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Layanne Vasconcelos Facetas diretas e fechamento de diastema Introdução • Faceta direta é uma técnica restauradora que é realizada diretamente sobre o remanescente dental que surgiu com a evolução de sistemas adesivos e das resinas compostas fotopolimerizáveis, o que nos tem proporcionado no dia a dia clínico o desenvolvimento de diversas técnicas restauradoras adesivas estéticas diretas que são procedimentos menos invasivos sempre com o objetivo de reparar as alterações de cor, de forma, de posição dental, para que não prejudiquem o equilíbrio estético e funcional do sorriso. E dentre essas alternativas está a confecção das facetas diretas com resina que consistem na aplicação da resina composta sobre a estrutura dental realizando uma escultura com várias camadas desse material sobre a superfície do dente que vai favorecer principalmente o resultado estético; • A crescente evolução pela estética tem sido responsável por profundas mudanças na odontologia. Iniciados com advento da resina composta por meio da década de 60 e na qual a boa aparência do indivíduo no contexto social representa saúde e bem-estar, e está baseado em modelos que apresentam sorrisos com dentes belos, claros, distribuídos de forma harmônica no arco dental; • Estética – “Arte da percepção”; • Binômio – Estética/Função → Não se pode pensar apenas no resultado estético do paciente, mas sim que a estética tem que caminhar junto com a função; • Autoestima; • Cirurgião dentista: Conhecer os materiais e técnicas; Saber da expectativa do paciente; Reconhecer seus próprios limites. Facetas estéticas • A faceta pode vir com uma técnica direta • Técnica restauradora que consiste no recobrimento com material estético de todo o esmalte vestibular dos dentes anteriores que apresentam problemas estéticos; • Alternativa conservadora e barata em relação às coroas totais. Tipos de facetas • Diretas → Resina composta; • Indiretas → Resina composta/Porcelana; • Ao comparar a técnica direta com a indireta, observa-se que a direta possui algumas vantagens em relação à indireta, seja o custo, o tempo de trabalho, não irá precisar de laboratório nem de moldagem algumas vezes. Facetas diretas com resinas compostas Indicações • Dentes com alteração de cor e/ou forma: a maior parte das indicações são por esse fator. O paciente pode ter sofrido trauma, necrose do elemento dental, foi submetido à um tratamento endodôntico. Pode realizar um clareamento, porém, muitas vezes não Layanne Vasconcelos se consegue o sucesso apenas com ele, principalmente se o dente tiver tratamento endodôntico, pois pode ter recidiva; • Realinhamento de dentes: Inicialmente, se pensa em um tratamento mais conservador, o mais indicado seria o tratamento endodôntico, pois não teria desgaste algum sobre a superfície, e ao desgastar o esmalte, não volta mais, então, deve-se deixar para última opção essa forma mais invasiva de tratamento • Dentes mal formados: O dente pode ser conoide e pode realizar a faceta, porém, sem preparo sobre a superfície, apenas acrescenta a resina composta. Algumas vezes tem perda de esmalte, rugosidade maior, algumas depressões sobre essa superfície; • Alongamento de dentes curtos: Onde tem que aumentar a coroa clínica, muitas vezes pode lançar mão de realizar o aumento de coroa, tudo deve ser planejado; • Dentes com múltiplas restaurações e erosões amplas; • Amplas lesões de cárie: Pode ser realizado um único preparo ao invés de pequenas restaurações; • Transformação de dentes: Por ex. tem a ausência do lateral, e quer transformar o canino no lateral, e o pré-molar em um canino, já que suas superfícies vestibulares são parecidas; • Reduzir ou fechar diastemas: Na maioria das vezes apenas introduz as camadas de resina composta; • Necrose pulpar; • Tetraciclina; • Lateral conóide: Não precisa realizar preparo; • Diastemas: Avalia, pode-se avaliar com o ortodontista para que ele tente fechar para que consiga ter espaço entre o central e o lateral, porque se fosse só aumentar o incisivo central, vai ficar desproporcional; • Algumas vezes a faceta não consegue mascarar o fundo escurecido, podendo partir para uma técnica indireta (cerâmica de uma forma que seja mais