Buscar

ARTIGO PALEONTOLOGIA - Foraminíferos como indicadores bioestratigráficos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
Adrielly Karoliny de Lima 
Ionara Estefany Nunes da Silva 
Leandro Fernandes da Silva 
Steffany Sales Galisa 
 
 
 
 
 
 
 
Foraminíferos como indicadores bioestratigráficos 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE - PB 
2021 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2 
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 3 
2.1 UTILIZAÇÃO HISTÓRICA DOS FORAMINÍFEROS NA BIOESTRATIGRAFIA ....... 3 
2.2 FATORES LIMITANTES DA UTILIZAÇÃO DE FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS
 .................................................................................................................................................... 4 
2.3 EVIDÊNCIAS DE FORAMINÍFEROS FÓSSEIS NO BRASIL ........................................ 5 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 6 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 7 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Ao longo da evolução do planeta, a superfície terrestre transitou por períodos distintos 
de formação, que abrangeram modificações consideráveis na organização e disposição dos 
oceanos e dos continentes. Com isso, para se conseguir assimilar os procedimentos e técnicas 
envoltos nessas modificações e, consequentemente, determinar o seu curso temporal, os 
geólogos elaboraram e aprimoraram métodos de datação das rochas e estruturas (apud 
CARNEIRO, 2005). 
De acordo com o Glossário Geológico da CPRM, a estratigrafia emprega-se, 
especialmente, como a área que estuda as camadas de rochas sedimentares ou estratificadas e, 
de forma similar, estuda os variados mecanismos de datação dos fenômenos geológicos dos 
dias de hoje. A bioestratigrafia é um dos ramos estudados nesta área mais ampla, em que se 
estuda a organização das rochas em unidades com base nos fósseis que ela contém (apud 
GUERRA; TOKUTAKE, 2015); então, ao longo do tempo geológico, viveram organismos em 
cada uma das épocas em que as rochas iam sendo depositadas, onde os fósseis desses 
organismos foram conservados nessas camadas, com isso, pode-se fazer uma correlação da área 
geográfica de acordo com o tempo. 
Foraminíferos são organismos heterotróficos e eucariotos unicelulares, eles estão 
inseridos no Feino Protista, Filo Granuloreticulosa, Classe Foraminifera (apud LOEBLICH & 
Tappan 1992, SEN GUPTA 1999). São organismos que se encontram em abundância e situam-
se a partir da transição entre o continente, da faixa de terra submersa com um suave declive, até 
chegar à porção mais funda do oceano (apud SEYVE 1990, ARENILLAS 2004). Tais 
protozoários são distinguidos de outros, pois possuem redes de pseudópodes de estrutura e 
carapaça (chamada testa) de composição e complexidade diferentes. Essa estrutura permitiu 
que marcassem presença em registros fossilíferos desde o Cambriano (apud PAWLOWSKI et 
al. 2003). A disposição e o abastamento desses organismos são instigados por diversas 
condições, como a temperatura, profundidade da coluna d`água, salinidade, entre outras 
características (apud BOLTOVSKOY et al., 1980). Por este motivo, as suas associações 
fornecem indicações muito úteis acerca do meio natural onde habitam, respondendo 
rapidamente às mudanças ambientais, sendo assim, importantes bioindicadores (apud 
RODRIGUES et al., 2003). 
O emprego da paleontologia como recurso de adversidades na estratigrafia iniciou-se 
por meio da utilização de fósseis para zoneamento e paralelismo estratigráfico, começando com 
a análise de vastos fósseis em estratos oceânicos por alguns naturalistas e geólogos, ainda no 
século 19 (ZERFASS & ANDRADE, 2008). O desenvolvimento desta ferramenta decorre de 
pesquisas em microfósseis, dentre eles, os foraminíferos é um dos grupos mais estudados, tendo 
sua utilização prática na indústria do petróleo, mudando completamente a compreensão da 
bioestratigrafia (ZERFASS & ANDRADE, 2008). A indústria do petróleo aplica de forma 
acentuada no conhecimento de microfósseis para edificar o alicerce geológico de bacias 
sedimentares e se aprofundar em locais com uma imensa capacidade de desenvolvimento e 
concentração de hidrocarbonetos. Como os fósseis da estrutura externa dos foraminíferos são 
bastante descobertos em rochas sedimentares, isso pode significar um ótimo indício de bacias 
sedimentares que sejam capazes abranger estoques de petróleo ou gás natural. O plâncton é um 
importante indicador de idade devido à sua abundância, grande potencial de preservação e 
rápida evolução, sendo amplamente utilizado na cronologia relativa (bioestratigrafia) e 
comparação de rochas sedimentares. Portanto, são ferramentas extraordinárias na indústria do 
petróleo. Os foraminíferos planctônicos são mais abundantes em alto mar e são importantes 
instrumentos bioestratigráficos, especialmente à medida que a exploração de petróleo se 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_sedimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_sedimentar
3 
 
