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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO AULA DE REVISÃO Profa. Ms. RAQUEL RORIZ Leitura Espécies de leitura A leitura implica 4 operações Formas de Trabalho Acadêmico Fichamento Resumos Resenhas Seminário • Ensaio Teórico • Comunicação • Artigo • Relatório de pesquisa • Dissertações e Teses Fichamento •O fichamento é o ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto. Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico o fichamento de resumo ou conteúdo o fichamento de citações. utores, o fichamento deve conter a seguinte estrutura: 1. Cabeçalho indicando o assunto e a referência da obra, isto é a autoria, o título, o local de publicação, a editora e o ano da publicação. Explicando melhor Fichamento é uma maneira excelente de manter um registro de tudo que você lê. Depois de você fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, você não necessitará recorrer ao original em todo instante, só quando houver a precisão de rever, ou reconstruir conceitos. O que fará com que você ganhe tempo. Durante o processo de fazer o fichamento você pode adquirir uma compreensão maior do conteúdo do texto. É também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores textos. Para fazer um fichamento você deve... Ler o texto inteiro uma vez ininterruptamente; Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações e procurando entender o que o autor quer dizer em cada parágrafo; Elaborar o fichamento . Resumos Resumos Estrutura do Resumo Seminário Seminário Os mesmos dados devem estar na capa do slide CONHECIMENTO CIENTÍFICO E OS QUATRO TIPOS DE CONHECIMENTOS O conhecimento científico é racional a) é constituído por conceitos, juízos e raciocínios e não por sensações, imagens, modelos de conduta etc. b) permite que as ideias que o compõem possam combinar-se segundo um conjunto de regras lógicas, com a finalidade de produzir novas ideias (inferência dedutiva). c) contém ideias que se organizam em sistemas. O conhecimento científico é objetivo A) procura concordar com seu objeto; B) verifica a adequação das ideias (hipóteses) aos fatos. O Conhecimento Científico é Factual a) parte dos fatos e sempre volta a eles. b) capta ou recolhe os fatos, da mesma forma como se produzem ou se apresentam na natureza ou na sociedade, segundo quadros conceituais ou esquemas de referência. c) parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre retorna a eles ; d) utiliza, como matéria-prima a ciência. O Conhecimento Cienti ́fico é Transcendente aos Fatos a) descarta fatos, produz novos fatos e os explica; b) seleciona os fatos considerados relevantes, controla-os e, sempre que possível, os reproduz; c) não se contenta em descrever as experiências, mas sintetiza-as e compara-as com o que ja ́ se conhece sobre outros fatos; d) leva o conhecimento além dos fatos observados, inferindo o que pode haver por trás deles. O Conhecimento Científico e ́ Anali ́tico a) decomponhe o todo em suas partes componentes; c) o procedimento científico de “análise’’ é conduzir à “sintese’’. O Conhecimento Científico é Claro e Preciso o cientista se esforça, ao máximo, para ser exato e claro. O Conhecimento Cienti ́fico é Comunicável deve ser formulado de tal forma que outros investigadores possam verificar seus dados e hipóteses; deve ser considerado como propriedade de toda a humanidade – pois a divulgação do conhecimento é mola propulsora do progresso da Ciência. O Conhecimento Cienti ́fico e ́ Verifica ́vel a) ser aceito como válido, quando passa pela prova da experiência (ciências factuais) ou da demonstração (ciências formais) ; b) o “teste’’ das hipóteses é, observacional ou experimental; c) ser o preceito de que as hipóteses científicas devem ser aprovadas ou refutadas mediante a prova da experiência. O Conhecimento Científico é Sistemático É constituído por um sistema de ideias, logicamente correlacionadas; Contém: (1) sistemas de referência; (2) teorias e hipóteses; (3) fontes de informações; (4) quadros que explicam as propriedades relacionais. O conhecimento Científico é Acumulativo novos conhecimentos podem substituir os antigos, quando estes se revelam disfuncionais ou ultrapassados. O Conhecimento Cienti ́fico é Fali ́vel NÃO É definitivo, absoluto ou final; O Conhecimento Científico é Geral a) situar os fatos singulares em modelos gerais, os enunciados particulares em esquemas; b) procurar, na variedade e unicidade, a uniformidade e a generalidade; c) a descoberta de leis ou princípios gerais permitir a elaboração de modelos ou sistemas mais amplos. O conhecimento científico é Explicativo Tem como finalidade explicar os fatos em termos de leis e as leis em termos de princípios. O Conhecimento Cienti ́fico é Preditivo a) baseando-se na investigação dos fatos, a ciência pode atuar no plano do previsível; b) fundamentando-se em leis ja ́ estabelecidas e em informaç̧ões fidedignas sobre o estado ou o relacionamento das coisas, seres ou fenômenos, poder, pela indução probabilística, prever ocorrências. O Conhecimento Cienti ́fico é Aberto a) não conhece barreiras que, a priori, limitem o conhecimento; b) não é um sistema dogmático e cerrado, mas controvertido