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Prévia do material em texto

9
Língua Portuguesa ������������������������������������������������������������������������������������������������� 11
1. Interpretação e Compreensão de Texto ......................................................................................12
2. Reescritura de Frases e Parágrafos do Texto ...............................................................................14
3. Formação de Palavras ...................................................................................................................19
4. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa .................................................................................23
5. Emprego das Classes de Palavras ...............................................................................................28
6. Sintaxe ..........................................................................................................................................46
7. Pontuação ......................................................................................................................................62
Redação ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 65
1. Redação para Concursos Públicos ..............................................................................................66
2. Dissertação Expositiva e Argumentativa.....................................................................................72
Matemática ������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 77
1. Teoria dos Conjuntos ...................................................................................................................78
2. Conjuntos Numéricos ..................................................................................................................82
3. Sistema Legal de Medidas ............................................................................................................88
4. Porcentagem e Juros .....................................................................................................................91
5. Razões e Proporções .....................................................................................................................94
6. Análise Combinatória..................................................................................................................99
7. Probabilidade ..............................................................................................................................104
8. Sequências Numéricas ...............................................................................................................108
9. Funções, Função Afim ...............................................................................................................113
10. Geometria Plana ......................................................................................................................118
11. Proposições ...............................................................................................................................126
12. Argumentos ...............................................................................................................................133
13. Psicotécnicos .............................................................................................................................138
Conhecimentos Gerais ����������������������������������������������������������������������������������������� 143
1. A Idade Contemporânea e seus Principais Acontecimentos ..................................................144
2. Globalização, Neoliberalismos, a Questão Ambiental e a Sociedade do Conhecimento .....156
3. História do Brasil ........................................................................................................................164
4. Constituições Republicanas ......................................................................................................170
5. Brasil República Populismo (1945 - 1964) ...............................................................................173
6. República Militar .......................................................................................................................178
7. Redemocratização .......................................................................................................................182
8. Cultura Brasileira nos Anos 80 e 90 ..........................................................................................186
9. Nova Ordem Mundial: Mundo Multipolar ...............................................................................190
10. Globalização ..............................................................................................................................190
11. Terrorismo Globalizado ...........................................................................................................191
12. Problemas Ambientais: Erosão e Poluição do Solo ................................................................195
13. Questões Atmosféricas .............................................................................................................196
14. Água ...........................................................................................................................................198
15. Geologia .....................................................................................................................................202
16. Estrutura Geológica e Relevo do Brasil ...................................................................................205
17. Climas da Terra .........................................................................................................................208
18. Climas do Brasil ........................................................................................................................209
19. Hidrografia ................................................................................................................................212
Sumário
10
20. Águas Oceânicas .......................................................................................................................213
21. Hidrografia do Brasil ................................................................................................................214
22. Biomas Terrestres .....................................................................................................................218
23. Domínios Morfoclimáticos ......................................................................................................220
24. Urbanização Brasileira .............................................................................................................223
25. Agropecuária Brasileira ............................................................................................................227
26. Recursos Minerais no Brasil .....................................................................................................230
27. Energia no Brasil .......................................................................................................................233
28. Industrialização Brasileira .......................................................................................................237
Noções Básicas de Informática ���������������������������������������������������������������������������� 240
1. Windows .....................................................................................................................................241
2. Editores de Texto .......................................................................................................................246
3. Editores de Planilha ...................................................................................................................262
4. Editores de Apresentação ..........................................................................................................2705. Redes de Computadores ............................................................................................................273
Noções de Administração Pública ����������������������������������������������������������������������� 280
1. Direitos Fundamentais - Direitos e Garantias Individuais e Coletivos ..................................281
2. Direitos Sociais ...........................................................................................................................297
3. Organização Político-Administrativa do Estado ......................................................................306
4. Administração Pública ...............................................................................................................314
5. A Defesa do Estado e das Instituições Democráticas ...............................................................330
6. Constituição do Estado de São Paulo ........................................................................................335
7. Lei nº 10.261, de 28 de Outubro de 1968 ...................................................................................349
8. Lei nº 10.177, de 30 de Dezembro de 1998 ................................................................................379
9. Lei Complementar nº 893, de 09 de Março de 2001 .................................................................393
10. Lei Complementar nº 1.080, de 17 de Dezembro de 2008 .....................................................405
11. Decreto nº 58.052, de 16 de Maio de 2012...............................................................................412
12. Acesso à Informação em Âmbito Federal. Política de Segurança da Informação no 
Âmbito da Receita Federal do Brasil .............................................................................................429
Sumário
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A
1. Interpretação e Compreensão de Texto
O que é Interpretar Textos? 
Interpretar textos é, antes de tudo, compreender o que se leu. 
Para que haja essa compreensão, é necessária uma leitura mui-
to atenta e algumas técnicas que veremos no decorrer dos textos. 
Uma dica importante é fazer o resumo do texto por parágrafos. 
Ambiguidade
Ambiguidade ou anfibologia é a falta de clareza em um enun-
ciado que lhe permite mais de uma interpretação. É conhecida, 
também, como duplo sentido. Observe os exemplos a seguir:
Exs�: Maria disse à Ana que sua irmã chegou. (A irmã é de 
Maria ou Ana?)
A mãe falou com a filha caída no chão. (Quem estava caída 
no chão?)
Está em dúvida quanto à configuração da sua máquina? En-
tão, acabe com ela agora mesmo! (Acabe com a dúvida, com a 
configuração ou com a máquina?)
Em alguns casos, especialmente na publicidade e nos textos 
literários, a ambiguidade é proposital; mas, para que ocorra a com-
preensão necessária, é preciso que o leitor tenha conhecimento de 
mundo suficiente para interpretar de maneira literal e não literal. 
No entanto, ela se torna um problema nos textos quando 
causa dúvidas em relação à interpretação. Ela também pode gerar 
problemas e fazer com que o autor seja mal interpretado, como 
na frase “Sinto falta da galinha da minha mãe”.
Ao escrever, para que não haja problemas relacionados à am-
biguidade, é necessária atenção do autor e uma leitura cuidadosa. 
FIQUE LIGADO
É importante observar que os textos não são estáticos e di-
ficilmente apresentarão apenas uma tipologia. É comum que o 
texto seja, por exemplo, dissertativo-argumentativo, narrativo-
-descritivo ou descritivo-instrucional. É importante, portanto, 
identificar a tipologia que predomina.
Coesão e Coerência
Observe as orações a seguir:
Mariana estava cansada. Viajou a noite toda. Foi trabalhar no 
dia seguinte.
Perceba que a relação entre elas não está clara. Agora, veja o 
que acontece quando são inseridos elementos de coesão:
Mariana estava cansada porque viajou a noite toda. Mesmo 
assim, foi trabalhar no dia seguinte.
Os elementos de coesão são responsáveis por criar a relação 
correta entre os termos do texto, tornando-o coerente.
Os elementos de coesão são representados pelas conjunções. 
As principais relações estabelecidas entre eles são:
Concessão Adversidade Conclusão Causa Tempo
embora 
– ainda 
que – se 
bem que 
– mesmo 
que – por 
mais que.
mas – contudo 
– no entanto 
– todavia – se 
bem que 
– porém – 
entretanto.
dessa forma 
– logo – 
portanto 
– assim 
sendo – por 
conseguinte
Porque – 
pois – já 
que – 
visto que 
– uma 
vez que
quando 
– na hora 
em que – 
logo que 
– assim 
que
Leia o trecho a seguir, publicado no jornal Correio Popular:
“Durante a sua carreira de goleiro, iniciada no Comercial 
de Ribeirão Preto, sua terra natal, Leão, de 51 anos, sempre im-
pôs seu estilo ao mesmo tempo arredio e disciplinado. Por outro 
lado, costumava ficar horas aprimorando seus defeitos após os 
treinos. Ao chegar à seleção brasileira em 1970, quando fez par-
te do grupo que conquistou o tricampeonato mundial, Leão não 
dava um passo em falso. Cada atitude e cada declaração eram 
pensados com um racionalismo típico de sua família, já que seus 
outros dois irmãos são médicos.”
Correio Popular, Campinas, 20 out. 2000.
Observe que neste trecho há problemas de coerência. 
“(...) costumava ficar horas aprimorando seus defeitos (...)”
Entende-se o que o redator do texto quis dizer, mas a constru-
ção é indevida, uma vez que a definição para aprimorar, segundo 
o dicionário, é aperfeiçoar, melhorar a qualidade de. Portanto, se 
interpretada seguindo esta definição, entender-se-ia que o joga-
dor melhorava seus defeitos.
Além da escolha inadequada do vocábulo, há também um 
problema causado pelo uso indevido dos elementos de coesão. 
Observe o uso da expressão “Por outro lado”, que deveria indi-
car algo contrário ao que foi dito anteriormente, mas neste caso 
precede uma afirmação que confirma o que foi dito no período 
anterior, deixando o texto confuso.
Perceba, portanto, que:
Coesão é a relação entre as afirmações do texto, de maneira a 
deixá-lo claro e fazer sentido:
Ontem o dia foi bom porque vi Lucas.
Ontem o dia foi bom apesar de eu ter visto Lucas.
A relação de sentido estabelecida pela conjunção fará o sen-
tido do texto.
Coerência é o sentido do texto, é o fato de o texto fazer senti-
do e ser compreendido pelo leitor em uma primeira leitura. O que 
torna um texto coerente, entre outras coisas, é a escolha correta 
das conjunções. Por isso, a coesão e a coerência do texto andam 
juntas e muitas vezes se confundem.
VAMOS PRATICAR
Os exercícios a seguir são referentes ao conteúdo: Interpre-
tação e Compreensão de Texto.
É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?
A questão acerca da aposentadoria das mulheres em condi-
ções mais benéficas que aquelas concedidas aos homens suscita 
acalorados debates com posições não somente técnicas, mas tam-
bém com muito juízo de valor de cada lado. 
Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação 
no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20. 
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Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas eli-
minaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo: um 
dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua pri-
meira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984. 
Avanços no planejamento familiar e a disseminação de mé-
todos contraceptivos permitiram a redução do número de filhos e 
liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de trabalho. 
Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do merca-
do de trabalho até o início da vida adulta. Com isso, o custo de 
manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter fonte 
de renda para o sustento da casa. 
A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, 
fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida 
moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres 
domésticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa.A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas 
com limitações. Em relação aos homens, mulheres têm menor ta-
xa de participação no mercado de trabalho, recebem salários mais 
baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam 
para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar.
Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas 
de compensação para as mulheres por meio de tratamento previ-
denciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam dificulda-
des de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-las por 
meio de uma aposentadoria em idade mais jovem. 
A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam 
de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, 
de 30. No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres 
podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo de 
contribuição que os homens. 
(Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.)
01. (FGV) O tema contido na pergunta que serve de título 
ao texto
a) é defendido por uma opinião pessoal do autor.
b) é contestado legalmente no corpo do texto.
c) é visto como uma injustiça em relação ao homem.
d) é tido como legal, mas moralmente injusto.
e) é observado de forma técnica e legal.
02. (FGV) “A questão acerca da aposentadoria das mulheres 
em condições mais benéficas que aquelas concedidas aos 
homens suscita acalorados debates com posições não 
somente técnicas, mas também com muito juízo de valor 
de cada lado.” 
Ao dizer que há “muito juízo de valor de cada lado”, o autor do 
texto diz que na discussão aparecem
a) questões que envolvem valores da Previdência.
b) problemas que prejudicam economicamente os 
empregadores.
c) posicionamentos apoiados na maior experiência 
de vida.
d) opiniões de caráter pessoal.
e) questionamentos injustos e pouco inteligentes.
03. (FGV) Dizer que as mulheres intensificaram sua partici-
pação no mercado de trabalho desde a segunda metade 
do século XX equivale a dizer que
a) o trabalho feminino não existia antes dessa época.
b) a atividade de trabalho até essa época apelava para 
a força física.
c) as mulheres entraram no mercado de trabalho há 
pouco tempo.
d) os homens exploravam as mulheres até a época citada.
e) as famílias passaram a ter menos filhos desde o século XX.
04. (FGV) “Mudanças culturais e jurídicas eliminaram 
restrições sem sentido no mundo contemporâneo: 
um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil con-
tratou sua primeira escriturária em 1969 e teve sua 
primeira gerente em 1984.” 
Os exemplos citados nesse segmento do texto
a) comprovam as mudanças citadas.
b) contrariam as modificações culturais e jurídicas.
c) demonstram o atraso cultural das mulheres.
d) indicam a permanência de determinadas restrições.
e) provam o despreparo das mulheres para o mercado 
de trabalho masculino.
05. (FGV) Segundo o texto, a necessidade ou possibilidade 
de a mulher trabalhar se prende a diferentes motivos. 
As opções a seguir apresentam motivos presentes no texto, à ex-
ceção de uma. Assinale-a.
a) Aumento do tempo livre, em função da redução do 
número de filhos.
b) O desenvolvimento tecnológico, que auxilia nos 
trabalhos domésticos.
c) A manutenção dos filhos por mais tempo.
d) O desequilíbrio econômico da Previdência.
e) Os métodos contraceptivos, que limitam o número 
de filhos.
06. (FGV) Assinale a opção que indica duas razões que 
mostram as limitações femininas no mercado de trabalho.
a) Dupla jornada de trabalho / tecnologia de apoio 
doméstico.
b) Tecnologia de apoio doméstico / necessidade de 
força física.
c) Necessidade de força física / interrupções legais do 
período de trabalho.
d) Interrupções legais do período de trabalho / salários 
mais baixos.
e) Salários mais baixos / dupla jornada de trabalho.
Os cientistas já não têm dúvidas de que as temperaturas mé-
dias estão subindo em toda a Terra. Se a atividade humana está 
por trás disso é uma questão ainda em aberto, mas as mais claras 
evidências do fenômeno estão no derretimento das geleiras. Nos 
últimos cinco anos, o fotógrafo americano James Balog acom-
panhou as consequências das mudanças climáticas nas grandes 
massas de gelo. Suas andanças lhe renderam um livro, que reúne 
200 fotografias, publicado recentemente. 
Icebergs partidos ao meio e lagos recém-formados pela água 
derretida das calotas de gelo são exemplos. Esse derretimento 
é sazonal. O gelo volta nas estações frias − mas muitas vezes em 
quantidade menor, e por menos tempo. Há três meses um rela-
tório da Nasa, feito a partir de imagens de satélites, mostrou que 
boa parte da superfície de gelo da Groenlândia foi parcialmente 
derretida − transformada em uma espécie de lama de neve − em 
um tempo recorde desde os primeiros registros, feitos trinta anos 
atrás. Outro relatório, elaborado pela National Snow and Ice Data 
Center, mostra que o gelo do Ártico, durante o verão do hemisfé-
rio norte, teve a maior taxa de derretimento da história, superan-
do o recorde anterior, de 2007. 
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Nem sempre, porém, menos gelo significa más notícias. A al-
ta da temperatura na Groenlândia permitiu a volta da criação de 
gado leiteiro e o cultivo de vários tipos de vegetais, como batata e 
brócolis. Além disso, o derretimento do gelo no Ártico vai per-
mitir a exploração de reservas de petróleo e abrir novas rotas de 
navegação. O que se vê nas fotos de James Balog é um mundo em 
transformação. 
(Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro 
de 2012, p. 121-122)
07. (FCC) Percebe-se claramente no texto
a) a necessidade do desenvolvimento da agropecuá-
ria em uma região carente de recursos, submetida 
a condições de temperatura excessivamente baixa. 
b) a ocorrência de fenômenos naturais que confir-
mam plenamente as análises de cientistas sobre as 
consequências da presença do homem em algumas 
regiões da Terra. 
c) a importância das imagens obtidas por satélites, 
que permitem observação mais eficaz de fenôme-
nos naturais ocorridos em regiões distantes, muitas 
vezes inacessíveis. 
d) o papel fundamental dos relatórios feitos com base 
em estudos científicos, que propõem medidas de 
contenção do derretimento de geleiras em todo o 
mundo. 
e) o emprego de recursos auxiliares, como o ofereci-
do pela fotografia, nos estudos voltados para a pre-
servação das belezas naturais existentes no mundo 
todo.
08. (FCC) O último parágrafo do texto expressa
a) as previsões alarmistas que, ao considerarem os 
dados resultantes das pesquisas sobre o aquecimen-
to global, vêm confirmar os riscos de destruição do 
planeta. 
b) a possibilidade de destruição total de uma vasta 
região do planeta, pondo em risco a sobrevivência 
humana, por escassez de água e de alimentos. 
c) as conclusões dos cientistas a respeito das evidên-
cias do atual aquecimento mais rápido do planeta, 
fenômeno que prejudica a agricultura nas regiões 
polares. 
d) um posicionamento otimista quanto às consequên-
cias de um fenômeno que, em princípio, é visto 
como catastrófico para o futuro do planeta. 
e) uma opinião pouco favorável à exploração econô-
mica, ainda inicial, de uma das regiões mais frias do 
planeta, coberta por geleiras.
01 E 05 D
02 D 06 D
03 C 07 C 
04 A 08 D
GABARITO
2. Reescritura de Frases e 
Parágrafos do Texto
A reescrita ou reescritura de frases é uma paráfrase que visa 
à mudança da forma de um texto. Para que o novo período esteja 
correto, é preciso que sejam respeitadas a correção gramatical e o 
sentido do texto original. Desse modo, quando há qualquer ina-
dequação do ponto de vista gramatical e/ou semântico, o trecho 
reescrito deve ser considerado incorreto.
Assim, para resolver uma questão que envolve reescritura de 
trechos ou períodos, é necessário verificar os aspectos gramati-
cais (principalmente, pontuação, elementos coesivos, ortografia, 
concordância, emprego de pronomes, colocação pronominal, re-
gência, etc.) e aspectos semânticos (significação de palavras, alte-
ração de sentido, etc.).
Existemdiversas maneiras de se parafrasear uma frase, por 
isso cada Banca Examinadora pode formular questões a partir 
de muitas formas. Nesse sentido, é essencial conhecer e dominar 
as variadas estruturas que uma sentença pode assumir quando 
ela é reescrita.
Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto
No processo de reescrita, pode haver a substituição de pala-
vras ou trechos. Ao se comparar o texto original e o que foi rees-
truturado, é necessário verificar se essa substituição mantém ou 
altera o sentido e a coerência do primeiro texto.
Locuções x Palavras
Em muitos casos, há locuções (expressões formadas por mais 
de uma palavra) que podem ser substituídas por uma palavra, 
sem alterar o sentido e a correção gramatical. Isso é muito comum 
com verbos. 
Exs�: 
Os alunos têm buscado formação profissional.