expande para ambientes marinhos mais profundos (offshore), inclusive no Brasil (CANUDO et 
al., 1989). O estudo dos microfósseis de foraminíferos é importante não só na descoberta de 
novas bacias de petróleo, mas também para a compreensão do processo evolutivo das espécies. 
Dessa forma, o presente trabalho visa apresentar por meio de literaturas especializadas, 
evidências de que os foraminíferos são importantes indicadores bioestratigráficos, bem como 
expor algumas ocorrências desses organismos no Brasil. 
 
 
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
2.1 UTILIZAÇÃO HISTÓRICA DOS FORAMINÍFEROS NA BIOESTRATIGRAFIA 
 
Em meados do século 19, Reuss atribuiu valor estratigráfico aos foraminíferos, mas a 
aplicação destes organismos na bioestratigrafia teve início apenas no final do século 19 com a 
demanda da indústria do petróleo pela datação de seções de poços e comparação destas com os 
estratos aflorantes (apud Bolli et al. 1994). A utilização dos foraminíferos para a correlação de 
estratos teve início com Jozef Grzybowski, que iniciou seus estudos em poços de petróleo na 
Áustria e, após os primeiros registros sobre taxonomia dos foraminíferos, por volta de 1898, já 
demonstrava que estes organismos poderiam ser utilizados para a correlação de estratos em 
subsuperfície nos poços perfurados para a exploração de petróleo (apud Stainforth et al. 1975). 
Posteriormente Grzybowski listou espécies de foraminíferos em poços e afloramentos e 
destacou aquelas que poderiam ser utilizadas para caracterizar biohorizontes e, através da 
correlação das assembleias de foraminíferos, pôde prever reservatórios de hidrocarbonetos e 
identificar feições estruturais (apud Giwa et al. 2006). 
De acordo com Zerfass & Andrade (2008), a utilização dos foraminíferos no campo da 
estratigrafia começou a ser veiculada, uma vez que os diversos estágios da evolução destes 
organismos mostraram se constituir em uma base adequada para a subdivisão do registro 
sedimentar. Os principais pesquisadores que fizeram uso desta ferramenta na primeira metade 
do século 20 foram J. Cushman, J.J. Galloway, H. Plummer, M.P. White, R.W. Barker e W.L.F. 
Nuttall. 
Autores como Lamb & Beard (1972), segundo Zerfass & Andrade (2008) defendem 
que, atualmente, os foraminíferos são um dos grupos de microfósseis mais estudados nas 
sucessões sedimentares marinhas, desempenhando importante papel tanto para a indústria do 
petróleo quanto para os centros acadêmicos, que desenvolvem estudos que só são possíveis, a 
partir destes microfósseis. Os foraminíferos planctônicos são importantes fósseis-índice para a 
bioestratigrafia podendo ser aplicadosem zoneamentos detalhados, tanto no âmbito regional 
quanto em escala mundial. 
A análise da distribuição dos foraminíferos em um dado ambiente, em nível de ordem, 
tem resultado em dados ambíguos, mas em nível de subordens, famílias e gêneros, têm 
mostrado resultados mais precisos (apud CULVER; BUZAS, 2002 apud HROMIC, 2006) e 
algumas espécies características de habitats específicos (bioindicadores), torna-os ferramentas 
úteis para interpretações ecológicas e ambientais, passadas e presentes. 
Os foraminíferos são organismos unicelulares que possuem estilos de vida: (1) 
planctônicos e (2) bentônicos. Os foraminíferos bentônicos foram os primeiros a serem 
empregados como objetos de estudo da estratigrafia, segundo alguns autores, já no início do 
século 20, tendo em vista que o conhecimento taxonômico das formas planctônicas ainda eram 
pouco fundamentadas em literatura. No entanto, devido ao caráter cosmopolita dos 
foraminíferos planctônicos, estes vêm sendo mais utilizados em estudos biocronoestratigráficos 
4 
 
