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Consulta com adolescentes

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Aula 4
Comunicação Saúde
Humberto Azzi
Medicina - 3P
FCMS/JF
Características da Adolescencia
Dificuldades no atendimento
Perdas e lutos na adolescencia
Rebeldia?
Vulnerabilidade/Invulnerabilidade
Consulta com Adolescentes:
Pacto de confidencialidade
O adolescente ou paciente menor de idade também tem direito ao sigilo médico-paciente. Não é 
porque ele está indo com os pais (pois muitas vezes quem paga a consulta é o pai) que ele perde 
o direito de confidencialidade. Temos sempre que esclarecer ao paciente que ele tem direito a 
confidencialidade desde que ele tenha autonomia para lidar com aquele problema de saúde 
possível. Logo no início da consulta o profissional deve tentar estabelecer um pacto de 
confidencialidade. Como assim? Falar com ele: “Olha, eu vou ouvir você e eu só vou falar com 
seus responsáveis aquilo que coloque sua vida em risco. Se você tiver a capacidade de lidar com 
o problema sozinho e não quiser que seja dito para seus responsáveis, você tem esse direito”. 
Esse pacto de confidencialidade seria bom ser feito até na presença dos responsáveis, para o 
responsável saber que o paciente tem esse direito e que você não vai violar esse sigilo, a menos 
que aquilo coloque a vida do paciente em risco. 
Ausência de Julgamento
O medico não deve parecer mais uma autoridade. O profissional deve fazer uma avaliação de 
saúde no paciente, e não uma avaliação moral. O médico deve sempre olhar o paciente num 
ponto de vista neutro e não julgando as atitudes do paciente. 
Perguntas em espelho
Perguntas encaminhadas ao indivíduo para que o mesmo reflita sobre seus atos, por exemplo: 
“Meus pais não me deixam sair a noite”. O médico fará perguntas com intuito de promover a 
reflexão do paciente, como: “mas o que você acha que poderia melhorar nessa relação?”. Isso faz 
com que o paciente chegue a suas próprias conclusões ao invés de dar respostas certas.
Consulta em dois momentos
Sabemos que, na maioria das vezes, o adolescente vai a consulta com os pais. Este também 
deve ser incluído na consulta, pois muitos dados do paciente as vezes ele mesmo não tem 
consciência. Algumas informações da infância do adolescente, por exemplo, ele não vai ter. 
Portanto, é interessante com que o responsável participe com intuito de preencher essas lacunas. 
Em outro momento, é interessante com que o paciente tenha seu espaço para falar mais 
abertamente, livre de julgamentos e que ele possa se colocar de maneira mais franca. Lembrando 
sempre, que o pacto de confidencialidade é fundamental para esse momento, justamente porque 
ele dá confiança ao paciente para falar aquilo que ele realmente pensa e o incomoda.
Abordagem integral
Exemplo: Paciente vai ao médico com problema de acne. Mesmo assim o médico faz uma 
abordagem integral. O que é isso? É uma abordagem que vai fazer uma orientação desse 
paciente em relação a sexualidade, drogas, desenvolvimento. Sempre procurar algum sinal que 
possa influenciar naquele problema. Que tipo de sinais? Um isolamento exagerado, uma oscilação 
muito grande no desempenho escolar e etc.

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