Buscar

Aula 08 Anemia aplástica e Anemia refratária

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
HEMATOLOGIA CLÍNICA 
Aula 8: Anemia aplástica e Anemia refratária. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica e anemias refratárias 
 Anemia aplástica: número de precursores celulares (eritroblastos) está reduzido; 
 
 Anemia refratária: número de eritroblastos na medula está normal, mas não ocorre diferenciação celular. 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Fonte: Portaria SMS/MS nº 1.300 de 21/11/2013. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da anemia aplástica adquirida. Disponível em: 
<http://u.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-anemia-apl-adq-livro-2013.pdf> 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Segundo a Portaria SMS/MS nº 1.300 de 21/11/2013, a anemia aplástica (AA) ou aplasia de medula óssea é 
uma doença rara, caracterizada por pancitopenia moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade 
acentuada na medula óssea, sendo a mais frequente das síndromes de falência medular. 
 
Segundo Lorenzi et al. (2003), na anemia aplástica, há deficiente formação de precursores eritroblásticos 
medulares a partir das células pluripotentes (stem-cel). A perturbação da diferenciação eritroblástica decorre 
de alterações do elemento primordial das células que se originam ou do microambiente em que as células se 
desenvolvem. 
 Anemia Aplástica, Mielose Aplástica ou Aplasia Medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Fonte: Portaria SMS/MS nº 1.300 de 21/11/2013. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da anemia aplástica adquirida. Disponível em: 
<http://u.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-anemia-apl-adq-livro-2013.pdf> 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Etiopatogenia 
 Defeitos de proliferação das células precursoras (stem-cells ou células CD34+); 
 Reação imune contra o parênquima hematopoético; 
 Alterações das células do estroma medular (linfócitos T, B e monócitos); 
 Alterações nos fatores reguladores da proliferação e maturação celular; 
 Fatores genéticos, ligados à maior susceptibilidade para desenvolverem um quadro de 
aplasia medular; 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Etiopatogenia 
 Ocorrem alterações nas três linhagens de células (eritrócitos, granulócitos e plaquetas), 
ocorrendo a diminuição das células, formando a oligocitemia, granulocitopenia e 
plaquetopenia de modo geral (pancitopenia) ou seletivo (citopenia seletiva); 
 
 Substituição das células da medula óssea por tecido gorduroso, sem a presença de células 
imaturas ou malignas invadindo o tecido medular; 
 
 Não apresenta deficiência de Vitamina B12, folatos, ferro e outras substâncias importantes 
na formação das hemácias. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: PINTO; FERRÃO; MORAIS. Anemia Aplástica adquirida: Revisão dos conceitos Fisiopatológicos. Acta Pediatr. Port., 2000; N.' 6; Vol. 31: 445-8. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Classificação das aplasias medulares 
Aplasia Medular constitucional 
Idiopática Secundária 
• Medicamentosa (Anti-inflamatórios, Antibióticos, anticonvulsivantes); 
• Tóxicas (benzeno, inseticidas, solventes químicos); 
• Infecciosas (bacteriana, viral – hepatites, Vírus EB, parvovirose, HIV); 
• Imunológica (Doença do enxerto x Hospedeiro); 
• Metabólica (pancreatite); 
• Hemoglobinúria paroxística noturna; 
• Neoplásica (timoma); 
• Radiações ionizantes. 
Aplasia de linhagem 
medular única 
Aplasia Medular adquirida 
• Anemia de Fanconi; 
• Anemia Aplástica familiar; 
• Púrpura trombocitopênica 
amegacariocítica; 
• Aplasia Pura de 
células eritrocitárias; 
• Neutropenias puras; 
• Plaquetopenias puras. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Classificação das aplasias medulares 
Grave Moderada 
• Medula óssea com menos de 30% de celularidade; 
• Citopenia em duas séries (hemoglobina menor de 10g/dL, 
plaquetas abaixo de 50.000/mm3 ou neutrófilos abaixo de 
1.500/mm3); 
• Ausência de pancitopenia grave; 
• Medula óssea com menos de 25% de celularidade, ou 
com menos de 50% de celularidade onde menos de 30% 
são de precursores hematopoiéticos; 
• Presença, no mínimo, de dois dos três critérios: contagens 
de reticulócitos abaixo de 20.000/mm³, neutrófilos abaixo 
de 500/mm³ e plaquetas abaixo de 20.000/mm³. 
Muito Grave Neutrófilos menor do que 200/mm3 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Quadro clínico 
Fraqueza; 
Desânimo; 
Cansaço fácil; 
Epistaxe; 
Menometrorragia; 
Escarros hemoptoicos; 
Palidez cutânea; 
Palidez mucosa; 
Púrpuras; 
Petéquias; 
Infecções banais com alta 
gravidade; 
Hemorragia cerebral; 
Coma; 
 Urina escura (cor de Coca-Cola); 
Ausência de adenomegalia, 
hepato e esplenomegalia. 
 
 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Diagnóstico Laboratorial 
1) Hemograma: 
 
 Eritrograma; 
 Leucograma; 
 Contagem de plaquetas; 
 Contagem de reticulócitos. 
 
2) Mielograma: 
 
 Aspirado de MEDULA ÓSSEA para análise das células e do parênquima hematopoiético (coloração com hematoxilina – 
eosina, Wright – Giemsa e outras colorações); 
 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Diagnóstico Laboratorial 
3) Outros exames: 
 
 Dosagem de ferro sérico; 
 Saturação de transferrina; 
 Dosagem de eritropoietina no soro; 
 Coagulograma. 
 
