Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FORMAÇÃO PROFISSIONAL Engenheiro Eletricista-Eletrônica Mestre em Economia e Gestão Empresarial Pós-Graduado em Engenharia de Automação e Eletrônica Industrial Licenciado em Matemática e Física Técnico em Eletrônica INTRODUÇÃO Divisão de Eletricidade – 3 Grandes Áreas • Geração • Distribuição • Uso • A disciplina de Comandos Elétricos estuda o uso da energia. OBJETIVO • Os comandos elétricos tem por finalidade a manobra de motores elétricos que são os elementos finais de potência em um circuito automatizado. O QUE É MANOBRA ? • Entende-se por manobra o estabelecimento e condução, ou a interrupção de corrente elétrica em condições normais e de sobrecarga. PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES • Motor de Indução • Motor de corrente contínua • Motores síncronos • Servomotores • Motores de Passo PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES • Os Servomotores e Motores de Passo necessitam de um “driver” próprio para o seu acionamento. PRINCIPAIS TIPOS DE MOTORES • Os que ainda têm a maior aplicação no âmbito industrial são os motores de indução trifásicos, pois em comparação com os motores de corrente contínua, de mesma potência, eles tem menor tamanho, menor peso e exigem menos manutenção. MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO • Motor de indução ou assíncrono: funciona normalmente com velocidade estável, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de frequência. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Potência: É a força que o motor gera para movimentar a carga em uma determinada velocidade. Esta força é medida em HP (horse-power), CV (cavalo vapor) ou em kW (quilowatt). • Tipo de tensão e número de fases: Indica se o motor trabalha em CC ou CA. No caso de CA, se é monofásico ou trifásico. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Tensão: Todos os motores elétricos trabalham com pelo menos duas tensões diferentes. Ex.: 220 V, 380 V e 440 V. • Corrente nominal (In): É a corrente de consumo do motor tendo como base as suas tensões de alimentação: Ex.: 245 A (220 V), 142 A (380 V) e 123 A (440 V). PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Rotação: É o número de giros do eixo do motor por uma unidade de tempo. A rotação normalmente é expressa em rpm (rotações por minuto). Para a frequência de 60 Hz, temos: Motor Rotação síncrona 2 polos 3.600 rpm 4 polos 1.800 rpm 6 polos 1.200 rpm 8 polos 900 rpm PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Grau de proteção: É a proteção do motor contra a entrada de corpos estranhos (poeira, fibras, etc.), contato acidental e penetração de água. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Assim, por exemplo, um equipamento a ser instalado num local sujeito a jatos d’água, deve possuir um invólucro capaz de suportar tais jatos, sob determinados valores de pressão e ângulo de incidência, sem que haja penetração de água que possa ser prejudicial ao funcionamento do motor. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • O grau de proteção é definido por duas letras (IP) seguido de dois números. O primeiro número indica proteção contra entrada de corpos estranhos e contato acidental, enquanto o segundo indica a proteção contra entrada de água. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO - CLASSES DE ISOLAMENTO • A classe de isolamento é a especificação do isolamento térmico. Ou seja, ele especifica qual é a máxima temperatura que o bobinado do motor pode suportar continuamente sem que seja afetada sua vida útil. Existem três classes de isolamento. B: 135 ºC F: 150 ºC H: 180 ºC PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Fator de serviço (FS): Representa uma "reserva de potência" que o motor possui e que pode ser usada em regime contínuo (este tipo de regime é também chamado de regime S1, de acordo com as normas nacionais e internacionais). A potência que pode ser obtida do motor é assim a potência nominal (indicada na placa) multiplicada pelo FS. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Ip/In: Corresponde a corrente absorvida da rede elétrica durante a partida. Essa corrente pode variar de 6 a 10 vezes. Ex.: 8 vezes. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO • Fora as informações citadas acima, ainda podemos encontrar: rendimento, fator de potência, temperatura de trabalho, peso, configuração das bobinas etc. OBJETIVOS DO PAINEL ELÉTRICO a) proteger o operador; b) propiciar uma lógica de comando. SEQUÊNCIA GENÉRICA PARA O ACIONAMENTO DE UM MOTOR SEQUÊNCIA GENÉRICA PARA ACIONAMENTO DO MOTOR A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação do circuito. B) Proteção contra correntes de curto- circuito: Destina-se a proteção dos condutores do circuito terminal. SEQUÊNCIA GENÉRICA PARA ACIONAMENTO DO MOTOR C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor. D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente. TIPOS DE CONTATOS • Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem de corrente elétrica na posição de repouso. Desta forma a carga não estará acionada. TIPOS DE CONTATOS • Contato Normalmente Fechado (NF): há passagem de corrente elétrica na posição de repouso. Desta forma a carga estará acionada. ASSOCIAÇÃO DE CONTATOS NA TABELA VERDADE DA ASSOCIAÇÃO DE CONTATOS NA ASSOCIAÇÃO DE CONTATOS NF TABELA VERDADE DA ASSOCIAÇÃO DE CONTATOS NF PRINCIPAIS COMANDOS ELÉTRICOS • Dispositivos de Manobra: são componentes eletromecânicos ou eletrônicos que são responsáveis por impedir ou permitir a passagem de corrente elétrica entre a fonte e a carga através de manobras (ligar e desligar). PRINCIPAIS COMANDOS ELÉTRICOS • Eles são instalados no condutor fase e convém lembrar que quando a carga for bifásica ou trifásica, o dispositivo de manobra deverá interromper todas as fases simultaneamente. DISPOSITIVOS DE MANOBRA • Dispositivos mecânicos: Atuam sobre o sistema através da ação direta, como a mão do homem, sobre o seu dispositivo de atuação. Dentre eles podemos citar: interruptores, botoeiras, chaves fim de curso etc. BOTOEIRAS BOTOEIRAS • Após ser acionada retorna a posição original. BOTOEIRAS • A botoeira faz parte da classe de componentes denominada “elementos de sinais”. Estes são dispositivos pilotos e nunca são aplicados no acionamento direto de motores. CHAVE DE FIM DE CURSO • Ao substituir o botão manual por um rolete, tem-se a chave fim de curso, muito utilizada em circuitos pneumáticos e hidráulicos. Este é muito utilizado na movimentação de cargas, acionado no esbarro de um caixote, engradado, ou qualquer outra carga. CHAVES DE FIM DE CURSO CHAVE SECCIONADORA TERMOSTATO, PRESSOSTATO E CHAVE DE NÍVEL • Outros tipos de elementos de sinais são os Termostatos, Pressostatos e as Chaves de Nível. • Todos estes elementos exercem uma ação de controle discreta, ou seja, liga / desliga. TERMOSTATO, PRESSOSTATO E CHAVE DE NÍVEL • Como por exemplo, se a pressão de um sistema atingir um valor máximo, a ação do Pressostato será o de mover os contatos desligando o sistema. Caso a pressão atinja novamente um valormínimo atua-se religando o mesmo. TERMOSTATO, PRESSOSTATO DISPOSITIVOS INDUTIVOS Relés: são os elementos fundamentais de manobra de cargas elétricas, pois permitem a combinação de lógicas nocomando, bem como a separação dos circuitos de potência e comando. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Os mais simples constituem-se de uma carcaça com cinco terminais. Os terminais (1) e (2) correspondem a bobina de excitação. O terminal (3) é o de entrada, e os terminais (4) e (5) correspondem aos contatos normalmente fechado (NF) e normalmente aberto (NA), respectivamente. DISPOSITIVOS INDUTIVOS DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Uma característica importante dos relés é que a tensão nos terminais (1) e (2) pode ser 5Vcc, 12Vcc ou 24 Vcc, enquanto simultaneamente os terminais (3), (4) e (5) podem trabalhar com 110 Vca ou 220 Vca. Ou seja não há contato físico entre os terminais de acionamento e os de trabalho. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Circuito de comando: neste encontra-se a interface com o operador da máquina ou dispositvo e portanto trabalha com baixas correntes (até 10 A) e/ou baixas tensões. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Circuito de Potência: é o circuito onde se encontram as cargas a serem acionadas, tais como motores, resistências de aquecimento, entre outras. Neste podem circular correntes elétricas da ordem de 10 A ou mais, e atingir tensões de até 760 V. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Contactora: é um elemento eletromecânico de comando a distância, com uma única posição de repouso e sem travamento. • Consiste basicamente de um núcleo magnético excitado por uma bobina. Uma parte do núcleo magnético é móvel, e é atraído por forças de ação magnética quando a bobina é percorrida por corrente e cria um fluxo magnético. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida por ação de molas. • Contatos elétricos são distribuídos solidariamente a esta parte móvel do núcleo, constituindo um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do contator existe um conjunto de contatos fixos. DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Cada jogo de contatos fixos e móveis podem ser do tipo Normalmente aberto (NA), ou normalmente fechado (NF). • Os contatores podem ser classificados como principais (CW, CWM) ou auxiliares (CAW). DISPOSITIVOS INDUTIVOS • Os contatores auxiliares tem corrente máxima de 10A e possuem de 4 a 8 contatos, podendo chegar a 12 contatos. • Os contatores principais tem corrente máxima de até 600A. De uma maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas a 3 fios. CONTACTORA CONTACTORA SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • A numeração dos contatos que representam terminais de força é feita da seguinte maneira: - 1, 3 e 5 → Circuito de entrada (linha) - 2, 4 e 6 → Circuito de saída (terminal) SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • Já a numeração dos contatos auxiliares segue o seguinte padrão: - 1 e 2 → Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída - 3 e 4 → Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • Os contatos auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração pois o número é composto por dois dígitos, sendo: primeiro dígito: indica o número do contato. segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4). SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • Exemplo 1: Numeração de um contator de potência com dois contatos auxiliares 1 NF e 1 NA. SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL • Exemplo 2: Numeração de um contator de auxiliar com 4 contatos NA e 2 contatos NF. EXERCÍCIO 1) Numere os contatores a seguir. a) Contator de potência b) Contator auxiliar DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS • Dispositivos eletrônicos: Utilizam componentes eletrônicos e microprocessados para o acionamento das cargas. Muitos deles englobam até dispositivos de proteção, como é o caso do Inversor de Frequência. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Os dispositivos de proteção tem como finalidade a proteção de equipamentos, circuitos eletroeletrônicos , máquinas e instalações elétricas, contra alterações da tensão de alimentação e intensidade da corrente elétrica. • Fusíveis: São dispositivos cuja principal característica é a proteção contra curto-circuito (aumento brusco da intensidade da corrente elétricas ocasionada por falha no sistema de energia ou operação máquina/operador). DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Classe Funcional dos Fusíveis - A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a "Faixa de Interrupção" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, que são elas: g - Atuação para sobrecarga e curto, fusíveis de capacidade de interrupção em toda faixa; a - Atuação apenas para curto-circuito, fusíveis de capacidade de interrupção em faixa parcial. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de equipamento o fusível irá proteger, que são elas: L/G - Cabos e Linhas/Proteção de uso geral; M - Equipamentos de manobra; R – Semicondutores; B - Instalações de minas; Tr – Transformadores; DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Principais fusíveis utilizados no mercado: gL/gG - Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e curto); aM - Fusível para proteção de motores; aR - Fusível para proteção de semicondutores. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Relé: são dispositivos projetado com a característica de proteger os equipamentos contra a sobrecarga (aumento da intensidade da corrente elétrica de forma gradual). • Os relés utilizados comumente como dispositivos de segurança podem ser do tipo eletromagnéticos e Térmico. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Os relés térmicos tem como princípio de atuação a deformação de um bimetal. O bimetal é formado por duas lâminas de metais diferentes (normalmente ferro e níquel) cujo coeficiente de dilação é diferente, e com o aumento da temperatura provocado pelo aumento da circulação de corrente pelo bimetal este se deforma. SIMBOLOGIA DO RELÉ TÉRMICO DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO Colocação em funcionamento e indicações para operação: • Ajustar a escala à corrente nominal da carga. • Botão de destravação (azul): Antes de por o relé em funcionamento, premer o botão de destravação. O contato auxiliar é ajustado pela fábrica para religamento manual (com bloqueio contra religamento automático). • Comutação para religamento automático: premer o botão de destravação e girá-lo no sentido anti-horário, até o encosto, da posição H (manual) para A (automático). DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Botão " Desliga" (vermelho). O contato auxiliar abridor será aberto manualmente, se for apertado este botão. • Indicador Lig./Desl - (verde). Se o relé estiver ajustado para religamento manual, um indicador verde sobressairá da capa frontal se ocorrer o disparo (desligamento) do relé. Para religar o relé, premer o botão de destravação. Na posição "automático", não há indicação. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Terminal para bobina do contator, A2. • Dimensões em mm. - com contato auxiliar 1F ou 1A; - com contatos auxiliares 1F + 1A ou 2F + 2A; - para fixação rápida sobre trilhos suporte conforme DINEN 50022; - neste lado do relé, distância mínima de partes aterradas. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Relés Eletromagnéticos tem sua atuação baseada na ação eletromagnética provocada pela circulação da corrente elétrica numa bobina. Os tipos de relés mais comuns são: - relé de mínima tensão - relé de máxima corrente. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Os relés de mínima tensão monitoram a tensão mínima admissível (limiar mínimo de tensão), são regulados aproximadamenteem 80% do valor nominal da tensão. Quando a tensão for inferior a este limiar o relé atua e interrompe o circuito de alimentação. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • O relé de máxima corrente é utilizado para monitorar a circulação de corrente quando ocorre o aumento de corrente acima do valor determinado o relé atua e interrompe o circuito de alimentação. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO Disjuntores: proteção do circuito contra correntes de curto-circuito. Em alguns casos, quando há o elemento térmico os disjuntores também podem se destinar a proteção contra correntes de sobrecarga. • A corrente de sobrecarga pode ser causada por uma súbita elevação na carga mecânica, ou mesmo pela operação do motor em determinados ambientes fabris, onde a temperatura é elevada. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • A vantagem dos disjuntores é que permitem a religação do sistema após a ocorrência da elevação da corrente, enquanto os fusíveis devem ser substituídos antes de uma nova operação. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO • Para a proteção contra a sobrecarga existe um elemento térmico (bimetálico). Para a proteção contra curto-circuito existe um elemento magnético. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO • São componentes utilizados para indicar o estado em que se encontra um painel de comando ou processo automatizado. As informações mais comuns fornecidas através destes dispositivos são : ligado, desligado, falha e emergência. CÁLCULO DA CORRENTE NOMINAL • Motores monofásicos e bifásicos. CÁLCULO DA CORRENTE NOMINAL • In = corrente nominal (A). • P = potência (W). • E = tensão (V). • cosφ = fator de potência – perdas elétricas (quando não dado considerar 0,8). • η = rendimento – perdas mecânicas (quando não for dado considerar 0,8). EXERCÍCIO 1. Considere um motor monofásico com as seguintes especificações: • 5 HP • 127 Volts • FP = 0,85 • Rendimento = 0,8 Calcule a corrente nominal. CÁLCULO DA CORRENTE NOMINAL • Motores trifásicos CÁLCULO DA CORRENTE NOMINAL • In = corrente nominal (A). • P = potência (W). • E = tensão (V). • cosφ = fator de potência – perdas elétricas (quando não dado considerar 0,8). • η = rendimento – perdas mecânicas (quando não for dado considerar 0,8). EXERCÍCIO 1. Considere um motor trifásico com as seguintes especificações: • 75 KW • 380 Volts • FP = 0,8 • Rendimento = 0,9 Calcule a corrente nominal. CÁLCULO DO AJUSTE DO TÉRMICO • FS ≤ 1,15 • FS > 1,15 EXERCÍCIO 1) Calcule a corrente de proteção de um térmico que será utilizado em um motor com corrente nominal de 30 A e fator de serviço de 1,10. CÁLCULO DA SEÇÃO DOS CONDUTORES • Existem vários métodos para se calcular a seção do condutor. Para comprimento do ramal até 27 metros podemos fazer uso das tabelas de capacidade dos condutores, disponibilizadas em sites, livros e apostilas. CÁLCULO DA SEÇÃO DOS CONDUTORES • Para comprimentos acima de 30 metros, um dos métodos utilizados é pela seguinte fórmula: - motores monofásicos e bifásicos. CÁLCULO DA SEÇÃO DOS CONDUTORES motores trifásicos s = seção mínima do condutor (mm²). ρ = resistividade do condutor, no caso do cobre 0,0179 ῼ mm²/m. Ip = corrente de projeto (Ip = In x 1,25 x FS) ℓ = comprimento desenvolvido do ramal (m). cos φ = fator de potência do motor (caso não for dado considerar 0,8). ΔV = queda de tensão máxima admissível (entre 2% e 7%). EXERCÍCIO • Determine a seção mínima do condutor que deve ser utilizado para acionamento de um motor trifásico instalado a 50 metros de distância, FS = 1,0, corrente nominal de 13,8A e considerando 2% de queda de tensão, teríamos: SIMBOLOGIA SIMBOLOGIA CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES A) Selo O contato de selo é sempre ligado em paralelo com o contato de fechamento da botoeira. Sua finalidade é de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o operador ter retirado o dedo da botoeira. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES B) Selo com dois contatos Para obter segurança no sistema, pode-se utilizar dois contatos de selo. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES C) Intertravamento Em algumas manobras, onde existem 2 ou mais contatores, para evitar curtos é indesejável o funcionamento simultâneo de dois contatores. Utiliza-se assim o intertravamento. Neste caso os contatos devem ficar antes da alimentação da bobina dos contatores. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES D) Circuito paralelo ao intertravamento No caso de um intertravamento entre contatos, o contato auxiliar de selo, não deve criar um circuito paralelo ao intertravamento, caso este onde o efeito de segurança seria perdido. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES E) Intertravamento com dois contatos Dois contatos de intertravamento, ligados em série, elevam a segurança do sistema. Estes devem ser usados quando acionando altas cargas com altas correntes. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES F) Ligamento condicionado Um contato NA do contator K2, antes do contator K1, significa que K1 pode ser operado apenas quando K2 estiver fechado. Assim condiciona-se o funcionamento do contator K1 ao contator K2. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES G) Proteção do sistema Os relés de proteção contra sobrecarga e as botoeiras de desligamento devem estar sempre em série. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES H) Intertravamento com botoeiras O intertravamento, também pode ser feito através de botoeiras. Neste caso, para facilidade de representação, recomenda-se que uma das botoeiras venha indicada com seus contatos invertidos. Não se recomenda este tipo de ação em motores com cargas pesadas. CIRCUITOS BÁSICOS EM MANOBRA DE MOTORES I) Recomendações de tensão • Diversas normas recomendam que os circuitos de comando sejam alimentados com tensão máxima de 220 V, admitindo-se excepcionalmente 500 V no caso de acionamento de motor. Neste último recomenda-se a existência de apenas 1 contator. PARTIDA DIRETA DE MOTOR TRIFÁSICO • Para motores até 5 CV (e excepcionalmente até 30 CV), ligados a uma rede secundária trifásica, pode-se usar chave de partida direta. Acima desta potência, deve-se empregar dispositivo de partida que limite a corrente de partida a um máximo de 225% da corrente nominal do motor. PARTIDA DIRETA DE MOTOR TRIFÁSICO • O circuito permite partir ou parar um motor, através de dois botões de contato momentâneo (botoeiras). Note o contato auxiliar da contatora(13/14), usado para manter sua energização, conhecido como contato de selo, após o operador soltar o botão de partida (B1). Já o botão de parada (B0) é do tipo normal fechado (NF). Ao ser pressionado ele interrompe o circuito, desenergizando a contatora e, portanto, abrindo também o contato auxiliar de autorretenção. PARTIDA DIRETA DE MOTOR TRIFÁSICO • Note que este circuito, no caso de interrupção da rede elétrica, se desarma automaticamente. Isso é importante para segurança. Caso simplesmente fosse utilizada uma chave 1 polo, 2 posições para acionar a contatora, ao retornar a energia elétrica (no caso de um “apagão”, por exemplo) o motor seria energizado, pois a chave se manteria na posição ligada. PARTIDA DIRETA DE MOTOR TRIFÁSICO PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO Objetivo: Acionar, de forma automática, um motor com reversão do sentido de rotação, mostrando algumas similaridades com a partida direta. Introduzir o conceito de “intertravamento”. PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO • Neste caso existem dois botões de contatomomentâneo para partir o motor (B1 E B2). Um deles faz o motor girar no sentido horário e o outro no sentido anti-horário. Um terceiro botão desliga o motor (B0), independentemente do sentido de rotação. Note os contatos auxiliares NA das contatoras usados para autoretenção. PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO • Além disso, as contatoras se inibem mutuamente através dos contatos auxiliares NF. Assim, se a contatora C1 estiver energizada, a contatora C2 não pode ser energizada, e vice-versa. Isso impede que o operador, inadvertidamente, acione simultaneamente os dois sentidos de giro do motor. Caso as duas contatoras fossem energizadas simultaneamente, o resultado seria a queima dos fusíveis de força (pois teríamos curto- circuito entre as fases R e S). PARTIDA DE MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO • Note que para inverter o giro do motor basta inverter duas fases (no caso, são invertidas as fases R e S). CHAVE DE PARTIDA SEQUENCIAL • Esta chave consiste num sistema de comando que permite a partida de dois ou mais motores, obedecendo a uma sequência pré-estabelecida. FATORES QUE INFLUENCIAM NA PARTIDA • Quantidade de motores trifásicos do sistema. • Permanência ou não dos motores em funcionamento. • Método de partida dos motores trifásicos. • Sistema de comando da chave magnética. • Função da sinalização. FATORES QUE INFLUENCIAM NA PARTIDA • O termo com permanência significa que os vários motores partem em momentos diferentes, porém todos permanecem em funcionamento. • Já o termo sem permanência, nos diz que no momento que o segundo motor for colocado em funcionamento, o primeiro será desligado e, assim sucessivamente. PREFERÊNCIA DE PARTIDA • No sistema de comando sequencial, geralmente utiliza-se mais a partida direta e a partida compensada. CHAVE DE PARTIDA SEQUENCIAL - COMANDO CHAVE DE PARTIDA SEQUENCIAL - POTÊNCIA PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO • Neste caso, partimos o motor na configuração estrela, de forma a minimizar a corrente de partida e, após determinado tempo especificado no relé temporizado, comuta-se o motor para a configuração triângulo. Ao pressionar B1, energiza-se a contatora C3, que por sua vez energiza a contatora C1. Isso liga o motor a rede trifásica na configuração estrela. PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO • Após o tempo especificado no relé temporizado RT, a contatora C3 é desenergizada e a contatora C2 energizada. C1 continua energizada, pois existe um contato auxiliar de C1 para efetuar sua autorretenção. Com isso, o motor é conectado a rede trifásica na configuração triângulo. PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO Triângulo: Tensão nominal de 220 Volts Estrela: Tensão nominal de 380 Volts POTÊNCIA COMANDO EXERCÍCIOS 1. Qual o objetivo da utilização dos comandos elétricos? 2. O que significa manobra de motores elétricos? EXERCÍCIOS 3. A partir da figura da placa de identificação do motor, responda: EXERCÍCIOS a. Qual a potência do motor? b. Qual o tipo de motor e tipo de tensão? c. Que tensões podem ser aplicadas no motor? d. Que corrente irá circular no motor em cada configuração? e. Qual o número de rotações por minuto deste motor? f. Qual a relação Ip/In? O que isso significa? g. Qual o fator de potência e o rendimento do motor? h. Qual o fator de serviço do motor? EXERCÍCIOS 4. Desenhe a sequencia genérica do acionamento de um motor trifásico. EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS 5. Considere um motor monofásico com as seguintes especificações: • 6 HP • 220 Volts • FP = 0,8 • Rendimento = 0,9 Calcule a corrente nominal. EXERCÍCIOS 6. Considere um motor trifásico com as seguintes especificações: • 60 KW • 380 Volts • FP = 0,8 • Rendimento = 0,9 Calcule a corrente nominal. EXERCÍCIOS 7. Calcule a corrente de proteção de um térmico que será utilizado em um motor com corrente nominal de 40 A e fator de serviço de 1,20. EXERCÍCIOS 8. Determine a seção mínima do condutor que deve ser utilizado para acionamento de um motor trifásico instalado a 100 metros de distância, FS = 1,1, corrente nominal de 10,5 A e considerando 2% de queda de tensão, teríamos: EXERCÍCIOS 9. Descreva quais e quantos componentes são necessários a manobra de dois motores. Um deve ter partida direta e o outro partida com reversão. Descreva qual a função de cada elemento dentro do circuito. EXERCÍCIOS 10. Desenhe o acionamento da bobina de um contator K1 através de duas botoeiras ligadas em: a) série; b) paralelo. EXERCÍCIOS 11. Explique o funcionamento do circuito abaixo. Quais as consequências de funcionamento resultariam se o contato de selo K1 fosse ligado entre o NF K2 e a bobina do contator K1? O intertravamento apresentado é suficiente? EXERCÍCIOS 12. Numere os contatores a seguir: A) Contator de potência EXERCÍCIOS B) Contator auxiliar EXERCÍCIOS 13. Desenhe um circuito de comando para acionar um motor de indução trifásico, ligado em 220 V, de forma que o operador tenha que utilizar as duas mãos para realizar o acionamento. 14. Desenhe um circuito de comando para um motor de indução trifásico de forma que o operador possa realizar o ligamento por dois pontos independentes. Para evitar problemas com sobrecarga deve-se utilizar um relé térmico. 15. Desenhe o circuito de comando para dois motores de forma que o primeiro pode ser ligado de forma independente e o segundo pode ser ligado apenas se o primeiro estiver ligado. EXERCÍCIOS 16. Explique o funcionamento dos circuitos abaixo.
Compartilhar