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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO TÍTULO: Comunicação e Relacionamento Terapêutico Versão: 1ª Data de emissão: 04/10/2021 1. OBJETIVO DO PROTOCOLO: Tem como objetivo melhorar a qualidade nas providências clínicas, padronizar condutas que tragam melhorias para o ambiente e relacionamento entre as pessoas. Sendo assim, diminuindo a falta de compreensão, mobilidade, até mesmo a mortalidade e aumento da segurança e bem estar do paciente. 2. CONCEITO GERAL: A comunicação e relacionamento terapêutico dispõe de uma série de interações planejadas, com objetivos em curto médio e longo prazos elaborados em conjunto com o cliente e sua família, com o foco em suas necessidades e singularidades. 3. FINALIDADE: A finalidade deste modelo de protocolo é desenvolver o potencial e a capacidade do cliente, visando ao crescimento de enfrentar os desafios que ele vivencia na promoção, manutenção ou recuperação da sua saúde mental e da sua reintegração na sociedade. 4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO: • Como dar uma notícia A comunicação é compreendida como um processo interpessoal e fundamental para qualquer pessoa ou grupo, onde se tem a emissão de uma ideia, dar uma notícia, informação ou mensagem com o objetivo de transmitir ou dividir sentimentos. Dar uma notícia exige o conhecimento de técnicas, entrosamento entre o paciente e o enfermeiro, sendo ele, o profissional fundamental nesta tarefa, e o desenvolvimento de formas humanizadas e empáticas para ser comunicada a informação com cautela. • Aspectos Psicológicos Mesmo que a comunicação de más notícias ocorra de maneira adequada, a má notícia pode produzir dano psicológico ao paciente e agravar sua condição e dificultar o tratamento. (DA SILVA et al., 2003; ROSNER, 2004; TUCKETT, 2004 citados por CALEFFI et al., 2016). • Comunicação verbal e não verbal A comunicação pode ser classificada como verbal (escrita e oral) e não verbal (gestos, sinais códigos, imagens) e ambas têm sua importância, pois através delas o processo de comunicação é realizado. Sem comunicação, não ocorreria uma relação interpessoal, o que dificultaria a resolução de problemas. (MOURÃO et al., 2008). O desenvolvimento do relacionamento terapêutico e da comunicação exige do enfermeiro uma boa interação entre ele e o cliente, possuindo assim domínio sobre os componentes essenciais no oferecimento de apoio, a comunicação humana e competência em comunicação terapêutica. 4.1 OS COMPONENTES ESSENCIAIS DA COMUNICAÇÃO: 1. Emissor: o gerador da mensagem. 2. Mensagem: informação transmitida do emissor para o receptor. 3. Receptor: recebedor da mensagem, cujo o seu comportamento é influenciado por ela. 4. Retorno: a resposta do receptor para o emissor. 5. Contexto: local onde a comunicação ocorre. 4.2. COMPONENTES ESSENCIAIS DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO No relacionamento terapêutico, podem ocorrer como fenômenos ou desafios das diferentes fases. Entre eles estão: 1. Autoconhecimento: é a capacidade de conhecer suas próprias atitudes que estão presentes no comportamento humano. 2. Capacidade de amar e ser amado: amor é a capacidade de demostrar afeto sem esperar reciprocidade. Do mesmo modo que amar o cliente significa demonstrar a ele compreensão, aceitação, proteção, respeito, segurança, entre outros. 3. Aceitação e não julgamento: O profissional enfermeiro deve compreender e aceitar o paciente como ele é, demonstrando a aceitação e empatia nos momentos de transtorno. 4. Dependência aceita, interdependência e independência: quando as condições do cliente permitirem, o enfermeiro deve ajudá-lo a interdependência para estimular a independência possível para o cliente, dentro de suas condições e particularidades, sendo assim, o enfermeiro não deve fazer as coisas para o cliente, mas sim junto a ele, estimular a independência possível para cada cliente em particular. 5. Empatia e envolvimento emocional (confiança e respeito mútuo): a empatia terapêutica implica manter o mundo cliente como foco central da interação, incluindo a percepção dos sentimentos e perspectivas do cliente em relação a situação vivenciada; A confiança é o sentimento de uma relação verdadeira com o outro e o respeito mutuo é acreditar em sua dignidade e seu valor, aceitar a pessoa de cada ser humano sem julgá-la. 4.3. IMPASSES TERAPÊUTICOS Os impasses são bloqueios na progressão do relacionamento entre o enfermeiro e o paciente, entre eles os principais: 1. Resistência: Considerada uma comunicação intrapessoal inconsciente ou semi inconsciente que pode ser percebida pela relutância em tomar conhecimento de situações que provocam ansiedade ou fuga em verbalizar sentimentos mesmo quando é reconhecida essa necessidade. 2. Transferência: é uma reação inconsciente de uma pessoa em relação a outra. Ocorre quando a cliente projeta para o enfermeiro padrões de comportamento e reações emocionais de relacionamentos anteriores. 3. Contratransferência: é a resposta inadequada do enfermeiro evocada pela reação manifestada pelo cliente na transferência, é a resposta emocional do processo de transferência do cliente. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante a necessidade de desenvolver a relação terapêutica em locais onde os clientes estão, como em sua residência, por exemplo, para um viver mais saudável e dar continuidade ao atendimento que seria essencial na redução de recorrências e recaídas. 6. REFERÊNCIAS: SANTOS et al., (2017). Estratégias de Enfermagem na Comunicação de Más Noticias: Uma Revisão Integrativa. INTERNATIONAL NURSING CONGRESS Theme: Good practices of nursing representations In the construction of society May 9-12, 2017. > v. 1, n. 1 (2017) > Santos. Disponível em https://eventos.set.edu.br/index.php/cie/article/view/5961/2146. Acesso em 16 de nov de 2018. STEFANELLI, Maguita Costa. FUDUKA, Ilza Malene Kuae. ARANTES, Evalda Cançado. Enfermagem Psiquiátrica em suas dimensões assistenciais. Editora Malone Ldta. 2008. ARAUJO, J.; LEITÃO, E. M. P. A Comunicação de Más Notícias: Mentira Piedosa ou Sinceridade Cuidadosa. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Rio de Janeiro. Ano 11, abr/jun, 2012. (DA SILVA et al., 2003; ROSNER, 2004; TUCKETT, 2004 citados por CALEFFI et al., 2016). 7. HISTÓRICO DE REVISÃO: VERSÃO DATA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESCRIÇÃO DA ATUALIZAÇÃO 1ª 04/10/2021 Lôys Lenne F. de Farias – 202001624007 Ingrid Fernanda S. Silva – 202002638401 Adrielly da Silva Gama – 202002175613 Ariel Tereza dos S. Melo - 202002175631 Luana Santos Costa - 202001540458