opaca). Contra-indicações • Em alguns pacientes do tipo classe III: Protusão maior da mandíbula, o paciente oclui os dentes inferiores sobre os inferiores; • Em pacientes com mordida anterior topo a topo; • Pacientes com bruxismo; • Dentes com esmalte insuficiente para reter a faceta ou prejudicar o selamento marginal. Vantagens • São passíveis de reparo; • Podem dispensar preparo; • Dispensam etapas de laboratório; • São concluídas em uma consulta; • Não requerem provisórios nem moldagem; • São mais econômicas. Layanne Vasconcelos Desvantagens • Risco de ficar bolhas de ar no corpo da restauração – manchamento e degradação (futuramente): O ideal é que se coloque um único encremento, uma quantidade ideal que poderá recobrir toda a superfície vestibular; • O sucesso estético depende da habilidade do profissional; • As resinas são suscetíveis ao lascamento; • Em alguns casos o opacificador deixa a restauração artificial: Tem o objetivo de mascarar o fundo escurecido, é opaco. Mas ele é tão branco, que se não souber utilizar, colocando uma camada mais espessa, alguns são fluidos ou de viscosidade regular, que seria bem semelhante à viscosidade da resina convencional pode acontecer isso. Ao utilizar os opacificadores é preciso ter muito cuidado em relação à espessura e quando utilizar ele fluido, usar com um pincél de forma difuminada, ou seja, tocando a superfície do dente, pois se pincelar sobre a superfície, vão ficar linhas que irão inferferir na estética das próximas camadas de resina. Classificação • Quanto ao desgaste da estrutura dental: Extra-esmalte: Sem desgaste; Intra-esmalte: Desgaste em esmalte; Intra-esmalte/dentina: Desgaste envolvendo dentina, mas a margem do preparo tem que estar toda em esmalte para ter um adequado selamento marginal. Considerações • O desgaste do esmalte é irreversível: Esgotar alternativas mais conservadoras; Saber se o paciente aceita o trabalho; • Informar sobre: Vantagens e desvantagens do procedimento; Dificuldades de se obter a cor e a textura ideais; A possibilidade de mudança na cor com o tempo; Necessidade de reparos ao longo do tempo. Planejamento • Tempo para executar a técnica; • Expectativa do paciente quanto ao resultado estético; • Durabilidade da restauração; • Necessidade de algum tipo de cirurgia anterior, como por ex. aumento de coroa, remoção da gengiva marginal; • Análise das restaurações presentes nos dentes a serem facetados; • Necessidade de colocação de um pino/núcleo, a estrutura pode estar fragilizada por ter passado por um tratamento endodôntico; • Utilização de modelos de estudo, fotografias e imagens computadorizadas para explicar ao paciente; • Intenção do paciente em clarear os demais dentes. Seleção da cor • “Escolha da cor deve ser criteriosa, pois dela depende grande paerte do sucesso da restauração. O processo seletivo da cor de um dente natural e a correta reprodução dela é um dos maiores e complicados desafios que o profissional encontra”; (Baratieri);• A cor percebida em um dente é o resultado da combinação de efeitos ópticos das camadas dos tecidos dentais, ou seja, da translucidez, da espessura do esmalte e da tonalidade da dentina subjacente; • 1: Policromatismo dental: O dente possui diversos tons; • 2: Estrutura dental: Esmalte: Vidro (translúcido), funciona atenuando a cor da dentina e vai refletir a luz que é incidida sobre ele; Dentina: Responsável pela cor do dente propriamente dita; • Escala VITA: Não foi criada para ser utilizada com resina composta, e sim Layanne Vasconcelos para facilitar a conversa entre os profissionais dentista e técnico do laboratório, como em casos de prótese. Mas pode ser usada para chegar à saturação, ao croma, mas não é o ideal, o ideal é testar o incremento da resina composta sobre a estrutura dental, porque dependendo do fabricante da resina, essa cor pode modificar. Mais de 90% da população tem a matiz (coloração) da dentina A; A escala VITA pode ser montada: De acordo com as matizes e saturações são as mais utilizadas. A letra corresponde à matiz, e o número corresponde ao grau de saturação. De acordo com o valor, tem das cores mais claras para as mais escuras; Vai usar a escala VITA como referência na seleção de cores? Posicione-a sempre “borda com borda” com os dentes e fotografa para observar. Coloca uma cor mais clara e uma mais escura; • Pode utilizar também outros dispositivos, como o smile lite, que possui luzes de LED e o calor dessa luz é bem semelhante durante a seleção de cor. Ele tem um dispositivo que seria uma película despolarizadora, que quando é adaptada, remove o brilho e dá para ver melhor cor da dentina, muitas vezes o que dificulta a seleção da cor é o brilho do esmalte; • Realizar antes do isolamento absoluto: Uma vez que após, o dente sofre desidratação, então vai tornar mais opaco do que a realidade, e antes, fazer uma profilaxia com pedra pomes e água, nunca utilizar as pastas profiláticas com óleo, pois pode interferir na adesão e após o enxague, remove o excesso da umidade, mas tem que estar úmido e testa o incremento; • Sob luz natural; • Refletor desligado; • Teste de pequeno incremento sobre o esmalte: Pode espalhar um pouco da resina e fotoativar, pois como não condicionou e nem utilizou sistema adesivo, depois irá soltar facilmente. Fatores analisados em relação ao dente • Matiz: Nome da cor básica (da dentina) – vermelho, amarelo, azul, etc: A – Marrom/avermelhada; B – Amarelo/avermelhada; C – Cinza; D – Cinza/avermelhada; • Croma: É o grau de saturação do matiz ou a intensidade da cor: A1; Layanne Vasconcelos A2; A3; • Valor: É o brilho, a luminosidade da cor: B1 > A1> B2> D2. • 1º passo: Determine o valor: A maior região de luminosidade está no terço médio (circulado em vermelho), porque há uma região mais espessa de esmalte, tem mais brilho e tem uma maior transparência. Se observar a convexidade desse dente na face vestibular, tem no terço cervical uma região mais convexa e no terço médio uma região mais plana, então vai refletir mais luz na região do terço médio que é mais plano e tem maior área; • Utilize imagens em escala de cinza para auxiliar na definição do valor das massas de resina composta para a restauração. Ou seja, pode colocar 3 incrementos de 3 resinas diferentes sobre o dente e na escala de cinza visualizar qual se aproxima mais da cor do dente; • 2º passo: Determine o matiz: Menor espessura de esmalte – Matiz: A, B, C ou D- (circulado em vermelho). Se 90% da população a matiz é A, então facilita muito essa seleção. Se na região cervical tem uma espessura menor de esmalte, então tem uma espessura muito maior de dentina, na qual a cor do nosso dente está relacionada. Então, a matiz é selecionada pelo terço cervical; • 3º passo: Determine o croma da dentina: Comparar o terço cervical e o médio – Verificar diferenças marcantes entre os terços- (circulado em vermelho); • Algumas resinas de marcas comerciais: Na foto tem resinas específicas para dentina, esmalte, corpo... a composição da Filtek e da Forma são bem semelhantes. A diferença delas são: Ao observar na imagem, a translúcida dá para ver todas as letrinhas por trás dela, a de esmalte tem uma certa translucidez, mas já tem uma coloração, a de corpo e dentina já é mais opaca. A de corpo é como se fosse uma dentina superficial. Além disso, tem também os opacificadores, resinas de cores, mais azuladas, de efeito. Mas existem alguns tipos que não tem essa disposição de corpo e dentina, ou seja, as de dentina são únicas, não tem mais superficial ou não; Layanne Vasconcelos • 4º passo: Identifique a translucidez – Opalescência. As resinas atuais tem diferentes opacidades para compor a policromia natural dos dentes, ou seja, basicamente em uma ordem decrescente de opacidade; • 5º passo: Observe as caracterizações; • 6º passo: Selecione o “esmalte”: Porque é uma resina translúcida, então ela não vai ter muito efeito, vai dizer se ela tem um alto valor – mais clara ou um baixo valor – mais escura (a resina); • Na imagem, mostra como podemos determinar essa seleção de cor. No terço cervical tem uma resina de maior saturação (A3), depois vai dimiuindo essa saturação e chega até A1 no terço médio para incisal, na borda incisal tem uma região totalmente translúcida que pode ser determinada, onde só se utiliza uma resina específica para esmalte. Preparo cavitário • Desgaste planejado da face vestibular do dente; • Deverá ficar confinado ao esmalte; • Poderá ser estendido à dentina; • Margens do preparo sempre em esmalte; Etapas