e aberto; Os quatro tipos de conhecimentos A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade; Um mesmo objeto ou fenômeno pode ser matéria de observação para cientistas e homens comuns; O que leva um ao conhecimento científico e o outro ao conhecimento popular ????? É a forma de observação 41 Correlação entre eles Popular: Conhecimento do povo Adquirido ao acaso Transmitido de geração em geração Educação informal Imitação e experiência pessoal 42 Conhecimentos Já no período feudal, o sistema de cultivo era em faixas: duas cultivadas e uma terceira “em repouso’’, alternando- as de ano para ano, nunca cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa única faixa. Na segunda metade do séc. XVIII surge a cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de deixar a terra em repouso (seu cultivo revitalizava o solo, permitindo o uso constante Lakatos, Eva Maria, Marconi, Marina Andrade. Metodologia científica, 6ª edição. Atlas, 09/2011. [Minha Biblioteca]. Hoje, a agricultura utiliza-se de sementes selecionadas, adubos químicos, de defensivos contra as pragas e tenta-se, até, o controle biológico dos insetos daninhos. Mesclam-se, neste exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular, geralmente típico do camponês, transmitido de geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação e experiência pessoal; portanto, empírico e desprovido de conhecimento sobre a composição do solo, das causas do desenvolvimento das plantas, da natureza das pragas, do ciclo reprodutivo dos insetos etc.; o segundo: científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. CONHECIMENTO FILOSÓFICO o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana; procura responder às grandes indagações do espírito humano e, até, busca as leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusõesda ciência. a filosofia emprega “o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica” (RUIZ, 1979, p. 110). Exemplo de conhecimento filosófico: Qual o sentido do homem e da vida? Existe ou não existe o absoluto? Há liberdade? Todavia, o campo de reflexão ampliou-se muito nos dias atuais. Hoje, os filósofos, além das interrogações tradicionais, formulam novas questões, por exemplo: o homem será dominado pela técnica? A máquina substituirá o homem? O homem será produzido em série, em tubos de ensaio? O progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do combate contra a fome e a miséria? Portanto, a filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais universal. CONHECIMENTO RELIGIOSO (TEOLÓGICO) apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fe ́ perante um conhecimento revelado. Exemplo: Acreditar que o homem descende de Adão, que foi criado por à partir do barro; Acreditar que o universo e a terra foram criados pela palavra (vontade de Deus); Acreditar que alguém foi curado por um milagre; Acreditar em reencarnação, espírito, água benta; Acreditar em métodos advinhatórios, tais como: cartas de tarô, búzios, horóscopos, entre outros. Essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. Metodologia (Materiais e métodos) Tipos de métodos e técnicas de coleta de dados Método Científico Método •O que fazer Técnica •Como fazer A técnica está subordinada ao método Métodos de Abordagem Correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade • Empirismo • Todo conhecimento provem da experimentação Indutivo • Racionalismo • Apenas a razão leva ao conhecimento Dedutivo • Neopositivismo • Lógica + Experimentação = Conhecimento Hipotético-dedutivo • Materialismo • Os fenômenos têm aspectos contraditórios Dialético • Fenomenologia • Descrição de uma experiência isolando-a de suas causas Fenomenológico O método indutivo realiza-se em três etapas Observação dos fenômenos Descoberta da relação entre eles Generalização da relação Pedro é mortal João é mortal Lucas é mortal Ora, Pedro, João e Lucas são homens Logo (todos) os homens são mortais Observo que Pedro, João e Lucas são mortais; Verifico a relação entre ser Homem e ser mortal; Generalizo dizendo que todos os homens são mortais. Dedutivo - Parte do geral para o Particular Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis Conclusões puramente formais usando apenas a lógica Exemplos de dedução Todo homem é mortal Sócrates é homem Logo, Sócrates é mortal Premissa maior Premissa menor Conclusão Método Hipotético-Dedutivo Conflitos entre expectativas e teorias existentes Nova teoria: proposições testáveis levam a novas deduções Refutação pela observação e experimentação Método Fenomenológico O método fenomenológico não é DEDUTIVO nem INDUTIVO. Preocupa-se com a descrição direta da EXPERIÊNCIA TAL COMO ELA É. Método Fenomenológico é empregado em pesquisa qualitativa. MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS Método histórico Exemplos: para compreender a noção atual de família e parentesco, pesquisa-se no passado os diferentes elementos constitutivos dos vários tipos de família e as fases de sua evolução social; para descobrir as causas da decadência da aristocracia cafeeira, investigam- se os fatores socioeconômicos do passado’’ (Lakatos, 1981:32). Método comparativo Exemplos: modo de vida rural e urbano no Estado