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Exercícios GASOMETRIA BCM1 Caso 01 Paciente de 30 anos chega ao Setor de Emergência em estado de coma, apenas respondendo aos estímulos dolorosos. Sua respiração é superficial e com frequência normal. Familiares encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes vazias. Gasometria arterial: pH = 7,20; pCO2 = 80mmHg; HCO3- = 23 mM/L; BE = -1,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), seu(s) mecanismo(s), causa mais provável, outros exames a serem solicitados e tratamento? Como o pH está menor que 7,35 trata-se de uma acidose. A pCO 2 maior que 45 mmHg mostra que existe um importante componente respiratório. A concentração de bicarbonato normal mostra que não há compensação metabólica. Portanto o distúrbio acidobásico é acidose respiratória aguda. O mecanismo do distúrbio nesta paciente é a diminuição da eliminação de CO2 por redução da ventilação alveolar, insuficiência respiratória aguda, tipo hipoventilação. A causa provável, em função da história, é depressão do centro respiratório por excesso de tranquilizantes. Dois outros exames a serem solicitados são: 1- Radiografia de tórax a fim de verificar se não há outras causas para o distúrbio ou a complicação mais frequente em intoxicações deste tipo – pneumonia por aspiração de conteúdo gástrico; 2- Análise toxicológica no sangue para confirmar o tipo de medicamento ingerido e orientar o tratamento definitivo. Nesse caso o tratamento inicial é o suporte à vida: estabelecer vias aéreas permeáveis através de intubação traqueal e normalizar a ventilação alveolar com o uso de ventiladores mecânicos. Só então indica-se a lavagem gástrica para a retirada de resíduos de medicamento. Dependendo do(s) agente(s) ingerido(s) o tratamento definitivo pode ser dirigir para o uso de antagonistas específicos, para a retirada do agente do organismo através de hemofiltração ou diálise ou simplesmente aguardar a metabolização, mantendo o suporte ventilatório. Caso 02 Após 24 horas de tratamento no CTI, a paciente do caso 01 ainda se encontra torporosa e submetida a ventilação artificial. Gasometria arterial: pH = 7,52; pCO2 = 26 mmHg; HCO3- = 25,6 mM/L; BE = +1,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), seu(s) mecanismo(s), causa mais provável e tratamento? Como o pH está maior que 7,45 trata-se de uma alcalose. A pCO 2 está menor que 35 mmHg, sugerindo um componente respiratório. O bicarbonato normal mostra não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Em função disto o distúrbio acidobásico é alcalose respiratória aguda. O mecanismo mais provável neste caso é a ventilação alveolar excessiva, o que aumenta a eliminação de CO2 embora a diminuição da produção deste pelo organismo também tenha que ser considerada, com o uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. O tratamento baseia-se no ajuste do ventilador, usando volume corrente em torno de 7~8 mL/kg e frequência respiratória entre 8~12 por minuto. Caso ainda persista a alcalose, pode-se adicionar espaço morto entre o ventilador e a via aérea da paciente. Caso 03 Paciente de 50 anos chega ao setor de Emergência torporoso, desidratado, com respiração profunda, pausa inspiratória e aumento da frequência respiratória. Ao exame clínico nota-se hálito cetônico. Gasometria arterial: pH = 7,10; pCO2 = 20 mmHg; HCO3- = 5 mM/L; BE = -18. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), seu(s) mecanismo(s), causa mais provável, outros exames a serem solicitados e tratamento? A análise do pH muito menor que 7,35 sugere acido importante. A pCO 2 maior que 35 mmHg exclui causa respiratória, sugerindo ser uma compensação. O bicarbonato muito baixo confirma 2 ser de origem metabólica. O distúrbio é uma acidose metabólica com relativa compensação respiratória. Este padrão gasométrico e o exame clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados com cetoacidose. Nesse casos há uma grande produção de ácidos fixos – cetoácidos – responsáveis pelo enorme consumo de bicarbonato e pelo hálito cetônico. A acidose é primariamente metabólica e ativa o centro respiratório bulbar que, tentando normalizar o pH, aumenta a ventilação alveolar eliminando CO2 em excesso, mas sem conseguir compensar o distúrbio. Se não houvesse a participação respiratória, o pH estaria muito mais baixo. Outros exames importantes