 (locução: têm buscado)
Os alunos buscam formação profissional.
(uma palavra: buscam)
Ambas as frases têm sentido atemporal, ou seja, expressam 
ações constantes, que não têm fim.
Significação das Palavras
Ao avaliarmos a significação das palavras, devemos ficar 
atentos a alguns aspectos: sinônimos, antônimos, polissemia, 
homônimos e parônimos.
Sinônimos
Palavras que possuem significados próximos, mas não são 
totalmente equivalentes. 
Exs�: 
Casa: lar - moradia – residência
Carro: automóvel
Para verificar a validade da substituição, deve-se também ficar 
atento ao significado contextual. Por exemplo, na frase “As frontei-
ras entre o bem e o mal”, não há menção a limites geográficos, pois a 
palavra “fronteira” está em sentido conotativo (figurado).
66
RE
D
A
ÇÃ
O
1. Redação para Concursos Públicos 
Os editais de concurso público disponibilizam o conteúdo 
programático das matérias que serão cobradas nas provas, mas 
nem sempre deixam explícito como se preparar para a prova 
discursiva, ou prova de redação – que, na grande maioria dos 
concursos, é uma etapa eliminatória.
Portanto, é necessário preparar-se com bastante antecedên-
cia, para que possa haver melhoras gradativas durante o proces-
so de produção de um texto.
Posturas em Relação à Redação
Antes de começar a desenvolver a prática de escrita, é pre-
ciso que ter algumas posturas em relação ao processo de com-
posição de um texto. Em posse dessas posturas, percebe-se que 
escrever não é tão complexo se você estiver orientado e fizer da 
escrita um ato constante.
Leitura
Apenas a leitura não garante uma boa escrita. Então, deve-se 
associar a leitura constante com a escrita constante, pois uma práti-
ca complementa a outra.
E o que ler? 
Direcione sua prática de leitura da seguinte forma: fique aten-
to às ATUALIDADES, que é um conteúdo geralmente previsto na 
prova de conhecimentos gerais. Ademais, conheça a instituição e 
o cargo a que você pretende candidatar-se, como as FUNÇÕES e 
RESPONSABILIDADES exigidas, as quais estão previstas no edital 
de abertura de um concurso. E, também, tenha uma visão crítica 
sobre os conhecimentos específicos, porque a tendência dos con-
cursos é relacionar um tema ao contexto de trabalho. 
Considere que, nas provas de redação, também podem ser 
abordados temas sobre algum assunto desafiante para o cargo 
ao qual o candidato está concorrendo. Uma dica é estar atento 
às informações veiculadas sobre o órgão público no qual pre-
tende ingressar.
Produção do Texto
A produção de um texto não depende de talento ou de um 
dom. No processo de elaboração de um texto, pode-se dizer 
que um por cento (1%) é inspiração e noventa e nove por cen-
to (99%) é trabalho. Escrever um excelente texto é um processo 
que exige esforço, planejamento e organização.
Escrita
O ato de escrever é sempre desta maneira: basta começar. Es-
crever para ser avaliado por um corretor é colocar pensamentos 
organizados e articulados, num papel, a partir de um posiciona-
mento sobre um tema estabelecido na proposta de redação. 
Tema
O seu texto deve estar cem por cento (100%) adequado à 
proposta exigida na prova, ou seja, você não pode escrever o que 
quer, mas o que a proposta determina. Desse modo, antes de 
começar a escrever, é necessário entender o TEMA da prova. 
O tema é o assunto proposto que deve ser desenvolvido. Por-
tanto, cabe a você entendê-lo, problematizá-lo e delimitá-lo, com 
base no comando da proposta.
Objetividade
Seu texto deve ser objetivo, isto é, o enfoque do assunto deve ser 
direto, sem rodeios. Além disso, as bancas dão preferência a uma 
linguagem simples e objetiva. E não confunda linguagem simples 
com coloquialismos, pois é necessário sempre manter a sua escrita 
baseada na norma padrão da língua portuguesa.
Além disso, é fundamental o candidato colocar-se na po-
sição do leitor. É um momento de estranhamento do próprio 
texto para indagar-se: o que escrevi é interessante e de fácil en-
tendimento?
Apresentação do Texto
Para que se consiga escrever um bom texto, é preciso aliar 
duas posturas: ter o hábito da leitura e praticar a escrita de tex-
tos. Além disso, é importante conhecer as propostas das bancas 
e saber quais são os critérios de correção previstos em edital. 
Letra - Legibilidade
Escreva sempre com letra legível. Pode ser letra cursiva ou 
de imprensa. Tenha atenção para o espaçamento entre as letras/
palavras e para a distinção entre maiúsculas e minúsculas.
Respeito às Margens
As margens (tanto esquerda quanto direita) existem para 
serem respeitadas, portanto, não as ultrapasse no momento em 
que escreve a versão definitiva. Tampouco deixe “buracos” en-
tre as palavras. 
Indicação de Parágrafos
É preciso deixar um espaço antes de iniciar um parágrafo 
(mais ou menos dois centímetros).
Título
Colocar título na redação vale mais pontos?
Se o título for solicitado, ele será obrigatório. Caso não se-
ja colocado na redação, haverá alguma perda, mas não muito. 
Os editais, em geral, não informam pontuações exatas. No caso 
de o título não ser solicitado, ele se torna facultativo. Logo, se o 
candidato decidir inseri-lo, ele fará parte do texto, sendo anali-
sado como tal, mas não terá um valor extra por isso. 
O título era obrigatório, e não 
o coloquei��� E agora?
Quando há a obrigatoriedade, a ausência do título não 
anula a questão, a menos que haja essa orientação nas ins-
truções dadas na prova. Não há um desconto considerável 
em relação ao esquecimento do título, porque a maior pon-
tuação, em uma redação para concurso, está relacionada ao 
conteúdo do texto.
É preciso pular linha após o título?
Em caso de obrigatoriedade do título, procure não pular li-
nha entre o título e o início do texto, porque essa linha em bran-
co não é contada durante a correção. 
Quando se deve escrever o título?
O título é a síntese de sua redação, portanto, prefira escrevê-
-lo ao término da redação.
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Erros na Versão Final
Quando você está escrevendo e, por distração, erra uma 
palavra, você deve passar um traço sobre a palavra e escrevê-la 
corretamente logo em seguida:
exeção exceção
FIQUE LIGADO
Não rasure seu texto. 
Não escreva a palavra entre parênteses, mesmo se estiver ris-
cada: (exeção) (exeção).
Não use a expressão “digo”.
Translineação
Quando não dá para escrever uma palavra completa ao final 
da linha, deve-se escrever até o limite, sem ultrapassar a mar-
gem direita da linha, e o sinal de separação será sempre o hífen.
Sempre respeite as regras de separação silábica. Nunca uma 
palavra será separada de maneira a desrespeitar as sílabas:
tran-
sformação
Caso a próxima sílaba não caiba no final da linha, embora 
ainda haja um espaço, deixe-a e continue na próxima linha.
trans-
formação
FIQUE LIGADO
Em relação ao posicionamento do hífen de separação, deixe-o 
ao lado da sílaba. Nunca acima.
Quando a palavra for escrita com hífen e a separação ocor-
rer justo nesse espaço, você deve usar duas marcações. Por 
exemplo: entende-se
entende-
-se
Se a palavra não tiver hífen em sua estrutura, use apenas uma 
marcação:
apresen-
tação
Impessoalidade
O texto dissertativo (expositivo-argumentativo) é impessoal.Portanto, pode-se escrever com verbos em:
- 3ª pessoa:
A qualidade no atendimento precisa ser prioridade.
Percebe-se que a qualidade no atendimento é essencial.
Notam-se várias mudanças no setor público.
- 1ª pessoa do plural:
Observamos muitas mudanças e melhorias no serviço pú-
blico.
FIQUE LIGADO
NÃO escreva na 1ª pessoa do singular: Observo mudanças sig-
nificativas.
Adequação Vocabular 
Adequação vocabular diz respeito ao desempenho linguísti-
co de acordo com o nível de conhecimento exigido para o cargo/
área/especialidade, e a adequação do nível de linguagem adota-
do à produção proposta.
Portanto, devem-se escolher palavras adequadas, evitando-
-se o uso de jargões, chavões, termos muito técnicos que possam 
dificultar a compreensão.
Domínio da Norma Padrão da Língua
Deve-se ficar atento aos aspectos gramaticais, principal-
mente:
Estrutura sintática de orações e períodos
Elementos coesivos
Concordância verbal e nominal
Pontuação
Regência verbal e nominal
Emprego de pronomes
Flexão verbal e nominal
Uso de tempos e modos verbais
Grafia
Acentuação
Repetição
Prejudica a coesão textual, e ocorre quando se usa muitas vezes 
a mesma palavra ou ideia, as quais poderiam ser substituídas por 
sinônimos e conectivos. 
Informações Óbvias
Explicações que não precisam ser mencionadas, pois já se 
explicam por si próprias.
Generalização
É percebida quando se atribui um conceito que é específico 
de uma forma generalizada.
Os menores infratores saem dos centros de ressocialização e 
retornam ao o do crime. (isso ocorre com todos?)
É preciso que o governo tome medidas urgentes para resolver 
esse problema. (que medidas?)
Gerúndio
É muito comum usarmos o gerúndio na fala, mas não se usa 
com tanta recorrência na escrita.