de São Paulo; características sociais da colonização portuguesa e espanhola na América Latina; classes sociais no Brasil, na época colonial e atualmente; organização de empresas norte- americanas e japonesas; a educação entre os povos ágrafos e os tecnologicamente desenvolvidos’’ (Lakatos, 1981:32). Método monográfico Exemplos: 1. Estudo de delinquentes juvenis; 2. Estudo da mão de obra volante; 3. Estudo do papel social da mulher ou dos idosos na sociedade; 4. Estudo de cooperativas; 5. Estudo de um grupo de índios; 6. Estudo de bairros rurais’’ (Lakatos, 1981:33). Método estatístico Exemplos: verificar a correlação entre nível de escolaridade e número de filhos; pesquisar as classes sociais dos estudantes universitários e o tipo de lazer preferido pelos estudantes de 1o e 2o graus’’ (Lakatos, 1981:32-33) Método tipológico Exemplo: estudo de todos os tipos de governo democrático, do presente e do passado, para estabelecer as características típicas ideais da democracia’’ (Lakatos, 1981:33-4). Método funcionalista Exemplos: análise das principais diferenciações de funções que devem existir num pequeno grupo isolado, para que o mesmo sobreviva; averiguação da função dos usos e costumes no sentido de assegurar a identidade cultural de um grupo’’ (Lakatos, 1981:34). Método estruturalista Exemplos: estudo das relações sociais e a posição que estas determinam para os indivíduos e os grupos, com a finalidade de construir um modelo que passa a retratar a estrutura social em que ocorrem tais relações; verificação das leis que regem o casamento e o sistema de parentesco das sociedades primitivas ou modernas, por meio da construção de modelos que representem os diferentes indivíduos e suas relações, no âmbito do matrimônio e parentesco (no primeiro caso, basta um modelo mecânico, pois os indivíduos são pouco numerosos; no segundo, será necessário um modelo estatístico) ESTRUTURA GRÁFICA DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC Sumário É um elemento obrigatório, sendo o último pré-textual. Conforme a NBR 6027:1989 - Sumário - Procedimento (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003c). Regras de apresentação do sumário a) a palavra sumário deve ser centralizada, em negrito e todas as letras escritas em maiúsculo; b) os itens do sumário devem ser destacados pela mesma forma de apresentação utilizada no texto; c) os elementos pré-textuais não devem constar no sumário; d) os indicativos de seções devem ser alinhados à esquerda, com parágrafos justificados. Exemplo de sumário 1.3.1.1. Elementos Pré-textuais Capa: Cobertura externa, material flexível ou rígido, proteção ao trabalho. Cor preta, é padrão para todos os trabalhos acadêmicos. a.1. Nome da instituição, centralizado a partir da primeira linha do texto, em letras maiúsculas; a.2. Nome do autor do trabalho, centralizado e colocado após o cabeçalho inicial, em letras maiúsculas; a.3. Título em letras maiúsculas e centralizado, colocado após o nome do autor; Elementos Pré-textuais: Capa a.4. Subtítulo (se houver) em letras maiúsculas, separado do título por dois pontos; a.5. Número do volume (no caso de haver mais de um) centralizado e colocado logo após o título ou o subtítulo; a.6. Nome da cidade da instituição onde o trabalho será apresentado, em letras maiúsculas, na margem inferior e centralizados na penúltimalinha a.7. Ano de depósito, seguindo o local, na margem inferior e centralizado na última linha. CAPA LOMBADA Folha de rosto Folha de aprovação Dedicatória Agradecimentos Elementos Textuais Introdução Corpo do trabalho (desenvolvimento) Considerações finais Elementos Textuais a) Introdução A introdução deve deixar claras três indagações: O que? Por que? Para que? Nela, deve ser esclarecida a natureza do problema que serviu de base para justificar o trabalho. Possui como finalidade oferecer à comunidade acadêmica e aos leitores em geral uma visão clara e simples do tema do trabalho, a partir de: Elementos Textuais a.1. Caracterização do assunto: elementos necessários para a compreensão do assunto de que trata a pesquisa em foco; a.2. Justificativa da escolha do tema; a.3. Objetivos do trabalho acadêmico; a.4. Contextualização: revisão bibliográfica do tema: o que já foi estudado por outros autores a esse respeito. 1.3.1.3. Elementos Pós-Textuais São posteriores ao texto, funcionando como complemento ao trabalho e obedecendo à seguinte ordem: a) Referências; b) Glossário (opcional); c) Apêndice (opcional). Citações e sistema de chamadas CITAÇÕES Segundo a NBR: 10520 (ABNT, 2002) - Citação é a “menção, no corpo do texto, de uma informação extraída de outra fonte". Diz-se ainda que a informação extraída de uma determinada fonte ou documento (livros, folhetos, dicionários, revistas, internet, CD-ROM, DVD, entre outras) esclarece, ilustra ou sustenta o assunto apresentado. Citação direta: transcrição textual dos conceitos do autor consultado As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. Ex.: Barbour (1971, p.35) descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos..." As citações diretas, no texto, de mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda com letra menor que a do texto, sem as aspas. Ex.: A