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Manejo de Feridas Classificação de feridas 1. Localização 2. Grau de contaminação - Deve-se suturas as feridas em um período de até 6h pois depois de 6 horas de ocorrência de uma ferida você permite que todos os microrganismos se proliferem em grandes quantidades, podendo causar decência de pontos 3. Aberta x fechada ABERTA: - Abrasivas - Incisionais - Lacerativas – não dá para se suturar - Avulsivas - Puncionais FECHADA: - Seromas, hematomas, abscessos FASES DE REPARAÇÃO DA FERIDA FASE 1: Fase Vascular ou de Hemostasia – fase responsável por tentar controlar hemorragia Lesão vascular vasoconstrição reflexa para controlar hemorragia fibrina para formação de coágulos Receptores de membrana Quimiotaxia para plaquetas; subs. Vasoativas, fatores de crescimento tecidual. FASE 2: Fase Inflamatória – tecido apresenta sinais inflamatórios: brilhante, Infiltrado de: - Polimorfonucleares (PMN) – fazem fagocitose e apresentação de antígenos - Macrófagos – fazem fagocitose e remodelamento - Linfocitos – produzem substancias quimiotáticas. Encontra-se também células inflamatórias como mastócitos (liberação de histamina) e plaquetas Há também liberação de componentes humorais como histamina, serotonina e prostaglandina. FASE 3: Fase de proliferação – pode ser dividida em duas etapas: PREENCHIMENTO: tem objetivo de formar o tecido de granulação e ocorre: - Migração de queratinócitos - Neovascularização - Metabolismo de colágeno – presença de fibroblastos - Polimerização de colágeno – ele deverá aderir REEPITELIZAÇÃO: - Epitelização – formação de um novo epitélio dos bordos para o centro - Proliferação máxima – de 48 a 72h após a lesão - Fatores de crescimento FASE 4: Fase de contração – ocorre junto com a reepitelização e ocorre contração a ferida para diminui-la – é um processo lento Ocorre diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos responsáveis pela contração das margens da ferida sobre a granulação Modulada pela tensão ou contração dos bordos da ferida – quando é uma pele muito delgada e os bordos ficam muito afastados prejudicam a fase de contração. FASE 5: Fase de remodelamento - É a fase mais longa - Ocorre redução e remodelamento da escara inicial - Ocorre remodelamento de componentes do colágeno e matriz tecidual – forma-se tecido diferenciado (cicatriz final) - Ocorre muita deposição de ácido hialuronico e proteoglicanas AVALIAÇÃO DO PACIENTE Exame físico completo Situação de urgência: hemorragia, ventilação inadequada, desequilíbrio circulatório e dor intensa Inspeção da ferida e determinação da profundidade da lesão, tecidos acometidos e estruturas vizinhas que oferecem risco EXAME DA FERIDA Naturalmente contaminadas Comprometimento sensorial, motor, vascular ou neurológico Corpos estranhos perfurantes Avaliação de grau de dor Exs. Complementares: radiográfico, US, citologia, microbiologia PREPARO DA FERIDA Tricotomia Antissepsia Debridamento – feridas infeccionadas – retira tecido morto Antimicrobianos – a via e o tipo dependem de: Região e exposição interna, secreção e fibrina, extensão da lesão, perda tecidual, tempo, grau da contaminação DRENOS Drenos: 48 à 72 hs Via direta de drenagem, com contínua remoção do pús, sangue e debris celulares DEBRIDAMENTO MECÂNICO O desbridamento mecânico consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promovendo um meio ideal para a ação de coberturas primárias e está em desuso. Faz ativação de tecidos e células e limpeza da ferida. TIPOS DE RESOLUÇÃO 1ª intenção: feridas cirúrgicas ou naturais. É o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A formação de tecido de granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente, avaliar: Grau de contaminação Tempo de ocorrência Condição da pele É como um tratamento cirúrgico, toma-se os mesmos cuidados de uma cirurgia: preparação de região, material estéril. Manutenção diária com curativo, limpeza com antisséptico, pomadas cicatrizantes Escolher um padrão de sutura: avaliar condição de pele e tecidos adjacentes 2ª intenção: neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. A aproximação primária das bordas não é possível. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração, epitelização e granulação – todas as fases já vistas acontecem naturalmente nessa intenção. Indicações: Contaminação Tempo Perda de pele Traumatização Deiscência de pontos Métodos destrutivos de tecido - Ex.: criocirurgia, cauterização química, eletrodissecação Os problemas de cicatrização por segunda intenção são bernes e miiases Manejo das feridas por 2ª intenção Limpeza: Tricotomia recorrentes; Antissepsia; Bandagem fechada Pomadas tem como objetivo: hidratação; cicatrizantes; estimular ou inibir granulação; atb (Ganadol®; Rifamicina) ATB sistêmico n Controle da Granulação Exuberante – ocorre complicações em equinos que podem causar granulação exuberante devido muita deposição de colágeno Tratamento para granulação exuberante: Debridamento químico: sulfato de cobre (Licor de Villate ®), (Albocresil ®) Excisão Cirúrgica (**hemostasia) Corticóides infiltrativos Corticóides tópicos - (Omcilon ®, Quadriderm ®) – eles inibem cicatrização e controlam deposito de colágeno – usado para tecidos que estão sendo criados Bandagens compressivas Pomadas cicatrizantes - ketanserina (Vulketan®), Triticum vulgare (Bandvet ®), Barbatimão ! Feridas lacerativas extensas e profundas Risco de infecção e necrose Limpeza acentuada Estímulo à granulação + Agentes bactericidas - Nitrofurazona - Rifamicina - Polimixina bacitracina - Neomicina (Neosporina ®) Sistêmico: AINE, ATB, prevenção de lâminite Diagnósticos diferenciais em feridas fechadas: através de: Palpação USG e RX Punção Quando abcessos deve-se fazer incisão, drenagem, lavagem, curetagem e sedenho (antisséptico, ATB e nitrofurazona) 3ª intenção ou Primário tardio: quando se começa a tratar a ferida por 2ª intenção e depois sutura após granulação. Designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente.
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