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O Texto Dissertativo
Dissertar é escrever sobre algum assunto e pressupõe ou de-
fender uma ideia, analisá-la criticamente, discuti-la, opinar, ou 
apenas esclarecer conceitos, dar explicações, apresentar dados 
sobre um assunto, tudo de maneira organizada, quer dizer, com 
início, meio e fim bem claros e objetivos.
A dissertação pode ser classificada quanto à maneira como 
o assunto é abordado:
I - EXPOSITIVA: são expostos fatos (de conhecimento e 
domínio público, divulgados em diversos meios de comunica-
ção), mas não é apresentada uma discussão, um ponto de vista. 
FIQUE LIGADO
A dissertação expositiva também é usada quando a proposta 
exige um texto técnico. Este tipo de texto pode ter duas abordagens: 
Estudo de Caso (em que é feito um parecer a partir de sua situação 
hipotética) e Questão Teórica (em que é preciso apresentar conceitos, 
normas, regras, diretrizes de um determinado conteúdo).
II - ARGUMENTATIVA: há a exposição de pontos de vista 
pessoais, com juízos de valor sobre um fato ou assunto.
E qual a melhor maneira de abordar um assunto numa pro-
va de redação para concursos públicos?
Para que seu texto seja MUITO BEM avaliado, o ideal é con-
seguir chegar a uma forma mista de abordagem, ou seja, escre-
ver um texto dissertativo em que você expõe um assunto e, ao 
mesmo tempo, dá sua opinião sobre ele. Desse modo, os fatos 
que são conhecidos (domínio público) podem se transformar 
em exemplificação atualizada, a qual pode ser relacionada à sua 
argumentação de forma contextualiza e crítica. 
Aspectos Gerais da Produção de Textos
Em face da limitação de espaço, é muito difícil apresentar 
muitos enfoques relativos ao tema. Por essa razão, dependendo 
do limite em relação à quantidade de linhas, a dissertação deve 
conter de 4 a 5 parágrafos, sendo UM para Introdução, DOIS a 
TRÊS para Desenvolvimento e UM para Conclusão.
Além disso, cada parágrafo deve possuir, no mínimo, dois 
períodos. Cuidado com as frases fragmentadas, ambiguidades e 
os erros de paralelismo.
Procure elaborar uma introdução que contenha, de manei-
ra clara e direta, o tema, o primeiro enfoque, o segundo enfo-
que, etc. E mantenha sempre o caráter dissertativo. Por isso, no 
desenvolvimento, dê um parágrafo para cada enfoque selecio-
nado, e empregue os articuladores adequados. Por fim, funda-
mente sempre suas ideias. 
FIQUE LIGADO
Nunca use frases feitas, chavões.
Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos.
Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu. 
Não empregue verbos no imperativo.
Quanto aos exemplos, procure selecionar aqueles que sejam 
de domínio público, os que tenham saído na mídia: jornais, re-
vistas, TV. E nunca analise temas por meio de emoções exagera-
das – especialmente política, futebol, religião, etc. 
Estrutura de um Texto Dissertativo
Para escrever uma dissertação, é preciso que haja uma orga-
nização do texto a fim de que se obtenha um texto claro e bem 
articulado:
I- INTRODUÇÃO: consiste na apresentação do assunto a 
fim de deixar claro qual é o recorte temático e qual a ideia que 
será defendida e/ou esclarecida, ou seja, a TESE.
II- DESENVOLVIMENTO: é a parte em que são elaborados os 
parágrafos argumentativos e/ou informativos, nos quais você ex-
plica a sua TESE. É o momento mais importante do texto, por isso, 
É NECESSÁRIO que a TESE seja explicada, justificada, e isso pode 
ser feito por meio de exemplos e explicações.
III- CONCLUSÃO: esta parte do texto não traz informa-
ções novas, muito menos argumentos, porque consiste no fe-
chamento das ideias apresentadas, ou seja, é feita uma reafirma-
ção da TESE. Dependendo do comando da proposta de redação 
e do tema, pode ser apresentada uma hipótese de solução de um 
problema apresentado na TESE.
TESE
Introdução
- Assunto
- Recorte temático
- TESE
Desenvolvimento - Tópico/TESE + justificativa
Conclusão
- Retomada 
da introdução
- Reafirmação 
da TESE
Introdução 
É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da disserta-
ção, por essa razão deve estar muito bem elaborada, ser breve e 
apresentar apenas informações sucintas. Deve apenas apresen-
tar o TEMA e os ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas.
Desenvolvimento
É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois a 
três parágrafos (a depender do tema da proposta), um para cada 
enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em que 
argumentos são apresentados para explicitar, em um parágrafo 
distinto, cada um dos enfoques. Cada parágrafo deve ter de 5 a 8 
linhas. Pode-se desenvolver os argumentos por meio de relações 
que devem ser usadas para deixar seu texto coeso e coerente. 
• Conectores
As relações comentadas acima são estabelecidas com CO-
NECTORES:
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais 
nada, antes de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tu-
do, principalmente, primordialmente, sobretudo.
Tempo: atualmente, hoje, frequentemente, constantemen-
te às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, 
raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nes-
se ínterim, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, 
sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez 
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que, então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, 
a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, 
anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, fi-
nalmente, agora.
Semelhança, comparação, conformidade: de acordo 
com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal 
qual, tanto quanto, como, assim como, como se, bem como, 
igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo mo-
do, semelhantemente, analogamente, por analogia, de manei-
ra idêntica, de conformidade com.
Condição, hipótese: se, caso, eventualmente.
Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outros-
sim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas 
também, não só... como também, não apenas ... como também, 
não só ... bem como, com, ou (quando não for excludente).
Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem 
sabe, é provável, não é certo, se é que.
Certeza, ênfase: certamente, decerto, por certo, inquestio-
navelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só 
para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por 
outra, a saber, ou seja, aliás.
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, 
com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para 
que, a fim de que, para.
Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em 
conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa 
maneira, desse modo, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo.
Explicação: por consequência, por conseguinte, como resul-
tado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com 
efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já 
que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que 
(= porque), de tal sorte que, de tal forma que, haja vista.
Contraste, oposição, restrição: pelo contrário, em con-
traste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, en-
tretanto, no entanto, embora, apesar de, apesar de que, ainda 
que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais 
que, por menos que, só que, ao passo que, por outro lado, em 
contrapartida, ao contrário do que se pensa, em compensação.
Contraposição: É possível que... no entanto... 
É certo que... entretanto... 
É provável que ... porém...
Organização de ideias: Em primeiro lugar ..., em segundo 
..., por último ...; por um lado ..., por outro ...; primeiramente, 
...,em seguida, ..., finalmente, ....
Enumeração: É preciso considerar que ...; Também não de-
vemos esquecer que ...; Não podemos deixar de lembrar que...
Reafirmação/Retomada: Compreende-se, então, que ...
É bom acrescentar ainda que ...
É interessante reiterar ...
Conclusão
É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno 
de cinco linhas. Na conclusão, deve-se retomar o tema e fazer 
o fechamento das ideias apresentadas em todo o texto e não 
somente em relação às ideias contidas no último parágrafo do 
desenvolvimento. 
Pode-se concluir:
- Fazendo uma síntese das ideias expostas.
- Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, 
desde que coerente, com o desenvolvimento.
- Estabelecendo uma dedução ou demonstrando uma con-
sequência dos argumentos expostos.
- Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com 
as afirmações feitas durante o texto.
- Apresentando possíveis soluções para os problemas ex-
postos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados.
• Conectores
Pode-se iniciar o parágrafo da conclusão com:
Assim; Assim sendo; Portanto; Mediante os fatos expostos; 
Dessa forma; Diante do que foi dito; Resumindo; Em suma; Em 
vista disso, pode-se concluir que; Finalmente; Nesse sentido; 
Com esses dados, conclui-se que; Considerando as informações 
apresentadas, entende-se que; A partir do que foi discutido.
Critérios de Correção da Redação para 
Concursos Públicos
Conteúdo
Neste critério, observa-se se há apresentação marcada do 
recorte temático, o qual deve nortear o desenvolvimento do 
texto; se o recorte está contextualizado no texto, por exemplo: 
quando a proposta propuser uma situação hipotética, ela deve 
estar diluída em seu texto. 
Lembre-se: a proposta não faz parte de seu texto, ou seja, 
sua produção não pode depender da proposta para ter sentido 
claro e objetivo. 
FIQUE LIGADO
O único gênero textual que permite a referência ao 
texto motivador, bem como a cópia de alguns trechos, 
é o estudo de caso, pois é preciso fazer uma análise em 
relação a uma situação hipotética.
Em outras palavras: se há algum texto ou uma coletânea de 
textos, eles têm caráter apenas motivador. Portanto, não faça 
cópias de trechos dos textos, tampouco pense que o tema da 
redação é o assunto desses textos. É preciso verificar o recorte 
temático, o qual fica evidente no corpo da proposta.
Gênero 
Neste critério, verifica-se se a produção textual está adequada 
à modalidade redacional, ou seja, se o texto expressa o domínio da 
linguagem do gênero: narrar, relatar, argumentar, expor, descre-
ver ações, etc. 
Os concursos públicos, quase em sua totalidade, têm como 
gênero textual a dissertação argumentativa ou o texto expositi-
vo-argumentativo. Desse modo, a banca avalia a objetividade e 
o posicionamento frente ao tema, a articulação dos argumentos, 
a consistência e a coerência da argumentação. 
Isso significa que há uma valorização quanto do conteúdo do 
texto: a opinião, a justificativa dessa opinião e a seletividade de in-
formações sobre o tema.
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Coerência
Neste critério, avalia-se se há atendimento total do comando, 
com informações novas que evidenciam conhecimento de mun-
do e que atestam excelente articulação entre os aspectos exigidos 
pela proposta, o recorte temático e o gênero textual requisitado. 
Ou seja, é preciso trazer informações ao texto que não estão dis-
poníveis na proposta. Além disso, é essencial garantir a progres-
são textual, quer dizer, seu texto precisa ter uma evolução e não 
pode trazer a mesma informação em todos os parágrafos.
Coesão e Gramática
Neste critério, percebe-se se há erros gramaticais; se os pe-
ríodos estão bem organizados e articulados, com uso de vocabu-
lário e conectivos adequados; e se os parágrafos estão divididos 
de modo consciente, a fim de garantir a progressão textual. 
Critérios de Correção da Bancas
Cada Banca Examinadora delimita, na publicação do edital 
de abertura de um concurso, que critérios serão utilizados para 
corrigir as redações. Por isso, é essencial que se conheça quais 
são esses critérios e como cada Banca os organiza. A seguir, são 
apresentados critérios de algumas Bancas. Você perceberá que 
são predominantemente os mesmos itens; o que muda é a nota 
atribuída para cada um e como a proposta é organizada.
Banca Cespe
Aspectos Macroestruturais
1. Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indi-
cação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideais 
em texto estruturado). 
2. Desenvolvimento do tema
Tópicos da proposta
Aspectos Microestruturais
Ortografia
Morfossintaxe
Propriedade vocabular
FIQUE LIGADO
Quando forem apresentados tópicos, deve-se escre-
ver 1 parágrafo para cada tópico.
Banca FCC
O candidato deverá desenvolver texto dissertativo a partir 
de proposta única, sobre assunto de interesse geral. Conside-
rando que o texto é único, os itens discriminados a seguir serão 
avaliados em estreita correlação: 
Conteúdo – até 40 (quarenta) pontos: 
 ˃ perspectiva adotada no tratamento do tema; 
 ˃ capacidade de análise e senso crítico em relação ao 
tema proposto; 
 ˃ consistência dos argumentos, clareza e coerência no 
seu encadeamento. 
Obs.: A nota será prejudicada, proporcionalmente, caso 
ocorra abordagem tangencial, parcial ou diluída em meio a 
divagações e/ou colagem de textos e de questões apresentados 
na prova. 
Estrutura – até 30 (trinta) pontos: 
 ˃ respeito ao gênero solicitado; 
 ˃ progressão textual e encadeamento de ideias; 
 ˃ articulação de frases e parágrafos (coesão textual).
Expressão – até 30 (trinta) pontos: 
A avaliação da expressão não será feita de modo estanque ou 
mecânico, mas sim de acordo com sua estreita correlação com o 
conteúdo desenvolvido. A avaliação será feita considerando-se: 
 ˃ desempenho linguístico de acordo com o nível de co-
nhecimento exigido para o cargo/área/especialidade; 
 ˃ adequação do nível de linguagem adotado à 
produção proposta e coerência no uso; 
 ˃ domínio da norma culta formal, com atenção aos 
seguintes itens: estrutura sintática de orações e 
períodos, elementos coesivos; concordância verbal 
e nominal; pontuação; regência verbal e nominal; 
emprego de pronomes; flexão verbal e nominal; uso 
de tempos e modos verbais; grafia e acentuação.
Banca Cesgranrio
A Redação será avaliada conforme os critérios a seguir: 
 ˃ adequação ao tema proposto; 
 ˃ adequação ao tipo de texto solicitado; 
 ˃ emprego apropriado de mecanismos de coesão (refe-
renciação, sequenciação e demarcação das partes do 
texto); 
 ˃ capacidade de selecionar, organizar e relacionarde 
forma coerente argumentos pertinentes ao tema 
proposto; e 
 ˃ pleno domínio da modalidade escrita da norma-pa-
drão (adequação vocabular, ortografia, morfologia, 
sintaxe de concordância, de regência e de colocação). 
Banca Esaf
A avaliação da prova discursiva abrangerá: 
 ˃ Quanto à capacidade de desenvolvimento do tema 
proposto: a compreensão, o conhecimento, o de-
senvolvimento e a adequação da argumentação, a 
conexão e a pertinência, a objetividade e a sequên-
cia lógica do pensamento, o alinhamento ao assunto 
abordado e a cobertura dos tópicos apresentados, 
valendo, no máximo, 20 (vinte) pontos para cada 
questão, que serão aferidos pelo examinador com 
base nos critérios a seguir indicados: 
Conteúdo da resposta (seguem os pontos a deduzir para ca-
da questão): 
Capacidade de argumentação (até 6 ) 
Sequência lógica do pensamento (até 4 ) 
Alinhamento ao tema (até 4 ) 
Cobertura dos tópicos apresentados (até 6 ) 
Quanto ao uso do idioma: a utilização correta do vocabu-
lário e das normas gramaticais, valendo, no máximo, 10 (dez) 
pontos para cada questão, que serão aferidos pelo examinador 
com base nos critérios a seguir indicados:
Tipos de erro (seguem os pontos a deduzir): 
Aspectos formais: 
Erros de forma em geral e erros de ortografia (-0,25 cada erro) 
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Aspectos Gramaticais: 
Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sintaxe de re-
gência e pontuação (-0,50 cada erro)
Aspectos Textuais: 
Sintaxe de construção (coesão prejudicada); concordância; 
clareza; concisão; unidade temática/estilo; coerência; proprie-
dade vocabular; paralelismo semântico e sintático; paragrafação 
(-0,75 cada erro) 
Cada linha excedente ao máximo exigido (-0,40) 
Cada linha não escrita, considerando o mínimo exigido (-0,80).
Propostas de Redação
Proposta 01
As vendas de automóveis de passeio e de veículos comer-
ciais leves alcançaram 340 706 unidades em junho de 2012, alta 
de 18,75%, em relação a junho de 2011, e de 24,18%, em relação 
a maio de 2012, segundo informou, nesta terça-feira, a Federa-
ção Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fena-
brave). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da 
história do setor automobilístico.
Disponível em: <http://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3 
jul. 2012 (adaptado).
Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu por 295 km 
às 19 h e superou a marca de 293 km, registrada no dia 10 de ju-
nho de 2009. Na cidade de São Paulo, registrou-se, na tarde des-
ta sexta-feira, o maior congestionamento da história, segundo 
a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19 h, eram 
295 km de trânsito lento nas vias monitoradas pela empresa. O 
índice superou o registrado no dia 10 de junho de 2009, quando 
a CET anotou, às 19 h, 293 km de congestionamento.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. Acesso em: 03 
jul. 2012 (adaptado).
O governo brasileiro, diante da crise econômica mundial, 
decidiu estimular a venda de automóveis e, para tal, reduziu o 
imposto sobre produtos industrializados (IPI). Há, no entanto, 
paralelamente a essa decisão, a preocupação constante com o 
desenvolvimento sustentável, por meio do qual se busca a pro-
moção de crescimento econômico capaz de incorporar as di-
mensões socioambientais.
Considerando que os textos acima têm caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo sobre sistema de trans-
porte urbano sustentável, contemplando os seguintes aspectos:
 ˃ Conceito de desenvolvimento sustentável; (valor: 3,0 
pontos)
 ˃ Conflito entre o estímulo à compra de veículos au-
tomotores e a promoção da sustentabilidade; (valor: 
4,0 pontos)
 ˃ Ações de fomento ao transporte urbano sustentável 
no Brasil. (valor: 3,0 pontos)
Proposta 02
I
Venham de onde venham, imigrantes, emigrantes e refugia-
dos, cada vez mais unidos em redes sociais, estão aumentando 
sua capacidade de incidência política sobre uma reivindicação 
fundamental: serem tratados como cidadãos, em vez de apenas 
como mão de obra (barata ou de elite).
(Adaptado de: http://observatoriodadiversidade.org.br)
II
A intensificação dos fluxos migratórios internacionais das 
últimas décadas provocou o aumento do número de países 
orientados a regulamentar a imigração. Os argumentos alega-
dos não são novos: o medo de uma “invasão migratória”, os ris-
cos de desemprego para os trabalhadores autóctones, a perda da 
identidade nacional.
III
Ainda não existe uma legislação internacional sólida sobre 
as migrações internacionais. Assim, enquanto que os direitos re-
lativos ao investimento estrangeiro foram se reforçando cada vez 
mais nas regras estabelecidas para a economia global, pouca aten-
ção vem sendo dada aos direitos dos trabalhadores.
(II e III adaptados de: http://www.migrante.org.br)
Considerando o que se afirma em I, II e III, desenvolva um 
texto dissertativo-argumentativo, posicionando-se a respeito 
do seguinte tema:
Mobilidade Humana e Cidadania na atualidade.
ANOTAÇÕES
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M
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TE
M
Á
TI
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1. Teoria dos Conjuntos
Nesta seção, estão os principais conceitos sobre conjuntos 
e suas operações. Um assunto importante e de fácil aprendiza-
gem.
Definições
O conceito de conjunto é redundante visto que se trata de 
um agrupamento ou reunião de coisas, que serão chamadas de 
elementos do conjunto.
Ex�: Se quisermos montar o conjunto das vogais do alfabeto, 
os elementos serão a, e, i, o, u.
FIQUE LIGADO
A nomenclatura dos conjuntos é formada pelas letras maiús-
culas do alfabeto.
Ex.: Conjunto dos estados da região sul do Brasil: 
A = {Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul}.
Representação dos Conjuntos
Os conjuntos podem ser representados tanto em chaves co-
mo em diagramas.
Representação em Chaves
Ex�: Conjuntos dos estados brasileiros que fazem fronteira 
com o Paraguai: 
B = {Paraná, Mato Grosso do Sul}.
Representação em Diagramas
Ex�: Conjuntos das cores da bandeira do Brasil:
Verde
Azul
Amarelo
Branco
D
Elementos e Relação de Pertinência
Quando um elemento está em um conjunto, dizemos que ele 
pertence a esse conjunto. A relação de pertinência é representada 
pelo símbolo (pertence).
Ex�: Conjunto dos algarismos pares: G = {2, 4, 6, 8, 0}.
Observe que:
4 G
7 G
Conjunto Unitário e Conjunto Vazio
Conjunto unitário: possui um só elemento.
Ex�: Conjunto da capital do Brasil: K = {Brasília}
Conjunto vazio: simbolizado por Ø ou {}, é o conjunto que 
não possui elemento.
Ex�: Conjunto dos estados brasileiros que fazem fronteira 
com o Chile: M = Ø.
Subconjuntos
Subconjuntos são partes de um conjunto.
Ex�: Conjunto dos algarismos: F = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0}.
Ex�: Conjunto dos algarismos ímpares: H = {1, 3, 5, 7, 9}.
Observe que o conjunto H está dentro do conjunto F sendo, 
então, o conjunto H um subconjunto de F.
As relações entre subconjunto e conjunto são de: “está con-
tido = ” e “contém = ”.
Os subconjuntos estão contidos nos conjuntos e os conjun-
tos contém os subconjuntos. Veja:
H F
F H
FIQUE LIGADO
Todo conjunto é subconjunto de si próprio (D D);
O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto (Ø D);
Se um conjunto A possui “p” elementos, então ele possui 2p 
subconjuntos;
O conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto 
A, é denominado conjunto das partes de A. Assim, se A = {4, 7}, o 
conjunto das partes de A, é dado por {Ø, {4}, {7}, {4, 7}}.
Operações com Conjuntos
União de conjuntos: a união de dois conjuntos quaisquer 
será representada por “A ∪ B” e terá os elementos que perten-
cem a A “ou” a B, ou seja, todos os elementos.
A U B
Interseção de conjuntos: a interseção de dois conjuntos 
quaisquer será representada por “A ∩ B”. Os elementos que fa-
zem parte do conjunto interseção são os elementos comuns aos 
dois conjuntos.
A
U
B
Diferença de conjuntos: a diferença de dois conjuntos 
quaisquer será representada por “A – B” e terá os elementos que 
pertencem somente a A, mas não pertencem a B, ou seja, que são 
exclusivos de A.
A - B
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M
A
TE
M
Á
TI
CA
Complementar de um conjunto:se A está contido no conjun-
to universo U, o complementar de A é a diferença entre o conjunto 
universo e o conjunto A, será representado por “CU(A) = U – A” e 
terá todos os elementos que pertencem ao conjunto universo, me-
nos os que pertencem ao conjunto A.
Cp(A)
A
U
VAMOS PRATICAR
Os exercícios a seguir são referentes ao conteúdo: Teoria 
dos Conjuntos.
01. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 6}, B = {1, 2, 3, 5, 7} e C 
= {3, 4, 5, 8, 9}, determine o conjunto X sabendo que X 
C e C – X = B ∩ C.
a) X = {3, 5}
b) X = {1, 2, 7}
c) X = {2, 3, 4}
d) X = {3, 4, 7}
e) X = {4, 8, 9}
02. (Epcar) Para uma turma de 80 alunos do CPCAR, foi 
aplicada uma prova de Matemática valendo 9,0 pontos 
distribuídos igualmente em 3 questões sobre:
1ª FUNÇÃO
2ª GEOMETRIA
3ª POLINÔMIOS
Sabe-se que:
Apesar de 70% dos alunos terem acertado a questão so-
bre função, apenas 1/10 da turma conseguiu nota 9,0;
20 alunos acertaram as questões sobre função e geometria;
22 acertaram as questões sobre geometria e Polinômios;
18 acertaram as questões sobre função e polinômios.
A turma estava completa nessa avaliação, ninguém tirou 
nota zero, no critério de correção não houve questões com 
acertos parciais e o número de acertos apenas em geometria é o 
mesmo que o número de acertos apenas em polinômios. 
Nessas condições, é correto afirmar que:
a) O número de alunos que só acertaram a 
2ª questão é o dobro do número de alunos que 
acertaram todas as questões.
b) Metade da turma só acertou uma questão.
c) Mais de 50% da turma errou a terceira questão.
d) Apenas 3/4 da turma atingiu a média maior ou 
igual a 5,0.
03. (Upenet) Se A, B e C são conjuntos não vazios, sendo 
N(X) = número de elementos do conjunto X, é 
CORRETO afirmar que das afirmativas abaixo:
I. A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) U (A ∩ C);
II. N (A ∩ B) = N (A ∪ B) - N(A) + N(B);
III. Se A ∩ B = Ø, então, obrigatoriamente, A = B = Ø.
a) I é verdadeira.
b) I e II são verdadeiras.
c) III é verdadeira.
d) I, II e III são verdadeiras.
e) II e III são verdadeiras.
04. (Cesgranrio) 1000 pessoas responderam a uma 
pesquisa sobre a frequência do uso de automóvel. 810 
pessoas disseram utilizar automóvel em dias de semana, 
880 afirmaram que utilizam automóvel nos finais de 
semana e 90 disseram que não utilizam automóveis. Do 
total de entrevistados, quantas pessoas afirmaram que 
utilizam automóvel durante a semana e, também, nos 
fins de semana?
a) 580
b) 610
c) 690
d) 710
e) 780
05. (FCC) Dos 36 funcionários de uma agência bancária, 
sabe-se que: apenas 7 são fumantes, 22 são do sexo mas-
culino e 11 são mulheres que não fumam. Com base 
nessas afirmações, é correto afirmar que o:
a) Número de homens que não fumam é 18.
b) Número de homens fumantes é 5.
c) Número de mulheres fumantes é 4.
d) Total de funcionários do sexo feminino é 15.
e) Total de funcionários não fumantes é 28.
06. (Cesgranrio) Considere os conjuntos A, B e C, seus 
respectivos complementares AC, BC e CC e as seguintes 
declarações:
I. A ∪ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C);
II. A ∩ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C); 
III. (B ∪ C)C = BC ∩ CC.
Para esses conjuntos e seus respectivos complementares, es-
tá(ão) correta(s) a(s) declaração(ões):
a) II, somente.
b) III, somente.
c) I e II, somente.
d) I e III, somente.
e) I, II e III.
07. (Fumarc) Em minha turma da Escola, tenho colegas que 
falam, além do Português, duas línguas estrangeiras: Inglês 
e Espanhol. Tenho, também, colegas que só falam Portu-
guês. Assim:
4 colegas só falam Português;
25 colegas, além do Português, só falam Inglês;
6 colegas, além do Português, só falam Espanhol;
10 colegas, além do Português, falam Inglês e Espanhol.
Diante desse quadro, quantos alunos há na minha turma?
80
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A
TE
M
Á
TI
CA
a) 46
b) 45
c) 44
d) 43
e) 42
08. (Cesgranrio) Em um grupo de 48 pessoas, 9 não têm filhos. 
Dentre as pessoas que têm filhos, 32 têm menos de 4 filhos 
e 12, mais de 2 filhos. Nesse grupo, quantas pessoas têm 3 
filhos?
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8
09. (Cesgranrio) Se A e B são conjuntos quais-
quer e C (A, B) = A - (A ∩ B) então 
C (A, B) é igual ao conjunto:
a) Ø
b) B
c) B - A
d) A - B
e) (A U B) - A
10. (CEPERJ) Dois conjuntos B e C são subconjuntos de 
um conjunto A, porém A também é subconjunto de 
B e contém os elementos de C. Desse modo, pode-se 
afirmar que:
a) A = B e C B
b) A B e C B
c) A B e C B
d) A B e C = B
e) A = B e B = C
11. (Cespe) Sabendo-se que dos 110 empregados de uma 
empresa, 80 são casados, 70 possuem casa própria e 
30 são solteiros e possuem casa própria, julgue o item 
seguinte.
Mais da metade dos empregados casados possui casa própria.
Certo ( ) Errado ( )
Texto para as questões 12 a 15
Considere que todos os 80 alunos de uma classe foram leva-
dos para um piquenique em que foram servidos salada, cachor-
ro-quente e frutas. Entre esses alunos, 42 comeram salada e 50 co-
meram frutas. Além disso, 27 alunos comeram cachorro-quente e 
salada, 22 comeram salada e frutas, 38 comeram cachorro-quente 
e frutas e 15 comeram os três alimentos. Sabendo que cada um dos 
80 alunos comeu pelo menos um dos três alimentos, julgue os pró-
ximos itens.
12. (Cespe) Quinze alunos comeram somente cachorro-
-quente.
Certo ( ) Errado ( )
13. (Cespe) Dez alunos comeram somente salada.
Certo ( ) Errado ( )
14. (Cespe) Cinco alunos comeram somente frutas.
Certo ( ) Errado ( )
15. (Cespe) Sessenta alunos comeram cachorro-quente.