teleconferência permite ao individuo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comum de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e computador. Através da áudio-conferência, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de áudio... (NICHOLS, 1993, p.181) Citação curta (de até três linhas) Deve vir incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas. No final da citação deve-se mencionar o(s) autor (es), a data e a página do documento citado entre parênteses. Neste caso, o sobrenome do autor deve vir em letras maiúsculas. Ex: Na lingüística textual, o texto é a unidade básica de análise e não mais a palavra ou a frase tomadas isoladamente. Para a autora, “o texto é muito mais que a simples soma das frases (e palavras) que o compõem: a diferença entre frase e texto não é meramente de ordem quantitativa; é, sim, de ordem qualitativa” (KOCH, 1990, p. 14). Citação curta (de até três linhas) Caso o nome do autor ou o título da obra citada esteja incluído na sentença, apenas a data e a(s) página(s) aparecem entre parênteses. Neste caso, o sobrenome do autor deve trazer apenas a primeira inicial em maiúscula. Ex: Segundo Koch (1990, p. 30), coesão seqüencial seria “[...] aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elemento(s) do universo textual.” CITAÇÃO LONGA (DE MAIS DE TRÊS LINHAS) Deve ser apresentada em parágrafo independente, com recuo de 4 cm da margem esquerda, com espaço e fonte menores que os do texto, sem aspas. Ex: Segundo Freud (1974, p. 25), [...] a arte oferece satisfações substitutivas para as mais antigas e mais profundamente sentidas renúncias culturais, e, por esse motivo, ela serve, como nenhuma outra coisa, para reconciliar o homem com os sacrifícios que tem de fazer em benefício da civilização. CITAÇÃO INDIRETA OU LIVRE (PARÁFRASE) É feita quando se recupera apenas o conteúdo do texto citado. Neste caso, não se usam aspas. Quando o nome do autor ou o título da obra citada forem mencionados na sentença, apenas a data é acrescentada entre parênteses. Ex: Em síntese, segundo Freud (1974), a ideia de Deus nasceu da necessidade do homem de tornar tolerável seu desamparo diante da natureza e do Destino (morte). Apenas poucos estudos examinaram a conformação de uma molécula inteira de mucina, utilizando a NMR de carbono 13 e técnicas de disseminação luminosa (GERKEN, 1989). CITAÇÃO DE CITAÇÃO É feita quando não se teve acesso direto à obra. Neste caso usa-se a expressão latina “apud” (citado por) seguida do sobrenome do autor da obra efetivamente consultada. Ex: Ponce (1982) apud Silva (1994) declara que instrução, no sentido moderno do termo, quase não existia entre os espartanos. Além desses aspectos sobre a formação do povo brasileiro, que ainda hoje influenciam, de forma negativa, a disponibilidade para o ato de ler, outros ainda devem ser observados. Sobre este assunto, são esclarecedoras as palavras de Silva (1986 apud CARNEIRO, 1991, p. 31). Citação com 01 (um) autor Ex. 1: (autor como parte do texto) Como afirma Almeida (1988, p. 14) "As novas tecnologias são o resultado prático de cruzamentos entre as diversas faces do triangulo da comunicação contemporânea: a TV, o satélite e o computador". Ex. 2: (autor não faz parte do texto) "As novas tecnologias são o resultado prático de cruzamentos entre as diversas faces do triangulo da comunicação contemporânea: a TV, o satélite e o computador" (ALMEIDA, 1988, p. 14). OBS.: trata-se de citação direta, por isso o trecho retirado da obra consultada é digitado entre aspas duplas e a pontuação do autor citado é fielmente reproduzida. Citação com 02 (dois) autores Devem ser apresentadas pelos sobrenomes dos autores ligados por “;” quando apresentados entre parênteses. Quando citados no texto, devem ser ligados por "e", seguidos do ano da publicação. Os nomes devem estar separados por " ; ". O símbolo & indica sociedade comercial, portanto não é apropriado para um trabalho científico. Ex. 1: (autor como parte do texto) Zaccarelli e Fischmann (1994) identificam a estratégia de oportunidades como sendo a adotada por empresas que enfrentam grandes variações no nível de atividade em seus mercados. Ela consiste basicamente na manutenção de mínimo esforço durante os períodos de baixa intensidade e na minimização do esforço em período de pico. Ex. 2: (autor não faz parte do texto) As estratégias de oportunidades como sendo a adotada por empresas que enfrentam grandes variações no nível de atividade em seus mercados. Ela consiste basicamente na manutenção de mínimo esforço durante os períodos de baixa intensidade e na minimização do esforço em período de pico (ZACCARELLI; FISCHMANN, 1994). Citação com 03 (três) autores Citam-se os três. Ex. 1: (autor como parte do texto) Didi, Mussum e Zacarias (1985)... Ex. 2: (autor não faz parte do texto) O filme foi lançado... (DIDI; MUSSUM; ZACARIAS, 1985). Citação com mais de três autores Cita-se o primeiro seguido de “et al”. Ex. 1: (autor como parte do texto) Lotufo Neto et al. (2001) afirmam que as pessoas com depressão sofrem muito e procuram a ajuda de profissionais da saúde, porém estes raramente identificam o problema. Ex. 2: (autor não faz parte do texto) As pessoas com