4) Diagnóstico diferencial: 
 
 Exame físico para analisar a presença de adenomegalias, hepato e esplenomegalia; 
 Sintomatologia que sugira a presença de doença neoplásica; 
 Estudo citogenético de células sanguíneas ou da medula óssea; 
 Tentativa de identificar a causa da aplasia medular; o passo seguinte é procurar a possível causa (uso de agentes tóxicos ou 
o uso de medicamentos).
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Achados Laboratoriais 
Exame laboratorial Resultados encontrados 
Morfologia eritrocitária Normocrômica e Normocítica 
Dosagem de hemoglobina Baixa 
Contagem de eritrócitos Baixa 
Contagem de plaquetas Baixa 
Leucograma Número de neutrófilos está diminuído e de linfócitos está aumentado em porcentagem e diminuído em valores absolutos 
Contagem de reticulócitos Em número normal ou diminuído 
Mielograma Hipocelularidade global, com as três linhagens diminuídas nos esfregaços obtidos por punção. Há aumento do tecido 
gorduroso da medula óssea, aumento do número de histiócitos e macrófagos (com aumento dos grãos de hemossiderina). 
Pode ter edema nas traves fibrosas e necrose de células). 
Dosagem de ferro sérico Aumentada 
Saturação de transferrina Aumentada 
Eritropoietina Aumentada 
Coagulograma Pode estar alterado devido à plaquetopenia 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia aplástica, mielose aplástica ou aplasia medular 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Achados Laboratoriais 
Biópsia de medula corada com hematoxilina e eosina: 
 Diminuição do parênquima hematopoiético; 
 Aumento do tecido gorduroso ou das fibras de 
colágeno e reticulínicas do estroma; 
 Pode ter edema nas traves fibrosas e necroses de 
células; 
Aspirado de medula corada com Wright – Giemsa: 
 Diminuição das células hematopoiéticas (linfócitos 
e macrófagos); 
 Aumento do tecido gorduroso; 
 Aumento dos adipócitos, capilares revestidos pelas 
células epiteliais; 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Aplasia medular adquirida 
Fonte: HENRY. Diagnósticos clínicos e tratamentos por diagnósticos laboratoriais. 21. ed. Editora Manole, 2012. 
Fonte: VERRASTO, T.; LORENZI, T.,F.; NETO, S.V. Hematologia e Hemoterapia. Fundamentos de morfologia, Fisiologia, Patologia e clínica. Editora Atheneu. 1. ed. 2006. 
Diagnóstico Laboratorial 
Nas anemias aplásticas adquiridas primárias e secundárias, há quadro hematológico semelhante. Entre eles: 
• Grau variável de anemia; 
• Leucopenia; 
• Plaquetopenia. 
 
Principal diferença está no quadro etiológico: 
• Primárias ou idiopáticas – a causa é desconhecida; 
• Secundárias – Consegue identificar a causa. 
 
Deve ser analisado o contato com drogas, radiação e produtos químicos que levam a causar danos medulares. 
 
Aproximadamente 70% das anemias aplásticas são de causas idiopáticas. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Aplasia medular adquirida secundária 
Fonte: HENRY, J.B. Diagnósticos clínicos e tratamentos por diagnósticos laboratoriais. 21. ed. Editora Manole, 2012. 
Fonte: VERRASTO, T.; LORENZI, T.,F.; NETO, S.V. Hematologia e Hemoterapia. Fundamentos de morfologia, Fisiologia, Patologia 
Anemia aplásticas adquiridas 
Tóxicas 
Radiação ionizantes (raio 
X e ɤ são mais lesivos do 
que os raios β e α) 
Agentes Físicos Substâncias Químicas 
 Benzeno e outros 
hidrocarbonetos 
aromáticos; 
 Derivados da mostarda; 
 Inseticidas (clorados, 
organofosforados e 
carbonatados). 
 
Reações de 
Hipersensibilidade 
 Rubéola durante a 
gravidez; 
 Citomegalovírus durante 
a gravidez; 
 Parvovírus B19; 
 Hepatite; 
 HTLV I 
Imunológica 
Alterações 
Metabólicas 
Infecções 
Virais 
Drogas (dose dependente, vai 
atuar de diferentes formas e 
pode ser reversível ou 
irreversível) 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Aplasia medular adquirida secundária 
Fonte: VERRASTO, T.; LORENZI, T.,F.; NETO, S.V. Hematologia e Hemoterapia. Fundamentos de morfologia, Fisiologia, Patologia e clínica. 1. ed. Editora Atheneu, 2006. 
AULA 8: ANEMIA APLÁSTICA, ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIA SIDEROBLÁSTICA 
Hematologia clínica 
Anemia refratária 
Fonte: LORENZI; DANIEL; SILVEIRA; BUCCHERI. Manual de Hematologia Propedêutica e clínica. 3. ed. Editora Medsi, 2003. 
Segundo Lorenzi et al. (2003), a “anemia refratária engloba as anemias adquiridas ou congênitas, com causa 
conhecida ou ignorada, decorrentes de DIFICULDADE DE AMADURECIMENTO NORMAL DAS CÉLULAS MEDULARES. 
O defeito reside quase sempre na célula primordial ou totipontente, resultando em dificuldade maturativa dos 
precursores eritroblásticos, granulocíticos e plaquetários.” 
 
 Não existe aplasia medular verdadeira; 
Celularidade da medula óssea normal ou discreta hipoplasia medular; 
 Não ocorre a maturação das células; 
 Pancitopenia no sangue periférico nas três linhagens medulares (diseritropoese, disgranulocitopoese e 
dismegacariocitopoese);

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando