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Manejo de Feridas Clinica de Grandes Animais III

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Manejo de Feridas 
 Classificação de feridas 
1. Localização 
 
2. Grau de contaminação 
- Deve-se suturas as feridas em um 
período de até 6h pois depois de 6 horas 
de ocorrência de uma ferida você permite 
que todos os microrganismos se 
proliferem em grandes quantidades, 
podendo causar decência de pontos 
 
3. Aberta x fechada 
 ABERTA: 
- Abrasivas 
- Incisionais 
- Lacerativas – não dá para se suturar 
- Avulsivas 
- Puncionais 
 
 FECHADA: 
- Seromas, hematomas, abscessos 
 
FASES DE REPARAÇÃO DA FERIDA 
 FASE 1: Fase Vascular ou de Hemostasia – fase 
responsável por tentar controlar hemorragia 
 Lesão vascular  vasoconstrição reflexa 
para controlar hemorragia  fibrina para 
formação de coágulos 
 Receptores de membrana  Quimiotaxia para 
plaquetas; subs. Vasoativas, fatores de 
crescimento tecidual. 
 
 FASE 2: Fase Inflamatória – tecido apresenta sinais 
inflamatórios: brilhante, 
 Infiltrado de: 
- Polimorfonucleares (PMN) – fazem 
fagocitose e apresentação de antígenos 
- Macrófagos – fazem fagocitose e 
remodelamento 
- Linfocitos – produzem substancias 
quimiotáticas. 
 
 Encontra-se também células inflamatórias 
como mastócitos (liberação de histamina) e 
plaquetas 
 
 Há também liberação de componentes 
humorais como histamina, serotonina e 
prostaglandina. 
 
 FASE 3: Fase de proliferação – pode ser dividida em 
duas etapas: 
 PREENCHIMENTO: tem objetivo de formar o 
tecido de granulação e ocorre: 
- Migração de queratinócitos 
- Neovascularização 
- Metabolismo de colágeno – presença de 
fibroblastos 
- Polimerização de colágeno – ele deverá 
aderir 
 
 REEPITELIZAÇÃO: 
- Epitelização – formação de um novo 
epitélio  dos bordos para o centro 
- Proliferação máxima – de 48 a 72h após a 
lesão 
- Fatores de crescimento 
 
 FASE 4: Fase de contração – ocorre junto com a 
reepitelização e ocorre contração a ferida para 
diminui-la – é um processo lento 
 Ocorre diferenciação de fibroblastos em 
miofibroblastos responsáveis pela contração 
das margens da ferida sobre a granulação 
 Modulada pela tensão ou contração dos 
bordos da ferida – quando é uma pele muito 
delgada e os bordos ficam muito afastados 
prejudicam a fase de contração. 
 FASE 5: Fase de remodelamento 
 
 
- É a fase mais longa 
- Ocorre redução e remodelamento da escara 
inicial 
- Ocorre remodelamento de componentes do 
colágeno e matriz tecidual – forma-se tecido 
diferenciado (cicatriz final) 
- Ocorre muita deposição de ácido hialuronico e 
proteoglicanas 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 Exame físico completo 
 Situação de urgência: hemorragia, ventilação 
inadequada, desequilíbrio circulatório e dor intensa 
 Inspeção da ferida e determinação da 
profundidade da lesão, tecidos acometidos e 
estruturas vizinhas que oferecem risco 
 
EXAME DA FERIDA 
 Naturalmente contaminadas 
 Comprometimento sensorial, motor, vascular ou 
neurológico 
 Corpos estranhos perfurantes 
 Avaliação de grau de dor 
 Exs. Complementares: radiográfico, US, citologia, 
microbiologia 
 
PREPARO DA FERIDA 
 Tricotomia 
 Antissepsia 
 Debridamento – feridas infeccionadas – retira 
tecido morto 
 Antimicrobianos – a via e o tipo dependem de: 
 Região e exposição interna, secreção e fibrina, 
extensão da lesão, perda tecidual, tempo, grau 
da contaminação 
 
DRENOS 
 Drenos: 48 à 72 hs 
 Via direta de drenagem, com contínua remoção do 
pús, sangue e debris celulares 
 
DEBRIDAMENTO MECÂNICO 
 O desbridamento mecânico consiste na aplicação 
de força mecânica diretamente sobre o tecido 
necrótico a fim de facilitar sua remoção, 
promovendo um meio ideal para a ação de 
coberturas primárias e está em desuso. 
 Faz ativação de tecidos e células e limpeza da 
ferida. 
 
TIPOS DE RESOLUÇÃO 
 1ª intenção: feridas cirúrgicas ou naturais. É o tipo 
de cicatrização que ocorre quando as bordas são 
apostas ou aproximadas, havendo perda mínima 
de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A 
formação de tecido de granulação não é visível. 
Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente, 
avaliar: 
 Grau de contaminação 
 Tempo de ocorrência 
 Condição da pele 
 
 É como um tratamento cirúrgico, toma-se os 
mesmos cuidados de uma cirurgia: preparação 
de região, material estéril. 
 Manutenção diária com curativo, limpeza 
com antisséptico, pomadas cicatrizantes 
 Escolher um padrão de sutura: avaliar 
condição de pele e tecidos adjacentes 
 
 2ª intenção: neste tipo de cicatrização ocorre 
perda excessiva de tecido com a presença ou não 
de infecção. A aproximação primária das bordas 
não é possível. As feridas são deixadas abertas e 
se fecharão por meio de contração, epitelização e 
granulação – todas as fases já vistas acontecem 
naturalmente nessa intenção. 
 
 
 Indicações: 
 Contaminação 
 Tempo 
 Perda de pele 
 Traumatização 
 Deiscência de pontos 
 Métodos destrutivos de tecido 
- Ex.: criocirurgia, cauterização química, 
eletrodissecação 
 Os problemas de 
cicatrização por segunda 
intenção são bernes e 
miiases 
 
 Manejo das feridas por 2ª intenção 
 Limpeza: Tricotomia recorrentes; Antissepsia; 
Bandagem fechada 
 Pomadas tem como objetivo: hidratação; 
cicatrizantes; estimular ou inibir granulação; 
atb (Ganadol®; Rifamicina) 
 ATB sistêmico n 
 Controle da Granulação Exuberante – ocorre 
complicações em equinos que podem causar 
granulação exuberante devido muita 
deposição de colágeno 
 
 Tratamento para granulação exuberante: 
 Debridamento químico: sulfato de cobre (Licor 
de Villate ®), (Albocresil ®) 
 Excisão Cirúrgica (**hemostasia) 
 Corticóides infiltrativos 
 Corticóides tópicos - (Omcilon ®, Quadriderm 
®) – eles inibem cicatrização e controlam 
deposito de colágeno – usado para tecidos que 
estão sendo criados 
 Bandagens compressivas 
 Pomadas cicatrizantes - ketanserina 
(Vulketan®), Triticum vulgare (Bandvet ®), 
Barbatimão 
 
! Feridas lacerativas extensas e profundas 
 Risco de infecção e necrose 
 Limpeza acentuada 
 Estímulo à granulação + Agentes bactericidas 
- Nitrofurazona 
- Rifamicina 
- Polimixina bacitracina 
- Neomicina (Neosporina ®) 
 Sistêmico: AINE, ATB, prevenção de lâminite 
 
 Diagnósticos diferenciais em feridas fechadas: 
através de: 
 Palpação 
 USG e RX 
 Punção 
 Quando abcessos deve-se fazer incisão, 
drenagem, lavagem, curetagem e sedenho 
(antisséptico, ATB e nitrofurazona) 
 
 3ª intenção ou Primário tardio: quando se começa 
a tratar a ferida por 2ª intenção e depois sutura 
após granulação. Designa a aproximação das 
margens da ferida (pele e subcutâneo) após o 
tratamento aberto inicial. Isto ocorre 
principalmente quando há presença de infecção na 
ferida, que deve ser tratada primeiramente, para 
então ser suturada posteriormente.

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