depressão sofrem muito e procuram a ajuda de profissionais da saúde, porém estes raramente identificam o problema (LOTUFO NETO et al., 2001). A Pesquisa Tipos de Pesquisa Quanto à Natureza Quanto à abordagem Quanto aos objetivos Quanto aos procedimentos Dica: Ao escrever a metodologia do seu trabalho, faça um parágrafo para cada um dos tipos Natureza • Básica • Aplicada Abordagem • Qualitativa • Quantitativa Objetivos • Exploratória• Descritiva • Explicativa Procedimentos • Experimental • Bibliográfica • Documental • De campo • Ex-post-facto • De levantamento • Survey • Estudo de Caso • Participante • Pesquisa-ação • Etnográfica • Etnometodológica Quanto à Natureza •Básica •Aplicada Pesquisa Básica Objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista; Envolve verdades e interesses universais; Busca o saber; Exemplo: Pesquisa sobre a Teoria da Relatividade. Pesquisa Aplicada Os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação prática e voltados para a solução de problemas concretos da vida moderna; Envolve verdades e interesses locais específicos; Realizada para determinar os possíveis usos para as descobertas da pesquisa básica ou para definir novos métodos ou maneiras de alcançar um certo objetivo específico e pré-determinado. • Exemplo: • Pesquisa sobre utilização de pinos de platina em cirurgias de reconstrução do ligamento do joelho. Quanto à Abordagem •Qualitativa •Quantitativa Pesquisa Qualitativa Não se preocupa com a representação numérica. Defesa de que não deve haver um único modelo para pesquisa – oposição ao modelo positivista de ciência. O pesquisador não deve fazer julgamento de valor, nem permitir que seus preconceitos e valores interfiram na pesquisa, Pesquisa Quantitativa Tem suas raízes no pensamento positivista lógico; Tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana; Possuem alto grau de neutralidade e rigor. Pesquisa Quantitativa Os dados são colhidos por meio de questionários com perguntas claras e objetivas, as quais garantem: • A uniformidade no entendimento dos pesquisados; • A padronização dos resultados; • Os relatórios neste tipo de pesquisa podem apresentar tabelas de percentuais e gráficos. Quanto aos Objetivos • Exploratória • Descritiva • Explicativa Quanto aos objetivos – Pesquisa Exploratória Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo mais explícito ou construir hipóteses. Nas atividades exploratórias concentram-se as importantes descobertas científicas, muitas originadas pelo acaso quando da constatação de fenômenos ocorridos durante experimentos em laboratórios. visa à descoberta, o achado, a elucidação de fenômenos ou a explicação daqueles que não eram aceitos apesar de evidentes. Quanto aos objetivos – Pesquisa Exploratória A grande maioria dessas pesquisas envolve: Levantamento bibliográfico; Entrevistas com pessoas que tiveram experiência prática com o problema pesquisado; Analise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas pesquisas podem ser classificadas como: Pesquisa bibliográfica; Estudo de caso. Quanto aos objetivos – Pesquisa Descritiva Observa, registra, descreve, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem interferência do pesquisador. Exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Este estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade. São exemplos de pesquisa descritiva: Estudos de caso Análise documental Pesquisa Ex-post-facto As pesquisas descritivas tem por objetivo Estudar as características por idade, sexo, precedência, nível de escolaridade, estudo de saúde física ou mental, e outras Estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação, o índice de criminalidade que aí se registra e outros Levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população As pesquisas descritivas tem por objetivo como por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimento ou escolaridade; As pesquisas descritivas são junto com as exploratórias as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais quando preocupados com a atuação prática; São também as mais solicitadas por órgãos como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos, entre outros. Quanto aos objetivos – Pesquisa Explicativa Preocupa-se em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de fenômenos. Procura explicar o porquê das coisas através dos resultados oferecidos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão e o porquê das coisas. o conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Quanto aos objetivos – Pesquisa Explicativa Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra pesquisa descritiva, visto que a identificação dos fatores que constituem o fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado. Quanto aos Procedimentos • Experimental • Bibliográfica • Documental • De campo • Ex-post-facto • De levantamento • Survey • Estudo de Caso • Participante • Pesquisa-ação • Etnográfica • Etnometodológica Pesquisa experimental Pode ser realizada tanto em laboratório, como em qualquer outro lugar, mas sempre seguindo alguns procedimentos. Se o objeto da pesquisa experimental não é constituído por seres humanos, não há grandes limitações (ressalte-se, todavia, que mesmo a