são: glicemia; glicosúria; cetonúria e dosagem de eletrólitos no sangue, principalmente potássio e fosfato. O tratamento visa a correção da causa, ou seja, diminuir a produção de cetoácidos através da utilização da glicose pelo metabolismo, fornecendo insulina ao paciente. Esta deve ser feita inicialmente por via venosa começando com 0,15 U/kg em bolo e mantendo-se infusão contínua de 0,1 U/kg/h com controle glicêmico frequente. Paralelamente e igualmente importante é a reidratação do paciente com volumes generosos de soro fisiológico com potássio e fosfato. Este é um dos casos de acidose metabólica em que o bicarbonato de sódio somente é necessário quando o baixo nível de pH coloca a vida do paciente em risco (abaixo de 7,00) Caso 04 Atleta de 20 anos está sendo submetido a avaliação funcional respiratória em repouso. Após ser colhida amostra de sangue arteiral, verifica-se que o analisador de gases sanguíneos está com defeito e leva-se a amostra a outro laboratório. Gasometria arterial: pH = 7,30; pCO2 = 50 mmHg; HCO3- = 19 mM/L; BE = -3,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), causa provável e conduta? O pH menor que 7,35 indica acidose. A pCO 2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O bicarbonato menor que 22 aponta para causa metabólica. O distúrbio acidobásico é acidose mista (respiratória e metabólica). Por se tratar de pessoa assintomática, com bom preparo físico e em repouso não se espera nenhuma alteração acidobásica. A história sugere demora no processamento da amostra, o que pode ter permitido a produção de CO2 e de ácidos fixos pelas células do sangue, principalmente pelos leucócitos, alterando o resultado do exame. Nos casos em que a amostra não puder ser rapidamente analisada, sugere-se guarda-la e transporta-la em recipiente térmico com gelo, para reduzir a atividade metabólica do sangue. Caso 05 Paciente jovem chega ao Centro Cirúrgico com história de traumatismo abdominal há duas horas. No local do acidente foi encontrado lúcido, hipocorado e com sinais de choque 3 hipovolêmico. Foi reposto rapidamente com solução fisiológica, albumina humana e bicarbonato de sódio. Chegou à Emergência estável e equilibrado, o que permitiu avaliação adequada e pronta indicação cirúrgica. Gasometria arterial: pH = 7,55; pCO2 = 35 mmHg; HCO3- = 32 mM/L; BE = +5,8. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), causa provável e conduta? O pH está maior que 7,45 configurando alcalose. A pCO 2 está normal, mostrando não haver componente respiratório. O bicarbonato está aumentado, indicando componente metabólico. O distúrbio acidobásico é alcalose metabólica pura. Nos casos de choque hipovolêmico a alteração acidobásica esperada é acidose metabólica com compensação respiratória devida à hipoperfusão sistêmica levando a metabolismo celular anaeróbio. Quando se restaura a perfusão com reposição volêmica adequada, ocorre rápida normalização acidobásica. Neste caso houve desnecessária administração de bicarbonato de sódio, o que acarretou excesso de bicarbonato circulante que, enquanto não for eliminado pelos rins, leva à alcalose metabólica. Neste distúrbio normalmente não há compensação respiratória. Não há necessidade de nenhuma conduta terapêutica, a não ser manter perfusão renal adequada para permitir a eliminação do excesso de base. Caso 06 Paciente de 23 anos está no CTI com quadro de choque séptico consequente a peritonite e insuficiência respiratória grave, tipo síndrome de angústia respiratória aguda (SARA) em fase avançada. Suporte circulatório com aminas vasoativas, reposição de volume e suporterespiratório com ventilador mecânico estão sendo empregados. Gasometria arterial: pH = 7,21; pCO2 = 54 mmHg; HCO3- = 19 mM/L; BE = -6,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), causa provável e conduta? O pH menor que 7,35 indica acidose. A pCO 2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O bicarbonato menor que 22 mM/L sugere componente metabólico. O distúrbio é acidose mista (respiratória e metabólica). Nos casos de choque circulatório, as células do organismo não recebem a quantidade de oxigênio necessária ao seu metabolismo, transformando-o em anaeróbio, o que causa acúmulo de ácido lático (ácido fixo). Este é o mecanismo do componente metabólico desta acidose. Na SARA só costuma ser observada retenção de CO2 responsável pelo componente