Certo ( ) Errado ( )
16. (Cespe) Considere que os conjuntos A, B e C tenham o 
mesmo número de elementos, que A e B sejam disjun-
tos, que a união dos três possuía 150 elementos e que a 
interseção entre B e C possuía o dobro de elementos da 
interseção entre A e C. Nesse caso, se a interseção entre 
B e C possui 20 elementos, então B tem menos de 60 
elementos.
Certo ( ) Errado ( )
17. (FCC) Do total de Agentes que trabalham em um setor 
da Assembleia Legislativa de São Paulo, sabe-se que, se 
fossem excluídos os:
- Do sexo feminino, restariam 15 Agentes;
- Do sexo masculino, restariam 12 Agentes;
- Que usam óculos, restariam 16 Agentes;
- Que são do sexo feminino ou usam óculos, restariam 
9 Agentes.
Com base nessas informações, o número de Agentes desse 
setor que são do sexo masculino e não usam óculos é:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 8
e) 9
18. (ESAF) Um colégio oferece a seus alunos a prática de um 
ou mais dos seguintes esportes: futebol, basquete e vôlei. 
Sabe-se que, no atual semestre.
 ˃ 20 alunos praticam vôlei e basquete;
 ˃ 60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
 ˃ 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
 ˃ o número de alunos que praticam só futebol é 
idêntico ao número dos alunos que praticam só vôlei;
 ˃ 17 alunos praticam futebol e vôlei;
 ˃ 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 
45, não praticam vôlei.
O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é 
igual a:
a) 93
b) 110
c) 103
d) 99
e) 114
19. (FGV) Dado um conjunto A, chamamos subconjunto 
próprio não vazio de A a qualquer conjunto que pode 
ser formado com parte dos elementos do conjunto A, 
desde que:Algum elemento de A seja escolhido; Não 
sejam escolhidos todos os elementos de A. Sabemos 
que a quantidade de subconjuntos próprios não vazios 
de A é 14. A quantidade de elementos de A é igual a:
81
M
A
TE
M
Á
TI
CA
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8
20. (FCC) Em um grupo de 100 pessoas, sabe-se que: 
- 15 nunca foram vacinadas; 
- 32 só foram vacinadas contra a doença A; 
- 44 já foram vacinadas contra a doença A; 
- 20 só foram vacinadas contra a doença C; 
- 2 foram vacinadas contra as doenças A, B e C; 
- 22 foram vacinadas contra apenas duas doenças. 
De acordo com as informações, o número de pessoas do 
grupo que só foi vacinado contra as doenças B e C é:
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
01 E 11 ERRADO
02 C 12 ERRADO
03 A 13 ERRADO
04 E 14 CERTO
05 A 15 CERTO
06 B 16 ERRADO
07 A 17 E
08 B 18 D09 D 19 A
10 A 20 C
GABARITO
ANOTAÇÕES
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1. A Idade Contemporânea e seus 
Principais Acontecimentos
Imperialismo do século XIX - A Expansão 
Imperialista
Na Segunda metade do século XIX, a economia capitalista 
entrou num período de grande crescimento, tanto na Europa 
quanto nos Estados Unidos. Esse crescimento refletiu-se na am-
pliação do comércio mundial e no enorme acúmulo de capi-
tais entre os empresários das grandes potências. Calcula-se que 
80% do capital mundial concentraram-se em poucas nações 
ricas, como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos.
A expansão capitalista estava relacionada ao grande desen-
volvimento técnico e científico registrado nesse período (1860-
1900). Esse extraordinário desenvolvimento tecnológico costu-
ma ser denominado Segunda Revolução Industrial.
Capitalismo Financeiro e Monopolista
A nova fase da economia capitalista foi marcada pela con-
centração da produção e do capital em torno de grandes em-
presas ou associações de empresas.
A livre concorrência entre empresas capitalistas transfor-
mou-se numa verdadeira batalha de preços, na qual as empre-
sas mais poderosas foram vencendo as mais fracas.
Na luta dos negócios, as empresas vencedoras foram concen-
trando capitais e dominando a produção de alguns setores. Surgi-
ram, então, os monopólios industriais, que eliminavam a con-
corrência e podiam fixar preços em busca de maiores lucros�
Esses monopólios industriais eram representados pelo car-
tel, pela holding e pelo truste, que eram novas formas de orga-
nização das empresas.
O processo de concentração econômica também se desen-
volveu no setor financeiro. Os grandes bancos associaram-se 
às grandes indústrias para financiar seus investimentos e parti-
cipar dos lucros de seus projetos.
A fusão do capital bancário com o capital industrial mar-
cou essa nova fase do capitalismo, conhecido como capitalis-
mo financeiro e monopolista e caracterizado por:
 ˃ Grande aumento da produção industrial que acabou 
gerando a necessidade de ampliação dos mercados 
consumidores;
 ˃ Enorme acúmulo de capitais, que acabou gerando a 
busca de novos projetos para investimentos lucrativos.
Neocolonialismo 
Nessa nova fase, o capitalismo começou a enfrentar um pro-
blema. A expansão da produção industrial e os novos investimen-
tos financeiros estavam condicionados aos limites do mercado 
interno das grandes potências capitalistas. É que as grandes na-
ções tomavam medidas protecionistas para impedir a invasão de 
seus mercados pelos países concorrentes.
A solução do capitalismo para expandir a produção in-
dustrial e investir os capitais acumulados foi conquistar no-
vos mercados. O alvo dessa expansão foram as nações pobres, 
que ainda não tinham atingido o desenvolvimento industrial: 
regiões da África, da Ásia e da Oceania. Assim, para expandi-
rem-se, as grandes potências adotaram uma política imperia-
lista, responsável pelo neocolonialismo do século XIX.
 → O objetivo do neocolonialismo era a repartição econô-
mica e política do mundo entre as grandes potências ca-
pitalistas� O Neocolonialismo buscava:
 ˃ Novos mercados para investir os capitais excedentes;
 ˃ Novas fontes de matérias-primas e mercados consu-
midores;
 ˃ Novas áreas para deslocar o excedente populacional.
A luta internacional pelo controle das fontes de matérias-pri-
mas, a disputa pela conquista de novos mercados e a necessidade 
de exportação de capitais (investimentos no exterior) não eram 
apenas problemas econômicos gerados pelo capitalismo mono-
polista. Eram também problemas políticos, cuja solução exigia a 
participação ativa dos governos das principais potências.
Essas nações passaram a estimular a expansão colonialista 
movidas por questões estratégicas. Assim, a conquista de terri-
tórios em diversas partes do mundo assumiu grande importân-
cia em termos de poderio militar e de segurança nacional.
Ideologia Imperialista
A principal justificativa ideológica para o neocolonialismo 
do século XIX era a missão civilizadora das grandes potências 
que, segundo o discurso imperialista, tinham por obrigação, di-
fundir o progresso e a cultura pelo mundo.
Afirmavam ser necessário levar a civilização e a cultura 
aos “menos favorecidos”, posteriormente chamados “pre-
guiçosos”, ”incapazes” e “selvagens”.
 → Criou-se, assim, o mito da superioridade da civilização 
industrial do Ocidente, tendo por base elementos como:
 ˃ Características biológicas do povo (raça branca).
 ˃ Fé religiosa (cristianismo).
 ˃ Desenvolvimento técnico e científico (Revolução In-
dustrial).
Com base em ideias racistas e de superioridade cultural, for-
mularam-se argumentos para justificar a exploração brutal de 
diferentes povos.
Conquista da África e da Ásia
O fenômeno da dominação imperialista europeia sobre os 
continentes africano e asiático é conhecido, respectivamente, 
como Partilha da África e Partilha da Ásia.
 ˃ Partilha da África: mais de 90% das terras africanas 
foram dominadas por nações europeias.
 ˃ Conferência de Berlim (1885): estabelecia as regras 
para a partilha da África.
 ˃ Partilha da Ásia: a expansão europeia enfrentou 
forte resistência em países como China e Japão. En-
tretanto, o poderio militar dos europeus, aliado ao 
dos Estados Unidos, foi vencendo, gradativamente, 
a resistência dos diversos povos asiáticos. A partir 
de 1867, o próprio Japão entrou numa fase de rápida 
modernização de sua estrutura socioeconômica, ca-
minhando no sentido de tornar-se uma potência im-
perialista na Ásia. (Era Meiji)
Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918
As Tensões Europeias
Alguns autores consideram a Primeira Guerra Mundial 
como o verdadeiro início do século XX. Ela aconteceu co-
mo uma consequência do choque de interesses das potências 
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imperialistas. Esse choque se estendeu ao longo do século XIX 
e teria seus resultados mais significativos entre os anos de 1914 
- 1918, período em que se desenrolou a Primeira Guerra Mun-
dial. Muitos fatores contribuíram para essa situação conflituo-
sa, destacando-se entre eles:
Disputa Colonial - buscando novos mercados para a venda 
de seus produtos, os países industrializados entravam em cho-
que na disputa por colônias na África e na Ásia e Oceania;
Concorrência Econômica - cada um dos grandes países in-
dustrializados dificultava a expansão econômica do país concor-
rente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre In-
glaterra e Alemanha;
Disputa Nacionalista - em diversas regiões da Europa surgi-
ram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um 
mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacio-
nalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial.
Movimentos Nacionalistas
O clima de rivalidade deu origem à chamada paz armada. 
Como o risco de guerra era iminente, as principais potências 
iniciaram uma corrida armamentista, isto é, estimularam a pro-
dução de armas e fortaleceram seus exércitos. 