pesquisa com animais hoje é regulada por códigos e leis); pretende que os conhecimentos opinativos ou intuitivos e as afirmações genéricas sejam substituídos por conhecimentos rigorosamente articulados, submetidos ao controle de verificação empírica e comprovados por meio de técnicas precisas de controle. Os fatos ou os dados são frutos da observação, da experiência e da constatação, e devem ser transformados em quantidades, reproduzidos e reiterados em condições de controle, para serem analisados de modo neutro e objetivo a fim de se formular leis e teorias explicativas dos fatos observados. três seriam as propriedades da pesquisa experimental 1) a manipulação do objeto estudado (ou de parte dele); 2) o controle introduzido na situação experimental (ou grupo de controle); 3) e a distribuição aleatória (escolha dos elementos que vão participar dos grupos experimentais e de controle). Pesquisa experimental Pesquisa Bibliográfica Pesquisa documental Pesquisa de campo Pesquisa Ex-post-facto Pesquisa de Levantamento Pesquisa com Survey Estudo de Caso Refere-se ao levantamento com mais profundidade de determinado caso ou grupo humano sob todos os seus aspectos. Entretanto, é limitado, pois se restringe ao caso estudado, que não pode ser generalizado. Existem distintos motivos para estudar casos: a)Intrínsecos: representação de traços particulares. b)Instrumentais: esclarecimentos de traços sobre algumas questões. c)Coletivos: abordagem de vários fenômenos conjuntamente. Pesquisa participante É uma das técnicas mais utilizadas pelos pesquisadores qualitativos. Ela não utiliza instrumentos como questionário ou formulário e a responsabilidade do sucesso da investigação depende exclusivamente do investigador, como habilidade para interagir, flexibilidade, aspecto emocional, profissional e ideológico; É uma “tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado, tornando-se o observador um membro do grupo de modo a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar dentro do sistema de referência deles”; Pesquisa participante Na observação participante, o observador tem papel ativo: ele participa da vida da comunidade que é objeto de sua pesquisa; ele se constitui membro da comunidade de forma natural, quando pertence à própria comunidade. Pesquisa Ação Pesquisa etnográfica É uma pesquisa que estudagrupos de pessoas, enfatizando “os sujeitos pesquisados independentemente das teorias que sustentam a descoberta”; objetiva “compreender, na sua cotidianidade, os processos do dia a dia em suas diversas modalidades, os modos de vida do indivíduo ou do grupo social”; Ocupa-se de registrar detalhadamente “aspectos singulares da vida dos sujeitos observados em suas relações socioculturais”. À investigação etnográfica não interessa a generalização nem a tipificação, somente a caracterização do respectivo grupo em um cenário particular e natural. Pesquisa Etnometodológica Pesquisa de Campo Terminada a fase exploratória, que é o Projeto de pesquisa, o que fazer? É hora de iniciar o trabalho de campo O trabalho de campo permite a aproximação do pesquisador com Atores Realidade Pesquisa de Campo O que é o campo? Campo é o recorte espacial que diz respeito à abrangência, em termos empíricos, do recorte teórico correspondente ao objeto de investigação. Exemplo: quando buscamos compreender a relação pedagógica entre os estudantes e o professor de determinada matéria. Pesquisa de Campo Observação e entrevista A fim de obter os dados necessários para a pesquisa Através da relação entre pesquisador e sujeitos de pesquisa Deve-se utilizar a observação e a entrevista Observação É feita sobre aquilo que não é dito Mas é algo que pode ser visto e captado pelo observador Entrevista Tem como matéria-prima a fala de alguns interlocutores Pesquisa de Campo O trabalho interacional É a relação entre pesquisador e pesquisados O que o torna um instrumento privilegiado de coleta de informações? A fala A fala é reveladora de condições de vida Ela é expressão de sistema de valores e crenças Ela tem a magia de transmitir, por meio de um porta-voz, um sujeito pesquisado, o que pensa um grupo. A observação participante A observação participante é essencial na pesquisa qualitativa. O que é a observação participante? é uma técnica de investigação social em que o observador partilha, na medida em que as circunstâncias o permitam, as atividades, as ocasiões, os interesses e os afetos de um grupo de pessoas ou de uma comunidade. É composta tanto pela observação quanto da entrevista A observação participante Qual seu objetivo principal? é a captação das significações e das experiências subjetivas dos próprios intervenientes no processo de interação social. Processo de ressocialização Como o observador tem de se integrar num grupo ou comunidade que, em princípio, lhe é estranho, ele sofrerá um processo de "ressocialização", tendo, frequentemente, de aprender novas normas e linguagens ou gírias e de representar novos papéis, o que coloca problemas particulares relativos à objetividade científica. A observação participante Diário de campo É o principal instrumento da observação participante. É um caderninho onde escrevemos todas as informações que não