas. Muitas pessoas perderam grandes somas de dinheiro com isso. Houve pânico, desespero, tendo ocorrido até mesmo nu- merosos casos de suicídio. O desemprego aumentou em todo o país: a miséria atingiu grande parte da população, pois a economia como um
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