Foram realizadas duas conferências de paz em Haia (1899 
e 1907) na tentativa de manter a paz na Europa.
Política de Alianças
Durante a paz armada, o clima de tensão levou as grandes 
potências a firmarem tratados de aliança. O objetivo desses tra-
tados era somar forças para enfrentar a potência rival.
Depois de muitas negociações e tratados bilaterais, existiam na 
Europa, em 1907, dois blocos distintos:
Tríplice Aliança - formada por Alemanha, Áustria-Hun-
gria e Itália;
Tríplice Entente - formada por Inglaterra, França e Rússia.
Grã-
Bretanha
Holanda Alemanha
Bélgica
França
Itália
Áustria-
Hungria
Sérvia
Grécia
Rússia
Romênia
Bulgária
Império Otomano
Portugal
Potências 
Aliados
Neutros
Centrais
A aliança original entre os países de cada bloco sofreu alte-
rações, conforme seus interesses imediatos. Alguns países mu-
daram de lado, após o início da guerra, como a Itália, que, em 
1915, passou para o lado da Entente por ter recebido a promessa 
de recompensas territoriais.As tensões entre os dois blocos foram se agravando, e qual-
quer incidente serviria de estopim para deflagrar a guerra.
 → Nesse contexto de disputas entre as potências europeias, 
podemos destacar duas grandes crises, que contribuíram 
para a guerra mundial:
 ˃ Questão balcânica 
Um dos principais focos de atrito entre as potências euro-
peias era a península Balcânica, onde se chocavam o naciona-
lismo da Sérvia (apoiada pela Rússia) - Pan-eslavismo - e o 
expansionismo da Áustria (aliada da Alemanha). Em 1908, a 
Áustria anexou a região da Bósnia-Herzegovina, ferindo os 
interesses da Sérvia, que pretendia criar a Grande Sérvia, in-
corporando aquelas regiões habitadas por eslavos. Os movi-
mentos nacionalistas da Sérvia passaram a reagir violentamente 
contra a anexação austríaca da Bósnia-Herzegovina. Sérvia e 
Rússia colocaram-se como “Protetora dos eslavos”. 
Um incidente ligado ao movimento nacionalista da Sérvia 
serviria de estopim para deflagrar a guerra mundial pouco tem-
po depois.
O estopim que detonou a Primeira Guerra Mundial foi o 
assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do 
trono austríaco, e de sua esposa, na cidade de Sarajevo, em 28 
de junho de 1914. O autor do assassinato foi o estudante Gavri-
lo Princip, pertencente à organização secreta nacionalista Uni-
dade ou Morte, que tinha o apoio do governo sérvio, ligado, por 
sua vez, à Rússia.
As Fases da Guerra
A Primeira Guerra Mundial pode ser dividida em três gran-
des fases:
Primeira Fase (1914-1915)
Marcada pela intensa movimentação dos exércitos beli-
gerantes. Depois de uma rápida ofensiva das forças alemãs em 
território francês em setembro de 1914, a França organizou 
uma contraofensiva, detendo o avanço germânico sobre Paris 
(Batalha do Marne). A partir desse momento nenhum dos la-
dos conseguiu estabelecer vitórias significativas sobre o outro. 
Havia um equilíbrio de forças nas frentes de combate.
Segunda Fase (1915-1917)
A intensa movimentação de tropas da primeira fase foi 
substituída por uma guerra de trincheiras, em que cada um dos 
lados procurava garantir suas posições, evitando a penetração 
do inimigo. Destaca-se a batalha de Verdun e a batalha naval 
da Jutlândia, que neutraliza a ofensiva naval alemã.
Terceira Fase (1917-1918)
A Marinha alemã, utilizando seus submarinos, afundou na-
vios de países tidos como neutros, alegando que transportavam 
alimentos para os inimigos. Foi o caso, por exemplo, dos navios 
Lusitânia e Arábia, dos Estados Unidos, e do navio Paraná, do 
Brasil� Essa fase da guerra foi assinalada por dois grandes aconte-
cimentos: a entrada dos Estados Unidos no conflito (6 de abril 
de 1917) e a saída da Rússia (3 de março de 1918). Ocorre a se-
gunda batalha do Marne na qual a Alemanha é derrotada.
Fim da Guerra
O apoio financeiro e material dado pelos Estados Unidos ao 
entrarem na guerra foi decisivo para a vitória da Entente e de 
seus aliados.
No início de 1918, a Alemanha, perdendo fôlego, foi fican-
do isolada e sem condições de sustentar a guerra, após a derrota 
do Marne foi proclamada a República - República de Weimar. 
Em 11 de novembro de 1918, acabou assinando um armistício 
em situação bastante desvantajosa.
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Terminava a Primeira Guerra Mundial, um conflito san-
grento que deixou um saldo de mais de 10 milhões de mortos e 
30 milhões de feridos.
Período Entreguerras
Revolução Russa - 1917
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos polí-
ticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e 
depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabeleci-
mento do poder soviético sob o controle do partido bolchevi-
que. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, 
que durou até 1991.
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia 
atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia 
estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Antecedentes:
 ˃ Absolutismo (Czar Nicolau II).
 ˃ País mais atrasado da Europa.
 ˃ Ausência de liberdades individuais.
 ˃ Igreja Ortodoxa monopolizava o ensino e possuía 
privilégios.
 ˃ Concentração fundiária (boiardos = nobres proprietários).
 ˃ Camponeses (mujiques) explorados de forma quase 
feudal.
 ˃ Poucas indústrias (capital estrangeiro da Bélgica, 
França, Alemanha e Inglaterra).
Movimento oposicionista (desde fins do século XIX):
 ˃ Todos clandestinos.
 ˃ Niilistas (anarquistas) - prática de atentados.
 ˃ Populistas Narodiniques - socialismo com base na 
comunidade rural camponesa (MIR).
 ˃ Partido Socialista-Revolucionário (1901) - composto 
por camponeses e intelectuais.
 ˃ POSDR - Partido Operário Social Democrata 
Russo (1898) formado por intelectuais�
 » Dividido em 1903.
Os grupos políticos:
 ˃ Mencheviques (minoria) - Revolução liberal burguesa 
aos moldes da Revolução Francesa.
Defendia a implantação gradual do regime socialista, por 
etapas, comprometida com a aliança dos grupos de esquerda e 
setores da burguesia. 
Líder: Martov� 
Bolcheviques (maioria): Revolução socialista com parti-
cipação de operários e camponeses, liderada por partido 100% 
revolucionário e absolutamente disciplinado. 
Apostava na implantação do regime socialista por uma in-
surreição revolucionária do proletariado�
Líder: Lênin�
Kadet (1905) - Partido Constitucional Democrata, forma-
do pela burguesia. Politicamente fraco.
A Revolução de 1905: O Ensaio Geral
 ˃ Rússia X Japão (posse da Coreia e da Manchúria);
 ˃ Crise de abastecimento, inflação, greves;
 ˃ “Domingo Sangrento” (jan/1905);
 » Manifestação pacífica de 200 mil trabalhadores;
 » Reivindicavam melhorias trabalhistas e convoca-
ção da Duma;
 » Massacre de populares pela polícia czarista 
(OKHRANA);
 ˃ Insurreições em vários pontos do país (camponeses, 
outras nacionalidades e militares - Encouraçado 
Potenkin);
 ˃ Repressão violenta do czar.
1917 - O ano em que a Rússia foi palco de 2 Revoluções: 
A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendá-
rio ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da 
Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu 
lugar uma república de cunho liberal.
A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calen-
dário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por 
Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o go-
verno socialista soviético.
Em 1922, Lênin criaria a URSS (União das Repúblicas So-
cialistas Soviéticas) e em 1923 após sua morte, Josef Stálin e 
Leon Trotski disputariam o poder da União Soviética. Stalin 
consegue vencer Trótski, e comanda a União Soviética até 1953, 
ano da sua morte. 
Regimes Totalitários
Recebem esse nome os regimes políticos que aconteceram 
no período entreguerras e que se opunham às democracias libe-
rais. As principais características dos regimes totalitários foram:
 ˃ Monopartidarismo;
 ˃ Líder forte;
 ˃ Estado bélico e forte;
 ˃ Nacionalismo exacerbado;
 ˃ Antiliberalismo;
 ˃ Anticomunismo.
O Nazismo e o Fascismo foram representantes desses regi-
mes na Alemanha e Itália respectivamente. 
A Crise de 1929 - O Capitalismo em Xeque
A crise atingiu o mercado de ações e em 24 de outubro de 
1929, a “quinta-feira negra” ocorreu o crack (“quebra”) da Bolsa 
de Valores de Nova York.
Era na Bolsa de Valores que as grandes empresas america-
nas negociavam suas ações. Com a crise, muitas empresas foram 
à falência e o valor das ações na Bolsa caiu assustadoramente de 
um dia para outro.
A desvalorização refletia a estagnação do parque industrial 
norte-americano, cujas empresas faliam cada vez mais. Bancos 
faliram e milhões de trabalhadores americanos perderam seus 
empregos.
A quebra da Bolsa de Valores de Nova York repercutiu na 
maioria dos países capitalistas.
Muitas pessoas perderam grandes somas de dinheiro com 
isso. Houve pânico, desespero, tendo ocorrido até mesmo nu-
merosos casos de suicídio.
O desemprego aumentou em todo o país: a miséria atingiu 
grande parte da população, pois a economia como um

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