como uma ferramenta de correlação de precisão e de datação consideráveis. Estes organismos 
planctônicos são úteis para a bioestratigrafia principalmente por ter um estilo de vida flutuante, 
o que lhes proporciona alto índice de dispersão pelos oceanos, acarretando em uma ampla 
distribuição geográfica. 
O que explica a extensa utilização de foraminíferos planctônicos em estudos mais 
recentes, refere-se ao fato de que a medida que as perfurações avançam para o oceano, os 
sedimentos se tornam mais enriquecidos em formas planctônicas, assim, os foraminíferos 
bentônicos se tornam mais escassos e menos eficientes na resolução de problemas de 
correlação. Além disso, alguns dos pesquisadores da área, segundo Zerfass & Andrade (2008) 
perceberam que as microfaunas bentônicas tornavam pouco confiáveis a questão da datação dos 
sedimentos devido a fatores ambientais, que poderiam desgastar em diferentes graus a estrutura 
desses fósseis. Em diversas bacias petrolíferas importantes, as dificuldades de distinção entre 
questões estratigráficas e ecológicas estavam se tornando tão sérias que a solução seria se 
concentrar na análise dos foraminíferos planctônicos, cuja distribuição nos sedimentos é pouco 
afetada pelas condições ecológicas (apud Stainforth 1960). 
A presença de malformações de carapaças em foraminíferos tem sido relatada em áreas 
contaminadas por metais pesados, esgoto doméstico ou vários outros produtos químicos, 
incluindo hidrocarbonetos líquidos (apud YANKO et al., 1994). Conforme Boltovskoy e 
Wright (1976), as malformações podem ser causadas tanto por efeitos mecânicos quanto 
ecológicos, como rápidas mudanças físico-químicas (salinidade, temperatura, concentração de 
elementos traços, etc) do ambiente. 
Os autores Stainforth et al. (1975), Giwa et al. (2006), segundo Zerfass & Andrade 
(2008) Afirmam que a indústria do petróleo passou a empregar a bioestratigrafia rotineiramente 
na datação relativa e na correlação das unidades estratigráficas. Neste contexto, os 
foraminíferos planctônicos desempenham um papel muito importante na resolução de 
problemas geológicos que vão desde a detalhada correlação poço a poço até problemas 
envolvendo o mapeamento regional de parâmetros paleogeográficos e paleoambientais. Zerfass 
& Andrade (2008) ainda comentam que atualmente os foraminíferos planctônicos têm sido 
aplicados para fins bioestratigráficos em associação com outros grupos de microfósseis, bem 
como de maneira integrada com outras ferramentas, como a estratigrafia de sequências, a fim 
de obter maior nível de precisão dos dados desejados na pesquisa. De acordo com esses autores 
o apoio da indústria do petróleo tem sido de grande importância no desenvolvimento dos 
estudos bioestratigráficos com base em foraminíferos. No Brasil, por exemplo, este tipo de 
pesquisa tem se concentrado nas bacias sedimentares da margem continental, devido à 
ocorrência de importantes acumulações de óleo e gás. 
 
2.2 FATORES LIMITANTES DA UTILIZAÇÃO DE FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS 
 
Embora a utilização dos Foraminíferos fósseis seja um importante aparato para o 
andamento de estudos bioestratigráficos, é preciso levar em consideração que assim como 
qualquer outra evidência fóssil, estes organismos podem ser afetados por fatores diversos, que 
implicam em limitações no seu uso, tais quais incluem: (1) padrões de distribuição dos taxas, 
(2) adaptações morfológicas, (3) questões tafonômicas e (4) influências do paleoambiente. 
Para Zerfass & Andrade (2008) os padrões de distribuição dos foraminíferos 
planctônicos estão relacionados a diversos fatores, arranjados num complexo mosaico, dentre 
os quais estão os aspectos paleoceanográficos. Em se tratando da aplicação bioestratigráfica 
dos foraminíferos planctônicos, o entendimento do contexto paleoceanográfico da região em 
5 
 