respiratório nas fases mais avançadas, quando a complacência pulmonar está muito diminuída ou quando se usa a técnica de hipercapnia permissiva (aumento proposital de CO2). Esta é uma técnica ventilatória em que se empregam pequenos volumes correntes (3~5mL/kg) para evitar lesão pulmonar pelo ventilador, comum 4 nesta síndrome. A conduta quanto à parte metabólica é melhorar ao máximo a perfusão para normalizar o metabolismo, utilizando o tipo de suporte já empregado e lançado mão do bicarbonato de sódio apenas em níveis muito baixos de pH (menor que 7,20) ou quando a acidose estiver impedindo o funcionamento das aminas. Quanto à parte respiratória, se for necessário normalizar a pCO2 será preciso aumentar a ventilação alveolar. Caso 07 Paciente de 70 anos em pós-operatório de cirurgia abdominal queixa-se de câimbras e prostração. Ao exame clínico minucioso observam-se abalos musculares e drenagem elevada pela sonda nasogástrica (2000 mL/24h) Gasometria arterial: pH = 7,62; pCO2 = 40 mmHg; HCO3- = 36 mM/L; BE = +8,0. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), seu(s) mecanismo(s), causa mais provável, outros exames importantes e tratamento? O pH maior que 7,45 indica alcalose. A pCO 2 normal exclui componente respiratório. O bicarbonato aumentando sugere componente metabólico como o responsável. O distúrbio é alcalose metabólica pura. Quando ocorre drenagem alta pela sonda gástrica ocorre grande perda de ácido, potássio e cloreto, componentes do suco gástrico. Ocorre alcalose metabólica por perda de ácido fixo, elevação do bicarbonato secundária à perda de cloreto (para manter a eletroneutralidade) e perda de potássio causando dores musculares. Alcalose reduz os níveis de cálcio ionizado, ocasionando contraturas musculares. Outros exames necessários para confirmar o diagnóstico de alcalose hipocalêmica e hipoclorêmica e para acompanhar o tratamento são as dosagens de potássio, cloro e cálcio ionizado no sangue. A conduta é aumentar a reposição de potássio e cloreto sob a forma de solução fisiológica de cloreto de sódio 0,9% com cloreto de potássio, além de determinar a causa da drenagem excessiva. Normalmente não é preciso repor cálcio. Caso 08 Criança de 7 anos chega ao hospital com história de redução do volume urinário e edema de membros inferiores. Há história prévia de vários episódios de amigdalite. Gasometria arterial: pH = 7,30; pCO2 = 28 mmHg; HCO3- = 18 mM/L; BE = -6,5. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O pH menor que 7,35 indica acidose. A pCO 2 menor que 35 mmHg sugere que a causa da acidose não seja respiratória e que haja tentativa de compensação. O bicarbonato diminuído sugere que a causa é metabólica. O distúrbio é acidose metabólica com compensação respiratória parcial. Neste caso há dificuldade de eliminação pelos rins de ácidos fixos 5 produzidos pelo metabolismo. A redução de pH estimula o centro respiratório aumentando a ventilação alveolar, reduzindo a pCO2 na tentativa de normalizar o pH. A causa da alteração nesta criança é insuficiência renal aguda, secundária a provável glomerulonefrite aguda de etiologia estreptocócica. O tratamento agudo visa melhorar a função renal, se ainda for possível, ou lançar mão de métodos extrarrenais de depuração como a diálise (hemo ou peritoneal) nos casos de acidose grave, hipervolemia, hiperpotassemia, uremia sintomática, etc. O controle da doença de base pode reverter a insuficiência renal. Caso 09 Paciente de 80 anos com septicemia secundária a pneumonia de aspiração está sendo ventilada artificialmente. Ocorre queda súbita do nível de consciência sugestiva de acidente vascular cerebral. Gasometria arterial: pH = 7,42; pCO2 = 36 mmHg; HCO3- = 27,6; BE = +1,3. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O pH é normal, bem como a pCO2 e o bicarbonato. Não há distúrbio acidobásico. O exame é normal. Embora seja uma paciente muito grave e instável, seu quadro acidobásico está sendo mantido normal pelo suporte oferecido. O exame em nada contribui para a avaliação do episódio agudo. Caso 10 Paciente de 65 anos, fumante, procura o ambulatório queixando-se de dispneia, cansaço e tosse acompanhada por secreção clara. O exame clínico revela aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, baqueteamento digital e alguns sibilos esparsos. Gasometria arterial: pH = 7,40; pCO2 = 58 mmHg; HCO3- = 34 mM/L; BE = +7,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O pH é normal. A pCO 2 está elevada indicando acidose respiratória. O bicarbonato também está elevado indicando alcalose metabólica. Em função da história e do exame físico o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção de CO2 pela doença pulmonar. Face à sua cronicidade, os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de normalizar o pH, conseguindo com uma alteração secundária compensar totalmente a primária. A causa dos distúrbios é a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que inclui enfisema e bronquite crônica, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões que ativam alterações renais, hematológicas, cardíacas, ósseas, etc. A conduta, neste caso, é dirigida à causa e não ao distúrbio acidobásico. 6 Caso 11 O paciente anterior (caso 10) apresentou, após dois meses, quadro de tosse produtiva, secreção amarelada e febre. A dispneia piorou, fazendo com que fosse levado à Emergência. Gasometria arterial: pH = 7,20; pCO2 = 75 mmHg; HCO3- = 30 mM/L; BE = +5,0. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O pH muito reduzido indica acidose. A elevada pCO 2 evidencia componente respiratório. O bicarbonato, embora elevado, não é mais suficiente para compensar completamente o desequilíbrio primário. O distúrbio é acidose respiratória com tentativa de compensação metabólica. Neste caso aumentou muito a dificuldade de eliminação de CO2, acumulando ácido carbônico e reduzindo muito o pH. A retenção renal de bicarbonato já não é suficiente para normalizar o pH. A causa provável é pneumonia, descompensando a insuficiência respiratória crônica deste paciente, levando-o ao quadro agudo. O tratamento inclui suporte respiratório precoce, drenagem da secreção brônquica e tratamento do broncoespasmo e da infecção. A eliminação da secreção e a redução do broncoespasmo facilitam a melhora da ventilação e eliminação de CO2. Caso 12 Paciente de 55 anos com infarto agudo dom miocárdio está na Unidade Coronariana em choque cardiogênico. Apesar de suporte farmacológico com dubutamina, dopamina e adrenalina, a perfusão é inadequada, apresentando extremidades frias, cianose periférica, anúria e sonolência. Gasometria arterial: pH = 7,10; pCO2 = 35 mmHg; HCO3- = 12 mM/L; BE = -15. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O pH baixo sugere acidose grave. A pCO 2 está normal não havendo alteração respiratória. O bicarbonato está baixo indicando distúrbio metabólico. O distúrbio é acidose metabólica sem tentativa de compensação. O mecanismo da acidose metabólica é o mesmo dos outros tipos de choque; metabolismo celularanaeróbio com acúmulo de ácido lático e dificuldade de eliminação de ácidos fixos em decorrência da hipoperfusão renal. É interessante observar, neste caso, a falta de compensação respiratória de uma acidose tão grave. O motivo provável é hipoperfusão dos músculos respiratórios limitando sua atividade. Embora este paciente esteja recebendo suporte adequado do ponto de vista farmacológico, a gasometria mostra qua a perfusão está severamente comprometida. Possibilidade a ser aventada é uma eventual inibição 7 da ação das catecolaminas decorrente da acidose grave. Impõe-se, então, a correção parcial com bicarbonato de sódio calculado segundo o peso do paciente e o nível de déficit de bases. Caso 13 Paciente de 17 anos chega à Emergência sem falar, apresentando batimento palpebral e frequência respiratória de 50 incursões por minuto. Gasometria arterial: pH = 7,63; pCO2 = 18 mmHg; HCO3- = 26 mM/L; BE = -5,9. Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta? O grande aumento do pH indica alcalose. A pCO 2 reduzida sugere componente respiratório. O bicarbonato é normal, não indicando alteração metabólica. O distúrbio é alcalose respiratória pura. O mecanismo é hiperventilação de origem central aumentando muito a eliminação de CO2, reduzindo a pCO2 e aumentando o pH. Distúrbios de origem psicológica, além de algumas lesões do sistema nervoso central são causas frequentes de alcalose respiratória aguda. Se o distúrbio se mantiver por tempo suficiente, pode-se observar compensação metabólica através de eliminação renal de bicarbonato. A conduta nestes casos deve ser simplesmente sedar a paciente e observar sua evolução. 8
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