do preparo • Confecção de canaletas orientadoras para guiar o preparo: Margem cervical; Central; • Desgaste da face vestibular; • Profundidade do preparo; • Limites do preparo; • Na foto está a canaleta cervical, onde se inicia e vai descendo pelas proximais, e tem também uma canaleta central. Quando imprime a canaleta sobre essa superfície, já está dando limite para não ultrapassar desse preparo e determinando a profundidade dele; • Pontas utilizadas: Canaleta cervical: Ponta esférica 1012 (KG Sorensen) Canaleta central: Ponta troncocônica 3520 (KG Sorensen); Depende do preparo, se quiser um com mais profundidade, pode usar a 1013; • Canaleta cervical: Inclinação de 45º com a superfície vestibular do dente, a ponta esférica vai proporcionar a profundidade. Não precisa envolver a região incisal; • Canaleta central: A superfície vestibular possui uma região de maior convexidade Layanne Vasconcelos no terço cervical e depois cai para plana no terço médio e incisal, então, é preciso realizar a canaleta sempre respeitando essa convexidade e a região plana, dando 3 inclinações a essa ponta ativa, 45º na cervical e depois fica quase que paralela à superfície do dente; • Desgaste vestibular: Na imagem inferior observa-seque houve desgaste da esquerda e da direita e ainda tem o brilho do esmalte, então, quando foi feita a canaleta central, primeiro desgastou uma metade, então delimitou o quanto precisaria desgastar. Ao olhar a imagem da esquerda, observa-se o resto do esmalte que está do outro lado. O desgaste sempre vai ser guiado pela inclinação da face. Primeiro desgasta uma metade e depois a outra; • Profundidade do preparo: Suficiente para mascarar o problema sem fragilizar o dente; Depende da espessura do esmalte; Terço cervical: 0,4 à 0,5mm de profundidade, por causa da espessura menor de esmalte; Terço médio para incisal: 0,5mm (cor normal) e de 0,7 à 1,2mm (severa alteração na cor); Tem que ter cuidado para não desgastar o esmalte, principalmente se o dente for vital; Na imagem, essa sombra é como se fosse o resto do esmalte que ainda vai ser desgastado e do outro lado já está com o desgaste, onde não foi envolvida nem a proximal, está aquém da margem gengival e removeu apenas esmalte da superfície; • Limites do preparo: Margem gengival: Aquém da gengiva; 0,1 à 0,2mm além da gengiva ou até 0,3mm além da gengiva (mas não utiliza muito para técnica direta). Na imagem da esquerda o preparo está aquém, e na direita está além (subgengival), mas não é ideal por conta dos fluidos que podem atrapalhar na adesão dessa superfície, e muitas vezes não se consegue um polimento tão adequado nessa região que pode acabar causando injúrias ao periodonto marginal; Margem proximal: Antes da área de contato; depois da área de contato . Nas 2 primeiras imagens mostra que está aquém do limite da proximal e se tiver um grau de escurecimento que isso possa interferir esteticamente, deve avaliar para ir além do ponto de contato Margem incisal: Antes do rebordo (geralmente); no rebordo ou na sup. palatal. Restauração • Detalhes anatômicos e função; • Harmonia e estética; • Textura; • Cor; • Forma. Layanne Vasconcelos Seleção do material • Qual seria a resina composta a ser selecionada? • É preciso saber os tipos de resina que tem no mercado; • Deve ser selecionada a que o profissional tiver maior habilidade e souber utilizar. Técnica restauradora • Pode ser realizada com isolamento absoluto ou relativo, com afastador de lábio e bochecha, fio retrator, pode também utilizar rolinhos de algodão; • Na imagem tem um dente mais escurecido e observa-se o preparo, onde foi feito o desgaste e mantida a convexidade da face. A partir disso, utiliza-se o condicionamento ácido, de toda técnica adesiva; • Protege os dentes vizinhos com a tira de poliéster, condiciona, lembrando que tem que tratar esmalte e dentina como 2 substratos diferentes, condicionando o esmalte por 15s e a dentina por no máximo 10s; • Depois lava abundante, seca sem excesso de ar para não provocar um colapso das fibras colágenas e aplica o sistema adesivo, geralmente com o microbrush fazendo uma fricção efetiva para ter uma maior difusão do sistema adesivo; • Depois de aplicar o sistema adesivo, dá leves jatos de ar para esse solvente que possui o sistema adesivo que é volátil evaporar, e então fotoativa. • É importante sempre utilizar o tempo que o fabricante indica. • Espátulas: Tem diferentes formas, então a superfície vestibular precisa de uma que seja adequada para que possa inserir o material que não precisa ser inserido em pequenos incrementos, mas sim uma quantidade suficiente que possa ser espalhada sobre essa superfície para que não forme bolhas de ar; • Pincéis: Coloca-se uma camada de dentina para depois vir com a camada de esmalte, a de dentina, ao olhar a imagem superior direita com o pincel fino, mostra que está dando todos os detalhes dos lóbulos porque tem uma quantidade de dentina e mais abaixo tem regiões de translucidez, onde a restauração, a resina de dentina, não foi colocada sobre toda essa superfície, mas foram deixados alguns espaços para dar o efeito de translucidez, pois quando vier a de esmalte, coloca sobre toda essa superfície dando essa característica que onde não tem dentina, ter só esmalte para dar a translucidez, e com o pincel chato (imagem da esquerda), vai proporcionar uma adaptação melhor sobre toda a superfície. Já o mais fino, usa-se para dar mais algumas caracterizações, mas pode fazer também Layanne Vasconcelos com espátula, sonda exploradora. Também pode dar alguma textura sobre essa superfície com esses pincéis; • Acabamento e polimento: Depois que a restauração estiver concluída. Acabamento e polimento são uma dupla que se completam, mas não são a mesma coisa. Algumas vezes não é preciso utilizar todo o equipamento para o acabamento, mas na maioria das vezes sim; • Acabamento: Inicia-se com uma lâmina de bisturi nova, sempre no sentido restauração-dente. Este procedimento é realizado logo após a conclusão da restauração. A lâmina com essa ponta facilita bem a remoção dos excessos, geralmente na margem gengival, desce um pouco entre a papila interdental; • Pontas diamantadas: Tem alto poder de desgaste. Podendo ser utilizadas no acabamento inicial removendo os excessos mais grosseiros. Deve-se ter cuidado, pois causa ranhuras no esmalte. As douradas (F) possuem uma quantidade maior de diamante do que as prateadas (FF), a granulação dela é maior e desgasta mais, podem vir também todas prateadas, a única diferença é a marcação amarela (na foto), que a F pode vir com ela vermelha, porque vai mostrar que desgasta mais do que a amarela. Devem ser usadas apenas na restauração; Geralmente, as que são mais redondas em formato de chama de vela são utilizadas na palatina, na região de fossa, em dentes posteriores; As mais tronco cônicas, em superfície lisa como a face vestibular; • Brocas multilaminadas: Devido o alto número de lâminas, o poder de corte diminui, entretanto, a restauração tem um acabamento mais fino e liso, diminuindo também as ranhuras no esmalte remanescente. São usadas para dar um acabamento inicial na resina composta, e também para conferir uma forma apropriada à restauração; • Polimento: Na imagem, no alto tem uma escova dourada, que é de carbeto de silício e é bem abrasiva e dá um excelente brilho, as pontas siliconadas, que podem vir tanto achatadas, como em forma de taça, dependendo da marca comercial, vai ser de maior para menor abrasividade que geralmente é da mais escura para a mais clara. Os discos esferoidais que dão também um excelente brilho, as pastas diamantadas que são utilizadas com os discos de feltro ou com escovas; Redução de ranhuras, obtendo-se uma lisura seguida de brilho. Menor acúmulo Layanne Vasconcelos de biofilme e redução da pigmentação. Existem também os discos de lixa, sempre utilizados do mais escuro para o mais claro no grau de abrasividade; • Acabamento e polimento: Na imagem está a sequência: Comparação da imagem inicial com a final; • Nesse caso, o paciente tem várias restaurações (alguns passos à seguir): Já realizado o preparo: O fio retrator fica dentro do sulco; Observa-se que foi utilizado um opacificadore como dá para ver que já melhorou o aspecto do dente; Não teve o passo-a-passo a estratificação, pois depois viria uma resina de dentina e logo após, uma de esmalte. Há resinas microparticuladas que podem simular o esmalte, e resinas microhíbridas que podem simular a dentina, porque elas tem uma