fazem parte do material formal das entrevistas. Instrumentos para pesquisa de campo Questionário Formulário Entrevista Entrevista como técnica privilegiada de comunicação • É a estratégia mais usada no processo de trabalho de campo; • É uma forma de comunicação verbal; • Ela permite a coleta de informações sobre um tema. Entrevista como técnica privilegiada de comunicação • Como se caracterizam? • São caracterizadas pela sua forma de organização • Questionário estruturado • No caso de serem elaboradas mediante um questionário totalmente estruturado, no qual a escolha do informante está condicionada a dar respostas a perguntas formuladas pelo investigador. • geralmente são feitas para representar as opiniões de uma população fazendo- se uma série de perguntas a um pequeno número de pessoas e então extrapolando as respostas para um grupo maior Questionário Estruturado Questionário semiestruturado • Questionário semiestruturado • Que combina perguntas fechadas e abertas, em que o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questão sem se prender à indagação formulada AVALIANDO A EFICIÊNCIA DO QUESTIONÁRIO a) a possibilidade de contar com dados atualizados sobre o tema-problema investigado b) dispor de um volume expressivo de dados em um período de tempo relativamente curto c) a possibilidade de alcançar um espaço geográfico enorme e um vasto número de pessoas, simultaneamente d) não depender da existência de uma equipe de pessoas adequadamente treinada para aplicar o questionário AVALIANDO A EFICIÊNCIA DO QUESTIONÁRIO e) estimular a cooperação do respondente na medida em que respeita o anonimato daqueles que respondem o instrumento f) minimizar distorções das respostas registradas à medida que o pesquisador estará ausente e não exercerá influências diretas sobre o respondente g) seu custo operacional é relativamente baixo, pois se restringe às despesas relativas às cópias do instrumento, ao envio e à respectiva devolução AVALIANDO A EFICIÊNCIA DO QUESTIONÁRIO a) baixo índice do retorno do material devidamente preenchido (retorno por volta de 25%) b) recebimento tardio (após a redação do relatório final de pesquisa) do material preenchido c) número significativo de respostas incompletas, ou respondidas de forma errada, ou ainda em branco. AVALIANDO A EFICIÊNCIA DO QUESTIONÁRIO d) a ausência do pesquisador no momento do preenchimento do questionário, torna-se impossível esclarecer eventuais dúvidas quanto à formulação de algumas questões, prejudicando o resultado esperado e) nível de escolaridade compatível com o teor do questionário; quanto mais elevado o nível de formação do respondente mais expressiva será sua colocação f) relativo comprometimento da fidelidade das respostas registradas pelo contato Formulários O formulário é uma técnica de coleta de dados que pertence à categoria de pesquisa direta extensiva. Tanto quanto o questionário, o formulário pressupõe trabalhar com universo total de uma determinada população (censo) ou com critérios amostrais. Envolve-se em análises estatísticas e exige-se a tabulação de dados. Contrariamente ao questionário, o sistema de coleta de dados pela aplicação de formulário pressupõe a obtenção do material sem intermediários. Consequentemente, a comunicação entre o pesquisador e o respondente é estabelecida de forma direta (presencial). Formulários O formulário diferencia–se questionário. Durante sua aplicação é o pesquisador quem verbaliza as questões propostas no instrumento e registra os conteúdos das respostas. O respondente perde o acesso direto ao instrumento de coleta de dados. Tem-se como exemplo os técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE que coletam os dados dos censos que são regularmente publicados no País. 1. Não há restrições quanto à população que irá responder as questões: 2. podem ser aplicados em populações com pouca ou nenhuma formação escolar; 3. Permite ao pesquisador, no momento da aplicação do formulário, conhecer e, se for pertinente para a pesquisa desenvolvida, registrar impressões sobre as reações manifestadas pelo respondente. Formulários c) Reduz o número de questões respondidas incorretamente ou simplesmente não respondidas. A presença do pesquisador durante o registro das respostas favorece o esclarecimento de eventuais dúvidas; d) A aplicação de formulários viabiliza a coleta de dados exatamente como foi prevista no planejamento da pesquisa. Considerando a forma direta de abordar o respondente para realizar o registro das respostas dadas. Formulários e) O pesquisador pode dispor de conteúdos uniformes de respostas já que o preenchimento do instrumento é de sua responsabilidade.f) Reduz expressivamente o tempo envolvido no processo de coleta de dados. Formulários a) Limitação de tempo do contato para elaborar as respostas, quando estas forem abertas. Por isso mesmo, estas são evitadas neste tipo de instrumento. b) Riscos de distorção na interpretação e no registro dos conteúdos das respostas proferidas pelo contato, fruto da pessoa ou de vieses por parte do pesquisador. Formulários c) Com diferentes intensidades, observa-se a ocorrência de alguma influência do pesquisador sobre o respondente (indução) ou do respondente