Prévia do material em texto
São comuns nas disciplinas de prótese e dentítica, levando em consideração que tudo que repoe alguma parte do corpo, é chamado de uma prótese, portanto, a faceta pode ser considerada uma prótese • Restauração direta • Faceta direta • Faceta indireta • Coroa o Indicações são muito variadas e dependem do comprometimento dental, pois existem casos que o dente está com endodontia, fratura ou mesmo já possui alguma coroa que precisa ser substituída. o Classe IV depende do envolvimento, quanto menos área, maior a probabilidade de ser resolvido de forma direta. Muitas vezes se a classe IV está acima do terço médio, pode resultar em pouca retenção do material, sendo necessário uma coroa ou algum tipo de restauração indireta para esse caso. o Hoje em dia, as resinas compostas evoluíram muito, sendo extremamente indicado restauração direta, com uma ótima duração e sendo uma alternativa conservadora e de menor desgaste, pois não existe espessura mínima de material e nem de desgaste. Porém, apesar disso, nem sempre há indicação para esta maneira de restauração. o Já na faceta, precisa respeitar espessura mínima do material e com isso, precisa de mais desgaste. o Deve sempre tentar manter mais estrutura dental o Para que uma faceta indireta seja reproduzida de forma mais natural, o ideal é que “corte” as incisais dos dentes, para que os efeitos ópticos sejam mais naturais Tipos ESTÉTICA DENTAL 03/09/20 • Dependente do dentista (habilidade manual e conhecimento de anatomia e de estratificação) • Média de 3 sessões • Comportamento mecânico-dentina • Adesão • Estética elevada • Possibilidade de reparos • Baixo custo • Menos longevidade • Propriedades semelhantes ao dente natural • Média de 5 sessões • Comportamento mecânico-esmalte • Adesão • Estética elevada • Dificuldade de reparos • Alto custo • Maior longevidade (tratando-se de propriedades do material, pois a partir do momento em que se coloca em função, as duas opções -resina e cerâmica- estão sujeitas a falha) • Laboratório-dependente • Mais dura/resistente RESINA COMPOSTA CERÂMICA Reposição da parte visível do esmalte dental por uma cerâmica, intimamente aderida à superfície do dente, produzindo propriedades ópticas, mecânicas e biológicas semelhantes ao esmalte dental. • O nome científico é faceta ou laminado. Faceta vem da palavra “face”, ou seja, objetivo de repor uma face perdida do dente (vestibular). • O termo “lente de contato” só existe no Brasil. • TUDO é faceta, o material é o mesmo e o planejamento é o mesmo, bem como a indicação e contra-indicação. • Esse nome “lente de contato” se dá devido a quantidade de desgaste/preparo e espessura, porém tudo é faceta. Ou seja, pode ter uma faceta de 0,3mm de espessura que é associado a lente de contato do olho, que é muito fino. • Em ambos os casos sempre precisa de preparo, não existe faceta/lente de contato sem preparo • Sempre é inserido uma peça em cima de um dente, e por isso precisa de um término para que não haja sobrecontorno, gerando prejuízo para o periodonto • Toda peça protética precisa de um eixo de inserção nas proximais e na cervical (podendo as vezes ser uma canaleta bem rasa, dando esse “término/eixo de inserção” e evitando o sobrecontorno Obs: preparo minimamente invasivo, portanto não consegue mascarar substrato escurecido. • Até 0,5mm é lente de contato • De 0,5 + é faceta Obs: as vezes na lente de contato também precisa do “corte incisal”, tudo depende do tamanho (altura) do dente. Se o dente for pequeno, não há necessidade pois os efeitos já serão reproduzidos ao aumentar a incisal pela lente de contato. Se tem um tamanho adequado e não terá aumento incisal, há necessidade de remover um pouco da incisal para que na hora de cimentar, consiga o efeito translúcido nessa região. FACETAS INDIRETAS FACETA x LENTE DE CONTATO • Espessura maior (+ 0,5mm) • Não são tão transparentes pois a espessura é maior • É mais opaca (menos passagem de luz) • São feitos do mesmo tipo de material • Quantidade de preparo é maior Quando o paciente tem uma classe IV ou classe III extensa, se está muito boa e bem aderida, sem infiltração, pode manter no preparo e colar a faceta por cima. Se estiver insatisfatório, remove e a parte que foi removida, envolve no preparo também, deixando expulsiva e a faceta vem com um “encaixe”, mas se for muito extenso, faz uma restauração direta nessa cavidade e cimenta por cima da restauração. 1. Alteração de forma (necessidade de recontorno anatômico) 2. Alteração de posição, inclinação ou angulação 3. Reduzir e fechar diastemas (diastemas menores que 2mm podem ser fechados somente com adição de resina composta somente com o contorno de resina composta. Acima de 2/3mm é ideal que se faça uma faceta/lente de contato para que haja naturalidade e proporção. Se for diastemas +4mm, é indicado mexer nos dentes adjacentes para dar mais naturalidade. Diastemas muito grandes = ortodontia) 4. Dentes com alteração de cor (faceta, pois a lente de contato não consegue mascarar o substrato escurecido – levando em consideração que o clareamento dental em dentes escurecidos tem uma recidiva muito alta, podendo voltar a cor escurecida muito rapidamente e por isso, uma faceta é uma alternativa) 5. Dentes fraturados (pequenas fraturas se resolve com resina. Em casos de fraturar que envolvem o terço médio, começa-se a pensar em faceta 6. Amplas lesões de cárie ou múltiplas restaurações deficientes 7. Aumentar tamanho dos dentes FACETA INDICAÇÕES GERAIS 1. Impossibilidade de preservar esmalte (se for muito profundo, a ponto de estar em dentina, deve repensar o planejamento. As facetas são restaurações retidas somente por adesão, zero retenção, com essa informação, a adesão em dentina é menor e por isso deve priorizar preparo em esmalte para maior adesão) 2. Grande destruição coronária 3. Oclusão inadequada (mordida cruzada, mordida de topo, bruxismo, instabilidade oclusal posterior. Nesses casos há necessidade de outros tratamentos previamente) 4. Hábitos parafuncionais 5. Grandes alterações de posição e angulação • Preparo menos agressivo em relação às coroas (continua sendo invasivo) • Mínimo dano tecidual • Dificuldade de excelencia estética com restaurações diretas • Ceramicas desempenham melhor as características do esmalte • Longevidade (mínimo 7 anos) • Menos acúmulo de placa (superfície mais lisa que a superfície do dente e diferentemente das resinas compostas, tem mais estabilidade e não pigmentam facilmente) • Preparo dificil e exige treinamento prévio • Cimentação (alteração de cor do cimento - interfere na cor da faceta e da lente de contato pois ambas são trasnlúcidas), para evitar isso, tem a prova da cor do cimento • Necessidade de restauração provisória (por conta do preparo) • Não são passíveis de reparo • Fratura da cerâmica no manuseio CONTRA-INDICAÇÕES VANTAGENS RESTAURAÇÕES INDIRETAS DESVANTAGENS: • Analise facial • Analise do sorriso • Zênith gengival • Analise dental • Fotografias • Enceramento • Mock up • Outros tratamentos prévios: • Cirurgias • Enododontia • Reataurações indiretas • Ortodontia 1º Passo: Guias de desgaste no enceramento Guia horizontal: cortar em três tiras, e observar por incisal a espessura do terço cervical, médio e incisal PRINCÍPIOS ESTÉTICOS PRÉVIOS OUTROS TRATAMENTOS PRÉVIOS PASSO A PASSO Guia vertical: controle de desgaste e controle de volume (mostra o espaço que a faceta vai ocupar e a uniformidade do desgaste) 2º PASSO: Enceramento 3º PASSO: Mock up 4º PASSO: Verificar contatos oclusais do paciente (a linha de término não pode estar na linha de contato,se estiver, as chances de quebrar/deslocar são maiores pois o contato está na linha de cimentação) 5º PASSO: Definição da quantidade de desgaste Dente normal x dente escurecido Geralmente na cervical o preparo é mais raso pois na cervical o esmalte é mais fino, tendo mais espessura de dentina, dessa forma garante que tenha preparo ainda em esmalte • Pontas esféricas: 1011 (diametro da ponta ativa = 1mm de espessura -> serve de referencial) • Preparo: 1. Começa pela cervical: a) Canaleta cervical começando pela 1011 na inclinação de 45 graus em relação à superfície vestibular(trabalhando com a lateral da ponta esférica), nesse momento faz um desgaste bem superficial somente marcando canaleta na proximal e incisal (conforme foto abaixo). b) A partir disso, faz o refinamento da canaleta 2. Canaleta de orientação vestibular: Broca 2135 ou 4138, a) Pode fazer 1 ou 2 (ideal fazer duas) b) Seguindo as inclinações dos dentes para o desgaste ser uniforme PREPARO DENTAL: c) Não desgastar muito nessa etapa, somente delimita d) Depois é aprofundado 0,5 de ponta ativa e) Depois, faz a uniao do sulco (canaleta mesial com canaleta vestibular), dessa forma o desgaste vai evoluindo gradativamente 3. Hora de usar os guias de desgaste: a) Usando o guia horizontal (que mostra os terços do dente), é possível ver se há uma uniformidade com uma sonda