estudo é imprescindível pois, apesar das espécies cosmopolitas habitarem simultaneamente 
várias províncias, a ocorrência de diversos taxa de interesse para a bioestratigrafia está 
diretamente associada à distribuição das massas d’água nos oceanos. 
Outro fator que deve ser levado em consideração na utilização dos foraminíferos 
planctônicos em bioestratigrafia é que estes organismos estão sujeitos a adaptações 
morfológicas para a sua adequação a funções especializadas. Deste modo, a morfologia da testa 
é fortemente condicionada por questões biomecânicas e, consequentemente, vários marcadores 
zonais podem ser confundidos com outras espécies que ocorrem em diferentes níveis 
estratigráficos (apud Stainforth 1960). Quando duas espécies homomórficas cronologicamente 
contínuas são confundidas, sucede o autodenominado Efeito Elvis, que é determinada no 
momento que é relatada a circunstância de uma espécie em níveis estratigráficos acima do seu 
datum de extinção, conforme na situação das espécies de foraminíferos planctônicos 
Morozovella velascoensis (Cushman), Paleoceno superior até o limite Paleoceno-Eoceno, e 
Morozovella caucasica (Glaessner), Eoceno inferior (apud Arenillas 2004). 
Em razão ao seu tamanho ínfimo, os microfósseis exibem abundantes especificidades 
em termos de tafonomia. A degradação se concebe em um dos motivos fundamentais que 
acometem os microfósseis de parede calcária, uma vez que a sua conservação é abalada pela 
dissolução do carbonato de cálcio e, consequentemente, origina grande carência no registro 
microfossilífero, visto que seu diminuto tamanho propicia uma destruição mais rápida e, por 
muitas vezes, inteira. A solubilidade do carbonato de cálcio depende de vários fatores, dentre 
os quais a saturação do íon CO3-2, temperatura, concentração de CO2 e pressão hidrostática 
(apud Molina 2004). 
Zerfass & Andrade (2008) ainda comentam que dentre diversos fatores que dificultam 
a utilização dos foraminíferos planctônicos em bioestratigrafia está o chamado Efeito Lázaro, 
que simboliza a consequência de uma transformação paleoambiental, comumente severa, que 
acarreta sumiços locais (pseudoextinções) de uma ou mais espécies, seguidos por novas 
colonizações (apud Molina 2004). Como resultado, causa a ausência momentânea de uma ou 
mais espécies em um espaço geográfico, e o seu retorno em um espaço de tempo consecutivo, 
ocasionando à disposições estratigráficas interruptos. 
 
2.3 EVIDÊNCIAS DE FORAMINÍFEROS FÓSSEIS NO BRASIL 
 
Aqui serão apontados dois estudos que evidenciam a presença de foraminíferos fósseis 
no Brasil. 
Em sua nota intitulada: Ocorrências de Foraminíferos Fósseis no Brasil, PETRI, S. 
(1952) divulga algumas ocorrências de Foraminíferos fósseis no norte e nordeste brasileiro, em 
que trata não da sistemática, devido à escassez de espécies, mas cita referências fósseis 
encontradas por alguns autores, as quais, se encontram na tabela 1. 
 
Período geológico Localização 
Carbonífero Rio Parauari, Amazonas 
Itaituba, Pará 
6 
 
Cretáceo Portodos barcos, Sergipe 
Fazenda congo, vale do rio 
Gramame, Paraíba 
Cretáceo Chapada do Araripe, entre 
Pernambuco, Ceará e Piauí 
Cretáceo Entre Maranhão e Piauí 
Cretáceo Ilha de Itamaracá, Pernambuco 
Mioceno Ponta de Pirabas, Pará 
Mioceno Igarapé Caraparú, Pará 
Tabela 1: Ocorrência de foraminíferos fósseis no Brasil. (Fonte: autores) 
 
O calcário do igarapé Caraparú, simbolizaria, conforme os estudos atuais da época, 
segundo PETRI, S. (1952), o remoto sudoeste da formação Pirabas. O Calcário carbonífero da 
série Itaituba, oriundo do rio Parauari, no estado do Amazonas, os foraminíferos se apresentam 
bastante numerosos, de natureza igual do calcário localizado na Fazenda Congo, na Paraíba, o 
qual também mostra riqueza de foraminíferos. De maneira oposta do estado de Sergipe, onde 
estes se apresentam em uma fração inferior. 
Estudos recentes como o de Lemos Júnior (2011) teve como objetivo apontar o padrão 
de distribuição espacial dos foraminíferos na plataforma continental de Sergipe, concluindo que 
a disposição de foraminíferos retrata o espaço sedimentar achado na área, e que estava associada 
ao tipo de fundo e, de maneira secundária, à quantidade de carbonato de cálcio e à transparência 
da água. Os foraminíferos que se sobressaíram no local de estudo foram: Ammonia tepida, 
Nonion grateloupi, Nonion spp. e Quinqueloculina spp. Dentre outros dados esse estudo 
caracterizou, de forma geral, a distribuição de foraminíferos na plataforma continental de 
Sergipe (inverno e verão) e evidencia o comportamento sedimentar e hidrodinâmico na área, 
tornando o estudo de foraminíferos uma ferramenta prática para estudos ecológicos e 
sedimentológicos. 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os foraminíferos como indicadores bioestratigráficos são importantes na determinação 
da idade de uma rocha ou formação geológica, constituindo-se como um instrumento essencial 
à compreensão da história do nosso planeta e, de igual maneira, é determinante na atividade de 
áreas científicas como a estratigrafia e a paleontologia, sendo a área da bioestratigrafia 
fundamental para se saber a idade de formação e as sucessivas modificações que os os 
sedimentos rochosos sofreram. 
 