sobre o pesquisador; d) Pode implicar um procedimento mais oneroso, tendo em vista o elevado custo que representam os deslocamentos exigidos durante a coleta de dados e o treinamento da equipe de aplicadores do instrumento; e) Pode criar elevada margem de distorções nas respostas oferecidas pelo contato à medida que a técnica não resguarda anonimato do mesmo. Formulários Observação A observação pode ser a sistemática e a de experimentação. Implica um contato face a face entre o pesquisador e observado, e o processo de coleta de materiais exige uma comunicação mais profunda e demorada entre os agentes envolvidos. Observação A observação, no contexto das pesquisas de campo e de laboratório, pressupõe que o pesquisador examine a realidade investigada: Um vilarejo – estudos antropológicos. Uma tribo – estudos etnológicos. Uma organização – estudos organizacionais. Uma coleção de ratos – estudos de medicina experimental. Tipos de observação Observação Participante Observação Não participante Observação Participante Participação ativa do cotidiano da realidade investigada Ganho em profundidade, extensão e credibilidade A credibilidade do uso dessa técnica depende, em grande parte, das exigências de rigor crescentes nas atividades investigatórias. Observação Reunião de multiplicidade de informações. Riqueza de detalhes nas descrições da observação. Capacidade de o pesquisador imprimir sentido àquilo que observa e tecer interpretações de intensidade, embasadas no referencial teórico. Permite ao pesquisador trabalhar a espontaneidade e a qualidade do material reunido. Permite o pesquisador não apenas conhecer o discurso e as ações individuais dos sujeitos, mas igualmente o contexto em que o fenômeno ocorre. Observação O observador pode estar ausente no exato momento em que ocorrem situações de expressivo significado para a pesquisa. A quantidade e a variedade de material coletado dificultam seu tratamento e análise, por ser difícil transpor o material vivo para o plano conceitual. As pessoas envolvidas no fenômeno investigado são singulares. Aquela que não concordar em participar não poderá ser substituída. Os trâmites para os primeiros contatos podem levar meses. A presença contínua de um estranho no grupo, cuja função é observar, tende a ser menos tolerada do que em circunstâncias de entrevista. Estudo de Caso “O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefas praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.” Antonio Carlos Gil O Método de Estudo de caso serve como exemplo de Abordagem Qualitativa. Estudo de Caso A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias; É recomendável nas fases iniciais de uma investigação sobre temas complexos. Para a construção de hipóteses. Para reformulação do problema. Nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal. Estudo de Caso O estímulo a novas descobertas - em virtude da flexibilidade do planejamento do estudo de caso, o pesquisador, ao longo de seu processo: Mantém-se atento a novas descobertas. Dispõe de um plano inicial, e ao longo da pesquisa altera se houver algo que não havia previsto. Estudo de Caso A ênfase na totalidade – o pesquisador volta-se para a multiplicidade de dimensões de um problema, focalizando-o como um todo. Desta forma, os relatórios dos estudos de caso caracterizam-se pela utilização de uma linguagem e de uma forma mais acessível do que os outros relatórios de pesquisa. Estudo de Caso Aspectos que não haviam sido previstos podem tornar-se mais relevantes do que os iniciais. Focaliza, para resolução dos problemas, principalmente os estudos exploratórios. Delineamento de Estudo de Caso O estudo de caso caracteriza-se pela flexibilidade. Isto significa que é possível estabelecer um roteiro rígido que determine com precisão como deverá ser desenvolvida a pesquisa. Pode-se distinguir quatro fases. a) Delimitação de unidade caso. b) Coleta de dados. c) Análise e interpretação dos dados d) Redação do relatório. Questões éticas sobre o projeto de pesquisa PEREIRA, Maurício Gomes. Artigos Científicos - Como Redigir, Publicar e Avaliar. Guanabara Koogan, 11/2011. [Minha Biblioteca]. Ideias básicas Três ideias principais permeiam a ética na pesquisa e na comunicação científica: Rigor metodológico; Respeito à dignidade e aos direitos das pessoas envolvidas; Honestidade e transparência na produção do conhecimento e no seu relato. a) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) dos indivíduos-alvo e proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia). b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos (beneficência), comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos; c) garantia de que danos previsíveis serão evitados (não maleficência); d) relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os sujeitos vulneráveis; Consentimento para participação na pesquisa Consentimento significa permissão, concordância, aquiesce ̂ncia, anuência. No caso dos voluntários para uma pesquisa, significa permissão concedida pelo participante ou seu representante legal para a realização de procedimentos necessários para alcançar os objetivos da investigação.
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