milimetrada b) Usando o guia vertical, analisa por mesial e distal e com uma sonda milimetrada vê quanto foi desgastado 4. Remoção da área de visibilidade dinâmica (proximais – area azul da foto) a) Essa linha deve ser removida até o ponto de contato. Se os dentes possuem ponto de contato, não há necessidade de romper b) Em casos de diastema, deve levar ate a parte palatal da proximal e da distal, para que o técnico consiga reproduzir o ponto de contato da faceta 5. Levar o preparo para o nível gengival cervical a) Se for dente de cor satisfatoria, pode ficar o preparo a nivel gengival b) Se for escurecido, deve ser subgengival c) Usar fio retrator para rebater a gengiva e conseguir estender o preparo ate cervical 6. Redução incisal: a) Para que seja possivel reproduzir efeitos estéticos, principalmente translucidez. Se não tiver translucidez, fica artificial b) Tambem para evitar o deslocamento na desoclusão da faceta c) Envolve a incisal ate a palatal, para que tenha desoclusai na faceta, sem envolver a linha de cimentação, a probabilidade de cair/soltar faceta é aumentada • Com a ponta perpendicular na face incisal, faz duas canaletas incisais com todo o diametro da ponta ativa (1 a 1.2-1,5mm dependendo da ponta diamantada) • Depois de unir, faz o corte da faceta COMO FAZER REDUÇÃO INCISAL 7. Chanfro incisal a) Para que tenha retenção da faceta no dente quando ele é muito expulsivo. b) Depois deve arredondar os ângulos (no acabamento e polimento) para que não tenha fratura pois angulos ativos em contato com a cerâmica, aumenta as chances de ter fratura 8. Acabamento e polimento 1. Lixar as proximais 2. Usar as pontas F e depois FF por toda a extensao do preparo para remover as irregularidades 3. Discos de lixa 4. Sequencia de borrachas Obs: término deve terminar em zero Por isso, antes de tudo deve começar com as canaletas mais superficiais, para que não haja tanta remoção de tecido dental logo de cara (foto guia vertical). PREPARO FINAL: guia horizontal 9. Moldagem • Moldagem deve ser feita em moldeira metálica (outras podem causar distorção) • Colocar 2 fio retratores (+ grosso e + fino) • Remove o fio mais fino e colocar o silicone leve na cervical e jogar jato de ar para entrar bem no suco • Colocar material pesado na moldeira • O resultado deve mostrar bem a linha do término no preparo na moldagem. • Pode ser de resina direta, dente de estoque, bisacril, bolinha de acrílico, como preferir • Sempre prestar atenção na quantidade de provisórios necessários e na exigência do paciente (compromissos, viagens) • Sempre fazer em grande qualidade • Repõe função • Promove saúde • Peça vem adaptada ao modelo • Antes de cimentar: Prova do dente: verificar forma e adaptações oclusais Prova do cimento (try in – pasta a base de glicerina com a cor do cimento) PROVISÓRIO CIMENTAÇÃO • Primeiro faz o preparo da peça e depois o preparo do dente • Ideal é colocar sobre alginato ou uma porção de silicone, protegendo a vestibular 1. Coloca ácido Fluorídico (existe a 5% e a 10%) • Se for cerâmica E-max (dissilicato de lítio) é por 20s • Se for outro tipo (cerâmica feldspática) usa ácido por 1 min 2. Lavar muito com água • Cerâmica fica esbranquiçada após o ataque ácido 3. Passar silano (o adesivo é hidrofóbico e se liga somente em partes orgânicas, usa o silano que são monômeros bifuncionais, que se ligam na parte orgânica e inorgânica) • Aplica, deixa volatilizar • Jato de ar • Aplica novamente (são duas camadas de silano) • Sempre aplicar o silano agitando e esfregando, para ter melhor interação química e ativar as propriedades, tendo melhor permeabilidade Obs: não tem necessidade de aplicar adesivo na peça. O importante é que se aplicar, nunca fotoativar o adesivo, pois se fotoativa fica uma película dura, podendo dificultar ou atrapalhar a cimentação Sempre proteger o dente vizinho (para que não toque ácido e adesivo ao dente adjacente, para não grudar cimento no local) 4. Ácido fosfórico 37% 5. Adesivo 6. Inserir cimento resinoso na peça • Sempre extravasar cimento para que toda a linha de cimentação seja adequadamente cimentada • Remover excessos do cimento PREPARO ADESIVO DA PEÇA PREPARO ADESIVO do dente 7. Fotoativar 1min por vestibular e 1min por palatal 8. Remover excessos • Mais grosseiros com lâmina de bisturi • Mais finos, remove com uma taça de borracha 9. Verificar contatos oclusais 10. Fazer ajuste oclusal para que não tenha contato oclusal na peça e sim no remanescente dental