7 
 
REFERÊNCIAS 
 
CANUDO, José Ignacio et al. Bioestratigrafía con foraminíferos planctónicos y nanoplancton 
calcáreo de la sección de Campo (paraestratotipo del Ilerdiense). Geogaceta, Espanha, v. 6. p. 
81-84, jun. 1989. Disponível em: 
http://wzar.unizar.es/perso/emolina/pdf/Canudo1989Geogaceta.pdf. Acesso em: 21 set. 2021. 
 
CARNEIRO, Celso dal Ré; MIZUSAKI, Ana Maria Pimentel; ALMEIDA, Fernando Flávio 
Marques de. A determinação da idade das rochas. Terrae Didatica, [S.L.], v. 1, n. 1, p. 6-35, 
30 jun. 2015. Universidade Estadual de Campinas. 
http://dx.doi.org/10.20396/td.v1i1.8637442. Disponível em: 
https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v1/pdf-v1/p006-035_carneiro.pdf. Acesso em: 19 
set. 2021. 
 
FARIAS, Cristiane Leão Cordeiro de. Foraminíferos como ferramentas de estudo na 
geologia ambiental do estuário do Rio Potengi e da plataforma interna, RN, Brasil. 2015. 
161 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geodinâmica e Geofísica, Centro de Ciências Extas 
e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015. Disponível em: 
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21056/1/CristianeLeaoCordeiroDeFarias_DIS
SERT.pdf. Acesso em: 11 set. 2021. 
 
GUERRA, Rodrigo do Monte; TOKUTAKE, Lucio Riogi. Evolução do conhecimento 
biocronoestratigráfico do cretáceo nas bacias marginais brasileiras baseado em nanofósseis 
calcários. Terrae Didatica, [S.L.], v. 7, n. 1, p. 41-48, 29 jun. 2015. Universidade Estadual de 
Campinas. http://dx.doi.org/10.20396/td.v7i1.8637440. Disponível em: 
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637440. Acesso em: 09 set. 
2021. 
 
Introdução ao estudo dos Foraminíferos. Sandro Monticelli Petró. - Porto Alegre: 
IGEO/UFRGS, 2018. [53 f.] il. 
 
LEMOS JÚNIOR, Ivan Cardoso. Distribuição e aspectos tafonômicos de foraminíferos 
recentes na plataforma continental de Sergipe, Brasil. 2011. 98 f. Dissertação (Mestrado) - 
Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011. 
Disponível em: 
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/21494/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ivan_Lemos_Ju
nior_2011.pdf. Acesso em: 11 set. 2021. 
 
PETRI, Setembrino. Ocorrências de Foraminíferos Fósseis no Brasil. Boletim da Faculdade 
de Filosofia Ciências e Letras, Universidade de São Paulo. Geologia, [S.L.], n. 7, p. 21-42, 
1 dez. 1952. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica 
(AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/issn.2526-3862.bffcluspgeologia.1952.121680. 
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/bffcluspgeologia/article/view/121680/118574. 
Acesso em: 11 set. 2021. 
 
SEYVE, C. 1990. Introdução à Micropaleontologia. Luanda, Univ. A. Neto, Fac. De Ci, 
Dep. de Geologia. 231p. 
 
8 
 
ZERFASS, Geise de Santana dos Anjos; ANDRADE, Edilma de Jesus. Foraminíferos e 
Bioestratigrafia: uma abordagem didática. Terrae Didatica, [S.L.], v. 3, n. 1, p. 18-35, 30 
jun. 2015. Universidade Estadual de Campinas. http://dx.doi.org/10.20396/td.v3i1.8637474. 
Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637474. 
Acesso em: 08 set. 2021.

Outros materiais