maior opacidade; Laterais: Foi utilizado um opacificador fluido: Restauração finalizada e realizado o fechamento de diastema: Fechamento de diastema • Diastema é o espaço localizado entre 2 dentes; • Causas: Hábitos anormais de deglutição; Colocação da língua na área de contato; Inserção do freio labial; Sucção de lábios e mucosa; Layanne Vasconcelos Inserção de objetos (palitos, canetas, etc) entre os dente; Característica pessoal. Opções de tratamento • Ortodontia (mais utilizado); • Restauração direta; • Restauração indireta; • Ortodontia + restauração (mais utilizado); O paciente pode fazer o tratamento ortodôntico, fecha em chave de oclusão, mas nos dentes anteriores ficaram alguns diastemas, porque ele pode ter um elemento dental anterior menor. Restauração direta com resinas compostas Vantagens: Rapidez: Uma ou 2 sessões, muitas vezes faz o planejamento, molda o paciente, obtém-se um modelo de gesso e faz um enceramento de diagnóstico, ou seja, faz nele o que iria fazer na boca do paciente com uma cera. Com isso, tem- se uma previsibilidade do que vai ser realizado na boca do paciente, e além disso, pode usar uma barreira, uma guia de silicona que irá ser manipulado e levado em posição, faz uma moldagem total da boca do paciente com moldeira, molda apenas a palatina desse modelo que foi encerado, pois tem um modelo de diagnóstico. Porque vai dar toda uma conformação e dimensão do elemento dental à face palatina; Economia; Sem desgaste da estrutura dental; Desvantagens: Quebra da proporção entre os dentes: Porém, quando faz o planejamento para fechamento de diastema, é junto com o ortodontista; Dificuldades estéticas na junção dente/restauração: Não ocorre com tanta frequência, com a evolução dos mateiriais não se tem tanta dificuldade; • Esse caso na foto é um diastema grande, a papila talvez teria que ser removida; O planejamento foi realizado à mão livre, não foi feito enceramento de diagnóstico. Então condiciona a superfície, no esmalte os 15 segundos, depois aplica o sistema adesivo e com os incrementos de resina vai fechando os espaços; • As faces proximais nesse caso são bem paralelas entre si, também apresenta laterais conoides. Inicialmente foi feito o planejamento com a moldagem, para ver a proporção de lateral e central, ainda ficou um diastema porque se fosse fechar totalmente, poderia ser que o paciente ficasse com a proporção menor. O ideal é que ele fosse primeiro para o ortodontista ou fecharia o necessário e encaminharia ele para que o ortodontista tentasse fechar o resto do espaço; Feito o enceramento, observa-se a coloração, está preenchido de cera entre os incisivos centrais e laterais totalmente preenchidos como irá ficar na restauração e isso vai dar a previsibilidade, a partir daí poderia manipular a silicona e na lingual do modelo superior iria imprimir na silicona como essas restaurações ficariam; Layanne Vasconcelos Não foi feita a barreira, a guia de silicona. Foi feita a profilaxia, um isolamento modificado e o condicionamento, usar a tia de poliéster para condicionar, aplicação do sistema adesivo; Foi sendo feito o preenchimento de resina, faz primeiro uma camada na palatina para dar toda uma conformação do elemento dental, depois usa a resina de dentina e a de esmalte; Concluído os laterais conoides, segue para os incisivos centrais. • Nesse outro caso, usa-se a silicona moldando o paciente, faz o enceramento de diagnóstico e vai completar com a cera onde tiver o espaço. E a partir daí, usa a silicona, manipula ela e molda o modelo de gesso apenas na face palatina; Posiciona na boca do paciente a guia, e os espaços presentes vão ser preenchidos com resina composta, pode ser utilizada a primeira camada da resina transparente, coloca sobre a superfície e pode colocar sobre a guia e levar em posição na boca, porque vai entrar em contato com o dente e fotoativar para quando tirar a guia, já ficar toda conformação do elemento, aí completa com as outras camadas de resina “Um artista deve ter seus próprios instrumentos de mensuração. Não na mão, mas no olho.” (Michelangelo) “A determinação e o trabalho árduo são capazes de promover nas pessoas transformações inimagináveis.” (Baratieri)
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